Luis de Abreu e Águeda Fernandes
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Luis de Abreu e Águeda Fernandes
Caros confrades,
MAS (Ascendências Viseenses, II, p. 318) propõe Luis de Abreu como filho de Pedro Lopes Castelo Branco, tendo um filho natural de Águeda Fernandes, chamado Roque Fernandes.
No entanto em
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=57056
Luis casou com Águeda e é filho de Pedro Gomes de Abreu e de Mécia da Cunha.
Muito agradeceria se algum confrade pudesse esclarecer (ou tão só comentar) este assunto.
Peixeira Marques
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RE: Luis de Abreu e Águeda Fernandes
Caro Confrade,
Por mensagem que me fez chegar directamente sobre este assunto, vejo que já sabe pelo meu site que também eu passei pelo mesmo dilema, o qual, aliás, está bem patente na comparação entre as obras recentes "Ascendências Visienses" de Manuel Abranches de Soveral" e Raízes das Beiras" de Eduardo Osório Gonçalves.
Na altura, para tentar chegar a conclusões, consultei os dois autores com quem troquei interessantes mensagens, sem que resultasse uma conclusão inequívoca, mantendo os autores as posições que haviam defendido nas respectivas obras.
Pelo interesse que a informação que recebi possa ter para outros confrades formularem opinião e motivarem-se a procurar novos dados, irei pedir autorização aos autores para divulgar as partes mais significativas, evitando-me o trabalho de síntese das mensagens trocadas.
De qualquer forma, eu pessoalmente, também ainda não consegui arrumar de vez com o dilema, daí indicar no meu site "caso a resolver".
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Luis de Abreu e Águeda Fernandes
Caro Ângelo Fonseca,
Atendendo a que já passou bastante tempo sobre a questão dos Abreus, venho recolocar um facto que poderá ser significativo, e que é a determinação da fonte documentada mais antiga que tenha referido a filiação proposta de Roque Fernandes de Abreu o Pequeno.
Jacinto Leitão Manso de Lima, nas “Famílias de Portugal” (versão dactilografada – Lisboa, 1925) refere a filiação de RFA da seguinte forma, no § 114 do ttº de Abreus:
1029 - Luís de Abreu, filho de Pedro Gomes de Abreu nº 1015 § 75, como diz o nobiliário de André Chichorro, casou com Águeda Fernandes de Figueiredo e teve:
1628 - Roque Fernandes de Abreu, que segue.
1628 - Roque Fernandes de Abreu, foi chamado o Pequenino. Foi familiar do Santo Ofício e pessoa muito nobre por seu fruto e condição de que há larga tradição entre os seus naturais. Casou na vila de Lourosa com Isabel Nunes e teve (…) etc.
Ora Manso de Lima nasceu em 1690, pelo que o André Chichorro a que ele se refere era o Licº André Chichorro Pinheiro da Gama Lobo, nascido em Vila Pouca em 1680.
Era este André Chichorro 5º neto de Roque Fernandes de Abreu o Pequeno, este nascido cerca de 1490, de acordo com a minha estimativa, e assim menos de 200 anos após aquele. Pode dizer-se que é muito tempo… ou pouco tempo, em termos genealógicos.
Será que André Chichorro, licenciado em Cânones, familiar do Santo Ofício, cavaleiro da ordem de Cristo, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, certamente aficionado da genealogia, como mostra o facto de ter um nobiliário – feito por si ou com o seu nome – se iria enganar?
Ou fez de propósito, com a prosápia bem ao modo do seu tempo? Convenhamos no entanto que corria o sério risco de ser contraditado na praça pública, o que não há notícia de ter acontecido, pois que todos os autores conhecidos que se seguiram partilharam e divulgaram a sua opinião.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: 'Dúvidas' com Manuel Abranches de Soveral
Caro Confrade,
Antes do mais gostaria de esclarecer, que apenas pretendo contribuir para o esclarecimento da questão que colocou, e não alimentar qualquer falsa polémica entre autores vivos que considero amigos.
1) O pensamento de Manuel Abranches de Soveral sobre a filiação do Luís de Abreu está bastante claro nos textos que sobre ele escreveu, a saber:
"que vem nalgumas genealogias como filho de Pedro Gomes de Abreu e de sua mulher, mas eu suponho ser erro. Mais provavelmente seria bastardo ou deste Pedro Gomes de Abreu ou de seu homónimo primo-direito do Paço da Torre da Rua da Cadeia, e portanto irmão de Antão, acima. C.c. Águeda Fernandes de Figueiredo. Com muita geração na Beira, que parcialmente desenvolvo em «Abranches da Beira», a publicar quando for possível" in Mello e Souza. Descendência legítima na comarca de Viseu, Manuel Abranches de Soveral, Edição digital (corrigida e aditada) do ensaio publicado na revista «Armas e Troféus», VIII Série - Tomo II - 1998.
