Arquivos de Goa - Pesquisa
This topic is classified in rooms: Arquivos
Arquivos de Goa - Pesquisa
Algum dos confrades sabe se existe um website dos Arquivos históricos de Goa? E não existindo, de alguém que esteja por lá que possa ajudar numa pesquisa?
Obrigado/Cumprimentos,
Paulo B rehm
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Paulo,
Na Biblioteca Nacional,Rio de Janeiro, foi encontrado e extenso e rico arquivo da Inquisição de Goa,não sei de sua disponibilidade.
Abraço
Gilson Nazareth
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Gilson,
Muito obrigado pela informação. Na verdade, o que mais me interessa são os livros das monções, que julgo nas datas que procuro (1703-1760) só existirão em Goa mesmo.
Cumprimentos,
Paulo
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Paulo,
Há cópias em bandas de microfilme desses livros no Arquivo Histórico Ultramarino, na Boa-Hora, em Lisboa.
Pedro
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro pedro,
Obrigado pela ajuda. Tem ideia das extremas? É que a TT também tem Livros de Monções, mas apenas até início do séc. XVIII.
Obrigado,
Paulo
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Paulo, o primeiro livro microfilmado é de 1568-1600 e o último, o 224, é de 1850. As primeiras dezenas de livros foram sumariados no Boletim da Filmoteca Ultramarina. Posso mandar-lhe esses extractos se me der uma datação mais precisa.
P
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Pedro,
O periodo que pretendo pesquisar é o de 1702-1705, depois 1730-1735 e finalmente 1755-1760.
Obrigado,
P.
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Paulo, dependendo do tema, poderá interessar-lhe também a Série dos Reis Vizinhos, para o período inicial, que estão transcritos no dito Boletim. Lamentavelmente, o Boletim nunca chegou a resumir os Livros do XVIII, apenas este:
LIVRO DAS MONÇÕES N.° 65 (1700-1702)
Filmoteca Ultramarina Portuguesa
Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11
Inventariado por Maria Augusta da Veiga e Sousa
1. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 1-2 | 1/2 Lista das cartas régias.
2. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 2-3 | 4/2 Lista das [Cartas] respostas dos governadores da Índia, arcebispo primaz, Dom Frei Agostinho de Anunciação e Dom Vasco Luís Coutinho às mesmas cartas, que seguiram na monção de Janeiro de 1702 na nau Nossa Senhora da Piedade das Chagas e Santo António, pela Secretaria do Conselho Ultramarino.
3. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 3 | 2 Lista das [Cartas] respostas que deram os mesmos governadores às cartas régias pela Secretaria de Estado.
4. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 3 | 2 Lista das [Cartas] respostas às cartas régias pela Junta das Missões.
5. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 3 | 3 Lista das cartas que os mesmos governadores escreveram a El-rei pela Secretaria do Estado.
6. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 3 | 4/5 Lista das cartas que os mesmos governadores escreveram a El-rei pela Secretaria do Conselho Ultramarino.
7. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 4-5 | 1/2 Lista das cartas do secretário de Estado para o vice-rei da Índia, António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, na monção de Março de 1701.
64
8. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 5-6 | 3/5 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 5 de Março de 1701.
Pede informação sobre a satisfação que os inquisidores deram por se intrometerem na arrecadação e cobrança dos bens confiscados e sobre as queixas que fizeram do juiz do fisco.
Manda ainda rever a conta apresentada pelo desembargador das cobranças de Salsete, João Rodrigues Machado, e ordena que apenas este, e na sua ausência, o juiz da terra, ponham em arrecadação os bens dos presos. (Fl. 1.)
Apensos:
a) Despacho do vice-rei para o contador tomar a conta do ex-tesoureiro do fisco Agostinho Carvalho da Costa e passar certidão do dinheiro cobrado por ordem do Dr. João Rodrigues Machado, juiz do fisco.
Goa, 19 de Dezembro de 1701.
b) Conta do dito Agostinho Carvalho da Costa, e certidão do dinheiro cobrado por ordem do Dr. João Rodrigues Machado.
Goa, 22 de Dezembro de 1701.
c) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] à carta anterior (7).
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
9. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 7 | 1/3 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 13 de Outubro de 1700
Pede informação sobre a ordem que determinou que as presas feitas no Estado da Índia fossem sentenciadas na Relação e não no Conselho da Fazenda como era de estilo fazer-se. (Fl. 5.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
65
O vice-rei informa que no Conselho da Fazenda não há ministros letrados e sabedores para exercerem esta função, e que por isso, ela passou a ser feita pela Relação sem que houvesse ordem expressa para tal. (Fl. ?)
10. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 7 | 4/5 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 7 de Março de 1701.
Para o vice-rei impedir que os mercadores deixassem de pagar o imposto da colecta destinado a fazer face às despesas das armadas do Sul. (Fl. 7.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei.
Goa, 30 de Novembro de 1701.
Diz ter sido executada a ordem régia relativa ao pagamento da colecta destinada ao comboio das armadas do Sul e ter evitado cuidadosamente o dolo resultante de os mercadores mandarem buscar o arroz em embarcações estrangeiras.
11. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 8 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 7 de Março de 1701.
Para o vice-rei ordenar aos capitães e oficiais das naus de viagem para o Reino que, encontrando nas mesmas religiosos embarcados sem autorização de seus prelados, os entreguem aos governadores dos portos do Brasil onde tocarem, para que estes os enviem para os respectivos conventos. Se o não fizerem terão severas penas. (Fl. 9.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 30 de Novembro de 1701.
Informa ter cumprido o que lhe fora ordenado na carta anterior.
12. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 8-9 | 3/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia, António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho.
Lisboa, 21 de Abril de 1700.
66
Manda arquivar a queixa apresentada pelos ministros da Relação contra o conde de Vila Verde e D. Vasco Luís Coutinho e tirar devassa ao desembargador António Pinheiro de Faria, acusado de roubar a mulher a um preso. No caso de sair culpado, deveria ser embarcado, preso, para o Reino. (Fl. 11.)
Apenso:
a) Cópia desta mesma carta.
b) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Diz ter encarregado da supracitada devassa o desembargador José Carvalho de Abreu, da qual se apurou a inocência do acusado. (Fl. 13.)
13. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 9 | 2/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia
(8).
Para o vice-rei esclarecer sobre a observância do regimento relativo à descarga das naus. (Fl. 15.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 3 de Novembro de 1701.
O vice-rei esclarece que Pêro Vaz Soares Bacelar, capitão de Baçaim e terras do Norte, fora substituído por Manuel de Sousa de Meneses por ter procedido mal quando da perda da nau Nossa Senhora do Rozário. (Fl. 16.)
14. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 9-10 | 5/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 6 de Outubro de 1700 (9).
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia.
Goa, 30 de Novembro de 1701.
Lamenta não ter mandado o regimento a que se refere El-rei na sua carta por não estar ainda conferido pelo Conselho da Fazenda, prometendo enviá-lo na próxima monção. (Fl. 17.)
67
15. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 10 | 3/5 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 6 de Outubro de 1700 (10).
Sobre António Pais Serrão.
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 30 de Novembro de 1701.
Informa que António Pais Serrão, por ser incapaz do cargo que ocupava, fora suspenso pelo conde de Vila Verde e agora servia, em Surrate, de corretor dos Portugueses e administrador de cartazes.
16. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 11 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 19 de Outubro de 1700.
Ordena ao vice-rei que persuada a Câmara de Bardês a permitir a criação de uma companhia de Cavalaria e concorra para o seu sustento. (Fl. 19.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 25 de Novembro de 1701.
Informa que já em tempo do governo do arcebispo D. Fernando Martim Meneses a Câmara de Bardês permitira a tropa em suas terras e concorrera para se construir e sustentar uma cavalariça em Mabussá, que o conde de Vila Verde depois transferira para Goa. De momento não era possível refazê-la, porque a Câmara estava sobrecarregada de impostos destinados à preparação das armadas para Mombaça, terras do Norte, Dio, Canará e Angediva. Logo que o tempo permitisse seriam cumpridas as ordens do rei. Queixa-se ainda da falta de cavalos no Estado da Índia.
17. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 11 | 3/4 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 19 de Outubro de 1700.
68
Indefere o requerimento do arménio José Marcos, que pretendia redução no pagamento do seu imposto à Alfândega de Goa e recomenda que se respeite o estabelecido nesta matéria para todos os navios estrangeiros. Manda ainda pôr guarda no porto de Mormugão, onde os mesmos aportavam durante o Inverno. (Fl. 21.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 25 de Novembro de 1701.
Promete cumprir inteiramente as ordens respeitantes ao pagamento de impostos à Alfândega de Goa pelos navios estrangeiros. (Fl. 22.)
18. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 11-12 | 5/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Para deferir o requerimento dos procuradores da Câmara de Salsete sobre se excluírem os gentios das gancarias das aldeias, conforme as ordens dadas sobre esta matéria, depois de ouvidos os gancares gentios das mesmas. (Fl. 23.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 1 de Dezembro de 1701.
Diz ter mandado lançar um bando nas terras de Salsete para convocar os gancares gentios das aldeias a aparecerem para, ouvidos juntamente com os procuradores da Câmara, tomar resolução conforme as ordens do rei. (Fl. 24.)
19. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 12-13 | 2/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Cópia da carta referida em 11-12 | 5/1
Apensos:
a) Despacho do vice-rei para a Câmara de Salsete apresentar procurador para tratar do assunto referido na mesma.
69
b) Certidão passada pelo escrivão Pedro Mascarenhas do resolvido na sessão da Câmara Geral de Salsete de 1 de Outubro de 1701 sobre a matéria da carta anterior.
c) Bando para os gentios gancares das terras de Salsete comparecerem na «Sala Real» para serem ouvidos sobre o requerimento da Câmara Geral, que pretendia a exclusão dos mesmos das gancaria das aldeias. Rachol, 31 de Outubro de 1701.
d) Certidão do mesmo bando remetida à Câmara Geral de Salsete. Rachol, 4 de [...] de 1701.
20. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 13 | 2/3 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 8 de Fevereiro de 1701.
Que o vedor geral da Fazenda remeta, empregados em pimenta, os 6.000 réis que eram devidos ao falecido capitão da nau Nossa Senhora do Rozário e São Francisco, Marcos Cucurela. (Fl. 31.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 1 de Dezembro de 1701.
Informa que a Fazenda Real nada devia ao capitão Marcos Cucurela por este não ter título na Matrícula por falecer na viagem e não chegar a vencer soldo. (Fl. 32.)
21. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 13 | 4/5 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 8 de Fevereiro de 1701.
Que o vedor geral da Fazenda cumpra a ordem anteriormente dada para remeter em pimenta a importância de 8000 réis por mês que ficou a vencer o sargento-mor engenheiro João Mexia da Silva. (Fl. 33.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 1 de Dezembro de 1701.
70
Informa que a pimenta procedida do emprego dos 8000 réis do soldo do sargento-mor engenheiro João Mexia da Silva ficara em terra por não caber no paiol do navio e que seguiria na próxima monção. (Fl. 34.)
22. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 14 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 7 de Fevereiro de 1701.
Adverte o vice-rei por não ter ainda chegado a pimenta que ordenara se fizesse do dinheiro dos soldos vencidos pelo capitão engenheiro Francisco da Silva Albernós [?] . (Fl. 35.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 1 de Dezembro de 1701.
Esclarece que a pimenta a que se refere El-rei será enviada nas próximas naus. (Fl. 36.)
23. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 14-16 | 3/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Ordena que lhe seja remetida sem falta a conta da importância do rendimento da nova companhia pertencente à Fazenda Real. (Fl. 37.)
Apensos:
a) Informação de Pascoal Gomes e Francisco de Pinto(?) Teixeira para o secretário de Estado.
14 de Novembro de 1701.
Diz ter já dado cumprimento às ordens para tirar o «consto» do rendimento acima referido. (Fl. 38.)
b) Informação do contador, João (...).
Contos, 9 de Janeiro de 1702.
Diz remeter o orçamento dos lucros que teve o contrato de Moçambique correndo por conta da Fazenda Real durante os últimos quatro anos. Informa não haver dívida da Junta da Fazenda Real
71
e que os ditos lucros tinham sido entregues aos feitores e tesoureiros para acudirem às necessidades do Estado. (Fl. 39.)
c) Orçamento dos lucros do contrato de Moçambique e rios de Cuama, cuja soma foi de cento e sessenta e quatro mil seiscentos e dois xerafins.
d) Despacho da Junta para o oficial maior da secretaria da Companhia Geral do Comércio da Índia passar por certidão a quantia com que era interessada a Fazenda Real e respectivos lucros.
Junta, 14 de Novembro de 1701.
e) Certidão requerida acima passada por Gregório Mascarenhas em 14 de Novembro de 1701. (Fl. 40.)
f) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 27 de Dezembro de 1701.
Informa que o orçamento remetido em 1699 era do rendimento da Junta do Comércio de Moçambique relativo ao tempo que o comércio correu por conta da Fazenda Real até à criação da Companhia Geral do Comércio, mas promete remeter o respeitante a esta companhia que lhe foi enviado pelo provedor-mor dos Contos, João de Lemos Vale. (Fl. 41.)
24. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 16 | 3/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Para o procurador da Coroa e Fazenda levantar um libelo contra o já falecido Luís de Mello de Sampaio, culpado de fazer perigar a segurança de Mombaça ao partir daqueles mares para Moçambique com a nau Santo António de Taná, encarregada de sua vigia. (Fl. 42.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
72
Informa ter mandado citar os herdeiros de Luís de Mello de Sampaio pelo prejuízo causado por este à Fazenda Real, e do resultado da última sentença sobre este caso dará conta a El-rei. (Fl. 43.)
25. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 16-17 | 5/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Manda fazer sequestro aos bens dos herdeiros do falecido tesoureiro-mor da Sé, acusado de se ter apoderado das consignações aplicadas ao desempenho da prata das igrejas. (Fl. 44.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] S. d.
Diz ter já dado cumprimento à ordem anterior e estar certo que a Fazenda Real não seria prejudicada, por haver bens suficientes para suportarem as dívidas do acusado tocantes à prata das igrejas e ao priostado da Sé. (Fl. 52.)
26. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 17 | 2/3 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
Para fazer correr a cauza dos embargos que o procurador dos herdeiros de Tomé de Sousa Correia tinha posto à execução feita aos bens deste pelo executor geral dos Contos e se proceder conforme a sentença. (Fl. 53.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 24 de Dezembro de 1701.
Informa ter executado a ordem anterior e ter já dado cumprimento à sentença que fora favorável aos herdeiros do dito Tomé de Sousa Correia. (Fl. 54.)
27. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 17 | 4/5 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 10 de Fevereiro de 1701.
73
Para informar a cidade de Macau que lhe serão pagas pelos bens do falecido governador, António da Silva de Melo, as quantias que o mesmo lhe ficara a dever. (Fl. 55.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 1 de Dezembro de 1701.
Promete executar a ordem sobredita. (Fl. 56.)
28. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 18 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 15 de Fevereiro de 1701.
Para averiguar da queixa da Câmara de Goa contra a Relação por esta não ter respeitado os seus privilégios numa sentença proferida. (Fl. 57.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 26 de Dezembro de 1701.
Informa ter mandado os oficiais da Câmara de Goa apresentarem os privilégios que diziam ter para poderem, por seus mandados, executar os credores, mas como ainda o não tivessem feito devidamente devia continuar a observar-se o disposto por direito. (Fl. 58.)
29. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 18 | 3/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 15 de Fevereiro de 1701.
Para informar sobre a validade da queixa do vedor da Fazenda, João Teles da Silva, motivada pelo facto de o geral do Estreito, Francisco Pereira da Silva, ocupar um «assento» no Conselho reunido para se decidir do socorro a enviar a Mombaça, que lhe não era devido de acordo com o estabelecido nesta matéria. (Fl. 59.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
74
Promete fazer respeitar a ordem régia que estabelecia os «assentos» dos conselheiros do Estado e segundo a qual o general do Estreito preferia o vedor geral da Fazenda. (Fl. 61.)
30. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 18-19 | 5/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 15 de Fevereiro de 1701.
Aprova ter recolhido no terreiro de Goa o mantimento trazido pelos cáfilas do Norte e Canará, meio certo de impedir a subida desmedida dos preços, tão prejudicial ao bem comum. (Fl. 62.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Sempre costumara recolher no terreiro de Goa o mantimento necessário para abastecer os moradores, sendo o restante repartido pelas ordens religiosas, casas particulares e banqueiros, e tomaria as providências que se impunham para impedir aos particulares de o venderem por preço excessivo. (Fl. 62.) (11)
31. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 19-20 | 2/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Março de 1701.
Para, juntamente com o arcebispo primaz de Goa e o Santo Ofício, tomar conhecimento das queixas do bispo de Macau e Câmara da cidade contra o mestre-de-escola da Sé de Goa, José da Silva, e providenciar no que for justiça. (Fl. 63.)
Apensos:
a) Carta de André Lopes de Lavre para El-rei.
Macau, 4 de Janeiro de 1699.
Diz não ter conhecimento das faltas cometidas pelo mestre-de-escola da Sé de Goa, José da Silva. (Fls. 64-64 v.)
b) Carta da Câmara de Macau para o bispo.
Mesa da Vereação, 4 de Janeiro de 1699.
