Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
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Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Sou descendente do Guarda Mor José Gomes Barroso, nascido no lugar denominado Roque, na Freguesia de Santa Marinha de Paradella, Concelho de Barcellos, Arcebispado de Braga, nascido aos 25 de março de 1742, filho de Manuel Gomes Barroso e Dona Domingas da Fonseca. Ele casou-se com Angela Maria da Silva Pereira em Piranga-MG no ano de 1777.
Sei que outros parentes do Guarda Mor José vieram para o Brasil também, inclusive o seu irmão Antonio Gomes Barroso, nascido em 1740 que foi Fidalgo Cavaleiro e morador do Rio de Janeiro e casado com Ana Clara Rosa de Souza.
Procuro maiores informações sobre a imigração desta família para o Brasil; sobre os pais destes referidos, ou seja, MANUEL GOMES BARROSO e DOMINGAS DA FONSECA. Será que vieram também para o Brasil? Viveram onde? que profissão tinham?
Qualquer informação sobre esta família é bem vinda. Aguardo ajuda dos confrades.
Geraldo Magela da Silva Araujo
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Ao Sr. Carlos Barata. Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Exmo. Dr. Carlos,
Em primeiro lugar peço desculpas pela liberdade que tomo de me dirigir diretamente ao sr. através do Forum.
Mas entendo por outros sites que verifiquei que o sr. tem alguma informação pelo menos acerca do Fidalgo Antonio Gomes Barroso cc Ana Clara Rosa de Souza.
Algumas foram postadas no site do CBG no tema "Diccionário Aristocrático que contem todos os Alvarás...".
Ficarei imensamente grato por um contato do sr. com qualquer informação sobre a família GOMES BARROSO, sobre os pais deste Antonio, que são Manuel Gomes Barroso e dona Domingas da Fonseca.
Um seu criado,
Admirador da sua tão importante obra.
Geraldo Magela da Silva Araujo
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RE: Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Prezado Geraldo Magela da Silva Araújo:
Fiz um detalhado estudo sobre a família Gomes Barroso, do Casal do Boco (escrevia-se Boquo e não Roque) em Santa Marinha de Paradela, Barcelos. Tenho estudada quer a ascendência, quer a descendência dos seus antepassados Manuel Gomes Barroso e mulher Domingas da Fonseca. A casa onde nasceu José Gomes Barroso e seus irmãos Manuel Gomes Barroso, António Gomes Barrroso, etc, ainda exisrte e acha-se na posse da família descendente de uma sua irmã que ficou em Portugal.
Esta família despertou o meu interesse há já muitos anos e fui eu quem enviou ao Carlos Almeida Barata a identificação dos antepassados portugueses dos irmãos Gomes Barroso, que depois foi publicada no Dicionário de Famílias Brasileiras.
O meu interesse prende-se com o facto de esta família estar na origem do grande bispo, missionário e santo, D. António Barroso, bispo do Porto (1854/1918), por ser 3º neto de Pedro Gomes Barroso (que foi possívelmente o primeiro da família a embarcar para o Brasil). Segundo informação fidedigna, D. António Barroso poderá vir a ser beatificado no próximo ano de 2012.
Ignoro tudo o que diz respeito á vida e descendência de José Gomes Barroso, seu antepassado e fiquei deveras interessado. Só tinha o seu registo de baptismo em 1742, pois nasceu a 27/3/1742, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado na igreja de Paradela, tendo por padrinhos António Gomes, de Vilar de Figos e Ascensão Gomes, de Vilar de Figos.
Em Julho passado fiz uma conferência sobre a história dos Irmãos Gomes Barroso, no Salão da Junta de Freguesia de Paradela, a convite da Junta e da Paróquia e desconhecia o destino de mais este irmão, José Gomes Barroso. Ali estiveram presentes diversos descendentes desta família. Assim agradecia que me facultasse tudo o que souber sobre este seu antepassado e sobre a sua descendência. Planeio publicar um livro sobre esta família, quando D. António Barroso for beatificado e gostaria que o seu ramo também figurasse.
Como é um trabalho extenso e com muitas fotografias, pedia para me enviar um e-mail para trigueiros@gmail.com e faço-lho chegar, bem como a confereência que fiz em Julho passado sobre os irmãos Gomes Barroso.
Com os melhores cumprimentos
António Júlio Limpo Trigueiros
Adianto-lhe já a linha directa desde o 1º Barroso, que aparece no concelho de Barcelos:
&º 1º
Barroso, de Vilar de Figos e
Gomes Barroso, do Casal do Boco, Paradela
I Francisco Gonçalves Barroso. É o primeiro desta família que localizamos. Nasceu na 2ª metade do século XVI. Viveu em Vilar de Figos. Veio a falecer a 18/5/1641, em Vilar de Figos e “fez manda verbal e disse lhe fizessem aquelles que pudessem e lhe fizeram o presente de seu enterramento hu officio de nove padres e deu de oferta hu carneiro e hum alqueire de pam e três canadas de vinha fez o mez de sette padres e deu de offerta com a dessima e fez o anno de seis padres e a offerta como asima tem satisfeito”.
Casou com Maria Francisca.
Tiveram entre outros filhos:
II António Gonçalves Barroso. Baptizado a 7/10/1613, em Vilar de Figos. Residiu no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos. Veio a falecer a 1/4/1666, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos e “lhe fizeram hum estado de cinco padres e deu de offerta hum carneiro e cinco carros de milho e huma cabassa de vinho e lhe fizerão ao mês de cinco padres com a oferta e fizerão ao ano como ao mês tem satisfeito”.