"Alguns dizem que foi filho de Pedro Gomes de Abreu, referido em ABREU, mas não tinha estatuto para tanto nem disso há o menor indício. Gaio também não aceita a filiação em Pedro Gomes de Abreu, e diz mesmo que este Luiz era dos Abreus de Pombal, o que também era é possível. Com mais probabilidade, contudo, era filho de natural ou do 1º casamento de Pedro Lopes de Castello-Branco. Parece que teve de Águeda Fernandes, n. em Lourosa, um filho que pela aparência não foi sequer reconhecido" in Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII, Manuel Abranches de Soveral, Porto 2004, vol. II - pág. 318 (ttº Abreu Castello-Branco).
2) Contudo, como prometido, e após a devida autorização, aqui trago informação adicional, resultante de e-mails trocados com o referido autor, basicamente sobre a mesma questão que colocou.
P1- O que é que encontrou (ou deveria encontrar e não achou) sobre o Luís de Abreu que o leva a dizer "não tinha estatuto para ser filho do Pedro Gomes de Abreu" ?
R1- De facto, quer Manso de Lima quer o Gaio dão, com dúvida, esse Luiz de Abreu como filho de Pedro Gomes de Abreu. Outras genealogias tardias dizem o mesmo, nomeadamente o bispo da Guarda, cujas árvores de costados manuscritas (dois volumes) são propriedade minha.
Mas as genealogias anteriores já não dizem o mesmo: quer Alão quer, o que é mais importante, as genealogias quinhentistas e seiscentistas visienses.
Nas minhas investigações acumulei uma série de provas negativas que me levam a afirmar que esse Luiz de Abreu, se existiu, não era filho de Pedro Gomes de Abreu.
Porque, na verdade, não há qualquer rasto documental desse Luiz de Abreu. Um único! O que, só por si, bastaria para negar que fosse filho de Pedro Gomes de Abreu.
Na verdade, Pedro Gomes de Abreu e sua mulher D. Mécia da Cunha eram tão-só uns dos três casais da mais alta fidalguia visiense do seu tempo. Todos os seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, quer legítimos quer ilegítimos, eram fidalgos principais, com foro de moços fidalgos e fidalgos, e todas as suas descendentes, mesmo por bastardia, documentam-se sempre com Dona.
Roque Fernandes (nunca se documenta Abreu, bem assim como os filhos), lavrador e mercador, não era fidalgo e é absolutamente impossível que fosse neto de Pedro Gomes de Abreu, mesmo por bastardia.
A acreditar na versão genealógica tardia de que era filho de um Luiz de Abreu, então era filho bastardo não reconhecido, o que justifica que Roque Fernandes e os filhos não usassem Abreu, nome recuperado depois. E este Luiz de Abreu, quando muito, como ponho a hipótese nas «AV», era filho (natural ou legítimo) de Pedro Lopes de Castello-Branco, nobre mas de um nível muito inferior a Pedro Gomes de Abreu.
Ou então, como também diz Gaio, era dos Abreu de Pombal. Ou não era nada e a descendência adoptou o Abreu…
Uma coisa é certa: Roque Fernandes não era nem podia ser descendente de Pedro Gomes de Abreu ou de qualquer outro dos Abreu de Viseu descendentes do bispo D. João ou de seu irmão Antão Gomes de Abreu.
P2- Em que sítio do Gaio é que encontrou que ele também não aceita essa filiação ?
R2- As dúvidas de Gaio que refiro, consubstanciam-se no facto de dar duas filiações alternativas a Roque Fernandes, dizendo mesmo «inda q alguns negão esta feliação», o que significa que já na época pelo menos alguns entendidos sabiam que era falsa, e ainda por, em Figueiredo, dizer que o Roque Fernandes que casou com Isabel Francisca era «dos Abreus da Villa de Pombal».
P3- Como é que tantas pessoas, nomeadamente vários genealogistas com crédito, tratando a informação em épocas relativamente próximas dos acontecimentos, aceitaram determinados factos ou teses, sem questionarem ou contraporem os evidentes argumentos que colocou. Seriam todos parte interessada na manutenção da fantasia ?
R3- De facto, assim é: a genealogia, sobretudo após o séc. XVI, foi muitas vezes re-inventada, como forma de promoção social ou por mera vaidade. São inúmeros os casos em que isso se verifica.
E basta um genealogista dizer uma coisa, que os outros copiam sem critério.
No caso da descendência de Roque Fernandes (entre a qual me incluo), foram justamente as suas ligações no séc. XVII e seguintes que levaram à necessidade de “melhorar” as sua origens de mercador. Quem o fez pela 1ª vez não sei, mas não me admira que tivesse sido Gonçalo Coelho.
Hoje, com base justamente no que se chama a Genealogia científica, é possível afirmar com toda a segurança que de Pedro Gomes de Abreu ou seu irmão não descendiam. Agora, só a sorte de encontrar um documento pode permitir saber a sua verdadeira origem. Eu não encontrei, mas também não fiz uma procura exaustiva, sobretudo em Lourosa.
