BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

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BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260751 | Ari | 20 ago 2010 03:44

Prezados Senhores:


Tenho curiosidade sobre o BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA, penso que seja de origem Luso-açoriana, mas, não tenho certeza! Minha família reside no sul de Santa Catarina (BR). no minimo a cinco gerações.

Sera que na net posso encontrar alguma coisa fundamentada?

Se alguem puder em ajudar ficarei extremamente grato.

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260753 | felpo | 20 ago 2010 05:03 | In reply to: #260751

Será fácil encontrar em Spínola. a Origem é italiana

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260780 | Conde de Granada | 20 ago 2010 14:15 | In reply to: #260751

Caro Ari,

Tenho parentes, na capital paulista, que são Spínola Dias, descendentes do Dr. Américo Luiz Spínola Dias (coronel da Guarda Nacional), político, rico e abastado cafeeicultor na região de São José do Rio Preto. Ao que consta, os Spínola são oriundos de Portugal, se não me engano da Madeira, mes de origem ancestral veneziana. A família Spinola Dias foi uma das principais financiadoras, juntamente com os Dumont (mais especificamente do Dr. Luiz Dumont, irmão de Alberto dos Santos Dumont, o "inventor" do avião), da Revolução de 32 em nossa região.

Espindola não será uma variação de Spínola?

Saudações,

Granada

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260788 | felpo | 20 ago 2010 17:52 | In reply to: #260780

Caro Conde de Granada,
Como Espíndola parece ser uma corruptela de Spínola, Dumont, Dumond ou Dumom, será uma corruptela de Drummond. Ao contrário dos brasileiros os portugueses têm tido, por norma, respeitar as grafias dos nomes provenientes de outras línguas (é vidente que há excepções)
Tenho pena que os brasileiros olhem tanto de soslaio para tudo o que é português; sendo que de todas as línguas que têm como origem o Latim, a língua portuguesa é a que lhe está mais próxima.
Como muitas famílias de origem portuguesa ou que passaram a Portugal, quer os Spínolas, quer os Drummonds, depois de se estabelecerem na ilha da Madeira passaram ao Brasil.

http://www.geneall.net/P/fam_page.php?id=881


Com os Melhores Cumprimentos

Fernando Pinto Coelho

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260789 | Conde de Granada | 20 ago 2010 18:04 | In reply to: #260788

Confrade Fernando Pinto Coelho,

Concordo inteiramente. Há que se respeitar as grafias originais dos apelidos e nomes de origem estrangeira. Não há dúvida quanto a isso.

Também falamos português no Brasil... (risos aqui!)... Ademais, pouquíssimo me agrada o que muitos chamam, advertidamente, de "Português Brasileiro." Não olho de soslaio, aliás, sou aberta e francamente contra a actual reforma ortográfica. Há-de regar, mais e mais, a "última flor do Lácio."

Respeitosa e cordialmente,

Granada

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260790 | Conde de Granada | 20 ago 2010 18:07 | In reply to: #260789

PS. Onde se lê "advertidamente", deve-se ler "inadvertidamente".

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RE: BRASAO DA FAMILIA E ORIGEM DO SOBRENOME ESPINDULA OU ESPINDOLA

#260792 | felpo | 20 ago 2010 18:47 | In reply to: #260789

Caro Confrade,

Mas existe ou não uma maneira de falar e de escrever correspondente ao português no Brasil?
Existe ou não uma vontade de usar "criar" palavras novas e que são diferentes (que têm o mesmo significado de outras que já existentes) do léxico usado em Portugal, em Angola, Moçambique, Timor, Cabo Verde, Guiné ou São Tomé.
O problema da diferença não é só ortográfico, é também na sintaxe e na semântica.
Por estas razões não será errado dizer Português do Brasil ou brasileiro.
Na altura da independência que era necessário aos habitantes do Brasil (na maioria portugueses), demarcarem-se de Portugal, pareceu-lhes importante acentuar as diferenças. É mesmo a atitude própria do Romantismo ir buscar ao falar do povo, "à voz da razão"; só que, o povo humilde, era analfabeto, o povo humilde falava crioulo.
A língua Portuguesa dever-se-ia chamar Galega. o galego é ele também uma corruptela do Latim.

Com os melhores Cumprimentos

felpo

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VIVA LÍNGUA, LÍNGUA VIVA

#260795 | Conde de Granada | 20 ago 2010 19:40 | In reply to: #260792

Caro confrade,

Sim. Existe uma maneira/forma própria se falar, entretanto, a escrita permanece uniforme e equivalente, mesmo que tenhamos algumas palavras "mutantes", por assim dizer. Uma coisa deve ficar clara: a língua/idioma é um ente vivo, que muda com o tempo; é natural e irrefreável. Assim como o ser humano se transforma e se adapta, a língua, como apanágio cultural e espiritual da consciência coletiva e individual, tomou, toma e tomará outras formas. É a metáfora da Torre de Babel, mais viva do que nunca!

