Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
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Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
Caros Confrades
Um dos episódios menos divulgados da História de Portugal foi a anexação da "Província" Cisplatina, assim chamada pelos portugueses, ou Oriental, nome dado pelos espanhois.
A anexação, ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, deu-se em 1820 com a ocupação de Montevideu, e foi rectificada por um Congresso em 31 de Julho de 1821.
A conquista e o governo da Cisplatina foi liderado pelo Grande General Carlos Frederico Lécor, primeiro Barão e mais tarde Visconde de Laguna.
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=54133
Com a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822 passou a Província Cisplatina, a fazer parte do Império Brasileiro até 28 de agosto de 1828 em que depois de um conturbado periodo de campanhas militares, intervenções diplomáticas da Inglaterra e dos EUA foi reconhecida pelo Império Brasileiro a independência de um novo país que tomou o nome de Estado Oriental, e em 1830 a denominação de República Oriental do Uruguai.
Mais dois factos curiosos:
- A última guarnição portuguesa na América do Sul foi evacuada de Montevideu após a independência do Brasil;
- O Uruguai conquistou a sua independência não de Espanha mas do Império Brasileiro.
Caros Confrades lanço o desafio de melhor documentarmos esta parte da nossa história, nomeadamente no referente aos oficiais portugueses do exército de Lecor, e ao casamento destes com Senhoras de Montevideu e da Banda Oriental. A minha curiosidade pessoal vai para o meu antepassado Francisco da Silva e Melo da Gama Araújo, http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=246491 , que terá casado em Montevideu.
Com os meus Cumprimentos
Francisco de Melo Parente
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
Ai está realmente um facto muito interessante e que ninguém fala dele. Alias, nos primeiros tempos do Brasil acho, e nisto posso estar em erro, que a Terra de Vera Cruz portuguesa era conhecida por ir desde a foz do Rio da Prata (fronteira Uruguai/Argentina) até à foz do Amazonas. Em tempos li algo sobre a Guerra do Rio Grande do Sul que asentou basicamente no facto de naquela altura o Uruguai ter ganho a indenpendencia e havia tambem varios textos sobre a disputa do Uruguai e do Porto de Montevideu entre Portugal e Espanha.
Mal posso esperar por aparecerem aqui mais dados sobre o assunto
Atenciosamente
Levi Redondo Bolacha
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
A nossa gente esteve em operações militares no Rio da Prata desde a fundação da Colônia do Sacramento, em 1680. Travamos importantes batalhas e guerras durante quase duzentos anos na região. Se não conseguimos incorporar a orla setentrional do Rio Prata, conseguimos plenamente conquistar suficientes territórios nas Misiones Orientales e definimos a fronteira incorporando territórios da Banda Oriental no Brasil. Além de termos livrado a região de vários caudilhos como Artigas, Rosas, Solano Loez e outros em décadas de guerras vitoriosas.
Uma fonte essencial de informações é o Arquivo Histórico do Exército (AHEx), que está localizado no Palácio Duque de Caxias, antiga sede do Ministério da Guerra quando a cidade do Rio de Janeiro era a Capital Federal.
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
A ordem do exercito de 30 de Maio de 1815 criou a divisão de tropas com o nome de – Voluntários Reais do Príncipe, a qual foi destinada ao rio da Prata (Campanha de Montevidéu).
Do Regimento de Infantaria n° 2 de Lagos, Algarve, ofereceram-se os oficiais:
Tenente João d’Azevedo Zuzarte, os Alferes Henrique Luís da Fonseca Alvarenga, Antonio Silvestre de Sousa e Francisco de Paula Cabrita (que acabou se fixando no Brasil, sendo o patrono da Engenharia Militar Brasileira).
Além dos oficiais referidos, seguiram como voluntários, quatro sargentos, cinco cabos, cinco anspessadas e setenta e três soldados que formaram o contingente do regimento de Infantaria n° 2 para a referida Divisão.
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
Esqueci-me de referir que estas tropas eram veteranas, vencedoras das campanhas napoleônicas.
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
O proprio Carlos Frederico Lecór, casou com uma senhora uruguaia.
Cmts
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
Caro Confrade
De facto, como diz o General Carlos Frederico Lecór, casou-se em 1818 com Rosa Maria Josefa Herrera de Basavilbaso, http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=105488 , de 18 anos natural de Montevideu.
Lécor seguiu assim a sua política:
“Mediante dádivas y honores, ganó la voluntad de los hombres; profundo conocedor de las flaquezas humanas, halagó a unos con promesas y a otros con realidades; repartió cruces y condecoraciones; distribuyó tierras que no eran de su Rey; conquistó a la sociedad de Montevideo con fiestas y saraos; casó a su oficiales con hijas del país, haciendo él lo propio; seleccionó los hombres para casa cometido; eligió a su gusto los Cabildos, organismos que tenían prestigio popular y que fueron el secreto de su política, y de tal suerte dispuso las cosas, que todos los actos de incorporación a la corona de don Juan VI o cesiones a favor de ella, parecieron siempre hechos espontáneos, debidos a solicitudes y ruegos de nuestro pueblo, que se lisonjeaba en proclamarlo su Rey.”
DEVOTO, Juan E. Pivel. El Congreso Cisplatino (1821): repertorio documental, seleccionado y precedido de um análisis. Revista del Instituto Histórico y Geográfico del Uruguay, t.XII. Montevideo: 1936
O que procuro saber é o nome de outros oficiais portugueses que casaram com Senhoras da Banda Oriental, nomeadamente o ca so meu antepassado Francisco da Silva e Melo da Gama Araújo, http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=246491 .
Com os meus Cumprimentos
Francisco de Melo Parente
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RE: Oficiais na provincia Cisplatina (Uruguai)
Caro Francisco de Melo Parente:
Chamo a sua atenção para o artigo do Prof. Emílio Imperatori, publicado no n.º 22 da revista «Raízes & Memórias», intitulado «Dom Afonso III e o Uruguai».
Trata-se de um artigo interessante, que explora a coincidência de vários dos protagonistas desse conturbado período serem descendentes de D. Afonso III. O autor é natural de Montevidéu.
Cumprimentos,
José Caldeira
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