Finalmente, convém precisar que os ditos Abreus de Viseu não são apenas os de Pedro Gomes de Abreu e seu irmão. São também os Abreu Castello-Branco. E na descendência de Roque Fernandes é recuperado o nome Abreu mas também o nome Castello-Branco. O que é mais um indício a favor da minha hipótese, ou seja, que Roque Fernandes era um filho natural não reconhecido de Luiz de Abreu, e este um filho natural ou legítimo de Pedro Lopes de Castello-Branco.
Esperando que a informação seja útil às suas análises envio os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: 'Dúvidas' com Manuel Abranches de Soveral
Bastante útil, muito obrigado! - agradecimentos também a Eduardo Osório e Manuel Abranches de Soveral.
Vamos esperar que surja «a sorte de encontrar um documento»...
Cumprimentos,
Peixeira Marques
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RE: 'Dúvidas' com Eduardo Osório Gonçalves
Caro Confrade,
Como prometido, e após a devida autorização, aqui trago informação adicional, resultante de e-mails trocados com o Eduardo Osório, basicamente sobre a mesma questão que colocou.
P1- Comparando a descendência do Bispo João Gomes que tenho no meu site (baseada no Genea/Gaio) com a da sua obra RB (vol. I, pág. 194), verifico que do Bispo João Gomes até ao Luís de Abreu tudo está idêntico, no entanto, consultando quer a 'Pedatura Lusitana' quer as 'Ascendências Visienses' verifico que lá não existe qq Luís de Abreu fº de Pedro Gomes de Abreu & Mécia da Cunha. Na sua obra parece indicar como fontes o Manso Lima e o Felgueiras Gaio, pelo que gostaria de saber se confirma isto ou se tem mais alguma fonte onde se documente a paternidade indicada do Luis de Abreu.
R1- Respondo às suas questões, embora estejamos num domínio em que por escassez de documentos não pode haver certezas:
Manso de Lima, em ttº Abreus, § 114, tem:
1029. Luís de Abreu, filho de Pedro Gomes de Abreu nº 1015 do § 75, como diz o nobiliário de André Chichorro, casou com Águeda Fernandes de Figueiredo e teve:
1628. Roque Fernandes de Abreu, que segue.
1628. Roque Fernandes de Abreu, foi chamado o Pequenino, etc.
Manso de Lima casa de facto este com uma Isabel Nunes, a quem dá entre outros filhos António Fernandes de Abreu, de quem não sabe a mulher.
P2- Sobre o Luís de Abreu fº de Pedro Gomes de Abreu & Mécia da Cunha, estou com um dilema, pois embora tenha o meu Site coincidente com o seu livro, por termos seguido fontes concordantes (respectivamente Genea/Gaio e Manso Lima), verifiquei que a Pedatura Lusitana não o confirma e o Manuel Soveral disse-me que «Luiz de Abreu que teve filhos de Águeda Fernandes, não era filho de Pedro Gomes de Abreu e D. Mécia da Cunha e devia ser irmão de Lopo de Abreu Castello-Branco» o que, a ser rigoroso, me obriga a profundas alterações no site.
...
Ora, tendo esta informação (AV/MAS) saído em 2003 e tendo o Eduardo Osório preferido usar a informação do Manso Lima, vinha perguntar-lhe se isso deveu à sua interpretação dos dados ou preferência pessoal ... ?
R2- Neste caso concreto, a referência que considero mais importante é de um manuscrito da Casa das Obras de Seia, do qual tenho o original, intitulado "Abreus da Serra da Estrela", que refere textualmente o seguinte:
«Porém antes de principiar a sobredita descendência, conveniente é o saber dos pais e mais ascendência do sobredito Roque Fernandes de Abreu, e por isso, conforme com o que escreveu o insigne e erudito José Freire Monterroio no seu título de Abreus, que este Roque Fernandes de Abreu era filho de Luís de Abreu e de sua mulher D. Águeda Fernandes de Figueiredo, que ambos viveram em Lourosa onde seu irmão João Gomes da Cunha teve uma capela da Coroa, cuja Provisão existe na Torre do Tombo onde se pode ver».
O autor referido é José Freire Monterroio Mascarenhas, cujos escritos se perderam em parte mas de que julgo se conservam alguns na Biblioteca da Ajuda. Ainda não tive oportunidade de lá ir pesquisar.
O F. Gaio é fraco para a região da Beira, que pelos vistos conhecia mal, considerando os erros sucessivos que se detectam. Quanto ao Manso de Lima é muito irregular, pois a par de coisas muito boas tem erros primários...
É o melhor que lhe posso dizer.
R2b- Encontrei entretanto uma outra fonte que procurava, que consta de uma árvore feita para o bispo da Guarda por Gonçalo Coelho de Almeida e Castro do Quintal, de Viseu, aliás citado pelo Manuel Soveral, assinada G. C. A. C. Q. e datada de 1792. Diz o seguinte:
«Francisco Fernandes de Abreu, natural da Coitena, filho de João Fernandes de Abreu e de sua mulher Isabel Gonçalves, e neto de Roque Fernandes de Abreu o pequeno de Vila Pouca descendente por varonia de D. João Gomes de Abreu Bispo de Viseu que era filho da casa dos Senhores de Regalados que tiveram o título de condes».
