Quinta do Chantre , em Évora.
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Quinta do Chantre , em Évora.
Boa tarde , caros confrades
Merece uma reflexão o estado em que se encontra a Quinta do Chantre, em Évora. Sendo que não vale a pena chorar sobre leite derramado, é impossível ficar indiferente ao estado de desolação a que chegou este palacete. Ao deambular pelo mesmo (com extremo cuidado, não vá desabar sobre nós, ou abrir-se o chão a nossos pés), facilmente imaginamos os seus tempos áureos e não podemos evitar uma certa nostalgia perante o que se nos depara.
Será possível salvar o que ainda resta e reparar o que pode ser reparado?
Existirão fotos dos tempos em que ali se vivia e do que foi este local paradisíaco?
Será possível partilhar esses tesouros, dissertar sobre a história desta quinta, trocar ideias e conhecimentos sobre o que terá acontecido ali?
Fica lançado o repto.
Com os meus melhores cumprimentos
Rui Filipe Antunes
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Boa tarde
Renovo este tópico .
Cumprimentos
Rui Filipe Antunes
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Boa tarde
Renovo este tópico.
Cumprimentos
Rui Filipe Antunes
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Caro confrade
Um sobrinho neto do 7º Cardeal de Lisboa, D. Frei Patrício da Silva (http://www.guardamor.com/livro.php?id=1328) 1756-1840 - foi durante muitos anos Chantre em Évora. Tenho cópia de algumas cartas que o Cardeal lhe dirigiu
Através de cartas enviadas pelo Cardeal D. Patrício da Silva, sabe-se que este José Severiano, ou o seu irmão António Joaquim, foi chantre da Sé de Évora. Em 1830, o Cardeal D. Patrício da Silva põe ao dispor o seu Palácio [da Junqueira] para que o chantre possa ter os banhos de mar que lhe haviam prescrito, evitando assim ir a Setúbal. As cartas contém ainda outros detalhes biográficos sobre este chantre, que tinha uma educanda no Convento do Salvador (Évora, supoem-se). O tal chantre foi em 1835 escolhido para uma Junta do Governo, contra a sua vontade, tendo pedido a intervenção do Cardeal para pedir escusa, mas este preferiu demarcar-se e aconselhou-o a não escusar-se, porque isso iria levantar suspeitas. Pelo teor desta carta e de uma outra anterior, de 1832, em que o Cardeal elogia o serviço militar dos dois irmãos Silva e Andrade, deduz-se que ele era mesmo adepto dos absolutistas, porque parece que os ditos Silva e Andrade andaram em campanhas por D. Miguel (tudo o indica).
Ainda assim, o teor das cartas também indicia que o Cardeal não era tanto adepto da causa do D. Miguel, mas sobretudo um conservador que prezava mais a harmonia e a conciliação do que uma facção política em particular.
No entanto julgo que a quinta do chantre não foi uma quinta de função, mas simplesmente de alguém que foi chantre.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Caro Ricardo Charters d´Azevedo,
Os meus mais sinceros agradecimentos pela excelente explicação que me deu.
Por acaso tem informações sobre a actividade de José Severiano ou de António Joaquim enquanto residentes em Évora e sobre a sua função de Chantre? Quero tentar desvendar a história desta magnifica quinta que infelizmente se encontra na actualidade ao abandono , os seus tectos teem pinturas lindissimas datadas do século XIII que se vão degradando com o passar dos anos sem que ninguem tome uma atitude para as preservar. Agradeço pois toda a informação que me forneceu e se souber mais e não se inportar de partilhar, agradeço bastante .
Muito obrigado .
Com os meus melhores cumprimentos,
Rui Filipe Antunes
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Caro Rui Filipe Antunes
Claro que tenho alguma informação sobre eles que poderá encontrar no livro que referi ou poderá encontrar em www.chartersdeazevedo.no.sapo.pt
Mas se a quinta é do sec xIII não me parece que ele fosse uma casa de função. Deverá ter sido de um chantre da altura que, coo é natural, não teve descendência e possibilidade de a deixar em testamento.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Meu caro confrade
Julgo que o Chantre que teria essa quinta, ou la vivia terá sido Manuel Severim de Faria (ou seu pai, igualmente Chantre), Chantre e Cónego da Sé de Évora (Lisboa, Fevereiro de 1584 - Évora, Setembro de 1655) foi um sacerdote católico, historiador, arqueólogo, numismata, genealogista e escritor. É também considerado o primeiro jornalista português. Ver o seu CV em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Severim_de_Faria
Por outro lado nos Cadernos de Historia e Arte Eborense: Volume 34 , 1980, vem " A CASA NOBRE DA QUINTA DO CHANTRE Edificada nos antigos coutos da cidade, denominados de MONTE REDONDO, que se ... subsistente foi-lhe imposta pelo facto de na quinta terem residido dois chantres da Sé de Évora: Sebastião de Sá e Silva ."
Também deve encontrar muita informação interessante no "Cidade de Evora", boletim de cultura da Câmara Municipal de Evora (Portugal). Comissão Municipal de Turismo, Évora (Portugal). Câmara Municipal - 1943.
è o que consegui descobrir para o ajudar
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Quinta do Chantre , em Évora.
Caro RUIANTUNES
Não sabia a quem enviar estes dois nomes,decidi pelo seu tópico,e passo a citar:
- ANTÓNIO VICENTE CHANTRE - Conservador - Juizo de Direito da Ilha de Santo Antão em Cabo Verde - 1909
- DOMINGOS da RESSURREIÇÃO CHANTRE - Commerciante /Negociante na Ilha de Santo Antão em Cabo Verde - 1909
Cumprimentos
João Barroca
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