Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

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Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#310613 | chartri | 23 lug 2012 18:10

Levache (Le Vache) como indica o "Dictionnaire des facteurs d'instruments de musique en Wallonie et ... " de 1986, de Nicolas Meeús e de Haine Malouou, pag 261 era uma familia de fabricantes (fundidores) de sinos sabendo-se:
Nicolas I, nascido a 28 de Agosto de 1658 é filho de Jean Levache de Dinant
Pierre, irmão de Nicolas I, (28.8.1658 - cerca de 1735) faz a refundição de 1726 o grande sino da igreja dos Récollets em Liège. Uma das tres fontes do mercado de Liege esta assinada por "Faite par Pierre Levache"
Jean Baptiste (1708- 1742) e Nicolas filhos de Pierre. Este Nicolas morre em Mafra em 1730.
Temos de ter cuidado de o não confundir com seu tio Nicolas. Alem de fundir os sinos para o "beffroi" de Douai é o celebre fundidor do carrilhão de Mafra construido em 1730 em associação com Guillaume Witlockx de Antuerpia. Nicolau II fixou-se em Portugal e deve ter tido cá filhos aparecendo um José Levache em Alvaiázere na antiga fundição de sinos.
Não é facil a tribuição de autoria. Levache esta claramente indicado nas contas da colegiada de Saint Martin de Liège em Agosto de 1717. Um sino do carrilhão da igreja de Saint Jean em Liege esta marcado "Le Vache me fit à Liège 1726". Este sino provem do carrilhão de Saint Adalbert.

O livro de Joaquim da Conceição Gomes, “O monumento de Mafra: descrição minuciosa deste edifício…”, de 1906 refere deste Nicolau Levache

A História de Portugal de Veríssimo Serão (1977) refere que “numa fundição junto ao Campo de Santa Clara, dirigida pelo francês Nicolau Levache, que fizera…” e ainda em “Elementos para a história do Município de Lisboa, vol 12” vem “Esta fundição, situada no campo de Santa Clara, defronte do incompleto edifício que era destinado para a egreja de Santa Engracia, foi dirigida por Nicolaus Levache, muito perito na sua especialidade e que para tal fim veiu para Lisboa….”

Será que se saberá mais sobre estes Levache em Portugal?

Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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#310638 | HRC1947 | 24 lug 2012 00:03 | In reply to: #310613

" Houve no Concelho de Maçãs de Dª Maria uma fábrica de fundição de ferro, na margem direita da Ribeira
de Alge, cousa de duas léguas acima da sua foz, denominada o Engenho da Machuca. Sobre a história desta
fábrica, apenas encontrei na citada Corographia Portuguesa, a notícia de que trabalhava no ano de 1712. O
mais que pude colher limita-se ao que viram e conservam de tradição as pessoas mais antigas das povoações
vizinhas, principalmente os dois octogenarios dos Moinhos Fundeiros, Julião Simões e Manuel Simões.
Contam que por ordem do Marquês de Pombal, em 1760, pouco mais ou menos, foram presos numa noite, ao
ao sinal de foguetes, todos os sete Mestres fabricantes, que então havia no Engenho da Machuca, menos o
Fabricante José Lavaxe, a quem valeu a qualidade de ser estrangeiro.
Dizem que se conservaram por alguns anos em Lisboa debaixo de prisão, sendo depois mandados, não sabem
se para Gôa, se para Angola, para ali ensinarem a fabricação do ferro. E parece que aquela prisão não teria sido motivada por nenhum crime, porque as famílias destes fabricantes ficaram com uma pensão de 300 rs.
diários, desde o dia da prisão; até à morte deles, um destes, porem fugindo do Ultramar, regressou a casa pas-
sados onze anos depois da prisão, e desde então suspenderam pagamento da pensão, que sua mulher recebia,
e não consta de nenhum procedimento do governo contra este fabricante, o que também indica não ter havido
crime, que motivasse aquela prisão. O fabricante José Lavaxe, depois da prisão dos seus companheiros, esta-
beleceu-se nas Vendas de Maria, pequena povoação da estrada dos Cabaços, na freguesia de Maçãs D.ª Maria.
Com a prisão dos fabricantes do Engenho da Machuca, dizem que logo se fechou esta fábrica, mas que se
conservou em bom estado, montada com todas as rodas e outros aparelhos, por mais de trinta anos, como a
conheceram aqueles dois octogenarios ; continuando a celebrar missa na Capela de Santo António, até
1808 ou 1809, o capelão José António de Lacerda, de Figueiró dos Vinhos. Neste ano a imagem de Santo
António foi transladada para Figueiró dos Vinhos, e desde logo começou a arruinar-se a Capela e todo o
edifício da fábrica, desaparecendo do dia para a noite a telha, madeira, grades de ferro, cantarias etc.
Actualmente apenas se vêm naquele sitio algumas paredes arruinadas, restos dos fornos de fundição, e a vala
de boa argamassa, ainda bem conservada, por onde corriam as aguas que tocavam os diferentes maquinismos
da fábrica. Todo o terreno das oficinas está cultivado de boas hortas e algumas árvores de fruto.
Na época da prisão dos fabricantes do engenho da Machuca, já havia junto à Foz da mesma Ribeira de Alge,
no Concelho de Figueiró dos Vinhos, uma outra fábrica em pequeno ponto, onde apenas se fundiam balas de
artilharia ou pouco mais, e o fabricante José Lavaxe ali trabalhou por vezes, antes e depois da prisão dos seus
companheiros da Machuca. Só porém em 1800, ou pouco antes, se transportaram para a fábrica da Foz do
Alge, as máquinas e utensílios do engenho da Machuca, e foi então que a nova fábrica tomou incremento,
chegando a fornecer muitos e bons produtos de ferro fundido e também de ferro forjado. Não pude averiguar
a época precisa em que se abriu a fábrica da Foz do Alge, mas não seria longe de 1712. Esta fábrica fechou-
-se em 1834, e ao seu ultimo administrador Snr .António Henriques, foi confiada a conservação dos seus
materiais.
Tanto o Engenho da Machuca, como a fábrica da Foz do Alge, pertenceram sempre à Fazenda Nacional, e
sempre foram administradas por conta do Estado."
...Elementos retirados " Livro Topografia Médica das Cinco Vilas e Arega "
Autor; Dr. António Augusto Costa Simões.
--