Claro que isto vale o que vale... mas Gonçalo Coelho, nascido em 1710, era muito considerado em Viseu como genealogista.
Acerca do Monterroio, os elementos poderão estar não na Ajuda mas na BN, onde verifiquei que existe um manuscrito intitulado "Nobreza da Beira", que consta de uma colecção de árvores de costados.
P3- Na sua obra, o Roque Fernandes (de Abreu) vem casado com Briolanja Fernandes de Sequeira Castelo-Branco, o que a ser certo, poderia justificar a recuperação do apelido Castelo-Branco nos descendentes do Roque Fernandes sem necessitar de uma filiação do Luiz de Abreu num Castelo-Branco.
Perante isto, perguntava-lhe se o nome completo da Briolanja foi composto ou encontrado como tal em alguma fonte, já que o MAS apenas a chama de Briolanja Fernandes e fazia a mesma pergunta relativamente ao pai João de Sequeira Castelo-Branco.
R-3 A mulher de Roque Fernandes de Abreu é chamada Briolanja Ferrão de Sequeira Castelo-Branco, filha de João de Sequeira Castelo-Branco e de sua mulher Teresa da Costa, em manuscritos que pertenciam ao arquivo da Casa das Obras de Seia. No entanto, nos registos de casamento de sua filha Briolanja Fernandes em 1565, de seu filho Miguel Fernandes em 1567, de sua filha Maria Fernandes em 1573 e do seu próprio falecimento é chamada Briolanja Fernandes, pelo que adoptei esta solução.
R-3b Ainda acerca da questão de se saber se o "Abreu" de Roque Fernandes de Abreu o Pequeno é verdadeiro ou "postiço", há entre outros elementos o processo de ordenação sacerdotal do Padre Pedro da Costa de Abreu, b. em Vila Pouca a 19-02-1652 e futuro comissário do Santo Ofício. Nas suas inquirições "de genere", tiradas em 1676, as testemunhas referem ser filho de Roque Fernandes de Abreu, de Vila Pouca, e de Ana Álvares de Figueiredo, de Lourosa; neto paterno de Gaspar Dias da Costa, de Avô, e de ISABEL NUNES DE ABREU, de Vila Pouca, e materno de Sebastião Álvares de Figueiredo, de Lourosa, e de
Domingas Afonso, de Vinhó - Vila Cova.
Aquela Isabel Nunes de Abreu sabe-se que foi baptizada a 21-10-1584. Convenhamos que é um elemento de respeitável antiguidade... Mesmo que os seus antepassados não usassem o apelido, o que era vulgar, ele pertencia-lhes.
Naturalmente que isto não resolve a questão da ascendência de Roque o Pequeno, nem da sua "nobreza". O certo é que um filho deste, António Fernandes de Abreu, vem a ser avô paterno daquela Isabel. Nem por acaso, o seu outro avô, o materno, é nem mais nem menos que Pedro Afonso de Figueiredo, de quem falo no meu ttº Figueiredos Homens, de Ázere, um dos melhores fidalgos da nobreza regional. Aliar-se com a sua família era certamente uma das aspirações dos melhores da região.
Desvalorizar Roque o Pequeno chamando-lhe "mercador" é também não saber que a melhor nobreza - não titular - da Beira ocupava os seus dias no comércio de tecidos e produtos da terra.
P4- Estive a analisar a sua informação, donde, resumidamente, resulta o seguinte:
1- Confirmação dos pais e os avós do Revº Doutor Pedro da Costa Abreu (6) e da existência do apelido ABREU no pai, Roque Fernandes de Abreu (5), e na avó paterna, Isabel Nunes de Abreu (4), e que portanto nessa época (1594-1625) o apelido lhes pertencia.
2- Os pais do dito Revº estabelecem a ligação entre as famílias de Pedro Afonso de Figueiredo, um dos melhores fidalgos da nobreza regional, e de António Fernandes de Abreu (2), cujos ascendentes procuramos estudar melhor.
Contudo ainda não há qq confirmação explícita da existência e/ou origem do apelido ABREU nos ascendentes de Isabel Nunes de Abreu (4), respectivamente, Roque Fernandes de Abreu (3), António Fernandes de Abreu (2), Roque Fernandes (1) e Luís de Abreu (0).
