Jornalista José Sousa Bandeira - "Braz Tizana"
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Jornalita José Sousa Bandeira - "Braz Tizana"
Boa Tarde,
Alguem tem dados genealogicos relativos ao Jornalista/Escrivão José de Sousa Bandeira (usava o pseudónimo Braz Tisana) residente em Guimaraes que viveu entre 1789 e 1861.
Obrigada,
rita carmo
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RE: Jornalita José Sousa Bandeira - "Braz
Cara Rita Carmo,
José de Sousa Bandeira foi um escrivão e jornalista natural de Lisboa. Se não me engano veio para Guimarães quando o seu pai (já vi o nome do pai em qualquer lado mas não me recordo onde) assumiu o cargo de escrivão em Guimarães (cargo que mais tarde viria a ocupar). Em Guimarães fundou o jornal "Azemel Vimaranense", periódico de orientação liberal.
Casou em Guimarães com Ana Joaquina Gouveia (http://sarmento.eng.uminho.pt/cgi-bin/geneweb?b=Oliveira;lang=pt;p=jose+sousa;n=bandeira).a
A sua filha (não sei se do mesmo casamento) Maria da Glória Sousa Bandeira viria a casar com o Dr. Avelino da Silva Guimarães (http://sarmento.eng.uminho.pt/cgi-bin/geneweb?b=Sebas;lang=pt;p=maria+gloria+sousa;n=bandeira)
No site da Sociedade Martins Sarmento poderá encontrar variada informação sobre o "Azemel Vimaranense" e sobre a vida de Sousa Bandeira (http://www.csarmento.uminho.pt/ndat_33_det.asp?jornalID=1).
Pode dizer-me qual é o seu interesse em José de Sousa Bandeira? Eu tenho um antepassado que era chefe constitucional em Guimarães e vendia o "Azemel" na sua loja e tenho algum interesse nas informações sobre os constitucionais em Guimarães.
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: Jornalista José Sousa Bandeira
Caro Francisco Brito
Tenho memória de ter visto um assento onde se lia que os pais de José de Sousa Bandeira eram vimaranenses.
No Porto continuou na profissão de escrivão, que exerceu durante anos no Tribunal da 1.ª Vara e, a partir de finais de 1855, na Relação do Porto.
A primeira mulher morreu na década de 1850, não sei precisar quando, e ele casou, pouco depois, com uma cunhada.
Teve também uma filha de nome Joana, que foi quem promoveu a publicação dos "Escritos humorísticos em prosa e verso do falecido José de Sousa Bandeira", em dois volumes (Porto, 1874-77) e com um prefácio vagamente biográfico de Custódio José Vieira.
Cumprimentos,
Manuel.
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RE: Jornalita José Sousa Bandeira - "Braz
Caro Francisco Brito:
Antes demais, muito obrigada pelas informações. A minha avó era bisneta de José Sousa Bandeira, neta de sua filha Matilde Amelia de Sousa Bandeira (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=325306). Daí o meu interesse sobre a vida deste conhecido jornalista. Sei muito pouco sobre o assunto, por isso todas as informações são bem-vindas.
Melhores cumprimentos,
Rita Carmo
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RE: Jornalita José Sousa Bandeira - "Braz
Cara Rita Carmo e caro Manuel,
Deixo aqui uma parte de um texto do blog "Memorias de Araduca" (http://araduca.blogspot.com/2006/07/o-azemel-vimaranense.html) onde se fala um pouco do "Azemel Vimaranense" e de José de Sousa Bandeira:
"A imprensa periódica tem uma presença muito antiga e activa na vida local vimaranense Até aos nossos dias, já se publicaram em Guimarães mais de cento e cinquenta título: de jornais, parte deles de existência efémera, outros com uma longevidade assinalável O percursor foi o Azemel Vimaranense, que nasceu por volta de Outubro de 1822, aquando do juramento da Constituição Liberal, e desapareceu em Maio do ano seguinte, com a insurreição absolutista liderada por D. Miguel que ficou conhecida pela Vilafrancada.
Defensor dos ideais do liberalismo, recorrendo a uma linguagem cáustica e mordaz, o Azemel teve, no curto espaço da sua existência, uma participação activa e participante na turbulência política que atingiu Guimarães nos primeiros tempos do Liberalismo, Embora os textos que publicava não fossem assinados, terão sido seus redactores José de Sousa Bandeira, escrivão judicial de Guimarães, Manuel Luís Pinheiro Nogueira Gouveia, professor de Filosofia, Gramática Latina, Música e Cantochão, e frei Rodrigo Joaquim de Meneses, monge Jerónimo natural de Guimarães, que em 1829 foi preso, por combater o absolutismo, tendo sido condenado no ano seguinte a degredo, por toda a vida, para um dos presídios de Caconda (Angola).
O principal animador desta publicação foi José de Sousa Bandeira, que nasceu em Lisboa, em 1789. O seu pai, também José de Sousa Bandeira, foi nomeado, em 1808 proprietário do cargo de escrivão do judicial da comarca de Guimarães pelo príncipe regente, futuro D. João VI, que seria herdado pelo filho.
Bandeira participou activamente na vida política. Perseguido pelas suas ideias, foi preso na Relação do Porto, em 1824, por delito de opinião. Voltou para as masmorras no início de 1829. Em 1828, tinha acompanhado o exército liberal para a Galiza, para evitar a perseguição dos absolutistas, a quem não poupava nos seus escritos inflamados. Por força da sua acção em defesa dos ideais liberais, Guimarães tinha sido uma das últimas terras do reino a reconhecerem D. Miguel. O exílio seria curto. Sousa Bandeira não resistiria a voltar clandestinamente a Portugal, tendo-se escondido no Porto onde acabaria por ser descoberto, preso e condenado à morte. No dia 10 de Outubro de 1829, a pena seria comutada. Teve a mesma sorte que o frade Rodrigo Meneses, o degredo perpétuo para Angola, cabendo-lhe em sorte o presídio de Pungo Andongo. Caso regressasse, enfrentaria a execução. Conduzido para a prisão em Lisboa, não teria chegado a embarcar para o degredo, tendo sido devolvido à liberdade apos o desembarque do Duque da Terceira, em 1833. Regressaria a Guimarães onde teria participação activa na célebre Sociedade Patriótica Vimaranense. Em 1836, após a morte da sua mulher (filha de outro dos redactores do Azemel, Manuel Luís Gouveia), foi transferido por Passos Manuel para o Tribunal do Comércio do Porto, onde se notabilizou como redactor do Artilheiro e do Braz Tizana. (...)" - Texto da autoria do Dr. Amaro das Neves
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