O português é oriundo do latim vulgar. Imaginemos como os gramáticos puristas, eivados de Cícero, Tito Lívio, Cornélio, Horácio, Ovídio, Virgílio, Fedro, Catulo, Lucrécio, Propércio, Tíbulo, César, Terência Varrão, reagiram ao ouvir o falar "grosseiro" da soldadesca romana que voltava da Gália, da Hispânia? Ficaram horrorizados. Mas, pensemos melhor, como reagiriam Catão, Terência, Ênio, Plauto e Lucílio ao ouvir e ler seus colegas acima citados? Não seria a mesma reação de horror? Certamente que sim! Mais a frente, vieram Marcial, Lucano, Pérsio, Juvenal, Valério Flaco, os Plínios (velho e moço), os dois Sênecas (o filósofo e o orador), Tácito, Justino, Quintiliano, Valério Máximo, Petérculo, Suetônio, Quinto Cúrsio e outros... Será que as gerações anteriores também não ficaram escandalizadas com as mudanças na escrita e na fala? Li vários deles (as traduções para o português, naturalmente, porque meu latim não vai além do básico, aprendido a custo, com as lições teológicas de meu pai) e, segundo percebi, a única coisa que os uniu foi o amor ou o terror por Roma. Apenas isso. Dos tempos da "Lei das XII Tábuas", passando por Catão e todos os acima citados, até chegarmos ao latim romano, actualmente usado na liturgia católica, há, certamente, um abismo quase que instransponível. Como também o há entre o inglês moderno e o velho anglo-saxão. A língua vive de "degradações".

Certamente, existem certas expressões, nomes e termos que não podemos traduzir, pois, além de tornarem-se até ridículas, perderiam sua essência e real significado poético, filosófico, cultural, enfim... Não vejo problemas em citações e termos estrangeiros, desde que corretamente citados e inseridos adequadamente na fala ou em um texto. O problema é a mutação pela mutação, a criação por si só de expressões quase alienígenas, mostruosas e abertamente idiotizantes, cheias de um hibridismo desnecessário.

No entanto, sou notoriamente contra a simplificação forçada e "emburrecedora" da língua, enfim, da adaptação "obrigatória", resultado direto da predominância imperialista (não gosto do termo, mas, aqui, é o melhor) de povos alheios (hoje, do "Império Ianque"), com um objetivo nivelador e demagógicamente universalista, cuja pretensão é expulsar-nos da história da humanidade. Há uma diferença entre a necessidade de ampliação de vocabulário e a submissão de uma língua perante outra, resultado de devaneios ideológicos. A língua deve fluir. Um idioma deve crescer, florescer e frutificar ligado a um mesmo tronco; não ser artificialmente exertado em espécies antagônicas e inférteis. A língua não pode ser relativizada, posto que é patrimônio imaterial de um povo.

Como sabiamente asseverou Horácio, "Grammatici certant et adhuc sub judice lis est".

Melhores cumprimentos,

Granada

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otas para uma Genealogia do Português

#260808 | felpo | 21 ago 2010 01:55 | In reply to: #260795

Caro Confrade,
Dei como exemplo o que se passou com a língua portuguesa, (galaico-portuguesa), dizendo que ela era uma corruptela do Latim vulgar, isto é, que o galaico (ou galego) tinha como origem o Latim vulgar, falado pelo povo, praticado pelos analfabetos.
No território, que mais tarde iria corresponder ao português, as pessoas ligadas à administração e sobretudo as ligadas à igreja, utilizavam o latim erudito. O poder tende a conservar os valores, o povo tende a ser rebelde. Até há muito pouco tempo os estudantes de direito em Portugal, tinham de estudar muitos anos de Latim, os membros da Igreja julgo que ainda fazem esses estudos.
Claro que penso que as línguas têm uma genealogia, crescem, sofrem metamorfoses, sujeitas às necessidades e modas dos praticantes: falantes e escritores; sofrem influências e influenciam; são como organismos vivos.
Da dinâmica própria das línguas saem com naturalidade as autonomias, isto é, comunidades revêem-se em tais mudanças que não mais querem respeitar a norma mantida pelo poder.
Mais grave será quando um poder obriga a uma comunidade a não falar a sua língua. Foi o que aconteceu na Galiza. Durante séculos foram proibidos de falar ou escrever em galego e obrigados a falar e escrever castelhano. Primeiro por Castela depois pelo governo de Madrid.

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RE: otas para uma Genealogia do Português

#260809 | felpo | 21 ago 2010 02:01 | In reply to: #260808

Errata: Onde está: otas para uma genealogia do português; deveria estar: Notas para uma genealogia da língua portuguesa.

Caro Confrade,

Peço desculpa também por não ter anteriormente incluído os meus melhores Cumprimentos.

felpo

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