Tentando, portanto, recuar mais um pouco nas fontes, reparo que na sua obra (vol I, pág. 194-219 - ttº Abreus de Lourosa) existem referências a diversos documentos que pela sua datação poderão eventualmente permitir avançar mais um pouco. Deste lote de documentos destaco os seguintes:
Ref. 514 AUC - Ordenações do Bispado de Coimbra (1537) relativo a João Fernandes de Abreu (2) fº de Roque Fernandes (1)
Ref. 545 AUC - Registo de matrícula na UC (1581 - 1588)
Ref. 546 AUC - Hab. ao colégio e S. Pedro (1591) relativos ao Revº Dr. Miguel Nunes de Abreu (3), b.21-7-1566, filho de António Fernandes de Abreu (2)
Ref. 554 AUC - Ordenações do bispado de Coimbra (1581) relativo a António Gonçalves de Abreu (3), n. ca 1560, fº de João Fernandes de Abreu (2)
Ref. 593 ANTT- Habilitações do S.O. (1625) relativo a Gaspar Dias da Costa cc Isabel N.es de Abreu (4), b. 21-10-1594, fª Roque Frz.de Abreu (3)
Ref. 594 ANTT- Habilitações do S.O. (1649) relativo a Roque fernandes de Abreu (5), fº de Isabel Nunes de Abreu (4)
e ainda:
Ref. 548 AUC - Registo de matrícula na UC (1618-1621) - (4)
Ref. 552 AUC - Ordenações Sacerdotais (1629) - (4)
Ref. 555 AUC - Ordenações Sacerdotais (1603) - (4)
Ref. 556 AUC - Registo de matrícula na UC (1604-1608) - (4)
Ref. 579 AUC - Ordenações Sacerdotais (1629) - (4)
Destes apenas conheço por si, a Ref. 593, que aparentemente não permite avançar muito pois apenas diz «Os pais de Roque Fernandes de Abreu, de Lourosa, c. c. Isabel Francisca, de Oliveirinha, são de facto António Fernandes, de Lourosa, e s. m. Isabel Nunes, de Vila Pouca. Tudo isso consta da habilitação da filha destes, Isabel Nunes de Abreu, inserida na habilitação ao Santo Ofício de seu marido Gaspar Dias da Costa em 1625».
Como não tenho acesso rápido a esta e às outras referências, perguntava-lhe se sabe ou pode verificar se neles, o ABREU ou CASTELLO-BRANCO são referidos nos avoengos da Isabel Nunes de Abreu.
R4- Fazendo a busca que me propôs - com a dificuldade de estar ainda neste momento a organizar grande parte da documentação, trabalho posto em 2º plano com a pressão da edição do livro - posso adiantar para já os seguintes elementos, que aparecem como tal nos processos:
Refª 514 - Francisco Fernandes, filho de Roque Fernandes, de Lourosa.
Refª 545 - Miguel Nunes, de Vila Pouca, filho de António Fernandes.
Refª 554 - António Fernandes, de Oliveira do Hospital, filho de João Fernandes.
Refª 593 - Gaspar Dias (da Costa) casado com Isabel Nunes de Abreu, de Lourosa, filha de Roque Fernandes de Abreu, de Lourosa, «grande lavrador e mercador», e de s. m. Isabel Francisca, de Oliveirinha. Neto paterno de António Fernandes, de Lourosa, e de Isabel Nunes, de Vila Pouca, e materno de Pedro Afonso, de Ázere, e de Ana Francisca, da Bobadela. De Pedro Afonso se refere que era «lavrador abastado de criados, negros e negras, e rendeiro de muitas rendas, e mercador de panos de linho, e ter seu cavalo na estrebaria (...) tinha os ofícios mas honrosos da terra».
Refª 594 - Roque Fernandes de Abreu, FSO em 1649, filho de Gaspar Dias da Costa, FSO, e de Isabel Nunes de Abreu.
Refª 552 - João Ferreira, n. de Oliveira do Hospital, filho de Roque Fernandes e de Maria Ferreira. Neto paterno de João Fernandes e de Isabel Gonçalves, e materno de Luís Álvares e de Beatriz Lopes, todos «gente honrada e dos principais da terra, e como tal serviram os ofícios honrados».
Refª 555 - Nicolau Antunes - trata-se apenas da escritura de património.
Refª 556 - Nicolau Antunes, de Anseriz, filho de Roque Fernandes.
Refª 579 - Inácio Nunes, ordenado em 1629, filho de António Fernandes, de Vila Pouca, e de Domingas Marques, da Bobadela. Neto paterno de António Fernandes e de Isabel Nunes, e materno de Gaspar Francisco e de Maria Marques. Os pais e avós são referidos como «dos mais nobres da terra».
Não encontrei as minhas notas relativas às referências 546 (habilitação do Dr. Miguel Nunes de Abreu ao colégio de São Pedro, em 1591) e 548 (matrícula de Luís de Abreu na UC). A mais promissora seria a primeira, pela antiguidade. Tenho ideia de ter conseguido ler mal o original, por ser letra do sec. XVI e o documento estar em mau estado. Prometo voltar a tentar, em próxima ida ao AUC.
Sei que não adiantei muito, mas é o que posso referir.
P5- ... Aproveito ainda para perguntar-lhe se já conseguiu obter cópia na UC da sua referências 546 (habilitação do Dr. Miguel Nunes de Abreu ao colégio de São Pedro, em 1591) que eventualmente permitiria esclarecer o tema do Luís de Abreu.
R5- Quanto à habilitação do Dr. Miguel Nunes de Abreu ao colégio de São Pedro, sei que na altura voltei a ver o documento e não extraí mais nada. Lembro-me no entanto que a leitura é difícil para mim, pelo que outra pessoa poderá tirar de lá mais elementos.
