Afonso Henriques – Português de Guimarães
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Afonso Henriques – Português de Guimarães
Dom Afonso Henriques vai comemorar 900 anos. Polémica quanto ao lugar e à data de nascimento.
Quem desejar dar seu contributo, vejam, por favor os links abaixo.
www.dodouro.com/
www.pressdisplay.com/
www.ecb.web.pt/
Pascoas Felizes.
Natália Sarmento.
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Dom Afonso Henriques, vimaranense por tradição e por opção, viseense com alguma probabilidade e por acaso...Nenhuma cidade pode afirmar (com certeza absoluta) que foi a pátria do nosso primeiro rei...
Para saber um pouco mais da relação de Guimarães com Dom Afonso Henriques e da dedicação da minha cidade ao nosso primeiro Rei basta ver o blogue Memórias de Araduca, onde estão alguns elementos interessantes sobre esta matéria (http://araduca.blogspot.com/search/label/Afonso%20Henriques).
Boa Páscoa para todos,
Francisco Brito
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RE: Afonso Henriques - Sugestão ao Geneall
Já agora deixo a sugestão ao Geneall de por um ponto de interrogação no local de nascimento de D. Afonso Henriques bem como alerto para o facto de Dom Afonso Henriques aparecer na BD casado (por lapso) com Manuel Prestrelo França (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1)...
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Caros confrades,
Sobre esta questão volto a recomendar o blogue Memórias de Araduca (araduca.blogspot.com) , onde se pode ler o excelente post "D. Afonso Henriques nasceu em Viseu?" (dividido, para já em oito partes). A não perder.
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
O Blog apresenta um selo de D. Afonso Henriques apócrifo. Por que será? E nenhum argumento histórico em prol da tese de Guimarães... E por que comemoram em 2009 e não em 2011? Se a tese viseense não tem fundamento é o que deveriam ter feito. E por que "encomendaram" o trabalho e depois ignoraram as conclusões sem as refutar até hoje? Estavam erradas, era atalhar logo sem esperar pela progressiva concordância de medievalistas consagrados, ou não? Esse é que é o "silêncio" que custa compreender...
Cumprimentos
Sérgio sodré
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
O seu nascimento deveria ser comemorado, pelo menos, em todas as capitais de Distrito, pois Dom Afonso Henriques é de todo Portugal; tenha ele nascido em Viseu... Coimbra... Guimarães!
Deviam assinalar-se em todas as cidades e vilas actividades sobre o nascimento do nosso Rei.
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Certo!
Mas isso não obsta a que se discuta sobre o que será de considerar mais verosímil ou mais provável em termos da documentação histórica que vai sendo descoberta e analisada no tocante ao local de nascimento... Não se percebe o esforço em denegrir novos avanços e interpretações que começam a ser aceites por pessoas de nomeada nos estudos medievais portugueses, a investigação histórica é dinâmica e não deve ser bloqueada em nome da tradição ou de interesses locais. Mas o que é isso de encomendar estudos em que as conclusões já estão pré-determinadas? Não estamos a falar de obras de betão, as autarquias têm de perceber que os historiadores não são mestres de obras...
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Caro Sérgio Sodré,
A cidade de Guimarães vê Afonso Henriques como um "filho da terra" ou pelo menos como um "filho adoptivo"… A hipótese de D. Afonso Henriques ter nascido em Guimarães vêm, ao que parece, de afirmações existentes em documentos muito posteriores ao seu nascimento e de uma tradição que ao longo dos séculos foi crescendo e se foi afirmando. Os vimaranenses que se dedicaram a esta questão com algum rigor sempre afirmaram que não havia certezas quanto ao nascimento de D. Afonso Henriques (veja-se o caso do Dr. João de Meira, que o fez em 1906), embora muitos deles vejam Guimarães como o local do nascimento do nosso primeiro Rei por uma questão puramente tradicional, não defendendo este local de nascimento como um facto…
A tese que aponta Viseu como pátria do nosso primeiro Rei tem, como já deve ter reparado após ler o blogue Araduca, algumas falhas e nenhuma certeza quanto ao nascimento do nosso primeiro rei. Bem sei que a História de uma época tão remota não se faz de certezas absolutas, mas sim de probabilidades e de suposições que como tal, Viseu pode ser uma boa probabilidade.
Apesar de tudo penso que Guimarães continuará a ser vista, na tradição, como o local de nascimento de D. Afonso Henriques, ou se preferirmos como “a sua terra”. Para a história o local de nascimento de D. Afonso Henriques continuará a ser uma incógnita…
Cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Caro Francisco
Em princípio tenho de concordar com o que diz. A historiografia lida com probabilidades decorrentes da análise dos documentos que vão surgindo e Viseu, como escreve, é uma boa probabilidade.