Casou a 1/8/1643, na igreja de Vilar de Figos, com dispensa no 4º grau de consanguinidade com Catarina Antónia Gonçalves, natural de Vilar de Figos, filha de António João e de sua mulher Maria Gonçalves. Veio a falecer a 2/2/1692, viúva, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos.
Tiveram entre outros filhos:
III António Gonçalves Barroso. Baptizado a 10/9/1651, em Vilar de Figos, tendo por padrinhos Pedro Enes e Isabel, solteira, filha de Inês Gonçalves, solteira, ambos de Vilar de Figos. Viveu no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos. Veio a falecer a 7/8/1734, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos, viúvo de Catarina Francisca e não fez testamento e seu corpo foi sepultado dentro da Igreja.
Casou a 10/11/1675, na igreja de Vilar de Figos, com Catarina Francisca, natural de Vilar de Figos. Era filha de Francisco Pires e de sua mulher Catarina Fernandes, com quem se casou a 23/9/1634, em Vilar de Figos. Era neta paterna de Afonso Pires (filho de Pedro Martins) e de sua mulher Maria Pires (filha de Pedro Gonçalves), com quem se casou a 27/1/1585, em Vilar de Figos. Era neta materna de Marcos Fernandes (filho de Fernão Gomes e de sua mulher Catarina Pires) e de sua mulher Isabel Antónia (filha de António Gonçalves e de Margarida Domingues), com quem se casou a 14/3/1620, em Vilar de Figos. Veio a falecer a 23/5/1717, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e fez testamento e “deixou três officios de oito padres com suas offertas costumes e deixou a sua leira da Bouça da Mamoa a sua filha Maria”.
Tiveram entre outros filhos:
IV Custódia Francisca. Baptizada a 15/8/1676, na igreja de Vilar de Figos, tendo por padrinhos Bartolomeu, filho de Pedro Enes e Domingas, filha de Catarina Antónia. Viveu no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos. Veio a falecer a 13/11/1760, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos, viúva e o seu corpo foi sepultado dentro da igreja dessa freguesia na sepultura 26.
Casou a 3/2/1704, na igreja de Vilar de Figos, com Manuel Gomes (que por vezes aparece Manuel Gomes Barroso, por tomar o nome do sogro) baptizado a 13/4/1670, em Vilar de Figos. Era filho de Domingos Gomes, natural do lugar do Hospital, Vilar de Figos (baptizado a 5/4/1640, em Vilar de Figos) e de sua mulher Isabel Gomes, natural do lugar do Assento, em Milhazes e moradores no lugar da Aldeia, Vilar de Figos; neto paterno de Paulo Domingues e de Bárbara Gonçalves. Manuel Gomes foi irmão de Custódio Gomes, casado em 1700, com Bernardina da Cruz e pais do grande Pedro Gomes Simões, (1700/1780) Mineiro de ouro em Minas Gerais, no Brasil, e posteriormente importante Homem de Negócio no Brasil e no Porto, Familiar do Santo Oficio, grande benfeitor da Igreja de Vilar de Figos e da de S. Pedro de Miragaia (onde existe o seu retrato a óleo) e ainda do Dr. Paulo Gomes da Cruz, advogado, casado com D. Joana Luísa Fiuza e Faria, com larga descendencia em Vilar de Figos. Veio a falecer a 30/10/1711, no lugar da Aldeia e “disse se lhe fizesse pela sua alma os oficios de oito padres e recebeu todos os sacramentos” e seu corpo foi sepultado dentro da Igreja de Vilar de Figos.
Pais de:
1(V) Manuel Gomes Barroso, que segue abaixo.
2(V) António Gomes Barroso, que segue no &º 2º
3(V) Pedro Gomes Barroso. Nasceu a 30/6/1711, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 5/6/1711, pelo Padre Domingos Alvares Latas, de Fornelos, tendo por padrinhos Custódio Gomes, do lugar do Hospital, Vilar de Figos e Maria, filha de Domingos Francisco, do lugar da Aldeia, Vilar de Figos. Á margem do seu registo de baptismo acha-se averbado: “Passei certidão em huma petição de Manuel Gomes Barroso, da freguesia Santa Maria de Góios a 14 de Fevereiro de 1791”. Embarcou para o Brasil onde se achava em 1781, segundo testemunho na inquirição de genere de um seu bisneto. Veio a falecer no Brasil. Teve um filho natural, antes de partir para o Brasil, que reconheceu, havido em Maria da Silva, natural de Góios, filha de Pedro da Silva e de sua mulher Isabel Gomes.
Com Geração na família
Gomes Barroso, da Casa de Passos, Santa Maria de Góios.
Sousa Barroso, de Remelhe, do Bispo do Porto e Servo de Deus D. António Barroso (seu 3º neto) e muitas outras famílias daquela região
V Manuel Gomes Barroso. Baptizado a 8/2/1705, em Vilar de Figos, tendo por padrinhos Pedro João e Domingos Gomes. Viveu inicialmente no lugar do Ribeiro, em Vilar de Figos, mas após o seu segundo casamento viveu no Casal do Boco, em Paradela, que sua mulher herdou de seus avós. Na habilitação para a Ordem de Cristo de seu filho Diogo, afirmam isso mesmo as testemunhas, dizendo que “elles vierão das suas naturalidades (Vilar de Figos e Faria) para huma quinta que a May do Justificante (Domingas da Fonseca) possuía nesta freguesia (de Paradela) em cuja vivem e fazem cultivar por Cazeiros de cujos rendimentos se tratam com decência e gravidade” . Veio a falecer a 5/1/1776, no Casal do Boco “e recebeo o sacramento da Eucaristia mas não o da Extrema Unção por não dar tempo a molestia seu corpo foi amortalhado em habito de Sam Francisco e sepultado dentro da Igreja ao pé do arco cruzeiro da parte do Altar de Nossa Senhora do Rosário e fez testamento o qual se lançou no livro desta freguesia”.
