Menus da Casa Real
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Menus da Casa Real
Sobre este assunto que ando a pesquisar, peço o auxílio de um heraldista:
Nos Menus da Casa Real do tempo de D. Carlos surgem, naturalmente, as armas coroadas do Rei e da Rainha, em relevo ou dourado, sobre um elemento heraldico que não sei como designar:
Trata-se de um espécie de dragão alado, de cauda enrolada rematada em seta.
Se for necessário posso enviar uma reprodução por email.
Desde já agradeço o auxílio que me possam prestar.
Cumprimentos,
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
O Dragão é o Timbre dos Duques de Bragança!
É meramente estético! São realmente muito bonitos, concordo consigo.
Já tenho visto o Dragão a agarrar "fortemente" as Armas dos Duques de Bragança!
Cumprimentos,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Caro Luís, obrigada. Ora aí está uma coisa que não sabia.
Já agora, sabe dizer-me porquê? Influência inglesa?
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RE: Menus da Casa Real
Caro Luis GMG
Peço desculpa de discordar mas o timbre dos Bragança não é um dragão mas sim uma cabeça de cavalo. O dragão, ou segundo alguns a serpe alada, é o timbre das armas do reino de Portugal. Claro que durante a dinastia de Bragança o rei usava as armas de Portugal e não as da sua família, daí a possível confusão
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Menus da Casa Real
Tem toda a razão, Caro João Cordovil Cardoso!
É o timbre da Casa Real!
Cumpriementos,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Meramente estético!
Uma composição muito bonita, que certamente agradou à Família Real. Afinal o Dragão é o timbre da Casa Real. O Cavalo é que é o timbre do Ducado de Bragança.
Se era uma influência inglesa, não sei! Uma coisa sei: era uma influência de muito bom gosto!
Pode enviar-me a imagem se fizer o favor? O meu e-mail é: genealogia_@portugalmail.pt
Melhores cumprimentos,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Acabei de lhe enviar por email uma imagem (feita em scaner), a partir de um dos menus da minha colecção.
Tem inteira razão: o dragão está "firmemente" agarrado às armas reais !
A minha ideia da influência inglêsa surgiu-me espontaneamente da iconografia de S. Jorge. Mas, talvez seja um disparate.
Este timbre, no que respeita a menus, não aparece nos exemplares do reinado de D. Luís. E volta a desaparecer do reinado de D. Manuel I (excepto em alguns exemplares, certamente "sobras" do reinado anterior). Mas a minha colecção não é, naturalmente, exaustiva.
Cumprimentos,
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
Caríssima,
Obrigado pela imagem. É tão bonita!
É uma imagem em revelo!
Ousadia minha, mas tem mais imagens destas? Menus? Monogramas?
Atenciosamente,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Caros confrades
Não sei em que altura o dragão, ou serpe alada na opinião de outros como referi, entrou nas armas de Portugal. Creio contudo que já o fotografei nas armas que encimam a porta principal do Mosteiro da Batalha, mas agora não consigo confirmar. Mas sobre a porta dos Jerónimos estou seguro que está representado.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Menus da Casa Real
Cara Isabel:
Não sei se é a mesma Isabel que eu conheci em tempos na Gulbenkian?
Anda a preparar algo sobre os menus da Casa Real?
Se quiser, responda-me para o meu email: gsousa@porto.ucp.pt
Cumprimentos,
Gonçalo Vasconcelos e Sousa
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RE: Menus da Casa Real
o DRAGÃO é um dos símbolos heráldicos dos princípes e infantes da Casa Real.
O dragão é sempre usado como timbre nas armas dos infantes de Portugal .
Assim sendo, e como o FC Porto tem como emblema as antigas armas da cidade do Porto que tem a coroa ducal e o dragão por ter sido cidade ducal ( Duque do Porto, título usado pelo 2º filho do Rei a partir de determinada altura) são chamados os dragões sem que , infelizmente, a grande maioria das pessoas saiba a sua origem.
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RE: Menus da Casa Real
Claro está que o Rei como 1º princípe podia usar este símbolo, mas nunca o fez em época constitucional e mesmo antes, nas sua armas pessoais, limitando-se a usá-lo como um adorno estético em algumas representações menores, como por exemplo : menus reais , adornos em palácios (escadaria do Paço Real da Ajuda e no paço Real da Pena) e cartões de visita, por exemplo.
