Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
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Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Alguém teve acesso ao testamento de Baltazar (Melquior) Ribeiro da Rocha, casado com Brites Ferras, no início do Século XVII, em Abragão?
Existiu uma filha do casal de nome Luísa.
Acredito que seja Luísa Ferraz, pessou que teve dois filhos fora do casamento e mais tarde, por volta de 1670, casou-se com Agostinho Teixeira em Quires.
Alguém tem informação sobre o fato?
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Caro Márcio Macedo,
Eu descendo dessa Luísa Ferraz de Abragão! Não sei nada sobre os seus antepassados, mas o casamento com Agostinho Teixeira (de quem descendo também, por outra via) indica, salvo erro, que seria da freguesia de Lagares... Tem mais informações que me possa dar sobre Baltazar Ribeiro da Rocha e Brites Ferraz?
Grato.
Cumprimentos,
João Guilherme
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Boa noite João Guilherme.
Se você também descende de Agostinho Teixeira e Marta Jorge, obviamente descende do casal João de Almeida (f. de André de Almeida e Luísa Ferraz) e Catarina Teixeira (f. de Agostinho Teixeira e Marta Jorge).
Abaixo transcrevo algumas informações sobre a suspeita de filiação de Luísa Ferraz, ainda não publicada:
"Infelizmente o registro de casamento de Luísa Ferras com o viúvo Agostinho Teixeira, ocorrido na Sé do Porto em 07-NOV-1699, não mencionou os nomes dos pais dos noivos.
Segundo o registro feito no Livro Paroquial da Sé do Porto e repetido no Livro da Igreja de Santo André de Vila Boa de Quires, mediante apresentação de certidão ao pároco da Igreja, Luísa Ferras seria residente na Freguesia de São Veríssimo de Lagares, Arcebispado de Braga.
Existem em Portugal três freguesias de nome Lagares: - São Veríssimo do Concelho de Felgueiras, divisa com o Distrito de Braga, São Martinho do Concelho de Penafiel e outra no Distrito de Coimbra.
Ao transcrever a certidão da Sé para o livro da Igreja de Santo André, o pároco registrou Lodares em vez de Lagares.
Existe no Distrito do Porto a Freguesia de Santa Marinha de Lodares, Concelho de Lousada.
Apesar dos registros, pode haver um equívoco quanto à freguesia de residência de Luísa Ferras.
Poderia não ser São Veríssimo mas São Martinho, pertencente ao Concelho de Penafiel, freguesia mais próxima de Quires.
Quanto à filiação de Luísa Ferras, existe a probabilidade dessa pessoa ser a Luísa, filha do casal Belquior Ribeiro da Rocha, rendeiro de Quires e sua mulher Brites Ferras da Mota.
Luísa, filha de Belquior e Brites, foi batizada em 05-MAR-1623 na Igreja de São Pedro de Abragão.
Sito como indícios da filiação os seguintes motivos:
- não foi encontrado em Abragão, local de residência do casal Belquior e Brites, o casamento de Luísa, sua filha;
- não foi encontrado o óbito de Luísa, filha do casal, em Abragão;
- por ser mãe solteira, Luísa poderia ter sido expulsa da casa dos pais;
- uma filha do casal Belquior e Brites, de nome Brites Ferras da Mota, casou-se em Abragão, no dia 19-AGO-1649, com Manoel Moreira, da Freguesia de São Martinho de Lagares, lugar onde foram residir;
- coincidentemente, a residência de Luísa Ferras era Lagares, local onde ela poderia ter ido residir com sua irmã;
- filhos de João de Almeida, filho de Luísa Ferras com André de Almeida, tiveram como padrinhos, pessoas da família Ribeiro da Rocha e Mota, o que poderia indicar parentesco.
Transcrição do registro de casamento de Luísa Ferras e Agostinho Teixeira:
"Em dezasete de Novembro de 669 me foy dada hua certidão feita por mão do Rdo. Pe. Anto. Alvres de Sousa Abbe. em a sé do Porto cuio theor hé o seguinte:
Certifiquo o Pe. Anto. Alvres de Sousa Abbe. em a sé desta Cidade do Porto que do livro de casados desta freiguesia a fl. 247 cõsta estarem recebidos nessa see por palavras de presente conforme ao Sagrado Con.Trido. et de mandado do Rdo. Provisor, et Vigro. Gal. deste Bpdo. cuio escrivão dos autos hé João de Castro, Agostinho Teixra. preso do aljube da freiguesia de Villa Boa de Quires com Luisa Ferras da freiguesia de S. Verissimo de Lodares do Arcebpdo. de Braga de q forão tas. o Rdo. Berdo. Joseph [Dia.] et o Rdo. [ ... ] Dos. Alvres, et Amaro Ribro. sineiro, et ouros muitos como consta do dto. livro, et assento a que me reporto. Porto [ et] Novembro 7. de 669. O Pe. Anto. Alvres Abbde. da see; et não dezia mais a dta. certidam de que fiz este assento por virtude de hua ordem do dto. Rdo. Provisor, et Vigro. Gal. oie 18 de 9bro. do dto. anno. et asinei "
Registro que quando do casamento de Agostinho e Luísa, Agostinho estava preso no Aljubre, estabelecimento destinado à rpisão de clérigos opu leigos que praticassem alguma infração contra as normas da Igreja.