Casou em 1.as núpcias, a 15/2/1722, na igreja de Vilar de Figos, com Faustina Ferreira, nasceu a 2/5/1694, no lugar do Ribeiro, Vilar de Figos. Era filha de Domingos Gonçalves e de Maria Manuel, de S. Paio de Vilar de Figos. Este casamento “por troca” realizou-se no mesmo dia em que seu irmão António casou com a irmã de sua mulher. Veio a falecer a 17/11/1728, no lugar do Ribeiro, Vilar de Figos e foi sepultada dentro da igreja dessa freguesia.
Casou em 2.as a 21/8/1736, na igreja de Santa Maria de Faria, Barcelos, sendo testemunhas o Reverendo Manuel Domingues de Oliveira, vigário de S. Paio de Vilar de Figos, o Reverendo Manuel Gomes de Sousa, de Vilar de Figos e o Reverendo Sebastião Manuel, da freguesia de Faria, com Domingas da Fonseca, natural do lugar da Igreja, Santa Maria de Faria. Era filha de Ventura Manuel, natural do lugar da Igreja, Faria e de sua mulher Maria da Fonseca, natural do Casal do Boco, em Paradela, do qual foi senhora com quem se casou a 11/10/1713, em Paradela. Era neta paterna de João Manuel e de sua mulher Antónia Gonçalves e materna de João da Fonseca (filho de André Manuel e de sua mulher Maria Francisca Gonçalves) e de sua mulher Maria Gonçalves (filha de Manuel Gomes e de Maria Gonçalves), ambos do Boco, Paradela, casados a 13/4/1680, em Paradela. Veio a falecer a 7/10/1796, no Casal do Boco, em Paradela “e seu corpo foi embrulhado em hum habito de Santa Thereza e sepultada dentro da Igreja desta dita freguesia em no meio do carreiro, perto do Arco Cruzeiro”.
Filha do 1º casamento:
1(VI) Ascensão Ferreira. Nasceu a 6/5/1723, no lugar do Ribeiro, Vilar de Figos e foi baptizada a 9/5/1723, na igreja dessa freguiesia, tendo por padrinhos Manuel Francisco, de Cima e Maria, solteira, filha de Maria Manuel, viúva.
Casou a 1/9/1737, em Vilar de Figos, com Manuel Ferreira, nascido a 15/3/1720, no lugar da Aldeia de Baixo, Vilar de Figos e foi baptizado a 18/3/1720, na igreja dessa freguesia, tendo por padrinhos o Padre Manuel Correia e Escolástica, filha de João Moreira, da Casa de Requiães, Paradela. Era filho de Manuel de Miranda, natural de Vilar de Figos e de sua mulher, com quem se casou a 3/5/1719, em Vilar de Figos, Maria Ferreira, natural da aldeia do Hospital, Vilar de Figos ; neto paterno de Brás Manuel e de Isabel Manuel e materno de Domingos Enes e de Maria Ferreira, todos de Vilar de Figos.
Com geração
Filhos do 2º casamento:
2(VI) Maria Gomes Barroso. Nasceu a 19/10/1737, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizada a 20/10/1737, tendo por padrinhos o Reverendo António da Fonseca, de Vilar de Figos e Maria, solteira, filha de Ventura Manuel, de Faria. Faleceu a 20/11/1757, no Casal do Boco, solteira.
Sem Geração
3(VI) António Gomes Barroso. Nasceu a 4/1/1740, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado a11/1/1740, pelo Reverendo Pedro Francisco, de S. Romão da Ucha, tendo por padrinhos o Reverendo Bento Francisco da Costa, vigário de Santa Maria de Faria e sua sobrinha Ana Francisca. Embarcou para o Brasil por volta de 1756, onde já se achava seu tio Pedro Gomes Barroso. Foi importante negociante de grosso trato do Rio de Janeiro, que teve o foro de Fidalgo Cavaleiro [alvará de 8/5/1819, livro 49.º das Mercês, fl. 87]. Alcaide mór de Itaguaí. Senhor dos engenhos de Itaguaí e Piaí. Benfeitor e provedor da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro [1807-1808], e depois foi sucessivamente reeleito até 1812, quando foi sucedido por seu irmão, o coronel João. Na obra Os Provedores da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, refere “Quem sobe a escadaria de mármore do Hospital Geral nota à direita o retrato de um indivíduo fardado, obeso, de ventre proeminente, pernas arqueadas e de fisionomia pouco simpática. Por baixo do retrato está a seguinte inscrição: “Antonio Gomes Barroso, Alcaide-Mor de Itaguaí, Fidalgo Cavaleiro. Faleceu a 28 de Março de 1825, tendo 85 anos, 2 meses e 23 dias de idade Fez testamento legou ao Hospital 1:6000$000 bem como igual quantia aos Expostos. Ali está e muito bem colocada a efígie de um dos mais activos, zelosos e beneméritos provedores da Misericórdia, Trata-se com efeito do importante senhor do Engenho de Piaì, negociante de muito crédito e que gozou a amizade do Príncipe Regente, depois Rei D. João VI. Graças a ela Barroso obteve da Santa Casa favores e mercês, da maior importância. Entre estas avulta a isenção (da qual sempre gozou a Misricórdia) de não pagar imposto predial (décima) de todas as suas propriedades. Houve uma exceção quando o Prefeito Dr. Passos, atenuada por uma subvenção. Exercera Barroso antes com proficiência vários cargos da Mesa. Filho de Portugal, para o Brasil, veio ainda môço. Grangeou fortuna e prestígio. Seu nome figura em várias associações religiosas e nos Anais da Municipalidade, de que foi por várias vezes vereador. Eleito para suceder ao Marechal Lucena, serviu o ano compromissal de 1807-08 e depois foi sucessivamente reeleito até 1812. È quase impossível em sucinto resumo dizer o que fez Barroso para levantar a Misericórdia e tirá-la dos embaraços que impediam seu progredir. Seria enfadonho provar com cifras a gestão financeira de Barroso. Ver a luta para restabelecer