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RE: Menus da Casa Real
Caríssima,
Pode ser que este link dê alguma luz sobre o assunto:
http://heraldica-real-portuguesa.blogspot.com/2008/05/nclitagerao.html
Miguel Angelo M. Boto
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RE: Menus da Casa Real
Caro Luís GMG,
Em primeiro lugar, pode dar-me, ao menos um apelido seu?. Não me leve a mal, mas é que GMG faz-me lembrar uma "marca registada" e não me dá geito nenhum usá-la.
Quanto à imagem que lhe enviei, não tem nada que agradecer, prestou-me um auxílio precioso.
Destas, realmente tenho bastantes. Bem como de menus herárdicos de outros membros da Casa Real - D. Luis, D. Maria Pia, D. Fernando (e a Condessa d'Edla) e, por fim D. Manuel I. E ainda outros de outras casa nobres, como por exemplo a Casa Castello Melhor. E outros não heráldicos mas também interessantes.
Tenho também uma boa colecção de ex-libris heráldicos portugueses. Além de ingleses, mas esses não os sei identificar (conhece alguem que se interesse por estes últimos?).
Pode sempre contactar-me, aqui ou pelo email que já conhece.
Com os melhores cumprimentos
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
Obrigadíssima. Já guardei o seu blogue nos meus "Favoritos".
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RE: Menus da Casa Real
Caro Pato
Sou do Benfica,lolo, mas sabia a origem do dragão do FC Porto?
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RE: Menus da Casa Real
Caro PTP,
Confesso-lhe que apesar de ser portuense e portista, também não sabia, ou melhor, já não me lembrava!
Mas fez bem recordar e, como tripeiro e FêCêPê, agradeço-lhe!
Um abraço,
João Pombo
PS: Ora aí está um tema que acho que nunca foi abordado aqui no Geneall, a heráldica dos clubes de futebol...
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RE: Menus da Casa Real
caros Confrades
Perdoem a minha insistência mas o dragão NÃO é apanágio dos Infantes. É, de facto, o timbre das armas de Portugal, como poderão constatar em:
http://www.fotogenicos.net/galeria/data/502/mosteiro.jpg
que representa as armas que encimam a porta do Mosteiro da Batalha.
Nessa representação verão, à dextra, as armas de D. João I, à sinsitra as armas de sua mulher e, sobre ambas, as armas do Reino.
Já agora a diferença usada pelos infantes é cosntitída pelo banco de pinchar, ou lambel, e não por qualquer timbre.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Menus da Casa Real
Foram ou não os ingleses que nos ajudaram a vencer a Batalha de Aljubarrota? (Como já o tinham sido na conquista dos Castelo dos Mouros em Lisboa, que por isso mesmo recebeu o nome de Castelo de S. Jorge?). Porquê tanta admiração pela presença do Dragão icnográfico de S. Jorge na porta do Mosteiro construído para celebrar essa vitória?
S. Jorge é (ou era?) padroeiro dos ingleses. Dos portugueses era S.Tiago, mas as guerras constantes com Castela obrigaram a substituí-lo.
Que tenha passado para as Armas de Portugal (Rei ou Infantes, não interessa) é mais que natural, a meu ver.
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RE: Menus da Casa Real
Caro João
Como sabe a serpe alada foi adoptada por D. João I para timbre das armas reais , talvez por influência anglo-normanda, através da Rainha.
Há que fazer uma precisão: a serpe alada simboliza S. Miguel Arcanjo,enquanto o dragão pode representar Lucifer.
Mas isto são minudências...
Chamo no entanto a atenção para as armas de Coimbra que integram também a serpe alada
Abraço
RAAL
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RE: Menus da Casa Real
Como certamente já terá lido nos outros posts poderá existir uma relação entre a serpe alada do timbre das armas reais portuguesas e os que constam nos menus que refere.
A mensagem do confrade e meu amigo RAAL traz-nos um pouco mais de luz sobre o tema.