Uma outra fonte relativa à ascendência de Roque Fernandes de Abreu o Pequeno é o Manso de Lima, ttº Abreus, § 114, onde diz ser filho de Luís de Abreu, sendo este «filho de Pedro Gomes de Abreu nº 1015 do § 75, como diz o nobiliário de André Chichorro».
Este André Chichorro tanto pode ser o Licº André Chichorro Pinheiro da Gama Lobo, n. em 1680, como o seu neto André Chichorro da Gama Lobo e Abreu, n. em 1766. Claro que o melhor era mesmo aparecer o nobiliário...
A continuação desta informação está na própria intervenção do Eduardo Osório neste seu tópico (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=191698#lista).
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da fonseca
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RE: 'Dúvidas' com Eduardo Osório Gonçalves
Reitero os meus agradecimentos.
É provável que se venha a obter alguma confirmação através de uma inquirição do séc. XVI.
Cumprimentos,
Peixeira Marques
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RE: 'Dúvidas' com Eduardo Osório Gonçalves
Caro Sr. Ângelo da Fonseca,
Tenho estado a acompanhar esta polémica da família Abreu com bastante interesse porque sou também uma descendente. Sou descendente do Dr. Pedro da Costa Abreu que foi prior em Vila Nova do Casal-Vila Nova de Tázem, onde teve dois filhos de duas mulheres, da Catarina Francisca Álvares (também conhecida por Bicho) e de Maria Fernandes. Sou descendente do filho tido da Catarina, Alexandre Costa nasc.17/5/1698 V.Nova do Casal cc.Isabel Nunes 8/12/1716. O filho José da Costa Abreu cc.Maria Cardosa em S.Martinho-Seia a 20/1/1753.
Gostaria de ter mais informação sobre o meu antepassado Pedro da Costa Abreu, além do que citou neste tópico tem mais dados? A linhagem dele foi-me fornecida pelo arq.Eduardo Osório, de quem tenho o seu livro Raízes da Beira. Descobri que sou descendente da maioria das famílias lá citadas e continuo interessada em fazer ligações a famílias que tenho com os mesmos apelidos. Por exemplo tenho outros ascendentes Abreu que vêm de Travanca-S.Pedro do Sul-Viseu, poderá informar-me se os Abreus da Beira são todos uma só família. Também estou interessada em saber mais sobre a família Figueiredo, tem ou vai publicar alguma obra sobre famílias da Beira? Tenho ascendentes nas três Beiras. Também tenho vários apelidos Homem, não sei se pertencerão a uma só família.
Os meus melhores cumprimentos,
Fernanda Farrajota
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RE: 'Dúvidas' com Alexandre Tavares Festas
Caro Confrade,
Finalmente, durante as 'conversas' que tive sobre temática idêntica o parente Alexandre Tavares Festas teve a amabilidade de me enviar outra fonte 'GC', a versão impressa da Genealogia dos Costas, de 1741, de que aliás eu já tinha uma cópia em papel gentilmente cedida pelo José Caldeira.
Devidamente autorizado, reproduzo aqui, pelo interesse que tem, as explicações que me enviou.
Assim, diz ATF que esta GC foi «mandada fazer e autenticada pelo 5º avô, chanceler Bernardo Duarte de Figueiredo, aditada por D. José de Mendonça Arrais, seu parente (sob cujo nome inexplicavelemte ainda corre, apesar de existir o original manuscrito da obra, ou cópias da época, pelo menos), e novamente mandada ao que tudo parece copiar, mais tarde, em oitocentos, pelo genealogista miguelista Canaes, director da Biblioteca Nacional - e dada ao prelo em 1934 com um interessante e conclusivo estudo em posfácio por António Machado de Faria», e diz também que «a leitura atenta do posfácio permite-nos entender que foi na Genealogia dos Costas da autoria do seu antepassado que o Bispo se baseou primariamente para atribuir a filiação de Roque Fernandes nos Abreus de Viseu».
Diz ainda que «o interesse do avô Bernardo nos Abreu deriva do facto de ter casado, sg, em primeiras núpcias, com uma menina muito mais nova, D. Ana de Santa Helena Gerarda de Brito Figueiredo Brandão e Abreu. Era ela da célebre Quinta da Costa, em Bobadela, Nogueira-do-Cravo, vínculo que com o da Quinta da Coitena pode considerar-se como o mais vetusto, rico, extenso e respeitado de quantos existiam na região agora chamada da Beira Serra. Esta Quinta da Costa, curiosamente, e apesar da união do desembargador genealogista não ter dado frutos, veio a pertencer por casamento a um neto de Bernardo Duarte de Figº, meu tio-trisavô Francisco de Figueiredo e Miranda de Melo Cardoso, http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=63567 que desposou a herdª e sucessora destes Abreus, filha única do morgado anterior e sua parente. Na sua descendência, e na do sangue dos Figueiredos, se encontram ainda hoje os donos da propriedade.
Estamos portanto a tratar do entronque de um Abreu então muito rico, importante na zona, Abreu ainda hoje em dia usado, pelo menos, pelos primos Abreu Madeira, ainda hoje donos do solar de Canas de Senhorim e da Quinta da Costa, embora esta arruinada e em processo de difíceis partilhas. O Abreu deles era de representação do solar de Canas, e de varonia da Quinta da Costa, aonde o sobrenome de representação era o Madeira».