o equilibrio das finanças que apresentavam, ora saldos, ora deficits, em virtude de despesas extraordinárias. Mau grado seus esforços foi este o balanço de 1811-12: receita 44:139$970, despesa 47:816$692 deficit réis 3:676$722. Mas tais foram as providências postas em prática que seu sucessor e irmão João Gomes Barroso teve administração folgada. À memória daquele prestante irmão deve a nossa Santa Casa ser eternamente grata. Foi êle quem obteve a dispensa do pagamento dos novos impostos em todos os legados deixados à Misericórdia, bem como a renda do selo das fianças concedidas pela Relação aplicada à criação de expostos. A ele se deve o alvará de 28 de Setembro de 1810, pelo qual a Santa Casa da Misericórdia ficou isenta do pagamento de selo de legados. A Barroso deve a Misericórdia a nomeação de Juiz Privativo para todas as suas causas e questões. Protestou com energia contra os que tomavam por aposentadoria as casas da Misericórdia, a despeito das suas antigas regalias e privilégios. Foram estes integralmente mantidos pelo aviso de 21 de Agosto de 1810. Obteve até a permanência de uma guarda na portaria do hospital. Tinha ela por fim evitar distúrbios e desordens entre os empregados e os soldados dos quarteis vizinhos. Tanto basta para que o nome de António Gomes Barroso figure sempre entre os dos mais dedicados soldados da nobre, sublime e alevantada corte dos que nunca deixaram extinguir o fogo sagrado do amor ao próximo ”. Negociante matriculado na praça do Rio de Janeiro em 1811. Fidalgo Cavaleiro, por Alvará de 8 de Maio de 1819. Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1811 era acionista da Companhia de Seguros Dias Barboza, Silva, e Companhia. Veio a falecer a 28/3/1825, no Rio de Janeiro, com 85 anos, com se referiu. (Cf. FRAGOSO, João Luís - Homens de Grossa Ventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992). Fez testamento em 1826 onde “Determino que se digão as Missas seguintes; a saber mil misssas por minha alma, duzentas pela alma de minha mulher, cem pelas almas de meus pais, cem pelas almas de todas as pessoas com quem tenho tido contas, cem pelas almas de meus Irmãos (terceiros) pelas faltas de reza, cem pelas almas do purgatório, e cincoenta pelas almas de meus escravos, todas de esmola de trezentos e vinte reis e ditas nas Igrejas e Conventos desta Corte, e nunca fora della.”
Casado a 14/10/1775, , no Rio de Janeiro, com D. Ana Clara Rosa de Souza, natural do Rio de Janeiro (Candelária), onde faleceu a 28/3/1819, filha de Francisco Lopes de Souza, negociante por atacado, e de Clara Rosa Caetana de Faria.
Com geração, no Brasil
4(VI) José Gomes Barroso. Nasceu a 27/3/1742, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado na igreja de Paradela, tendo por padrinhos António Gomes, de Vilar de Figos e Ascensão Gomes, de Vilar de Figos.
Sem mais notícias.
5(VI) Manuel Gomes Barroso. Nasceu a 10/3/1744, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado na igreja de Paradela, tendo por padrinhos Domingos de Araújo, do lugar de Requiães, Paradela e Antónia, solteira, filha de Ventura Manuel, de Faria. Cavaleiro do Hábito de Cristo.
Casou com D. Margarida Martins Barroso, assistentes na cidade do Porto
Com geração
5(VI) Capitão Diogo Gomes Barroso. Nasceu a 25/11/1746, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado a 26/11/1746, tendo por madrinha Andreza, solteira, de Faria. Residia em 1805, na cidade do Porto. Capitão de Infantaria de Auxiliares. Foi Cavaleiro da Ordem de Cristo por carta de 14/6/1780 . Das suas provanças consta que “tanto o Justificante como seus pais se tratam com decencia e gravidade, tendo abastados bens que cultivavam por seus criados e de cujo rendimento viviam” e que “era das pessoas graves desta freguesia por cuja razão e como tal se tratava com seus criados e exercia as ocupações de Capitão de Infantaria auxiliar” (...)”tendo o justificante depois da morte de seu Pay augmentado seus bens e tratamento (...) e está actualmente na Companhia de sua Mãe tratando-se com decência tendo suas Bestas e Mossos para seu serviiço”. Teve confirmação régia da carta de sesmaria a 22/9/1804 de”meia légua de terras em terras em quadra nos sertões da vila de S. Salvador de Campos de Goitacazes” . Fez escritura de dote para sua sobrinha Maria Rosa Gomes Ferreira, ou Gomes Barroso, casar com Francisco José da Silva, de Gilmonde, a 27/4/1804, nas Notas do Tabelião Domingos Martins Ribeiro de Sousa Couto, da vila de Barcelos, cuja doação foi confirmada por carta de confirmação régia passada a 17/9/1805, pelo Principe Regente D. João (futuro D. João VI) . Veio a falecer a 20/8/1809, solteiro. na sua casa na rua dos Lavadouros, freguesia de Santo Ildefonso, no Porto, foi sepultado na Igreja dos Terceiros Franciscanos e tinha feito testamento, dendo por testamenteiros António da Costa Machado, João Francisco Fernandes e Manuel José Gonçalves. A 22/9/1809, se fez na igreja de Paradela “hum officio Geral pella alma (...) por haver noticia certa tinha fallecido na cidade do Porto a cujo officio assistirão trinta e hum Ecclesiasticos com a qual assistencia tem sua herdeira cumprido com o trintario que hera obrigada na forma da Constituição deste Arcebispado”.