De qualquer modo Anselmo Braamcamp refere na sua Armaria Portuguesa que de 1826 até 1910 as armas "completas" de Portugal tinham dois suportes: serpes aladas de verde, cada uma segurando um estandarte de prata, hasteado de ouro e carregado dos cinco esudetes das armas. Ou seja, no reinado do Senhor D. Carlos as serpes aladas existiam não apenas no timbre mas também nos suportes.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Menus da Casa Real
Caro confrade
Existe um documento de D. Fernando já com esse timbre, que é o mais antigo conhecido. Já vi a reprodução mas não me recordo se seria uma moeda, um selo, ou outros artefacto... Devo ter um apontamento algures...
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Menus da Casa Real
Caro Sérgio Sodré
De acordo com Braamcamp Freire o timbre surge em 1385 associado à dinastia de Aviz, o que está de acordo o que afirmou também o confrade Rui Amaral Leitão.
Mas seria curioso encontrar esse documento que refere, já que alteraria aquilo que corre (eliminando a origem ingelsa?).
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Menus da Casa Real
Caro RAAL,
S. Miguel Arcanjo e S. Jorge representam exactamente o mesmo: a vitória de Deus sobre o Demónio ou, se quiser a vitória do Bem sobre o Mal.
Cumprimentos
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
Caro João Cordovil
Já consegui detectar onde está publicado o tal selo ou moeda (ou outro artefacto) de D. Fernando que vi há alguns anos.
o desenho (ou fotografia não me recordo bem) consta da obra "As Armas de Portugal, Origem, Evolução e Significado" edições INAPA, 1998, de João Paulo Abreu Lima. O autor desenvolve a questão do timbre em texto, mas de uma forma controversa.
Sendo do tempo de D. Fernando isso, à partida, não exclui uma origem ou influência inglesa
Se não aceder à obra, comprometo-me a tirar todos os elementos, pois existe numa biblioteca perto de minha casa. Mas provavelmente só no fim de semana.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Menus da Casa Real
Caro confrade
Acredito que tenha razão, mas nos tempos modernos só os Infantes o usam nas suas armas.
Saudações
ptp
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RE: Menus da Casa Real
Caro João Pombo
Era simplesmente uma curiosidade.Mas tenho pena que a grande massa dos adeptos do FCP não saiba.
Aliás o Infante D.Dinis foi feito sócio honorário do FCP há uns anos.....
Abraço
ptp
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RE: Menus da Casa Real
Cara Isabel Pereira Coutinho,
Sou colecionador de ex-líbris heráldicos Ingleses e tenho bastante bibliografia sobre o assunto, de modo que talvez a possa ajudar nas identificações, se assim entender útil.
Poderá contactar-me através do meu blog em http://exlibrisbibliofilia.blogspot.com/
Saudações cordiais,
José Vicente de Bragança
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RE: Menus da Casa Real
Caro Senhor D.José,
Aproveito esta oportunidade para lhe dar os parabéns pelo seu magnífico site.
Com os melhores cumprimentos
PTP
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RE: Menus da Casa Real
Certo. Mas a questão é a da confusão entre serpe alada e dragão.
Cumprimentos
RAAL
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RE: Menus da Casa Real
Caro José Vicente Bragança,
Obrigada pela sua resposta. Na verdade, tenho uma boa colecção de ex-libris portugueses que herdei da minha Avó. Sempre me interessei por esta colecção, sobretudo pelos exemplares heráldicos. Embora não tenha hoje muita disponibilidade para me dedicar a este assunto, conservo a colecção que me é muito querida. Sobre estes tenho também uma boa bibliografia.
No entanto, juntamente com esta colecção herdei também outra - penso que muito boa - de ex-libris heráldicos ingleses, constituida por mais de uma centena de exemplares do século XVIII (1ª e 2ª metade). Esta colecção pertenceu a um coleccionador inglês, muito amigo dos meus Avós, que não tendo descendência, a quiz deixar em mãos que a pudessem estimar.
Mas estimar é uma coisa, estudá-la e continuá-la é outra bem diferente. Não tendo conhecimentos suficientes, nem um interesse particular por esta colecção, gostaria de conhecer alguém eventualmente interessado nela.
Como não consegui contactá-lo atravez do seu blogue deixo-lhe aqui o meu email: coutinho43@yahoo.com para o caso de querer entrar em contacto comigo.