75
Pedem que liberte a cidade dos vexames que lhe infligia o cónego e mestre-de-escola da Sé de Goa, José da Silva. (Fl. 65.)
c) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Como as opiniões sobre o cónego e mestre-de-escola da Sé de Goa eram muito díspares, o vice-rei informa ter decidido fazê-lo regressar a esta cidade. (Fl. 66.)
32. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 20 | 2/3 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 13 de Janeiro de 1701.
Para que se não defira favoravelmente o requerimento do inglês Thomas Torp (?) e se trabalhe no sentido de o convencer a fixar-se em Goa. (Fl. 67.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Informa que Thomas Torp (?), que servira em Dio de superintendente da Companhia de Comércio, ao ser extinta esta fora para Goa, de onde pedira licença para ir à Europa, a qual lhe foi concedida por não ser conveniente a sua presença. (Fl. 68.)
33. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 20 | 4/5 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 15 de Fevereiro de 1701.
Para o vice-rei informar com o seu parecer sobre a queixa do Senado de Goa, que acusava o vice-rei, conde de Vila Verde, de ter provido ofícios cujo provimento pertencia ao mesmo Senado (avaliador dos juízes dos órfãos de gente branca e mocadões dos medidores e celeiros, porteiros dos juízes ordinários e dos órfãos e avaliador), e ainda ter criado o ofício de corredor das folhas dos tabeliães e dos cartórios dos órfãos, o que onerava o povo. (Fl. 69.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa [...] de Dezembro de 1701.
76
O vice-rei opina que o novo ofício criado pelo conde de Vila Verde deverá ser extinto, mas que nos outros, cujo provimento pertencia ao Senado, sejam reconhecidos os providos por ele, com assistência do procurador da Coroa. (Fl. 70.)
34. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 21 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 14 de Fevereiro de 1701.
Manda observar a lei passada em tempo do conde de Alvor relativa às assinaturas dos ministros da Relação, visto que a nova lei pesava demais sobre o povo miúdo, conforme fora exposto pelos oficiais da Câmara. (Fl. 71.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Promete cumprir a ordem recebida. (Fl. 72.)
35. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 21 | 3/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Fevereiro de 1701.
Pede o parecer do vice-rei sobre o requerimento da Câmara de Goa em que seus oficiais pediam que os oficios dados em dote a mulheres e filhas de cidadãos, continuassem a pertencer-lhes depois da morte de seus maridos e o vice-rei não pudesse prover neles outra pessoa. (Fl. 73.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 15 de Dezembro de 1701.
Não há que deferir o requerimento da Câmara de Goa, mas no caso que algumas mulheres a quem tiver sido dado por dote um ofício, por morte de seus maridos fiquem em extrema pobreza, então hajam de ser providas por nova mercê que lhes permita voltar a casar. (Fl. 74.)
36. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 21-23 | 5/5 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 5 de Fevereiro de 1701.
77
Pede informações sobre se os navios apresados pela fragatinha Bom Jesus de Mazagão e São Francisco Xavier e pela fragata do Sul tinham sido julgados de boa presa. (Fl. 75.)
Apensos:
a) Certidão de Veríssimo da Cunha Barreto, escrivão dos feitos da Coroa e Fazenda.
Goa, 3 de Janeiro de 1702.
Certifica ter-se apresado em 1700 uma galeota aos Arábios na costa do Norte pelo capitão João da Silva Cerqueira; o barco Nacady Sabay aos Mouros por Francisco Correia de Mesquita, na barra de Mangalor; e outra galeota apresada também aos Mouros, no porto de Bacelor, pelo almirante Pedro da Cunha. Todos foram considerados em «Relação» por boas presas. (Fl. 76.)
b) Outra certidão do mesmo.
Goa, 5 de Janeiro de 1702.
Certifica ter provido uns autos de presa da galeota tomada pelo capitão-de-mar-e-guerra almirante da Armada do Sul, Pedro da Cunha, no porto de Bacelor, aos mouros e gentios, julgando-se por sentença da Relação a dita presa por bem feita. (Fls. 77-78.)
c) Outra certidão do mesmo.
Goa, 3 de Janeiro de 1702.
Certifica ter provido uns autos de presa do barco Nacady Sabay, apresado pelo capitão-mor da armada do Sul, Francisco Correa de Mesquita, junto à barra de Mangalor, julgando-se por sentença da Relação a dita presa por bem feita. (Fls. 79-80.)
d) Outra certidão do mesmo.
Goa, 3 de Janeiro de 1702.
Certifica ter provido os autos da presa de uma galeota feita aos Arábios pelo capitão-de-mar-e-guerra João da Silva Carqueja na costa do Norte, junto à ilha das Vacas, julgando-se por sentença da Relação a dita presa por bem feita. (Fl. 81.)
e) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 9 de Dezembro de 1701.
78
Esclarece que por causa do barco apresado pela fragatinha Bom Jesus de Mazagão estava o Mogor indiferente com o Estado e fizera represar em Surrate a cáfila e seus mercadores, a qual só foi libertada com a intervenção da armada do Estreito. Por esse motivo não mandava nesse ano a dita cáfila, não obstante ser da maior utilidade e proveito para o Estado. (Fl. 83.)
37. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 24 | 1/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Fevereiro de 1701.
Determina que nas justificações das «auções» que mandar estas venham com todos os papéis necessários, dando-se vista ao procurador da Coroa. (Fl. 85.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 2 de Dezembro de 1791.
Informa ter já ordenado ao juiz das justificações que observasse o estabelecido nesta matéria e que nas cartas dos ofícios e mais provimentos faça incorporar os alvarás por que o rei dá esta concessão. (Fl. 86.)
38. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 24 | 3/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 17 de Fevereiro de 1701.
Pergunta se existe alguma ordem anterior em que tenha determinado que no caso de não haver no tribunal da Relação verbas resultantes das condenações para pagamento das ordinárias do guarda-mor e mais oficiais, estas sejam pagas pela Fazenda Real, e no caso de existir, se lhe dê execução. (Fl. 87.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] , conde de Aveiras.
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
A referida ordem existia na Relação e será respeitada. (Fl. 88.)
79
39. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 24-25 | 5/1 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 13 de Fevereiro de 1701.
Manda reduzir os soldados da guarnição de Angediva ao estritamente necessário, devendo seu pagamento ser feito como estava estabelecido. (Fl. 89.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 3 de Dezembro de 1701.
Fará executar as ordens recebidas. (Fl. 90.)
40. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 25 | 2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 26 de Fevereiro de 1701.
Informa ter remetido ao juiz competente a devassa tocante aos mantimentos embarcados nos navios da armada do Estreito. (Fl. 91.)
NOTA - Não se fez resposta. (Fl. 92.)
41. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 25-31 | 3/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 19 de Fevereiro de 1701.
Pede informação sobre a razão da queixa apresentada pelos oficiais da Câmara pela insuficiência de seus ordenados. (Fl. 93.)
Apensos:
a) Cópia autenticada duma carta do Senado da Câmara [de Goa] para El-rei.
Goa, 29 de Dezembro de 1699.
O Senado pede aumento de ordenado para seus oficiais e assinam os vereadores Vicente Soares Castelo Branco, António da Silva Telo, Manuel Padilha de Miranda, José Correia da Fonseca, Bernardo Pita e Sousa, António Francisco e Manuel Gonçalves. (Fl. 94.)
b) Traslado do capítulo 3.o do título inserido no regimento que está no Livro Verde dos Privilégios e Regimentos de Goa a fl. 23.
Goa, 24 de Dezembro de 1699.
80
Declara haver no final do Livro Verde dos Privilégios e Regimentos um título em que se registavam os mandatos das despesas «místicas» e outras incertas. (Fl. 95.)
c) [Provisão do vice-rei D. Francisco de Sousa Coutinho] Traslado da provisão passada em nome de D. Sebastião pelo vice-rei D. Francisco Coutinho respeitante às despesas de Goa.
Goa, 28 de Dezembro de 1609.
Diz que por parte das vereações e oficiais da Câmara de Goa lhe foi pedido que os gastos feitos da renda da mesma Câmara, por mandado dos seus oficiais, se levassem em conta ao tesoureiro conforme ficara estabelecido no capítulo da carta de 25 de Fevereiro de 1561 que junto traslada. Acrescenta ter-lhe ainda sido apresentada outra carta passada em seu nome, pelo conde vice-rei, na qual dizia que os vereadores e oficiais da Câmara de Goa o tinham informado de que era costume despender-se da renda do Conselho certos pagamentos aos vice-reis, pitanças aos vereadores, juízes dos órfãos, juízes ordinários, procurador da cidade e mestres, por ocasiões de festas, e ainda certos pagamentos ao aposentador, guarda da Câmara, naiques, solicitador, tangedor do sino, porteiro dos lázaros e pesador dos açougues, e determinava que tudo o que o tesoureiro despendesse nestas coisas lhe fosse levado em conta sem outro suprimento. (Fls. 96-96 v.)
d) Cópia da carta do Senado da Câmara [de Goa] para E1-rei, datada de 7 de Dezembro de 1695.