Diz finalmente que aguardará ver melhor o livro Raizes da Beira antes de voltar a escrever-me sobre o muito que tem lido, e ponderado, a fim de chegar às suas próprias conclusões, mas uma coisa pode adiantar: «independentemente destes Abreus serem os de Pombal ou os de Viseu, casaram decerto muito bem, nem mais nem menos com a fidalga herdeira de ambas as quintas vinculadas da Costa e da Coitena, topo da pirâmide patrimonial da época naquela região - vínculos de memória imemorial, perdoe o paradoxo, documentados já medievalmente. E outra conclusão infiro (sem com isto querer dar razão nem a EOG nem a MAS, pois com ambos tenho pontos de concordância, e de discordância): é que bem antes de 1741 tudo parece apontar que na Quinta da Costa, e entre os aliados e parentes desta, se aceitava e indicava como origem do Abreu então varonia dos donos da quinta, e mais casa vinculada, a Luís de Abreu como oriundo de Pero Gomes e sua mulher D. Mécia... disto tenho eu a certeza já»."
Com isto termino as transcrições resumidas de mensagens antigas que recebi a propósito das minhas dúvidas na filiação de Luís de Abreu.
Esperemos que o tópico motive novas gentes nas pesquisas em Lourosa, Viseu, AUC, etc., e quiçá em algum sótão de província, que traga à luz algum documento que esclareça inequivocamente a filiação deste nosso antepassado.
Com o melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Luís de Abreu, Cavaleiro da Ordem de Santiago ? - RE: Luis de Abreu e Águeda Fernandes
Caros Confrades,
A quem interessar, sobre o Luís de Abreu tratado neste tópico, encontrei na dissertação de doutoramento (FLUP) "Nobreza e Ordens Militares. Relações sociais de poder (Séculos XIV a XVI)", António Maria Falcão Pestana de Vasconcelos, Vol. II, Porto 2008, pág. 17, o seguinte:
LUÍS DE ABREU
- Ordem: Santiago
- Grau interno: Cavaleiro
- Ref. Cronológica: 1508 (nota 131)
- Família:
- Ascendentes: Poderá tratar-se do filho B de João Gomes de Abreu, clérigo, Bispo de Viseu e de D. Brites de Eça, filha de Fernando de Eça, neta do Infante D. João (nota 132)
- Colaterais: Irmão de Pedro Gomes e de DIOGO GOMES DE ABREU, comendador (nota 133).
- Outros Parentescos:
- Casamento/União:
- Descendência:
- Estatuto Social:
- Carreira Militar:
- Outros Cargos:
- Outras referências: Recebe autorização para ser armado cavaleiro da Ordem de Santiago, nesta data (nota 134).
Encontra-se registado no Livro de Matrícula da Ordem de Santiago, a 25 de Março de 1508 (nota 135).
Notas:
131 IAN/TT., Colecção Especial, Caixa 74, maço 1, Referido por PIMENTA, M.C.G., 2001, p. 519.
132 MORAIS, C. A. de, P.L., Tomo II, vol. II, p. 287.
133 MORAIS, C.A. de, P.L., Tomo II, vol. II, p. 287.
134 IAN/TT., Colecção Especial, Caixa 74, maço 1.
135 IAN/TT., Ordem de Santiago, Códice nº 275, fl. 5v. Referido por CHORÃO, M.J.M.B., 1990, p.29.
Embora isto não resolva a questão de fundo da filiação de Luís de Abreu tratado neste tópico, porque o autor apenas formula uma hipótese de filiação, pelo menos ficou documentado um Luís de Abreu matriculado na Ordem de Santiago em 1508, que pela cronologia poderia ser o Luís de Abreu c. 1460 (ver http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=57056) que várias fontes, já referidas no tópico, fazem filho B de João Gomes de Abreu, clérigo, Bispo de Viseu e de D. Brites de Eça, filha de Fernando de Eça, neta do Infante D. João.
A polémica continua ...
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Correcção sobre Luís de Abreu, Cavaleiro da Ordem de Santiago ?
Caros Confrades,
Por lapso o último parágrafo saiu com um erro de filiação de Luís de Abreu, que passo a corrigir:
Embora isto não resolva a questão de fundo da filiação de Luís de Abreu tratado neste tópico, porque o autor apenas formula uma hipótese de filiação, pelo menos ficou documentado um Luís de Abreu matriculado na Ordem de Santiago em 1508, que pela cronologia poderia ser o Luís de Abreu c. 1460 (ver http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=57056) que várias fontes, já referidas no tópico, fazem filho de Pedro Gomes de Abreu e de Mécia da Cunha.
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Correcção sobre Luís de Abreu, Cavaleiro da Ordem de Santiago ?
Caros confrades
Seria este Luis de Abreu filho de João Gomes de Abreu e irmão de Pedro Gomes de Abreu como vai no transcrito?
Assim parece.
