Casa Real de Bragança, afinal quem é quem?

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RE: Casa Real de Bragança, afinal quem é quem?

#250018 | Mavasc | 16 feb 2010 22:28 | In reply to: #250017

Caro Fernando Sá Monteiro

Lamento voltar a importuná-lo, mas a Sacra Rota não reconheceu Maria Pia como filha de D. Carlos.

Com os meus melhores cumprimentos

Maria Benedita

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RE: Casa Real de Bragança, afinal quem é quem?

#250038 | Mavasc | 17 feb 2010 10:24 | In reply to: #250036

Caro Confrade Fernando Sá Monteiro

O processo interposto por D. Duarte Nuno para alteração do registo de baptismo de Maria Pia foi indeferido liminarmente por a Sacra Rota considerar que D. Duarte Nuno não era parte legítima na acção, tratava-se de um parente muito afastado de D. Carlos, e que a causa de pedir invocada, o bom nome de D. Carlos, era irrelavante ao fim de tantos anos de uso público dessa pretensa paternidade pela ré. Assim, decidiu a Sacra Rota que se devia deixar o registo como estava, nada mais. Se o processo tem sido interposto por um descendente directo de D. Carlos, por exemplo D. Manuel II, haveria legitimidade na acção, e a matéria de facto teria sido examinada, dependendo a decisão final da prova apresentada. Para qualquer jurista, este indeferimento in limine não comporta qualquer juízo de valor sobre a veracidade do documento em questão, isto é, do teor do registo de baptismo de Maria Pia.

De modo algum esta análise é uma tentativa de deitar poeira para os olhos seja aquem for e muito menos do meu ilustre confrade que muito prezo pelos elevados sentimentos que sempre vi expressar nas participações com que nos tem brindado neste Fórum e cujos ideais eivados de romantismo muito me têm tocado.
Tenho a pedir perdão ao caro confrade das minuciosidades legalistas patentes no tipo de análises que faço destas matérias, tendo como única atenuante quarenta anos de exercício de uma profissão quem sem dúvida, vicia e impede uma visão mais abrangente de factos e ideias.

Despeço-me, assim, com um pedido de desculpas pelas minhas densas, fastidiosas e inóspitas participações, já que denso, fastidioso e inóspito é o direito, mas com a promessa de tentar, futuramente, despir, pelo menos, metade da armadura que me habituei a usar.

Aceite os meus melhores cumprimentos

Maria Benedita

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