Sem Geração
5(VI) João. 1º deste nome. Nasceu a 27/4/1749, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado a 1/5/1749, tendo por padrinhos Manuel Fernandes de Oliveira e Sebastiana Luísa, do lugar da Igreja, Paradela. Faleceu menor a 10/3/1750, no Casal do Boco.
Sem Geração.
6(VI) Coronel Comendador João Gomes Barroso. Nasceu a 31/1/1751, no Casal do Boco, Paradela e foi baptizado a 4/2/1751, tendo por padrinhos Manuel Fernandes de Oliveira e Sebastiana Luísa, do lugar da Igreja, Paradela. Negociante e senhor de engenhos. Fidalgo Cavaleiro da Casa Real. Comendador. Irmão da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, admitido a 25/3/1784. Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro [1812-1913], sucedendo ao seu irmão Antonio.Na provedoria de seu irmão ocupara cargos da Mesa. Serviu os cargos de provedor da Candelária [1806-1807] e Prior do Carmo [1807-1808]. Vereador ao Senado da Câmara do Rio de Janeiro [1808]. Faleceu a 14/10/1829, no Rio de Janeiro, e legou em testamento 800$ aos pobres do hospital da Misericórdia e 1:200$000 aos expostos, quantias que foram satisfeitas pela viúva e testamenteira.
Casou a 6/6/1792, em casa do Deão da Sé do Rio de Janeiro, o Reverendo Francisco Gomes Vilas Boas, com D. Maria Joaquina de Azevedo, nascida por volta de 1770, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Era filha do Mestre de Campo Alexandre Alvares Duarte de Azevedo, patriarca desta família Alvares de Azevedo, do Rio de Janeiro. Veio a falecer no Rio de Janeiro.
Com Geração nas famílias
Gomes Barroso, do Rio de Janeiro
Carneiro Viana, Condes de S. Simão
Carvalho e Melo, Viscondes da Cachoeira
Brito e Cunha
7(VI) Feliciana. Nasceu no Casal do Boco, em Paradela. Veio a falecer a 8/9/1775, no mesmo Casal do Boco, solteira e “foi amortalhada em hábito de Nossa Senhora da Conceição e sepultada dentro desta Igreja”.
Sem Geração
8(VI) Maria Josefa Gomes Barroso. Nasceu a 8/1/1761, no Casal do Bôco, Paradela e foi baptizada a 11/1/1761, tendo por padrinhos João Moreira de Sá e Figueiroa e Escolástica Moreira, do lugar de Requiães, Paradela. Ficou senhora do Casal do Boco, em Paradela, onde viveu. Veio a falecer a 11/7/1838, no Casal do Boco, em Paradela, viúva, tendo feito testamento e “seu corpo foi amortalhado em hábito de Santa Teresa com tunica de Sam Francisco por baixo e sepultado dentro da Igreja na sepultura ao pé do Altar de Nossa Senhora do Rosário encostada a fieira de pedras”.
Casou a a 27/8/1778, na igreja de Paradela, com Manuel António Ferreira, natural de S. Tiago da Capela, Penafiel. Era filho de Manuel António da Assunção e de Rosária de São Francisco. Veio a falecer a 27/8/1806, no Casal do Boco, em Paradela e “seu corpo foi amortalhado em habito de Sam Francisco e sepultado dentro da Igreja desta mesma freguesia ao pé do Altar de Nossa Senhora na primeira sepultura a beira do carreiro”.
Com geração, que seguiiu até aos dias de hoje nas famílias Barroso de Campos e Barroso Figueiredo
no Casal do Boco e na Casa do Capitão, em Paradela
e na Casa do Hospital de Baixo, Vilar de Figos
e na família Gomes Barroso, da Casa do Cruzeiro, em Gilmonde, Barcelos
&º 2º
Gomes Barroso, do lugar da Aldeia, Vilar de Figos
V António Gomes Barroso. (filho de Custódia Francisca e de Manuel Gomes, cf. &º 1º IV) Nasceu a 4/12/1707, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 8/12/1707, em casa, tendo por padrinhos Domingos Gonçalves, marido de Joana Gomes e Maria, filha de António Gonçalves Barroso, ambos do lugar da Aldeia, Vilar de Figos. Viveu no lugar da Aldeia, na casa de seus pais. Veio a falecer a 11/11/1782, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi sepultado na igreja desta freguesia na sepultura nº 22 e amortalhado em hábito de S. Francisco e não fez testamento.
Casou em 1.as núpcias, a 15/2/1722, na igreja de Vilar de Figos, com Francisca Ferreira, natural do lugar do Ribeiro, Vilar de Figos. Era filha de Domingos Gonçalves e de Maria Manuel, de S. Paio de Vilar de Figos. Este casamento “por troca” realizou-se no mesmo dia em que seu irmão Manuel casou com a irmã de sua mulher. Veio a falecer a 28/10/1735, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi sepultada dentro da igreja dessa freguesia.