João Gomes de Abreu terá vivido entre 1416 e 16.02.1482 (morrendo de repente). Foi Bispo de Viseu entre 1462/3 e 1482. Teve vária descendência incluindo-se nessa a havida com D. Beatriz de Eça (bisneta de D. Pedro I e D. Inês de Castro), a qual foi freira e abadessa em Celas (Coimbra) .
Entre os filhos deste figura Pedro Gomes de Abreu (nascido em 1461) o qual casa com D. Mécia da Cunha, Senhora de Tábua, havendo vários filhos entre os quais Roque d'Abreu e Eça e supostamente um Luis que é dito seria o pai de Roque Fernandes (c. 1490) - o que seria complicado se fosse filho de Pedro.
Ora este Luis é dito nascer por volta de 1460! Assim não pode ser filho de Pedro (não invalidando que este possa ter tido um filho com aquele nome, como o tio) mas seu irmão. Se Luis é nascido por volta de 1460 poderia muito bem ainda ser vivo em 1508 e assim ser o dito Cavaleiro de Santiago, justificando ainda por isso que se diga que a sua descendência seria fora dum casamento.
A repetição do nome Roque na descendência de Luis é também um indício que não deve ser ignorado pois sabemos da tradição da manutenção de nomes nas famílias. Talvez por isso tenhamos depois pelo menos 3 pessoas com o mesmo nome Roque Fernandes de Abreu o que daria algumas confusões.
Nas minhas pesquisas tenho assim (numa linha em que a precisosa ajuda do Arqº Eduardo Osório foi uma das chaves). As datas quando indicadas com precisão forão confirmadas nos paroquiais.
1. D. João Gomes de Abreu (Regalados 1416 - Viseu 16.02.1482) - D. Beatriz de Eça (c 1415-)
2. Luis de Abreu (c. 1460-) - Águeda Fernandes de Figueiredo
3. Roque Fernandes de Abreu, o pequeno (c. 1490-Lourosa 15.09.1572) - Briolanja Fernandes de Castelo-Branco (S. Romão - Lourosa 24.02.1573)
5. António Fernandes de Abreu - Isabel Nunes de Figueiredo (Vila Cova 1532-20.01.1582)
6. Roque Fernandes de Abreu (- VPB 13.07.1638) - Isabel Francisca de Figueiredo (Oliveirinha 1570-17.04.1634)
7. Isabel Nunes de Abreu (Lourosa 21.10.1584-) - Gaspar Dias da Costa (FSO) (Avô 30.04.1590-VPB 01.11.1670)
8. Roque Fernandes de Abreu (1610-) - Ana Álvares de Figueiredo
9. Maria de Abreu da Costa e Figueiredo (VPB 10.12.1647-VPB 07.11-1694) - Tomé Chichorro da Gama Pinheiro (-CBR 16.10.1694), FCR
10. André Chichorro Pinheiro da Gama Lobo (VPB 1680 -) - Licº, COX, FCR, FSO 04.05.1718, (que será aquele cujo Nobiliário se refere numa das entradas iniciais deste tópico)
Cumprimentos
RCC
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RE: Correcção sobre Luís de Abreu, Cavaleiro da Ordem de Santiago ?
Caro Rui,
Penso que deverá haver alguma confusão na genealogia que apresenta, pois o Luis de Abreu (c. 1460-) cc Águeda Fernandes de Figueiredo vem como filho de Pedro Gomes de Abreu e de Mécia da Cunha nas fontes que o referem.
O João Gomes de Abreu e de Beatriz de Eça são pais de outro Luís, o Luís Gomes de Abreu (c. 1440) cc Filipa Afonso, como refere o artigo.
A sua confusão resultará de algumas das datas usadas no seu raciocínio não coincidirem com o que está aqui no Geneall, como p. ex. o Pedro Gomes de Abreu c. 1461 que indicou em vez de c. 1440, como vem aqui no site:
D. João Gomes de Abreu, bispo de Viseu * c. 1410 + 16.02.1482
Filhos de D. Beatriz de Eça * c. 1415
Pedro Gomes de Abreu * c. 1440 Mécia da Cunha, 10ª senhora de Tábua ------ pais de Luís de Abreu c.1460
Diogo Gomes de Abreu * c. 1450 Teresa de Azevedo
Luis Gomes de Abreu * c. 1440 Filipa Afonso
A minha chamada de atenção era para o facto de o Luís de Abreu que se encontra registado no Livro de Matrícula da Ordem de Santiago, a 25 de Março de 1508, ser mais lógico que fosse o Luís de Abreu c. 1460 do que o Luís Gomes de Abreu c. 1440, que o autor do artigo indicou.
A ser como eu digo, o Luís de Abreu ficaria melhor documentado para ser aceite como filho de Pedro Gomes de Abreu, tanto mais que o MAS não aceita este entronque (ver opinião dele no tópico), entre outros argumentos, "Porque, na verdade, não há qualquer rasto documental desse Luiz de Abreu. Um único! O que, só por si, bastaria para negar que fosse filho de Pedro Gomes de Abreu.".
Cumprimentos,
Ângelo
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