D. Beatriz I, rainha de Portugal?
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D. Beatriz I, rainha de Portugal?
Que pensam sobre este assunto?
Será que D. Beatriz foi rainha de Portugal, nem que tenha sido por um breve período?
D. Leonor Telles assumiu a regência em nome dela (e portanto reinava a menor?), D. Beatriz foi aclamada e cunhou moeda. Não será isto suficiente para que ela possa ser considerada, de facto e de jure rainha de Portugal?
No dia em que foi aclamada não era ela a verdadeira e única monarca do país?
O mesmo se aplica a D. João I de Castela e Leão. Terá sido ele rei de Portugal?
Gostava saber o que acham deste assunto.
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RE: D. Beatriz I, rainha de Portugal?
Caro Confrade Jorge Câmara
D. Beatriz foi, sem dúvida, rainha de Portugal! Mas creio que este assunto já foi abordado num tópico deste Fórum, aconselho-o a pesquisar por tópicos e verá o que se apurou sobre a questão.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: D. Beatriz I, rainha de Portugal?
Caro Jorge Câmara
O tópico em questão é " D. Luís II"!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: D. Beatriz I, rainha de Portugal?
Cara Maria Benedita,
Obrigado por me indicar o tópico, já o conhecia e já o tinha lido.
Eu criei este tópico para dar um nome mais adequado ao assunto e para reavivar o debate pois há questões que eu acho que ficaram em aberto.
Pelo que entendi quase toda a gente, ou mesmo toda, considera D. Beatriz rainha. Mas então e o marido? Foram levantadas algumas questões:
1-Ter ou não filhos para poder ser aclamado.
2-O problema de ter tido ou não filhos de D. Beatriz e o facto de ter outros do outro casamento.
3-Se foi rei a numeração causa problemas.
4-O porquê dela ser tão esquecida e/ou não considerada.
Eu acho que naquela altura, como foi referido, ainda não estava em vigor a lei que dizia ser necessário ter filhos para o marido da rainha reinante ser aclamado rei. Gostava de saber exactamente quando isto foi implementado.
Quem foi de facto este D. Miguel, filho deste casamento? Alguém sabe as fontes mais antigas que o indicam?
Gostava de saber o nome completo de D. João I de Castela e Leão, pois o problema da numeração podia ser resolvido de forma simples (e aldrabada historicamente) de o considerar, por exemplo, D. João Carlos I, salvaguardando a numeração dos outros reis de nome João posteriores.
Ao que me consta, quase nenhum historiador a considerada. Porquê? Quais as razões para a não considerarem?
Gostava de saber as respostas a estas perguntas se alguém as sabe.
Obrigado
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Para o Jorge Câmara
Caro Jorge:
Veja o que escrevi em:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=151966#lista
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=152085#lista
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=152222#lista
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=152414#lista
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=152412#lista
Está exactamente no tópico "D. Luís II".
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Para o Jorge Câmara
Caro Pedro França,
Gostava de saber quando exactamente se estabeleceu que o consorte só seria aclamado rei quanto tivesse descendência. É que acho estranho que tal lei existisse já na idade média.
A questão da nomenclatura eu indiquei uma possível solução (fantasiosa) que era considerar o primeiro e o segundo nome do monarca... (exemplo João Carlos I).
Abraço,
Jorge Câmara
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RE: Para o Jorge Câmara
Caro Jorge Câmara
As pretensas Cortes de Lamego,e digo pretensas porque nunca existiram, estipulavam o seguinte:
"Se el Rey falecer sem filhos, em caso que tenha irmão, possuirá o Reyno em sua vida, mas quando morrer não será Rey seu filho, sê primeiro o fazerem os Bispos, os procuradores, e os nobres da Corte del Rey,
Se o fizerem Rey sera Rey, e se o não elegerem não reinará.
Disse despois Lourenço Viegas Procurador del rey aos outros procuradores.
Diz el rey, se quereis que entrem as filhas na herança do reyno, e se quereis fazer leis no que lhes tocar.
E despois que altercarão por muitas horas, vierão a concluir, e disserão.
Tambem as filhas do senhor Rey são de sua descendência, e assi queremos que sucedão no reyno,
e que sobre isto se fação leis,
e os Bispos e nobres fizerão as leis nesta forma.
Se el Rey de Portugal não tiver filho varão, e tiver filha, ella sera a rainha tanto que el Rey morrer;
porem será deste modo,
não casará senão com Portugues nobre,
e este tal se não chamará Rey, senão despois que tiver da rainha filho varão."
Dispomos de uma cópia apócrifa desta acta, do século XVII. O conteúdo da Acta dessas Cortes foi respeitado até à Dinastia Filipina, mas só foi explicitamente incorporada no ordenamento jurídico da Monarquia Portuguesa nas Cortes de 1641, para que o trono não fosse de novo para um príncipe estrangeiro como nas Cortes de Tomar de 1581.
Desde 1641, aquela Acta passou a valer como uma Lei Fundamental do Reino de Portugal quanto à Regra de Sucessão no Trono.
Quanto á sua questão concreta remeto-o para o nosso ilustre confrade Eduardo Albuquerque, que, doutamente, trata a matéria.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=127647
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Para o Jorge Câmara
Cara Maria Benedita,
Muito obrigado pela informação! De facto já tinha lido as cortes de Lamego há algum tempo mas esta questão tinha-me passado completamente ao lado, só me lembrava da parte do casamento com português nobre...
Mas então outra questões são levantadas, então e D. Beatriz poderá ter algum problema "legal" ao ser considerada rainha porque não casou com um nobre português? (A questão dos Filipes é para mim discutível, já que eles eram parte portugueses...) Pelo que me lembro da Crónica de El-rei D. João I ele encontrou-se com um embaixador de D. João I de Castela quando este se encontrava em Portugal e não levantou esta questão, levantou a outra da violação da regência.
E se assim é existe algum "choque de poder" entre D. Afonso Henriques e D. Fernando I do tipo "Quem manda mais"? Tinha D. Fernando I "poder" para alterar a lei e assim poder casar a filha com um nobre não português?
Muito obrigado,
Jorge Câmara
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RE: Para o Jorge Câmara
Cara Jorge Câmara
A razão porque lhe indiquei o tópico " Leis da sucessão, da Nobreza e da Justiça, é porque dele consta o testamento do rei D. Sancho I, de D. Sancho II, as cortes de Coimbra de 1385, com todos os argumentos sábiamente elencados por João das Regras para invalidar as candidaturas de D. Beatriz e dos filhos de D. Inês de Castro, e muito mais matéria de interesse.
D. Leonor Teles foi regente em nome da Rainha D. Beatriz, casada com D. João de Castela, de quem teve um filho, a questão foi...D. João I, Álvaro Pais, João das Regras e Nuno Álvares!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Para o Jorge Câmara
Caro Jorge Câmara
A razão porque lhe indiquei o tópico " Leis da sucessão, da Nobreza e da Justiça, é porque dele consta o testamento do rei D. Sancho I, de D. Sancho II, as cortes de Coimbra de 1385, com todos os argumentos sábiamente elencados por João das Regras para invalidar as candidaturas de D. Beatriz e dos filhos de D. Inês de Castro, e muito mais matéria de interesse.
D. Leonor Teles foi regente em nome da Rainha D. Beatriz, casada com D. João de Castela, de quem teve um filho, a questão foi...D. João I, Álvaro Pais, João das Regras e Nuno Álvares!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Para o Jorge Câmara
Caro Jorge:
Creio que a confrada Maria Benedita já respondeu à sua questão em:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=178786#lista
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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