Qual seria o motivo da prisão?
Você tem alguma pista?
A propósito, você é de Portugal ou do Brasil.
Saudações
Márcio Macedo
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Sou descendente de João Teixeira um dos filhos do casal João de Almeida e Catarina Teixeira
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Caro Márcio Macedo,
Muito obrigado pela resposta! Eu sou de Portugal, já percebi que o Márcio é brasileiro. Confirmo que descendo de João de Almeida e de Catarina Teixeira, mais concretamente da primeira filha, Maria de Almeida. Somos parentes portanto! De qual dos filhos de João Teixeira descende? Da Maria Teixeira, da Ana Aguiar, da Catarina Aguiar? Já me tinha questionado várias vezes sobre a filiação de Luísa Ferraz, mas nunca tinha posto em hipótese o casal que referiu. Mas parece fazer todo o sentido! Depois que vi este seu tópico, procurei e encontrei o baptismo de Luísa filha de Belchior Ribeiro da Rocha e fiquei com a convicção de que se trataria mesmo da nossa Luísa Ferraz. Também pus a hipótese da freguesia dada como sua morada quando casou, se tratar de São Martinho de Lagares (como poderá ver noutra mensagem minha neste fórum) em vez de S. Veríssimo de Lagares, embora se dissesse também que a freguesia pertencia ao Arcebispado de Braga. Havendo uma filha de Belchior em São Martinho de Lagares, então torna-se de facto muito provavel esta filiação! Relativamente a André de Almeida, é sem dúvida o que casou em 1654, não acha? Filho de Margarida de Almeida e neto do Padre António de Almeida, Reitor de Vila Boa de Quires.
Quanto ao registo de casamento, é incrível como já tinha passado por ele várias vezes e não reparei que Agostinho Teixeira estava preso nessa altura... Devolvo-lhe a questão que me colocou: tem alguma explicação para este aprisionamento?
Com os melhores cumprimentos,
João Guilherme
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Bom dia João!
Descendo de Manoel Teixeira de Aguiar, nascido em 1670, primeiro filho do casal João Teixeira e Maria de Aguiar.
Ele migrou por volta de 1730 (data arbitrária) e foi instalar-se na Capitania de Minas, onde, àquela época, recebeu um grande número de imigrantes portugueses.
O André de Almeida, pai de João de Almeida é o mesmo que se casou em Abragão e lá faleceu. Não me recordo agora do nome da esposa, mas trata-se de uma mulher já madura.
André de almeida era filho de André Pires e Margarida de Almeida, esta filha natural de, se não me falha a memória (não estou com os dados genealógicos nesse momento) de Isabel Moreira.
Suspeitei que fosse filha de um padre pois no registro de batizado consta "o pai Deus o sabe".
Você conseguiu algum registro que comprovasse a filiação de Margarida de Almeida ou chegou a esta hipótese por dedução?
Quanto à filiação de Luísa Ferras, talvez se conseguisse provar lendo o testamento de Belquior Ribeiro da Rocha.
A esposa de Belquior (Melquior) era Brites Ferras da Mota, cuja ascendência consta deste site.
Não acredito que alguém tenha chegado, por intermédio de provas (fontes primárias ou fontes secundárias que mnerecem crédito) tão distante.
Até breve João
Márcio Macedo
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RE: Baltazar Ribeiro da Rocha- Abragão
Caro Márcio Macedo,
No casamento de Margarida de Almeida (Quires 3.2.1608, f.177), aparece uma pequena nota, posterior, aposta ao registo, que terá sido colocada talvez por um outro padre, e que diz o seguinte, em continuação de "filha de Isabel Moreira mulher não casada": "e do Reitor que fez o assento que é o pai". Confesso que soltei algumas gargalhadas quando percebi o conteúdo desta nota! Mas louvado seja quem a escreveu. O reitor que lavrou o assento foi, pois, António de Almeida.
Contacte-me para o e-mail, para podermos trocar dados mais em pormenor: joaoggralves[arroba]hotmail[ponto]com
Cumprimentos,
João Guilherme
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