Goa, 29 de Dezembro de 1699.
Examinadas as propinas e emolumentos recebidos pelos oficiais da Câmara de Goa, pedem estes que seja o Senado a arbitrar-lhes os salários e propinas conforme o merecimento de cada um, e que o vice-rei confirme o arbitrado por provisão. Assinam Vicente Soares de Castelo Branco, Estêvão de Torres, Manuel Rodrigues, Pedro Aguiar, Paulo da Costa, Diogo Leitão, Pedro Barcelos, José Rodrigues, José da Cruz e Braz de Sousa. (Fl. 97.)
e) Cópia de uma carta régia [de D. Pedro II] de 28 de Fevereiro de 1690.
Goa, 30 de Dezembro de 1699.
81
Para que lhe seja enviado o novo regimento que fixou os salários dos oficiais da Câmara de Goa e a cópia do «estilo antigo», para entre um e outro escolher o mais conveniente. (Fl. 98.)
f) Informação do que venciam na tesouraria os oficiais da Câmara de Goa, segundo o estilo antigo e novo. (Fls. 99-106.)
g) Traslado do assento novo que se fez sobre os salários dos oficiais da Câmara e dos que recebiam pelas imposições do um e dois por cento.
Goa, 23 de Dezembro de 1699.
Conforme ordem régia, devem respeitar-se os salários fixados pelo regimento e estilo antigo. Contém a relação do que venciam segundo este estilo os oficiais da Câmara e do que venciam os que recebiam pelas imposições do um e dois por cento. (Fls. 107-109 v.)
h) Carta dos oficiais da Câmara de Goa.
Em Mesa de Vereação, 30 de Dezembro de 1699.
Pedem a El-rei que confirme o assento tomado em mesa respeitante aos novos salários e propinas arbitrados aos oficiais da Câmara. (Fls. 110-111.)
i) Cópia de uma carta régia [de D. Pedro II] de 30 de Janeiro de 1697 para o Senado da Câmara.
Goa, 28 de Dezembro de 1699.
Proíbe aos oficiais da Câmara alterarem o estilo antigo e regimento pelo qual deviam ser pagos seus salários e propinas. (Fl. 112.)
j) Parecer do vice-rei conde de Aveiras (?).
Goa, 10 de Dezembro de 1701.
Aconselha o rei a não confirmar o assento que os vereadores da Câmara fizeram para acrescentar os salários antigos que por regimento lhes eram taxados, não só porque as rendas da Câmara eram diminutas, mas também porque D. Sebastião, por provisão passada pelo conde de Redondo, lho tinha proibido. (Fl. 120.)
82
42. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 32 | 2/3 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 23 de Fevereiro de 1701.
Recomenda a conservação das ilhas de Solor e Timor pelos preciosos géneros que forneciam, tão necessários ao comércio da China, e para tal efeito afaste os religiosos dominicanos causadores da maior parte das perturbações ocorridas nas ditas ilhas. (Fl. 121.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 3 de Dezembro de 1701.
Informa que, em obediência às ordens reais, fora enviado António Coelho Guerreiro por general de Solor e Timor, encarregado de pôr termo à rebelião destas ilhas, e ao mesmo fora mandado um socorro de gente e artilharia pelo navio Nossa Senhora das Boas Novas. [Fl. 122 (12) .]
43. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 32-33 | 4/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 23 de Fevereiro de 1701.
O rei ordena que se devasse do procedimento de Francisco Pereira da Silva, acusado de não ter oferecido resistência aos Arábios, senhores da praça de Mombaça, e não ter dado luta à sua armada. (Fl. 123.)
Apensos:
a) Informação relativa à referida devassa.
b) Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [Caetano de Melo e Castro] .
Goa, 9 de Janeiro de 1702.
Diz que na devassa feita ao general Francisco Pereira da Silva, encarregado de socorrer Mombaça, se apurara estar este sem culpas. (Fl. 125.)
44. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 33 | 2/3 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 3 de Março de 1701.
83
Para se empregar o dinheiro das rendas da administração do tabaco no socorro a enviar a Mombaça e a outras praças que o necessitem. (Fl. 126.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 20 de Dezembro de 1701.
Informa ter participado aos administradores do tabaco a ordem supracitada e ter utilizado o referido rendimento no apresto das fragatas Vale e São Boaventura e do batelão Santo António de Mombaça, destinados a acudir às praças do Norte e Dio, ameaçadas pelos Arábios. (Fl. 127.)
45. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 33-34 | 4/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 7 de Março de 1701.
Para os capitães e oficiais das Companhias que seguiam com socorros para a Índia, uma vez lá, serem providos nas primeiras companhias que vagarem, atendendo a seus merecimentos. (Fl. 128.)
Apensos:
a) Vários registos desta carta.
b) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Diz ter executado a ordem recebida relativa ao provimento dos capitães e oficiais das Companhias que vieram do Reino. (Fl. 131.)
46. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 34 | 3/4 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 9 de Março de 1701.
Insiste com o vice-rei para que apresse as obras das casas dos tribunais, oficinas e quartéis em Mormugão para que, o mais brevemente possível, se instale lá o governo e obrigue as pessoas que venderem casas em Goa a construir outras naquela localidade. (Fl. 132.)
84
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 15 de Dezembro de 1701.
O vice-rei informa das obras que se têm vindo a realizar em Mormugão e esclarece que o dinheiro destinado para as mesmas tem sido bem administrado segundo a opinião do arcebispo primaz e do capitão-mor, Gaspar da Costa de Ataíde. (Fl. 133.)
47. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 34-35 | 5/1 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 9 de Março de 1701.
Para o desembargador Manuel Delgarte (?) da Costa fazer devassa dos descaminhos havidos na administração da l.a Companhia de Comércio de Moçambique e Rios e castigar os culpados; no caso de ter falecido, este encargo seria confiado a ministro de confiança. (Fl. 134.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Por motivo de doença do desembargador Manuel Delgarte (?) da Costa, a devassa requerida ainda estava por fazer, aguardando-se o seu restabelecimento ou morte para se cumprirem as ordens recebidas. (Fl. 135.)
48. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 35 | 2/3 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 14 de Março de 1701.
Para o vice-rei proceder à cobrança dos «efeitos» da Companhia de Moçambique espalhados pelas feitorias e ter todo o zelo na administração da mesma. (Fl. 136.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [Caetano Melo e Castro] .
Goa, 12 de Janeiro de 1702.
Diz ter dado toda a ajuda e favor aos deputados da Companhia de Comércio e aguardar que o provedor-mor dos Contos o informasse
85
da situação da mesma. Acrescenta saber que os lucros tinham sido muito pequenos. (Fl. 137.)
49. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 35 | 4/5 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 6 de Outubro de 1700.
Pede para lhe ser remetida a sentença que recaiu sobre a queixa apresentada pelos gancares de Chorão contra Crisóstomo Lobo. (Fl. 138.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Diz ter o dito Crisóstomo Lobo desistido da causa que trazia com os gancares de Chorão. (Fl. 139.)
50. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 36 | 1/3 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 14 de Março de 1701.
Manda proceder a uma devassa sobre João Carvalho Botelho, acusado de perturbar o comércio na região dos Rios, advertindo que o cargo por este ocupado devia ser servido por pessoa de mais categoria. Quanto a António Rodrigues Pinto, capitão de Quelimane, sendo certas as queixas de Jácome de Morais Sarmento ,devia ser igualmente punido. (Fls. 140-140 v.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
A fortaleza de Moçambique encontrava-se reedificada e defensável e havia todo o cuidado na administração dos Rios, estando projectado um forte em Sena e Quelimane. João Carvalho Botelho e António Rodrigues Pinto eram falecidos, pelo que se não tinha efectuado a devassa sobre seu procedimento. O primeiro era homem capaz para o exercício de seu cargo e demonstrara a sua valentia durante o ataque do Sivagi a Santo Estêvão. (Fl. 141.)
86
51. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 36-37 | 4/1 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 14 de Março de 1701.
Ordena a mudança do Governo para o porto de Mormugão, por estar provado que neste porto os navios se conservavam muito melhor que no rio de Goa, e insiste que os mesmos sejam reparados, para assim se assegurar a defesa do Estado. (Fl. 142.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 30 de Novembro de 1701.
