Pedro Teixeira - explorador, sertanista e militar

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Pedro Teixeira - explorador, sertanista e militar

#209882 | coelho | 04 ott 2008 22:58

Caros confrades,

alguém possui dados sobre a família de Pedro Teixeira?

Mais nada sei, para além do texto da pt.wikipedia transcrito em baixo.

Melhores cumprimentos,
Coelho

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Pedro Teixeira (Cantanhede, 1570 — Belém, 4 de Julho de 1641) foi um explorador, sertanista e militar português.


[editar] Biografia
Pouco se conhece sobre a sua família ou os seus primeiros anos de vida.

No contexto da Dinastia Filipina participou, com Jerônimo de Albuquerque, na campanha para expulsar os franceses de São Luís do Maranhão, no litoral nordeste do Brasil.

Após a expulsão destes, em fins de 1615, a Coroa Portuguesa determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar a sua posse sobre a região. Uma expedição de três embarcações, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, foi enviada, nela seguindo o então alferes Pedro Teixeira. A 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará onde, numa ponta de terra, foi fundado o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém do Pará.

Lutou contra os neerlandeses, os ingleses e os Tupinambás. Em 1627, frei Vicente do Salvador, na sua obra "Historia do Brazil", destacou a sua atuação.

Entre 1636 e 1638, chefiou uma expedição de mais de mil homens subindo o curso do rio Amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana. Empregando cerca de 50 grandes canoas, partiu de Belém do Pará e alcançou Quito, no Equador. Fundou Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. A viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.

Como reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia brasileira, foi agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640, mas a sua gestão foi curta, tendo durado apenas até Maio de 1641,vindo a falecer em Julho desse mesmo ano.


[editar] Bibliografia
MIRANDA, Evaristo Eduardo de. Quando o Amazonas corria para o Pacífico. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.

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RE: Pedro Teixeira - explorador, sertanista e militar

#209888 | coelho | 04 ott 2008 23:27 | In reply to: #209882

Já agora, mais um texto retirado do site da Biblioteca Municipal de Cantanhede.

Cumprimentos,
Coelho

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Pedro Teixeira:


Pedro Teixeira, de ascendência nobre, nasceu provavelmente em 1585, em Cantanhede, cabeça de concelho do distrito de Coimbra. Nada se sabe sobre a sua vida em Portugal, mas sabe-se que casou com Ana da Cunha, de origem açoreana e que foi para o Brasil em 1607. Começa o seu nome a tomar vulto, aquando da luta com os franceses, fixados em S. Luís de Maranhão.

Em 19 de Novembro de 1614 defende com sucesso o forte da Natividade, em Guaxinguba. Em 25 de Dezembro de 1615 parte de S. Luís, em direcção ao Pará, para explorar, conquistar e colonizar, esta região, aqui chegando a 12 de Janeiro de 1616, data que assinala a fundação de Nossa Senhora de Belém. A 7 de Março do mesmo ano parte novamente por terra para S. Luís a dar notícia da fundação da cidade. Aqui chega passados dois meses, onde é recebido com assombro e alegria. Tinha sido a primeira vez que se fazia por terra a viagem entre a foz do Amazonas e S. Luís. A viagem tinha sido extremamente dura. A floresta virgem, a profusão de rios a atravessar, os tupinambás em arremetidas constantes tinham feito grandes estragos entre a expedição, mas Pedro Teixeira tinha cumprido com sucesso a sua missão. Regressa novamente a Belém, mas agora por mar. A 7 de Agosto é nomeado comandante -já com a patente de tenente -de uma expedição para punir um navio holandês, que se encontrava no Amazonas. A 9 de Agosto ataca-o e ao abordá-lo, após renhida luta, acaba por vencer. Embora ferido, manda incendiar o barco holandês, retira-lhe a artilharia, que traz para o forte de Presépio. Segundo Berredo só se salvou um rapaz holandês de nome Trombeta, que foi trazido para Belém como troféu. Por este feito é promovido ao posto de capitão. Entretanto passa a Colónia, por grandes perturbações. Sucedem-se os crimes, levantamentos e deposições. O assassinato do capitão Álvaro Neto e a deposição de Francisco Caldeira Castelo Branco, traz a anarquia à cidade de Belém. Aproveitam os tupinambás para atacarem em força a cidade, colocando os sitiados em posição difícil. Só uma bala certeira do capitão Gaspar Fragoso no chefe indígena «Cabelo de Velha», consegue criar o desânimo nos hostis indígenas. Os tupinambás são então completamente desbaratados. A 20 de Setembro do mesmo ano, novo levantamento militar .O capitão-mor Matias de Albuquerque é deposto, sendo eleita uma Junta Governativa, constituída por Frei António Marciano, capitão Custódio Valente e o capitão Pedro Teixeira. Com a retirada dos dois primeiros em 1620, fica unicamente Pedro Teixeira no desempenho do cargo até 18 de Junho de 1621. É então criado o Estado do Maranhão, sendo nomeado seu governador Bento Maciel Parente.

Em princípios de 1622 é encarregado Pedro Teixeira de abrir uma estrada que ligasse as capitanias do Pará e do Maranhão. Tal empreendimento não foi concluído por terem surgido grandes dificuldades, especialmente pela grande profusão de rios a atravessar. Continuavam os holandeses a importunar a fixação dos portugueses na região. É incumbido Pedro Teixeira da destruição dos fortes holandeses «Nassau» e «Orange», incumbência que cumpre do melhor modo. Em 2 de Maio de 1625 é entregue ao Capitão Pedro Teixeira a chefia duma expedição para destruir o forte holandês Mandiutuba, situado na margem direita do rio Xingu. A frente de cinquenta i' soldados e setecentos . índios guerreiros, ataca . simultaneamente o forte por terra e pelo rio. Apesar da valente resistência do capitão Nicoláo Ondaen e da sua bem organizada tropa, ao cair da noite o forte estava em seu poder.





Em 1626 faz uma expedição de exploração pelo Baixo Amazonas. Sobe o rio Preto onde faz uma exploração meticulosa das suas margens e cria boas relações com os ""- nativos. Em Setembro de 1629 é incumbido de expulsar os ingleses sediados no forte «Torrêgo», nas margens de Tareiú, subafluente do Amazonas. A 24 de Outubro, após renhida luta, o forte cai em seu poder, tendo morrido em combate o seu comandante. Poucos dias depois chega ao Amazonas o capitão inglês Robert North, que, ao tomar conhecimento do acontecido no forte «Torrêgo», procura vingar a derrota dos seus compatriotas. Com dois navios ataca o forte de Santo António, em Gurupá, onde se encontrava Pedro Teixeira. Trava-se renhido tiroteio e como não conseguisse vencer as baterias portuguesas, resolve assaltá-lo. Pedro Teixeira e a sua guarnição defendem-se galhardamente e os ingleses completamente derrotados, retiram-se para a margem esquerda do Amazonas, onde irão construir um forte. Em 1631, unia expedição comandada por Jácome Raimundo de Noronha, destrói este forte e os ingleses que o guarneciam são trazidos prisioneiros para Belém. Foi esta a última tentativa dos ingleses para se manterem no Amazonas.

Estava finalmente conquistado o Baixo Amazonas! Novas aventuras se seguiriam!

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