Com os melhores cumprimentos,
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
Como disse:" o DRAGÃO é um dos símbolos heráldicos dos princípes e infantes da Casa Real", pelo que nunca disse que era um apanágio dos Infantes de Portugal.Simplesmente esse símbolo deixou praticamente de ser usado pelo Rei e pelo Reino, limitando-se às armas dos Infantes , nada mais do que isso.
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RE: Menus da Casa Real
Serpe e Dragão são ambas figuras mitológicas. A diferença está (ao que julgo) na figuração das 4 garras do Dragão, enquanto a Serpe apresenta apenas duas ou nenhumas, sendo que as dianteiras tomam a forma de asas.
Na firgura mitológica que surge nas armas Reais de D. Carlos e D.Amélia estão ausentes as garras traseiras, mas, em contrapartida as dianteiras estão lá, sob as asas, bem agarradas às Armas.
Se se trata de uma coisa ou outra não me parece importante (a não ser por uma questão de terminologia).
Tanto uma figura como a outra representam o Mal (ou o Demónio ou Lúcifer), vencido ora por S. Jorge, ora por S. Miguel Arcanjo - Príncipe das Milícias Celestes.
Penso que o sentido é esse: a vitória do Bem sobre o Mal.
S. Jorge é padroeiro tanto de Portugal como de Inglaterra (onde aparece, por exemplo da Ordem da Jarreteira), e ainda de outros Países e locais (ver o brazão da Vila portuguesa de Serpa, desde quando, não sei).
Esta discussão até pode ser interessante, mas não adianta muito.
A não ser, como já disse, por uma questão de terminologia.
Cumprimentos,
Isabel Pereira Coutinho
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RE: Menus da Casa Real
Caro João Cordovil
Na obra "As Armas de Portugal, Origem, Evolução e Significado" edições INAPA, 1998, de João Paulo Abreu Lima, pág. 103, está representado um "Conto de contar" de D. Fernando (nome legível) cunhado em Lisboa. A moeda mostra um elmo com timbre que é um longo pescoço e cabeça (não mostra asas). O autor considera-o uma serpe.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Menus da Casa Real
Caro João Pombo,
Será que me pode ajudar com genealogia, da zona de Chaves, Mirandela e Valpaços?
Vivo no Porto!
Um abraço,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Também a "Heráldica em Portugal" de Artur Norton refere a serpe de ouro como o verdadeiro e primeiro timbre das armas reais portuguesas embora alertando para o facto de que essa serpe tinha uma cabeça "dragonada". Realmente a cabeça está sobredimensionada para uma serpe (talvez isso tenha ajudado à lenta metamorfose heráldica em dragão).
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RE: Menus da Casa Real
Caro Luís GMG,
Peço desculpa, mas só hoje vi a sua mensagem que me era dirigida.
Lamento, mas não posso ser-lhe útil. Sou um mero curioso, gosto de participar no fórum em certos tópicos, mas fora isso, não me dedico à genealogia, nem sequer de forma amadora.
Um abraço,
João Pombo
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RE: Menus da Casa Real
Caro João Pombo,
Obrigado por ter respondido.
Com os melhores cumprimentos,
Luís GMG
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RE: Menus da Casa Real
Nem todos os Reis da Dinastia Bragança que ocuparam o trono português usaram as armas reais:
D. Pedro IV, tendo abdicado em favor de sua filha, Da. maria II, a qual foi usurpada por seu tio D. Miguel, comandou a partir do Porto a revolta que a restituiu ao trono. Assumiu a regência do reino na qualidade de Duque de Bragança - e nesse período utilizou as Armas Bragança.
Em 1826, D. Pedro (IV de Portugal, I do Brasil) abdica da Coroa Portuguesa em favor de sua filha Maria, II de Portugal.
Maria II é usurpada por seu tio, o Príncipe D. Miguel.
D. Pedro abdica da coroa do Brasil em, favor de seu filho D. Pedro II, e parte para os Açores e depois de consolidar uma armada, para o Porto, de onde comanda a restauração. Assume o trono na qualidade de Duque de Bragança e Regente de Portugal, outorgando a Constituição portuguesa que vigeria até 1910.