Salienta as dificuldades da mudança para Mormugão por ali ainda não haver acomodações para o Governo, Tribunais, Fazenda, Ribeira, etc., etc. Quanto à segurança das suas naus neste porto não era tão grande como El-rei julgava, mas antes a vizinhança de Durbata e a facilidade de acesso deste tanto por terra como por mar era perigo a considerar. Considerando a danificação das naus durante o Inverno no rio de Goa, por ser este de água doce e criar guzano, o mesmo acontecia em Mormugão, porque durante a invernada a água doce dos rios ultrapassava a barra, e a esta danificação juntava-se a causada pela força do mar e do vento, que desconjuntava as embarcações e as destruía, como aconteceu aos sanguiceis e galeota Conceição, de D. Manuel Lobo da Silveira.
Não obstante o exposto, logo que possível, faria a ordenada mudança. (Fls. 143-143 v.)
52. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 37-38 | 2/2 Carta régia [de D.Pedro II] para D. António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, vice-rei da Índia.
Lisboa, 17 de Março de 1701.
Pede informações sobre Paulo da Costa, para quem Isabel Leite pedira certas mercês, que lhe foram indeferidas pelos conselheiros do Estado, não obstante ele possuir o hábito de Cristo, ter servido de vereador da Câmara, de ouvidor de Goa e feitor de Damão. (Fl. 144.)
Apenso:
a) Informação de D. Manuel Lobo da Silveira.
Pangim, 13 de Dezembro de (?)
87
Diz que o dito Paulo da Costa fora aguadeiro (levava água para a cadeia do Limoeiro), nunca fora vereador da Câmara de Goa e apenas por pressões servira de feitor de Damão. (Fls. 145-145 v.o)
b) Informação de D. João Teles da Silva.
Goa, 8 de Dezembro de 1701.
Em virtude de ter chegado à Índia pela altura da consulta que no Conselho de Estado se fez sobre Paulo da Costa, e não ter ainda conhecimento destas matérias, se conformara com os votos dos conselheiros mais experientes e de maior respeito, que consideraram o dito Paulo da Costa inabilitado para as mercês requeridas para ele por Isabel Leite. (Fls. 146-146 v.)
c) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 14 de Dezembro de 1701.
Paulo da Costa, conforme apurara pelas duas informações supracitadas, não possuía o hábito de Cristo, não servira como vereador em Goa e apenas ocupava o cargo de feitor de Damão. (Fl. 149.)
53. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 38 | 3/5 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de (?) de 1701.
Determina que, de futuro, se não conquistem mais terras aos rios por estes serem a melhor defesa das ilhas, e que as que já tiverem sido recuperadas pelos lavradores das aldeias se aforem às mesmas aldeias com o foro competente, e que estas aldeias sejam obrigadas a arrendá-las pelo mesmo foro aos lavradores que as beneficiaram. Manda ainda proceder ao tombo de todas as terras, tanto das que pertencem às gancarias, como das que tocam à Coroa e a particulares, bem como das que tiverem sido conquistadas aos rios. (Fls. 150-150 v.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
Promete tomar as providências que se impõem para respeitar as ordens régias relativas às terras da ilha de Goa e suas adjacentes e seus rios. (Fl. 151.)
88
54. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 39-42 | 1/4 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Março de 1701.
Para o juiz do inventário do órfão António João de Sequeira Faria entregar ao seu tutor, Manuel Nogueira, o que tiver em seu poder do mesmo menor, cujas rendas seriam guardadas no cofre da Casa Professa do Bom Jesus. Acrescenta que o dinheiro do mesmo órfão que tiver sido emprestado ao Estado lhe deverá ser pago por uma consignação certa. (Fl. 152.)
Apensos:
a) Informação de Domingos de Oliveira para o desembargador João Rodrigues Machado.
Goa, 10 de Dezembro de 1701.
Sobre o modo como o inquisidor Frei Manuel da Assumpção fez a entrega dos bens do menor António João de Sequeira de Faria ao seu tutor, Manuel Nogueira. (Fl. 153.)
b) Certidão do tabelião António Lobo da Silva.
Goa [...] de Dezembro de 1701.
Em como Manuel Nogueira, tutor de António João de Sequeira de Faria, pediu traslado do recibo assinado pelo Padre Frei Manuel de Assumpção, o qual passa a transcrever. (Fls. 154-154 v.)
c) Lista da despesa que o Padre Frei Manuel da Assumpção fez com o menor António João de Sequeira de Faria. (Fls. 155-155 v.)
d) Requerimento de Manuel Nogueira, tutor de António João de Sequeira de Faria, pedindo uma certidão dos bens do mesmo que lhe tinham sido entregues e dos que se lhe faltava entregar.
Segue-se a declaração pedida, passada pelo escrivão do Juízo da Provedoria-mor dos Defuntos, João Rodrigues Góis, em que vêm referidos, de acordo com os inventários, os bens que Frei Manuel da Assumpção não entregou a Manuel
89
Nogueira e os que entregou. (1 de Outubro de 1700). (Fls. 156-161.)
e) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 11 de Dezembro de 1701.
Pelo facto de o dinheiro do menor António João de Sequeira de Faria não ter ainda dado entrada na Casa Professa do Bom Jesus, e de o inquisidor Frei Manuel da Assumpção também não ter entregado tudo o que tinha em seu poder do dito menor, nem o que constava do primeiro inventário, determinara ao juiz dos órfãos que fizesse meter no referido cofre o dinheiro, ouro, prata e jóias pertencentes a este órfão, bem como o mais que lhe for acrescentado nas suas rendas. E sobre o empréstimo feito ao Estado pagá-lo-ia conforme fosse possível. (Fl. 164.)
55. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 42-43 | 5/2 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Março de 1701.
Para o vice-rei da Índia pôr verba na côngrua do bispo de Cochim, caso este demorasse a partir para seu bispado. (Fl. 166.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
O dito bispo já seguira na armada do Sul, encontrando-se em Coulão de Cima. (Fl. 167.)
56. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 43 | 3/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Março de 1701.
Para que os capitulares do Cabido dissessem a missa de festa de São Francisco Xavier na igreja dos padres da Companhia. (Fl. 165.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
O provincial da Companhia acedeu gostosamente à vontade de El-rei, sem apresentar qualquer dúvida. (Fl. 169.)
90
57. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 43 | 5/6 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 16 de Março de 1701.
Recomenda toda a ajuda e favor a Hipólito Visconti, propósito da ordem da Divina Providência, devendo-lhe ser fornecida embarcação para seguir com outros padres da sua congregação para Bornéu. (Fl. 170.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
Dará inteira execução à ordem recebida pelo grande serviço que estes missionários prestavam na cristianização daquela ilha. (Fl. 171.)
58. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 44 | 1/2 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 18 de Março de 1701.
Para permitir aos homens de negócio do Brasil mandarem tabaco em pó para Goa desde que pagassem nesta alfândega, além do preço do contrato, o pardau que o povo da cidade pagava por cada arrátel. (Fl. 172.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 4 de Dezembro de 1701.
Logo que chegarem a Goa as naus do Brasil executará o que El-rei ordenou. (Fl. 173.)
59. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 44 | 3/5 Carta régia para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 18 de Março de 1701.
Em atenção à carta do comissário-geral Padre Frei Veríssimo da Conceição, que acusa o Padre Frei Ambrósio da Assumpção, comissário da Terra Santa de não apresentar contas do dinheiro das esmolas e o empregar em impetrar breves a Roma, El-rei determina ao vice-rei que não permita que este religioso passe à Índia, sem
91
primeiro apresentar contas e livrar-se da excomunhão que lhe tinha sido posta (Fl. 174.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
O Padre Frei Ambrósio da Assumpção, ex-comissário da Terra Santa, não passou à Índia nem havia sobre ele breve algum. (Fl. 175.)
60. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 45 | 1/3 Carta régia [de D. Pedro II] (cópia da) para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 11 de Fevereiro de 1701.
Para o vice-rei fazer despachar a causa que corria entre D. Manuel Lobo da Silveira e seu genro, o desembargador Domingos Dourado de Oliveira, originada por este ser acusado de se ter apossado ilegalmente da aldeia de Serião da pragana Maim, terras de Damão, doada a sua mulher, D. Maria da Silveira. (Fl. 176.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [Caetano Melo e Castro] .
Goa, 10 de Janeiro de 1702.
A sentença que recaiu sobre esta causa foi favorável ao desembargador D. Domingos Dourado de Oliveira, pelo que seu sogro apelou para o Juízo dos Agravos. Já dera ordem ao procurador da Coroa para, no caso de haver nulidade na nomeação da aldeia, mover libelo contra o possuidor. (Fl. 177.)
61. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 45-46 | 4/2 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 1 de Abril de 1700.
Por uma carta do feitor do Congo, Manuel Rodrigues de Andrade, tivera notícias não só da perda de Mombaça mas ainda de alguns navios da armada enviada em defesa desta praça.