Casou em 2.as núpcias, a 17/7/1746, na igreja de Vilar de Figos, sendo testemunhas o Reverendo António da Fonseca, de Vilar de Figos, o Reverendo Sebastião Manuel, de Faria e o Reverendo Custódio Gomes, da cidade de Braga, com dispensa por serem “parentes em 3º e 4º grau de afinidade de que foram dispensados por Sua Santidade”, com Maria Gomes Ferreira, natural do lugar do Hospital de Baixo, Vilar de Figos. Era filha de Manuel de Miranda e de Maria Ferreira, do referido lugar do Hospital de Baixo. Veio a falecer a 14/11/1793, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos, víuva e foi sepultada na sepultura nº 35 envolta em túnica de S. Francisco.
Filho do 1º casamento:
1(VI) António. Nasceu a 22/2/1728, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos e foi baptizado a 29/2/1728, tendo por padrinhos António, solteiro, filho de Lourença da Fonseca, viúva, do lugar da Aldeia, Vilar de Figos e Maria, solteira, filha de Maria Manuel, do lugar do Ribeiro, Vilar de Figos. Faleceu a 25/10/1745, no lugar da Aldeia, solteiro.
Sem geração.
Filhos do 2º casamento:
2(VI) Maria. Nasceu a 16/12/1747, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizada a 24/12/1747, tendo por padrinhos o Reverendo António da Fonseca, morador em Vila do Conde e Maria, solteira, filha de João Gomes, de S. Paio de Carvalhal. Faleceu menor.
Sem geração.
3(VI) Joana. Nasceu a 1/2/1750, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizada a 8/2/1750, tendo por padrinhos Manuel Fernandes, da Aldeia e Joana, solteira, filha de João da Fonseca, de Faria. Faleceu menor.
Sem geração.
4(VI) Ana. Nasceu a 20/9/1752, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizada a 24/9/1752, tendo por padrinhos Valentim Manuel de Miranda, de Cristelo e Ana Maria, filha de António Ferreira, de Faria. Faleceu menor.
Sem geração.
5(VI) Rosa. Nasceu a 12/11/1754, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizada a 17/11/1754, tendo por padrinhos Manuel Ferreira, do Ribeiro, Vilar de Figos e Rosa da Fonseca, mulher de Manuel Fernandes, da Aldeia, Vilar de Figos. Faleceu menor.
Sem geração.
6(VI) Manuel Gomes Barroso. Nasceu a 29/9/1755, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 5/10/1755, tendo por padrinhos Manuel Fernandes, de Vilar de Figos e Maria, filha de João da Fonseca, de Faria. Tirou certidão em 1816. Residiu no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos. Veio a falecer a 10/3/1834, no lugar do Cortinhal, em Faria, víuvo, em casa de Cipriano da Silva Figueiredo (para onde sua única filha se casara).
Casou em 1.as núpcias a 23/1/1797, na igreja de Chorente, com Maria Josefa de Barros, natural de Chorente. Era filha de Custódio Gomes da Silva Barros e de Ana Maria da Costa. Veio a falecer a 5/8/1799, “em as Caldas do Gerez e foi amortalhada em hábito de Nossa Senhora da Conceição e enterrada na Capela do mesmo lugar” (registo em Vilar de Figos)
Casou em 2.as núpcias, a 10/2/1800, na igreja de Vilar de Figos, com Teresa Maria, nascida a 13/3/1763, na chamada Casa da Brasileira, no lugar de Cima da Aldeia Faria, Barcelos. Era filha de Plácido Gomes de Faria, natural do lugar de Cima da Aldeia, em Faria, Familiar do Santo Ofício por carta e 28/671743, Homem de Negócio e Contratador de Azeites no Rio de Janeiro e de sua mulher e prima, com quem se casou a 10/1/1745, em Faria, D. Maria Rosa de Faria, natural de Santa Maria de Faria; neto paterno de João de Faria, natural de Faria e de sua mulher Maria Antónia, natural de S. Pedro de Rates e materno de Jorge Martins, natural de Faia e de sua mulher Maria Gomes, natural de S. Romão de Milhazes. Veio a falecer a 15/9/1827, no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos, casada e “seu corpo foi envolto em túnica de S. Francisco e hábito de Santa Teresa” e tinha feito uma doação a sua filha Rosária.
Com geração do 2º casamento, na família Figueiredo, da Casa do Hospital de Cima, em Vilar de Figos e na Casa de Amaro, no lugar da Aldeia, na mesma freguesia
7(VI) Maria Gomes Ferreira. Nasceu a 19/6/1758, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizada a 25/6/1758, tendo por padrinhos Manuel Gomes, de S. Paio de Carvalhal e Maria, filha de João da Fonseca, de Faria. Tirou certidão em 1816.
Casou a 5/6/1797, em Santa Maria de Faria, sendo testemunhas José António, António José e Manuel José de Faria, do lugar das Eiras, em Faria, com Manuel José Ferreira, natural do lugar de Fim de Vila, Santa Maria de Faria. Era filho de João Gomes Ferreira e de sua mulher Joana Teresa.
Com geração, na família Alves Ferreira, de Faria.
8(VI) António Gomes Barroso. Nasceu a 1/1/1762, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 17/1/1762, tendo por padrinhos Manuel Gomes Barroso, de Góios e Maria, filha de Manuel Ferreira, de Vilar de Figos. Residiu no lugar da Aldeia, em Vilar de Figos.