A questão é, julgo eu: perante o que hoje se sabe, qual deve ser a hipótese a que os historiadores devem dar a primazia como sendo a mais provável? É só isso que se deve discutir e não a efectiva descoberta da verdade objectiva. O que é hoje mais verosímil? O que se passa, julgo eu, é que está a formar-se um grupo relevante de especialistas medievais que acredita ser Viseu o mais provável local de nascimento em função dos escassos elementos objectivos disponíveis até ao momento e relega Guimarães para um segundo grau de probabilidade. É só isso e nada mais...
cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Caro Francisco Brito
Estive a folhear a obra recentemente editada "D. Afonso Henriques: um Rei polémico" que faz a crítica da tese de Viseu e retoma Guimarães com argumentação interessante. Matoso apanha por tabela. Terei de a adquirir e ler tudo para comparar, mas com certeza que haverá polémica, o que é bom... Do que li pareceu-me bem fundamentada. Aguardo reacções dos historiadores especializados no período em apreço. Se não houver é porque realmente quase nada se sabe... Acho incrível que nem haja certeza quanto à localidade onde D. Teresa e D. Henrique residiam habitualmente.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Afonso Henriques – Português de Guimarães
Caro Sérgio Sodré,
Infelizmente ainda não tive oportunidade de ler a obra que referiu nem de fazer uma análise cuidadosa (e com as comparações que se exigem) à obra de Almeida Fernandes…
Ainda que tenha formação em História não me dedico à época medieval, contudo não me parece muito arriscado afirmar que será quase impossível determinar “indubitavelmente” (expressão usada por Almeida Fernandes para defender a sua tese viseense) o local de nascimento de D. Afonso Henriques.
No que diz respeito à hipótese de Guimarães, há alguns factores que podem contribuir para que a hipótese vimaranense continue a ser uma boa hipótese. Um deles é o facto de Guimarães ser o local onde desde o século X se encontrava a sede do Condado Portucalense (descobertas arqueológicas feitas no Mosteiro de Santa Marinha da Costa parecem corroborar este facto). Depois temos o Foral de D. Henrique a Guimarães que, sendo o seu primeiro foral, demonstra claramente a importância da Vila bem como a posterior confirmação dada por Afonso Henriques a este foral…
Para além destes aspectos que referi e de outros por todos conhecidos, ainda há um outro com bastante interesse para esta questão. Ao citar a Crónica (1419) em que é referido o papel de Egas Moniz e a sua relação com D. Afonso Henriques, José Mattoso refere o conteúdo da referida crónica como sendo uma lenda que pretendia engrandecer o papel de Egas Moniz na sua relação com D. Afonso Henriques. Contudo Mattoso faz uma ressalva, dizendo que a referência ao mosteiro de Carcare pode fazer algum sentido visto que este se teria encontrado nas terras da família de Ribadouro (da qual faria o parte o aio – Ermígio Moniz e não Egas Moniz – que criou D. Afonso Henriques). Se a crónica tinha como principal objectivo perpetuar a lenda que engrandecia Egas Moniz (e a família de Ribadouro) qual o motivo porque se faz uma referência explicita a Guimarães neste documento e não a outra qualquer localidade(“Como dom Egas Monis soube que a rainha parira (…) veio-sse logo a Guimarães onde o conde era” (…) “ E, quando Egas Monis viu tam bella criatura [D. Afonso Henriques]” ?
Bem sei que em Guimarães poderia só estar o conde e não D. Teresa e que o texto é fundamentalmente uma lenda, sem grande conteúdo histórico, mas esta referência a Guimarães parece-me fazer algum sentido, pelo menos no que diz respeito à residência do conde, o que pode ser uma eventual pista para tentar perceber porque é que Guimarães é apontada como a pátria do nosso primeiro rei...
Agradeço-lhe a paciência para ler a minha resposta mas, como vimaranense que sou, sempre que o assunto é Guimarães ou D. Afonso Henriques deixo-me levar pelo entusiasmo...
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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Um ? para a data e local de nascimento de D. Afonso Henriques
Porquê insistir numa data e num local, quando não há certezas quanto ao nascimento de D. Afonso Henriques? Porque não um simples ponto de interrogação?
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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"Incultura histórica"...As dúvidas de José Mattoso quanto ao nascimento de Afonso Henriques
"Quando investigou Afonso Henriques, criou a dúvida sobre se o seu nascimento acontecera mesmo em Guimarães ou Viseu.
Não fiz uma investigação pessoal, antes aceitei a tese do historiador Almeida Fernandes e limitei-me a dizer que seria a tese mais segura. No entanto, acabei por concluir que não era tão segura como pensava e considero que é necessário voltar a examinar a questão se ela nos interessar mesmo. Dei essa opinião na biografia sobre Afonso Henriques sem pensar que iria constituir uma base para uma polémica e quando realizaram o congresso invocaram a minha opinião. Parece-me, no entanto, que esta polémica sobre a terra onde o rei nasceu é excessiva, porque questiono qual é a importância exacta sobre se a terra natal do nascimento do rei é Guimarães ou Viseu? Do ponto de vista histórico, é praticamente nenhum, porque o rei não fez a sua vida em nenhum destes lugares, mas em Coimbra e a partir desta cidade.
Mas foi uma dúvida [o local] que causou bastante polémica.
Concordo, mas não se verifica por razões históricas, mas de rivalidade paroquial entre duas cidades. Diria que é uma espécie de manifestação de incultura histórica. " (http://www.dn.pt/gente/Interior.aspx?content_id=1535002&page=10)
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