Para reparar este dano determinara enviar à Baía, o capitão António de Saldanha de Albuquerque, com a fragata Nossa Senhora do Bom Sucesso, com ordem para daí seguir para a Índia, juntamente com uma nau da Junta do Comércio, por nome Nossa Senhora de
92
Betancor. Ambas levariam os homens e armas necessários para o socorro ter o desejado efeito. No caso de lhes suceder algum precalço ordenava a D. João de Lencastre que enviasse novo socorro, com ordem de tocar em Moçambique, e dar batalha à armada dos Arábios caso a encontrasse. Os homens que fossem nestes socorros deveriam regressar à Baía, excepto os presidiários e os que, de vontade, pretendessem servir na Índia. (Fl. 179-179 v.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 30 de Dezembro de 1701.
Diz ter já dado conta do que foi feito na matéria que trata a supracitada carta. (Fl. 180.)
62. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 46-47 | 3/1 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 10 de Março de 1701.
Após ter tido noticia certa da perda de Mombaça, mandara uma fragata de guerra comandada por António de Saldanha de Albuquerque à Baía de Todos-os-Santos com ordem para lá se lhe juntar outra e nelas se embarcarem 400 homens de armas para irem de socorro à Índia. Também pela armada anual seguiam mais três naus com 800 homens. Com toda esta força e a colaboração de todos os portugueses da Índia ficava certo da restauração de Mombaça e muito a recomendava pela sua importância. (Fl. 181-181 v.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 15 de Dezembro de 1701.
Diz ter respondido em carta anterior à matéria tratada (Fl. 182.)
63. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 47 | 2/4 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 15 de Março de 1701.
Recomenda insistentemente a empreza da restauração de Mombaça, que devia ficar a cargo de Henrique Jacques de Magalhães,
93
que já partira para a Índia. A ele se iriam juntar António de Saldanha e Gaspar da Costa de Ataíde. (Fl. 183.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 15 de Dezembro de 1701.
Diz já ter dado conta, em carta anterior, de tudo que tocava à referida empresa, ficando com esperança que o inimigo arábio seria destuído. (Fl. 184.)
64. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 47-48 | 5/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Lisboa, 1 de Abril de 1700.
Para se permitir o regresso ao Reino a António de Saldanha de Albuquerque e António Andrea Pimentel da Silva, enviados no socorro destinado à restauração e Mombaça, uma vez cumprida a missão de que iam encarregados. (Fl. 185.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 10 de Janeiro de 1702.
Diz ter concedido licença para regressar ao Reino a António de Saldanha de Albuquerque. (Fl. 186.)
65. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 48-49 | 3/1 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 16 de Março de 1701.
Para que se acabe a fortificação de Moçambique de acordo com a planta remetida pelo Conselho Ultramarino, e se oiça a opinião dos engenheiros sobre se será ou não conveniente acabar-se o forte que o conde de Vila Verde mandou fazer na ilha de Moçambique. (Fl. 187.)
Apenso:
a) Planta do forte de Moçambique.
b) Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
94
Cumprirá todas as ordens referentes à fortificação de Moçambique. (Fl. 189.)
66. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 49 | 2/4 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 15 de Março de 1701.
Recomenda todo o favor à extinta Companhia do Comércio para proceder à cobrança de seus efeitos. (Fl. 190.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Diz ter executado o que lhe fora ordenado sobre a extinta Companhia Geral do Comércio. (Fl. 191.)
67. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 49-50 | 5/2 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 16 de Março de 1701.
Para o vice-rei, em cumprimento da ordem do bispo inquisidor, mandar embarcar para o Reino na primeira nau que partir o inquisidor frei Manuel da Assunção. (Fl. 192.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
O citado inquisidor já tinha partido para o Reino na passada monção. (Fl. 193.)
68. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 50 | 3/4 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 16 de Março de 1701.
Recomenda Estêvão Bernardes de Macedo, que pelos seus bons serviços devia ser recompensado. (Fl. 194.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei [António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
95
Estêvão Bernardes de Macedo embarcara para o Reino na monção passada. (Fl. 195.)
69. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 51 | 1/3 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 15 de Março de 1701.
Recomenda Álvaro Gonçalves Pereira, que partira para a Índia com António de Saldanha. (Fl. 196.)
Apenso:
Resposta [Carta] do vice-rei da Índia [Caetano de Melo e Castro] .
Goa, 8 de Janeiro de 1702.
Álvaro Gonçalves Pereira iá regressara a Portugal. (Fl. 197.)
70. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 51-52 | 5/2 Carta régia [de D. Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 10 de Março de 1701.
O pagamento às dignidades da Sé de Macau deveria estar assegurado pelo que Pedro António Pereira deixara para ajuda do sustento destas, e a côngrua do bispo seria paga de acordo com o anteriormente estabelecido. A sentença que o deão tinha alcançado a seu favor deveria ser inteiramente respeitada por este bispo. Ao bispo de Nanquim fora bem feito pagar-se. (Fl. 199.)
Apenso:
Cópia de três respostas do vice-rei da Índia para El-rei.
1a Resposta [Carta do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Informa que o bispo de Macau já se acomodara com o deão da Sé, e que o pagamento da sua côngrua seria feito pelo valor que a moeda de prata tinha em Macau e não pelo que valia na Europa.
2a Carta [do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
Ao bispo de Nanquim, homem de grande virtude e defensor do Padroado Real e da jurisdição primacial da Mitra de Goa, seriam feitas todas as mercês possíveis.
96
3a [Carta do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] ]
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
O dinheiro deixado por Pedro Pinto Pereira para ajuda do sustento das dignidades da Sé de Macau fora consignado a um seu devedor e não fora possível cobrá-lo, pelo que o pagamento destas dignidades teria de ser feito pelo Estado. (Fl. 200.)
71. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 52 | 3/5 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 10 de Março de 1701.
Lamenta o procedimento do bispo de Cochim pelo qual estivera em risco de se perder a missão de Ceilão, ficando esperançado que as diligências do arcebispo primaz dessem remédio à situação. (Fl. 201.)
Apenso:
Resposta [Carta do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 17 de Dezembro de 1701.
Ao bispo de Cochim por várias vezes tinha sido oferecida embarcação para seguir para o seu bispado, e só não partira por não o querer fazer. Quanto à missão de Ceilão estava a desenvolver-se graças ao arcebispo primaz. (Fl. 202.)
72. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 53 | 1/3 Carta régia [de D.Pedro II] para o vice-rei da Índia.
Salvaterra, 10 de Março de 1701.
Conforma-se com o parecer do vice-rei sobre as missões e igreja de Moçambique e recomenda Clemente da Cruz (assistente na missão da Cochinchina) para a mercê do «hábito» e outros favores conformes a seus merecimentos. (Fl. 203.)
Apenso:
1.a resposta [Carta do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Goa, 7 de Dezembro de 1701.
A Sé de Moçambique ia sendo reparada e a cristandade desta região e a dos Rios também se ia conservando. Quanto à cristandade das «ilhas» até Mombaça perdera-se a maior parte, por causa
97
do ataque dos Arábios, tendo uns cristãos fugido para os matos e outros aceitado o islamismo. Tinha esperança que com a ida das fragatas de socorro àquela costa se voltasse a organizar a dita cristandade.
2.a resposta [Carta do vice-rei da Índia António Luís Gonçalves da Câmara Coutinho] .
Mostra-se esperançado que os cristãos que tinham escapado às perseguições sofridas pela missão da Cochinchina, onde era assistente Clemente da Cruz, voltassem a unir-se e a manter a fé naquelas paragens. (Fl. 204.)
73. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 53-54 | 4/5 Carta do vice-rei [da Índia Caetano de Melo e Castro] para El-rei.
Goa, 10 de Janeiro de 1702.
Informa que no navio S. Pedro Gonçalves chegou a Goa um bispo caldeo recomendado pelo núncio de Portugal. Fora-lhe dada passagem na armada do Estreito, e não obstante ter sido advertido a não desembarcar na Índia fizera-o em Surrate, e daí fora a Calecute, donde escreveu uma carta aos sirianos da serra do Malabar pela qual se via ser cismático, pelo que a sua estadia era prejudicial à cristandade. (Fl. 205.)
Apenso:
a) Carta de Frei Ângelo Francisco de Santa Teresa para (?).
Verapoli, 24 de Março de 1701.
Diz que por dois breves fora nomeado bispo de Metellepoli e vigário apostólico da província do Malabar na ausência do arcebispo de Cranganor e bispo de Cochim e que requerendo a sua confirmação a este fora-lhe recusada com o pretexto de não ter ordem do Governo de Goa. Requerendo-a novamente a este, fora-lhe dito que só de Portugal podia vir a sua confirmação. Por esse motivo passara a Pondicheri, fortaleza francesa, para dali seguir para onde houvesse vigário apostólico que o pudesse sagrar.