Casou a 13/2/1792, na igreja de Vilar de Figos, com Maria Teresa Fernandes, natural do lugar da Aldeia, Vilar de Figos. Era filha de João Fernandes, natural de Pereira e de sua mulher Antónia Gomes, natural de Vilar de Figos.
Com geração
9(VI) Coronel Sebastião Gomes Barroso. Nasceu a 11/9/1764, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 16/9/1764, tendo por padrinhos o Padre Sebastião Manuel, de Faria e Antónia, filha de Maria de Figueiredo, viúva de Domingos de Miranda, de Vilar de Figos. Tirou certidão em 1816. Embarcou para o Brasil e foi negociante matriculado na Corte do Rio de Janeiro, onde assistia em 1818. Foi-lhe confirmada a carta sesmaria a 20/9/1804 de meia légua de terras em quadra, na paragem chamada o Rio da Pomba, na parte norte da capitania do Rio de Janeiro. Dela consta “Dom João. Faço saber aos que esta minha carta de confirmação de sesmaria virem que por parte de Sebastião Gomes Barroso me foi apresentada outra mandada passar por Dom José de Castro sendo Vice Rey e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil do teor seguinte: Dom José de Castro, Conde de Resende, do Conselho de Sua Majestade, Tenente General dos seus exércitos, Vice Rei e Capitão General de Mar e Terra dos Estados do Brasil // Faço saber aos que esta minha Carta de Sesmaria virem que atendendo a representar-me Sebastião Gomes Barroso, morador na villa de S. Sebastião de Campos de Goytacazes que elle tinha possibilidades para cultivar huma data de terras, na paragem chamada o Rio da Pomba da parte do Norte aonde faz barra o dito Rio com o da Parayba, me pedia lhe fizessem conceder de sesmaria, meia légua de terras e testado com uma e fundos pelo Rio Paraíba acima com as Ilhas confrontantes que se acharem no testado dos ditos dois rios e fundos ponto fixo a sua testada na Barra do mesmo Rio e sendo visto o seu requerimento e a Informação que deu a Câmara daquella villa a que se não offereceu dúvida convindo o Desembargador Procurador da Coroa e o Conselheiro Chanceler na concessão de meia légua e terras em quadra. Hey por bem dar Sesmaria em nome de S.A.R. em virtude da ordem do mesmo Senhor de 15 de Junho de 1711 ao dº Sebastião Gomes Barroso, maia légua de terra em quadra, na parte assima declarada com as confrontações expressadas.” (ANTT, Chancelaria D. Maria I, Livro 71, fls. 267 vº). Foi Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, Foi Coronel Agregado ao Regimento de Milicias do Continente da vila de Campos. Segundo os Autos de Habilitação por morte de seu irmão, achava-se casado em 1818, com D. Ana Bernardina do Nascimento Reis, filha de Joaquim Vicente dos Reis (que arrematara à coroa a fazenda do Colégio dos Jesuítas em 1781) e de sua mulher D. Josefa Bernardina do Nascimento, foi o herdeiro das terras do solar dos jesuítas, tendo, no final do século XVIII, uma das fazendas mais produtivas da região. Com geração que seguiu no Solar do Colégio, em S. Sebastião de Campos de Goytacazes.
2(VI) Capitão José Gomes Barroso. Nasceu a 4/12/1767, no lugar da Aldeia, Vilar de Figos e foi baptizado a 9/12/1767, tendo por padrinhos Manuel, filho de António Gomes, de Vilar de Figos e Rosa, filha de Manuel Gomes Barroso, de Paradela. Tirou certidão em 1816. Embarcou para o Brasil onde se estabeleceu como negociante em S. Sebastião do Rio de Janeiro. Fez testamento a 11/3/1816, “estando molesto de cama” na sua casa na freguesia da Candelária, Rio de Janeiro no qual declara: “sou natural e baptizado na freguesia de Vilar de Figos de Barcelos, Arcebispado de Braga, filho legitimo de António Gomes Barroso e de Maria Gomes Ferreira, ambos já falescidos = Declaro que sou solteiro, estado em que sempre me conservei e não tenho filhos alguns legitimos ou naturaes, nem herdeiros, ascendentes ou descendentes que por direito hajam de herdar meus bens e por isso sendo-me livre a disposição determino o seguinte = Pesso e rogo em primeiro lugar ao Ilustrissimo Senhor Coronel João Gomes Barroso, em segundo a meu Irmão Coronel Sebastião Gomes Barroso e em terceiro ao Senhor Manuel José Pereira da Graça queirão por serviço de Deus e me fazerem mercê serem meus testamenteiros, benfeitores, procuradores e administradores da minha herança para cumprirem as minhas disposições conforme lhes determino para o que lhe determino para o que lhes deixo o tempo de quatro annos e a vintena pelo seu trabalho advertindo que o primeiro testamenteiro exercitará a minha testamentaria enquanto não chegar da vila de Campos o segundo testamenteiro meu Irmão o qual logo que chegue tomará conta (...) Declaro que instituo por meus legitimos e universaes herdeiros de toda a minha herança depois de cumprir os meus legados e mais disposições a meus irmãos dito Coronel Sebastião Gomes Barroso, Manuel Gomes Barroso, António Gomes Barroso e Maria Gomes Ferreira, todos igualmente = Quero que meu corpo seja amortalhado em hábito de Sam Francisco e conduzido particularmente para a minha freguesia da Candelária, onde se me fará hum officio de corpo presente, sendo primeiro encomendado em casa pelo meu pároco e vinte e cinco sacerdotes aos quais se lhe dará por huma e outra acção a esmola e cera do costume e depois será meu