Sobre o símbolo Bragança (Grifo - e não Dragão alado - de cor verde, é a origem da cor verde, na bandeira Brasileira, como o azul e branco lembram as origens lusitanas do Brasil), destaque-se que "há referências que remontam a mais de dois mil anos. Segundo velhas crônicas, os antigos lusitanos arvoravam uma bandeira quadrangular branca, no meio da qual se via um dragão verde. " http://www.caiomartins.org.br/!SimbNacionais%5CSimbolosNacionaisCores.asp
Os militares componentes das Brigadas de cavalaria Ligeira eram comumente denominados de "Dragões".
O símbolo existente no capacete dos Dragões da Independência, no Brasil, era um grifo - e não um dragão alado.
No período que precedeu a Independência, e no período política e militarmente conturbado que se seguiu, surgiram em São Paulo e Minas Gerais movimentos de apoio ao Imperador (grupos armados formados e/ou patrocinados por abastados proprietários rurais aos quais D, Pedro I denominava "Leais paulistas" e "Leais mineiros", formando uma milícia - não uniformizada - de aproximadamente 2.000 homens, e que passaram a acompanhar o Imperador em todos os locais onde conturbações ocorriam contestando o poder do então Príncipe D. Pedro de não se submeter às ordens de Portugal, que exigiam seu retorno. Após 1922 esse grupo passou a ser denominado Imperial Guarda de Honra, que se dissolveu em 1832, após a abdicação.
O uniforme e o equipamento da Guarda precursora dos denominados "Dragões da Independência foram desenhados por Jean-Baptiste Debret (autor da bandeira nacional).
O branco da farda foi homenagem à Imperatriz Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, primeira esposa de D. Pedro I; O capacete reproduzindo modelo da Baviera, em homenagem à Imperatriz Maria Amélia, Arquiduquesa da Baviera, sua segunda esposa, e traz incrustrado um grifo, símbolo da Casa de Bragança; adotado por ocasião do segundo casamento.
O Primeiro Regimento de Cavalaria de Guarda surge em 1763, com a instituição do Vice-Reino do Brasil.
Em 1808, essa unidade foi a base da formação do Primeiro Regimento de Cavalaria do Exército, que existiu até 1889.
Quase inteiramente dizimado em batalha em 1826, por recusar-se a se render ou debandar, foi reconstituído pela incorporação do "Segundo, de cavalaria", em 1831, quando passa a ser denominado "Primeiro Regimento de Cavalaria Ligeira".
Em 1889 o "Primeiro Regimento de Cavalaria Ligeira"; passa a ser chamado de "Primeiro Regimento de Cavalaria"; em 1908 para "Primeiro Regimento de Cavalaria Independente"; e em 1915 retorna á designação anterior.
Em 1936 Getúlio Vargas determina que o "Primeiro de Cavalaria" passe a ser denominado pelo título honorífico "Dragões da Independência", resgatando a honra histórica da original Guarda de Honra Imperial [a qual, entretanto, nunca havia sido instituição militar, mas sim civil], adotando o uniforme encomendado por D. Pedro I a Debret.
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RE: Menus da Casa Real
A confusão, no Portugal hodierno, de dragões com grifos, decorre talvez de, em Portugal, haver uma espécie de abutres a que genericamente se denomina "grifo". A imagem seria ´é natural - de imediato repudiada.
Mas, em Heráldica, quando ocorre do leão aparecer composto com outros animais, como a águia, neste caso, passa a chamar-se "Grifo". É o caso do antiquíssimo Grifo Lusitano, que precede em muito o dragão inglês.
E era um grifo verde que os ancestrais lusitanos arvoravam em um quadrado branco, à época do nascimento de Cristo.
E de cor verde é o Grifo bragantino - símbolo, sim da Casa de Bragança, pois o próprio D. Pedro D'alcântara expressamente determinou ao artista francês sua utilização no capacete de sua Guarda Imperial de Honra, e por esse motivo.
E quero crer, ou mais precisamente, supor - e apenas intuitivamente - que o Grifo no Armorial do Porto possa ter origem no fato de ter sido a partir da muy Leal cidade do Porto que o Duque D. Pedro D'Alcântara iniciou a série de vitoriosas batalhas que vieram a reconduzir sua filha Da. Maria II ao trono lusitano.
