Manuel Dias 1574

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Manuel Dias 1574

#232243 | José-Manuel | 19 giu 2009 14:59

Investigação de:
Henrique Leitão (Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia) e de Rui Magone (sinólogo).

Manuel Dias, nasceu em Castelo Branco em 1574
ingressou na Companhia de Jesus em 1593,
estudou Filosofia em Coimbra antes de partir para a Índia, Macau e entrar na China em 1610.

Chegou a Pequim em 1613, onde redigiu o "Sumário de Questões sobre os Céus".

Ironicamente os jesuítas na China estavam proibidos de ensinar disciplinas não religiosas, como a Astronomia ou a Matemática.

Entre 1625 e 1635 Manuel Dias foi a autoridade máxima da companhia na China. Morreu a 4 de Março de 1659.

O primeiro globo da China é feito por Manuel Dias e pelo italiano Nicolau Longobardo. É de 1623, quando ainda não havia noção na China de que a Terra era esférica. A toponímia é toda portuguesa. Ainda existe e está na British Library.

Foi Manuel Dias que ensinou aos chineses quem era Galileu (...)
Chama-se Sumário de Questões sobre os Céus. É um documento de 100 páginas, com prefácio.
E a estrutura do texto vem no formato de perguntas - colocadas por um chinês - e de respostas - dadas por um ocidental com conhecimento de astronomia.

O ocidental era um padre jesuíta português, chamado Manuel Dias. E foi ele quem apresentou Galileu e as suas descobertas à China, em 1614, apenas três anos depois de o trabalho de Galileu ter sido publicado.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1387537
19.06.2009 - 09h48 Ana Machado
____________________________________________________

Outros quatro jesuítas portugueses se notificaram como António de Andrade e Manuel Marques, por em 1624 contactaram a misteriosa cultura milenar Tibetana do "Teto do Mundo" no Himalaya.
Seguidos por Cabral e Cacella em 1627-1630.

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

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RE: Manuel Dias 1574

#233007 | cfpp | 30 giu 2009 12:29 | In reply to: #232243

Caro José Manuel,

Fiquei contente por ver que aqui no Fórum, esta notícia já tinha merecido atenção.
Realmente dá que pensar, o interesse dos chineses da época e o grande conhecimento dos nossos jesuítas portugueses e da Sua Companhia.

No presente, o trabalho dos historiadores, dando visibilidade à nossa História, é imprescindível.
Oxalá nos voltemos a entusiasmar, oferecendo novamente ao mundo um contributo que nos enriqueça a todos. Temos muito boas "cabeças", mas estão tão isoladas e dispersas pelos 4 cantos desta Terra... Assim, fica difícil reavivar Companhias!....
Haja ânimo!

Obrigada por ter veiculado tão bem, esta notícia, a todos nós.
Mª Carlota

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RE: Manuel Dias 1574

#233063 | José-Manuel | 01 lug 2009 02:38 | In reply to: #233007

Cara Dona Maria Carlota Franco,

Agradecido pela sua mensagem, contente também de saber que algo do que tenho escrito neste Fórum agradou.

Pessoalmente penso que nesta actual sociedade consumista têm que ser os consumidores a motivar os historiadores a revelarem o muito que está ainda por revelar sobre a história, de Portugal e Universal, e há tanta coisa interessante escondida.

Tem que haver ânimo... nesta era do ADN não devemos esquecer que a herança dos mais ilustres dos nossos está presente mas adormecida, é só preciso estimula-la para a despertar.

É esse o meu intuito.

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

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RE: Manuel Dias 1574

#233127 | cfpp | 01 lug 2009 21:11 | In reply to: #233063

Um óptimo intuito! Caro José Manuel,

...É verdade, dizem que temos todos essa herança, bem escrita nos nossos "mapas", genéticos, mas continuamos ainda muitos, à espera que no-los leiam e acordem. E, às vezes, talvez seja só preciso estarmos atentos a pequenas indicações e sinais.

Continue a estimular, com as suas mensagens que despertam a curiosidade e ajudam. E, se por vezes, gerarem alguma controvérsia, ela é saudável.

Comecei a reparar, no meu curto e amador contacto com o estudo da genealogia que ela se prende com tanta outra coisa da vida; talvez a razão da busca no historial do passado, onde encontramos muitas certezas, compense as dúvidas do presente e, as grandes incógnitas e medos do futuro. Sempre deve ter sido assim e, nem por isso, recuámos na aventura de descobrir novos saberes e caminhos.
Confiemos um pouco mais em nós!

Apreciei a delicadeza mas, pode só tratar-me pelo nome, combinado?

Agradeço e retribuo os cumprimentos,
Maria Carlota

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