corpo conduzido em enterro acompanhado pelas mesas das minhas Irmandades, o Santissimo Sacramento da mesma freguesia, da Senhora Mãe dos Homens, do Rosário e do Senhor Bom Jesus do Calvário, em cuja Igreja quero ser sepultado, pagado-se todos os anuaes que dever = Determino que no dia do meu falescimento e seguintes se digão duzentas missas de corpo presente nas Igrejas das minhas Irmandades e Freguesias e mais onde parecer a meu testamenteiro e da mesma forma mandará dizer mais quatrocentas missas pella minha alma e cincoenta pellas de meus Pais = Devo a Dona Ana Joaquina a quantia de setenta e seis mil oitocentos reis, produto de hum seu escravo que vendi; e mais tenho em minha casa hum negro por nome Francisco Cassange, escravo da mesma que se lhe entregará = Mais devo a Luiz Ignácio da Silva a quantia de quarenta mil reis sem clareza o que tudo se pagará” . Faleceu a 11/3/1816, na freguesia da Candelária, no Rio de Janeiro, solteiro e “foi amortalhado em hábito de S. Francisco depositado na igreja de Nossa Senhora da Candelária onde se lhe fez hum officio de corpo presente com 25 sacerdotes a que presidiu o Reverendo Vigário e pelo mesmo foi encomendado e acompanhado junto com a Irmandade do Santíssimo desta freguesia e Colégio de S. Joaquim à Capela do Bom Jesus do Calvário onde foi sepultado” . A 23 de Agosto de 1825 seu irmão Manuel Gomes Barroso mandou fazer-lhe um trintário por ter falecido solteiro em S. Sebastião do Rio de Janeiro.
Sem geração.
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RE: Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Rev. Pe. António Júlio Limpo Trigueiros,
Pax!
Muito agradecido pela sua resposta.
Escrevi para o endereço eletrônico que me indicou.
Podemos nos comunicar pelo e-mail,
Até mais,
Geraldo Magela da Silva Araujo
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RE: Ao Sr. Carlos Barata. Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Olá Sr Carlos
Há tempos venho pesquisando essa família "Gomes Barroso".
Sou descendente de Domingos Gomes Barroso , que viveu em Campos dos Goytacazes .Sendo que foi governador de Campos no tempo do Império .
Domingos era casado com Maria José de Carvalho e Mello , filha de Alferes José de Carvalho Cardoso e Tereza Mauricia Diniz Gusmão .
Tereza Mauricia também foi casada com Antonio Manuel de Sousa , sendo pais de João Manuel de Sousa , Barão de Vila Flor .
Domingos e Maria José foram pais de Antonia Carolina Carvalho Barroso , casada com o Capitão José Francisco de Mattos Pimenta, este irmão de Francisco José de Mattos Pimenta , Barão de Boa Viagem. Todos fazendeiros em Campos dos Goytacazes .
Onde nasceu meu avô Luiz de Mattos Pimenta .
Tenho toda descendência de Domingos Gomes Barroso , ou quase toda.
Acredito , pelas datas , que Domingos era sobrinho de Sebastião , mas não consegui fazer a ligação .
A genealogia que tenho , foi pesquisa de Marco Polo Dutra e Roberto Vasconcellos Martins, conhecidos genealogistas.
Se puder ajudar , obrigado
Nivea Vasconcellos Martins
Direct link:
RE: Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Olá
Há tempos venho pesquisando essa família "Gomes Barroso".
Sou descendente de Domingos Gomes Barroso , que viveu em Campos dos Goytacazes .Sendo que foi governador de Campos no tempo do Império .
Domingos era casado com Maria José de Carvalho e Mello , filha de Alferes José de Carvalho Cardoso e Tereza Mauricia Diniz Gusmão .
Tereza Mauricia também foi casada com Antonio Manuel de Sousa , sendo pais de João Manuel de Sousa , Barão de Vila Flor .
Domingos e Maria José foram pais de Antonia Carolina Carvalho Barroso , casada com o Capitão José Francisco de Mattos Pimenta, este irmão de Francisco José de Mattos Pimenta , Barão de Boa Viagem. Todos fazendeiros em Campos dos Goytacazes .
Onde nasceu meu avô Luiz de Mattos Pimenta .
Tenho toda descendência de Domingos Gomes Barroso , ou quase toda.
Acredito , pelas datas , que Domingos era sobrinho de Sebastião , mas não consegui fazer a ligação .
A genealogia que tenho , foi pesquisa de Marco Polo Dutra e Roberto Vasconcellos Martins, conhecidos genealogistas.
Se puder ajudar , obrigado
Nivea Vasconcellos Martins
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RE: Ao Sr. Carlos Barata. Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Cara Nivea,
Nunca consegui retorno do Sr. Carlos Barata.
Ma o padre
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RE: Ao Sr. Carlos Barata. Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Cara Nivea,
Nunca consegui retorno do Sr. Carlos Barata.
Ma o padre Trigueiros que me respondeu muito me ajudou.
Você leu com atenção toda a mensagem que ele me escreveu em 09 dez 2011?
Você ainda não conseguiu os nomes dos pais do seu ascendente Domingos?
Geraldo Vianna
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RE: Ao Sr. Carlos Barata. Família de Manuel Gomes Barroso e Domingas da Fonseca em torno de 1740.
Obrigado pela pronta resposta...
Após a leitura e outras investigações , tenho uma suspeita de quem seriam os pais de Domingos.
Mas ainda é só uma suspeita , preciso de mais documentos.
Mas , muito obrigado
Nivea
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