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RE: Menus da Casa Real
Armas da Casa de Bragança: de prata, aspa de vermelho carregada de cinco escudetes de Portugal-antigo, alternados com qautro cruzes florenciadas e vasias do primeiro esmalte.
• Timbre: um cavalo sainte e enfreado de ouro, bridado de vernmelho, as rédeas de ouro, ferido de três lançadas no pescoço, vertendo sangue.
Dois grifos aparecem como suportes (e não timbre) das armas reais de D. Manuel I representadas nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, no séc XVI, numa bela pedra de armas. Desconheço qualquer alusão ao Grifo como timbre,... tirando as liberdades poéticas de Fernando Pessoa na "Mensagem".
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RE: Menus da Casa Real
Para auxiliar a deslindar esta questão:
a) Pintura executada pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), apresenta o retrato oficial do Príncipe Regente D. João (1767-1826) com os atributos que seriam utilizados em sua aclamação, em 1818.
Vê-se em segundo plano o trono real com o espaldar encimado pela Coroa e, ao centro, circundadas por estrelas, as iniciais "J VI". Nos braços do trono, soerguido, destaca-se o Grifo, símbolo da Casa de Bragança, com o brasão real no peito.
Veja-se D. João VI e seu trono, no qual o Grifo se destaca:
Retrato de D. João VI
pintado por Jean-Baptiste Debret em 1817
( cf. in http://www.mnba.gov.br/6_programacao/domjoao.jpg )
b) Também com D. Pedro IV, como D. Pedro I, Imperador do Brasil, repise-se, destaca-se, no capacete de sua Guarda de Honra Imperial, o Grifo símbolo da Casa de Bragança.
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RE: Menus da Casa Real
Caros confrades,
A imagem da serpente alada que aparece no brasão de armas de Coimbra é muito anterior à ínclita geração. Aparecem uma serpente alada e um leão e representam dois reis. No centro da disputa uma princesa (não, não é rainha Santa) sobre o cálide da união matrimonial. Trata-se da representação de uma lenda visigoda.
Cumprimentos,
Miguel
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RE: Menus da Casa Real
Algum dos confrades teria a amabilidade de me esclarecer onde é que eu poderia ter acesso, para consulta, a alguns Menus da Casa Real Portuguesa?
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RE: Menus da Casa Real
Infelizmente não está mais operacional o link http://www.caiomartins.org.br/!SimbNacionais%5CSimbolosNacionaisCores.asp,
que mostrava D. João VI em seu Trono, em cujos braços estavam esculpidos dois Grifos.
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RE: Menus da Casa Real
Os ancestrais lusitanos arvoravam um Dragão (ou Grifo), de cor verde, em um quadrado branco, à época do nascimento de Cristo. E isso já era um Símbolo dos antigos Lusitanos muito tempo antes da Inglaterra existir como Reino Cristão ou do próprio São Jorge nascer.
E de cor verde é também o Grifo bragantino - símbolo, sim da Casa de Bragança, pois o próprio D. Pedro D'alcântara, -D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil e 16º Duque de Bragança - - expressamente por esse motivo determinou ao artista francês Jean-Baptiste Debret sua utilização no capacete de sua Guarda Imperial de Honra no Brasil.
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RE: Menus da Casa Real
Prezada Isabel Pereira Coutinho,
Segundo os desenvolvimentos mais recentes dos meus estudos das Armas Reais Portuguesas, o timbre, poderia representar o povo português, neste caso necessariamente uma serpe, integrando-se ainda ao enredo heráldico (conjugação da semântica de todos os elementos visuais/fonéticos das armas) e à citação consequente (referência textual a que se associam os ditos elementos) neste caso bíblica.
Se estiver interessada há a tese "Semântica Primitiva das Armas Nacionais ...", estruturante da minha teoria heráldica e a mais recente, mas ainda incompleta "Armas Primitivas de Portugal, novos Contributos" in "Estudos de Heráldica Medieval".
http://www.guardamor.com/livro.php?id=1618
Espero publicar o que ainda está inédito em breve e abordarei brevemente o assunto no estudo das armas dos Bulhão, no próximo dia 21 de Novembro no III Colóquio Nova Lisboa Medieval.
http://iem.fcsh.unl.pt/organizar/coloquios/novalisboamediii
Cumprimentos,
Carlos da Fonte
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