Salienta que era voz pública que El-rei de Portugal nomeara João Ribeiro arcebispo da Serra, e se a Santa Sé aprovasse este ou outro sacerdote português, jamais seriam aceites pelos cismáticos da Serra, perdendo-se assim a esperança de se reduzirem. (Fls. 206-207.)
98
b) [Carta do Arcebispo] Traslado da tradução de uma carta de Simão, arcebispo dos Caldeus para os cristãos sirianos do Malabar, feito pelo padre António Simões, escrivão do arcebispo de Cochim, D. Frei Pedro Pacheco.
Coulão, 6 de Junho de 1701.
Diz que, por ordem do patriarca do Oriente, Elia, foi a Jerusalém, Roma, Espanha, Portugal, Goa e Surrate, em busca da cristandade da Serra. Soubera por um índio que a encontraria em Cochim, mas não fora lá por temor dos Holandeses. Aguardava um próximo encontro com os seus representantes em Calecute, para onde tencionava dirigir-se. (Fls. 208-208 v.)
c) Mandado de Abram Vinch, mercador da Companhia Holandesa em Coulão.
Coulão, 21 de Abril de 1701.
Proíbe a todos os cristãos do Coulão de Cima prestarem obediência a D. Frei Pedro Pacheco, que se intitulava bispo de Cochim. (Fl. 210.)
74. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 55 | 1 Cartas do Governo pela Secretaria de Estado [da Índia] . (Fl. 211.)
75. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 55 | 2 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 1.
Goa, 20 de Outubro de 1701.
Dá conta de ter tomado posse do Governo da Índia de acordo com o expresso na primeira via de sucessão que fora aberta por ter acabado seu tempo seu antecessor e ter falecido Henrique Jaques de Magalhães, indicado para suceder a este. (Fl. 212.)
76. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 55 | 3 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 2.
Goa, 20 de Outubro de 1701.
Não obstante dificuldades insuperáveis (falta de gente e dinheiro) fará ver em Conselho de Estado a forma de se restaurar Mombaça, e informará do que for decidido fazer-se. (Fl. 214.)
99
77. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 55 | 3/5 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 3.
Goa, 6 de Outubro de 1701.
Visto em Conselho os meios mais fáceis para se conseguir o dinheiro para se proceder à empresa da restauração de Mombaça, ficou decidido que se aguardasse a chegada da armada do Estreito e se impusesse aos possuidores de fazendas o pagamento de um novo imposto durante três anos. Contra isto protestaram os naturais de Salsete, Bardês e ilhas de Goa, pelo que se impunha El-rei dar ordem para que todos os seus vassalos possuidores de fazendas pagassem dízimos de todos os frutos das mesmas. (Fls. 216-216 v.)
78. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 56 | 1/2 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 4.
Goa, 2 de Dezembro de 1701.
Informa que para obter rapidamente o necessário para os preparativos da empresa de Mombaça pedira um empréstimo aos interessados da extinta Companhia de Comércio, e com este comprara as roupas para o comércio do Estreito. Dera também ordem ao capitão de Baçaim, Manuel de Sousa de Meneses, e aos feitores desta praça e de Damão para pedirem outro empréstimo aos reitores dos colégios da Companhia de Jesus. Já mandada vir do Norte navios e alguns práticos da barra (de Mombaça), entre outros José Pereira de Brito, que servia o Sabaio. (Fl. 218.)
79. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 56 | 3/4 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 5.
Goa, 4 de Janeiro de 1702.
As naus Nossa Senhora do Vale, Nossa Senhora da Boa Esperança e Nossa Senhora de Betancor estavam prontas para partir para a empresa de Mombaça, e porque tardava a armada do Estreito que as devia acompanhar, reuniu-se o Conselho de Estado, e ouvido o prático José Pereira de Brito, ficou assente que se esperasse por esta armada até 15 de Dezembro. (Fls. 220-220 v.)
80. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 56-57 | 5/1 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.o 6.
Goa, 31 de Dezembro de 1701.
100
Em virtude da demora da armada do Estreito, comandada pelo general Francisco Pereira da Silva, e do facto do vice-rei, almotacé-mor, se recusar a enviar o regimento e instruções que este levara onde se poderia encontrar a explicação desta demora, fora resolvido ouvir o Conselho de Estado sobre o modo como se havia de levar a cabo a empresa de Mombaça. (Fls. 221-221 v.)
81. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 57 | 2/3 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.° 7.
Goa, 18 de Dezembro de 1701.
De acordo com a resolução do Conselho de Estado tinham aparelhado para a empresa de Mombaça as naus Nossa Senhora de Betancor, Nossa Senhora do Vale e Nossa Senhora da Boa Sentença, e enquanto aguardavam a chegada da armada do Estreito que as devia companhar, um tufão desmantelou-as e matou quase toda a tripulação. Este tufão, que se fez sentir dos Ilhéus Queimados ao Cabo de Comorim e Onor, fez também dar à costa vários navios de arábios, do rei de Sunda e do Sivagi. (Fls. 224-224 v.)
82. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 57 | 4 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.° 8
Goa, 31 de Dezembro de 1701.
Visto estar impossibilitada a empresa de Mombaça pela destruição dos navios que lhe estavam destinados e pela tardança da armada do Estreito, resolvera aparelhar as naus Nossa Senhora do Vale e São Boaventura e o batelão Santo António de Mombaça, para com eles acudir aos pontos mais necessitados. E como tinha notícia que uma possante nau inglesa aguardava a fragata da China junto ao Cabo de Comorim, mandara lá a dita nau com o fim de comboiar esta fragata. (Fl. 226.)
83. [Ficheiro 4, gaveta 1, divisão 11] 57-58 | 5/2 Carta [do Governo pela Secretaria de Estado da Índia] n.° 9.
Goa, 16 de Dezembro de 1701.
Até à chegada da armada que invernara em Zanzibar, no ano de 1699, por ter encontrado a praça de Mombaça em poder dos Arábios, não soubera ao certo como e quando a praça se perder
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Outros livros de interesse:
N.º 66 1702-1704 Ficheiro 4 Gaveta 1 Divisão 12
N.º 67 1702-1704 Ficheiro 4 Gaveta 2 Divisão 1
N.º 68 1703-1704 Ficheiro 4 Gaveta 2 Divisão 2
N.º 69-70 1671-1707 Ficheiro 4 Gaveta 2 Divisão 3/4
Há dezenas de livros para os outros períodos. Aconselho a consulta do Boletim da Filmoteca Ultramarina Portuguesa, N.º 47, de 1986. Mesmo para esse período deve ver no mesmo AHU as caixas de papéis avulsos pois têm também correspondência entre Lisboa e Goa.
Cumprs
P
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Muitíssimo obrigado. pelo menos fico com uma ideia de conteúdos, o que já é muito bom. Mas pelos vistos os livros do sec XVIII só mesmo em Goa, creio que nunca chegaram a ser transferidos ou copiados para cá.
Paulo
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Precipitei-me na resposta, ainda há esperança de alguma coisa então. Irei sim ao AHU.
Obrigado e Cumptos,
Paulo
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Paulo, se calhar não me expliquei bem: todos esses livros estão microfilmados na Boa-Hora, no AHU, só não estão é resumidos os do séc. XVIII em diante. Se lá for (abre às 13,30 até às 19) poderá pedir os livros que lhe interessa e ver no leitor de microfilmes a documentação que lhe interessa. Há outros copiadores de correspondência da Índia na Biblioteca Nacional e até fora de Lisboa, mas sem uma noção mais precisa do tema que procura, só o poderia inundar de cotas generalistas. Abraço. P
ReplyDirect link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Pedro,
De facto não tinha percebido, fico mais entusiasmado. na verdade vou à procura de agulha em palheiro. Por outras palavras, procuro referências sobre:
1. ida para a Índia de D José Severim Manoel de Noronha (Vilhena), que deve ter occorido na monção de 1702 ou 1703 e qualquer outra informação subsequente.
2. Ida para a Índia de Vicente da Silva da Fonseca, que julgo terá ocorrido na monção de 1732 ou 33 e outras informações sobre esta figura, que regressou ao reino em 1758 com o posto de tenente-coronel, tendo lá casado com uma filha do sujeito referido em 1.
3. Informações sobre pedro da silva da Fonseca, filho do anterior e lá nascido, que deverá ter vindo para o Reino na mesma ocasião do pai, com o posto de tenente.
Em simultaneo, referencias a algumas das batalhas em que participaram, nomeadamente a tomada da praça de Alorna, da fortaleza de Tiracol, etc.
Abr,
P.
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Paulo
Do primeiro nada tenho, do segundo há na TT isto:
JUNTA DA REAL FAZENDA DO ESTADO DA ÍNDIA
Livro 24
[210] 1749, Março, 5, Goa Provisão de D. Pedro Miguel de Almeida e Portugal, vice-rei e capitão-general do Estado da Índia, para que Vicente da Silva da Fonseca pudesse revalidar a prova de testemunhas que fez na causa ordinária de libelo movida contra António Francisco Dias. Pretendia pedir-lhe trezentos e vinte xerafins, com seus ganhos, não obstante a dita quantia ultrapassar a soma permitida pela lei. Para esse efeito, indicou o nome de várias testemunhas no seu requerimento. Esta concessão foi feita em conformidade com o parecer dos desembargadores do despacho. Inclui um requerimento de Vicente da Silva da Fonseca e a tramitação que conduziu ao referido parecer, datado de 19 de Julho de 1748, da qual se destaca [uma certidão] do naique do Tribunal da Relação, Inácio Carvalho Pereira. Registada em Goa, [post. a 5 de Março de 1749], por António Gonçalves ( fls. 138v-139 ).
LIVRO 84
(1749-1756)
[3] 1750, Abril 21, s.l. Mandado de António de Brito Freire, vedor-geral da Fazenda, ordenando a Bernardo Lopes Duarte, feitor real, que pagasse a Vicente da Silva da Fonseca quarenta e oito xerafins na companhia do capitão João Francisco de Mira durante seis meses, de 1 de Outubro de 1749 a 631 de Maio de 1750 (fl. 2).
No AHU há referente ao Brasil:
1787, Fevereiro, 20, Lisboa
CERTIDÃO do conselheiro do Conselho Ultramarino, e ex-chanceler da Relação do Rio de Janeiro, João Alberto de Castelo Branco, declarando que na devassa tirada na altura da capitulação e entrega da praça da Colônia do Sacramento, o filho do governador, brigadeiro Vicente da Silva da Fonseca, capitão Pedro da Silva da Fonseca, foi considerado sem culpa, tendo sendo sido solto da prisão e obtido licença para se recolher ao Reino, recebendo os soldos vencidos; indicando que tal devassa foi tirada por ordem da junta que governava o Rio de Janeiro, da qual fazia parte.
AHU-Rio de Janeiro, cx. 139, doc. 23.
AHU_ACL_CU_017, Cx. 129, D. 10271.
[post. 1789, Fevereiro, 7, Lisboa]
REQUERIMENTO do capitão Pedro da Silva da Fonseca, filho do ex-governador da Nova Colónia do Sacramento, Vicente da Silva da Fonseca, à rainha [D. Maria I], solicitando que ordem para o ministro e secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, apresentar a consulta sobre sua reintegração no regimento do coronel Martinho de Sousa de Albuquerque.
Anexo: 26 docs.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 11, doc. 7.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 8, D. 655.
[1762, Maio, Rio da Prata]
CARTAS particulares (2), sendo a primeira ao [governador da Colônia do Sacramento], D. Vicente da Silva da Fonseca, e ambas sobre atividades militares contra os espanhóis de Buenos Aires.
Obs.: a primeira parece ter sido enviada em conjunto com a carta particular AHU_ACL_CU_012, Cx. 6., D. 558; a segunda, com o ofício (minuta) da mesma série, Cx. 6, D. 561. Notar sobretudo a coincidência das dobras de papel.
AHU_CU_Reino, Cx. 269, pasta 10.
1761, Janeiro, 3, Nova Colónia do Sacramento
CARTA do governador da Nova Colónia do Sacramento, Vicente da Silva da Fonseca, ao rei [D. José], sobre a captura, pelos espanhóis, das faluas Santa Teresa e Nova.
Anexo: 5 docs.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 1; cx. 8, doc. 48, 49.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 520.
1761, Janeiro, 4, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre as faluas apreendidas e a falta de lenha, sobre a correspondência com o Conselho Ultramarino e com a secretaria de Estado [da Marinha e Ultramar] e sobre as finanças da Colónia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 2.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 521.
[ant. 1761, Fevereiro, 18, Lisboa]
REQUERIMENTO de António Teixeira de Carvalho ao rei [D. José], solicitando sua inclusão no concurso para o cargo de almoxarife da Fazenda Real da Nova Colónia do Sacramento, vago pela desistência de Manuel Pereira Franco.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 4.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 522.
1761, Fevereiro, 19, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre a relação com os castelhanos, as notícias de Espanha e acerca de António Santos, que buscou abrigo na Colónia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 3.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 523.
1761, Fevereiro, 19, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre a chegada do comandante de campo, Francisco Grael e da carta do general Pedro de Cevallos.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 3.
AHU_ACL_CU_012, Cx. , D. 524.
1761, Fevereiro, 19, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre a conservação da Colónia e sobre as faluas aprisionadas.
Anexo: cópia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 5, 6.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 525.
1761, Março, 4, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre a correspondência com o general Pedro de Cevallos e da ameaça de sitiarem a Colónia.
Anexo: ofício.
Obs.: doc. anexo em espanhol
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 7.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 526.
1761, Março, 4, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO (minuta) do [governador da Nova Colónia do Sacramento, Vicente da Silva da Fonseca], ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre diversos aspectos nas relações com os espanhóis e sobre a defesa da Colónia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 8.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 527.
1761, Março, 21, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO (cópia) do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade] sobre um encontro com Francisco Grael, sobre movimentos de embarcações e tropas e acerca de aspectos gerais da conservação da Colónia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 9.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 528.
1761, Abril, 10, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO (cópia) do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade], sobre a correspondência recebida e aspectos gerais da Colónia.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 10.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 529.
1761, Abril, 15, Ilha de Martim Garcia
CORRESPONDÊNCIA (7 cópias) de Francisco Saraiva da Cunha, do governador da Nova Colónia do Sacramento, [Vicente da Silva da Fonseca], de Guilherme Kelly, do coronel de Dragões, José Inácio de Almeida, dos prisioneiros Joaquim Pereira da Silva, Inácio Gonçalves Pereira e António Francisco, e do comandante de campo, D. Francisco de Grael, sobre o conflito com os espanhóis na região da Colónia.
Obs.: conjunto de documentos numerado de 2 a 8.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 11.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 530.
1761, Abril, 28, Nova Colónia do Sacramento
OFÍCIO (cópia) do [governador da Nova Colónia do Sacramento], Vicente da Silva da Fonseca, ao [principal comissário de Espanha para a demarcação dos limites], marquês de Valdelírios, sobre as cartas recebidas do [governador e capitão-general do Rio de Janeiro, conde de Bobadela, Gomes Freire de Andrade].
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 12.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 531.
1761, Maio, 11, fragata Nossa Senhora da Atalaia [Ilha de Martim Garcia]
OFÍCIO do tenente-coronel de Dragões, José Inácio de Almeida, ao governador da Nova Colónia do Sacramento, Vicente da Silva da Fonseca sobre o iate São João Baptista e os movimentos de embarcações na região.
AHU-Nova Colónia do Sacramento, cx. 9, doc. 13.
AHU_ACL_CU_012, Cx. 6, D. 532.
Há mais umas dezenas de documentos neste fundo de VSF, veja o ficheiro descritivo deste fundo no computador de apoio na sala de referência.
Cumprs
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
Caro Pedro,
Uma vez mais, muito obrigado.
Sobre o tempo de VSF no Brasil, emparticular na Colónia de Sacramento, já havia consultado a vasta documentação do AHU, embora na TT só tenha chegado aos RGM's...aocnsleha-me outras fontes da TT?
Falta-me, sim, informação sobre o tempo dele na Índia, e as achegas que me dá são importantes, pois que as desconhecia de todo. Ainda ontem passei pela TT, lá terei de voltar. Em todo o caso, vou consultar também os livros que me indicou no AHU.
Pena que a India não esteja catalogada como o Brasil, e o mesmo digo de Moçambique, pois ando também à cata de informação sobre outro avoengo meu, João Pereira da Silva Barba, que foi Governador de Moçambique em 1763.
Abr,
P.
Direct link:
RE: Arquivos de Goa - Pesquisa
De facto, a mole documental da Índia nos papéis avulsos é intragável no que toca a fazer pesquisas específicas. Já viu os sumários da Documentação de Moçambique em http://www.iict.pt/publicacoes/catalogo/pagpbl/vpbl03.asp?c_col=901&c_num=100 ?
No meu computador encontrei só isto:
AHU Moçambique Cx. 23, Doc. 33 – “Instrução dada pelo Governador de Moçambique, João Pereira da Silva Barba, para por ella se reger o Capitão mór da Praça de Sofala ou quem em seu lugar fizer. Moçambique, 18 de Abril de 1763”
Mas o AHU tem dezenas de códices de Moçambique desses anos.
Se tem tempo na TT veja os maços do Ministério do Reino:
Ministério do Reino,
mç. 312-314, 499, 602-604, 999, 1000
que tem documentação para o séc. XVIII da Índia e Moçambique
Abç
Direct link:
Forum messages ordered by date
Il tempo è mostrato in GMT. Ora corrente: 25 dic 2024, 06:27