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#310650 | HRC1947 | 24 lug 2012 12:46 | In reply to: #310638

... Para complemento.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=252644
--

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#310703 | HRC1947 | 25 lug 2012 09:46 | In reply to: #310650

... O que resta da antiga Fábrica da Machuca, Ribeira Alge.
http://farm4.staticflickr.com/3316/3585449799_8eff80f6bc.jpg
http://www.flickr.com/photos/bmfigueirodosvinhos/3231543012/in/set-72157613047060504/
--

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#312897 | HRC1947 | 31 ago 2012 22:53 | In reply to: #310703

Caros Confrades;
Para concluir;
"" Na Foz da Ribeira de Alge, actual freguesia de Arega, foi instalada uma outra fábrica, cuja única referência cronológica consta do primeiro alvará, supracitado [1655]. Esta unidade foi encerrada em 1761, pelas mesmas razões que presidiram ao fecho da primeira [Engenho da Machuca]. Ao contrário dessa, a unidade da Foz de Alge foi reactivada episodicamente entre 1800 e 1824, sob administração do Intendente Geral das Minas e Matas do Reino, José Bonifácio de Andrade e Silva.
[…] A unidade da Foz de Alge [ designada por Ferraria a partir do século XVIII ], mais tarde, terá sido concebida a outra escala, tendo possuído duas fornalhas de fundição, uma de refinação e mecanismos de brocagem. A sua produção seria inicialmente semelhante à da unidade da Machuca, ainda que mais intensa e especializada: fundiu-se artilharia pesada sobretudo para a Armada Real, como canhões, mas também peças de armamento ligeiro, como folha de espada e canos para espingardaria.""

http://booklandia.pt/tozemcsilva/wp-content/uploads/2008/08/ruinas_das_ferrarias-300x142.jpg
Os m/ cumprimentos
HRC

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#317230 | Theodor | 14 nov 2012 15:38 | In reply to: #310613

Antonio Rodrigues Lages, mestre de cerimónias da Patriarcal de Lisboa menciona, em seu tratado manuscrito "Altissonancia Sacra Restaurada", de 1769, a instalação de uma fundição para a fabricação de sinos e peças de artilharia, localizada no campo de Santa Clara, pelo célebre artesão vindo dos Páises Baixos chamado Nicolao Levache. Este, foi responsável pela fabricação dos 3 sinos da torre do relógio que existia no Palácio (antes do terremoto) e de um grande sino instalado na torre da Patriarcal, no Terreiro do Paço. Estou a realizar um estudo sobre este tratado e também me interessa mais informações sobre os Fundidores Levache.


Cumprimentos
Rodrigo Teodoro de Paula

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#317239 | HRC1947 | 14 nov 2012 18:28 | In reply to: #317230

Caro Rodrigo;

Esta sua notícia, conforme se pode ver, vai de encontro ao que está escrito
na mensagem de abertura deste tópico, autor chartri.

Os m/ cumprimentos
HRC

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RE: As Minas Portuguesas do antigo Regime ao Liberalismo

#323479 | HRC1947 | 19 feb 2013 16:50 | In reply to: #317239

-
" - 1804 - Estabelecimento Metalúrgico na Foz do Alge;"

- Quando é publicado o Alvará de Regimento, não existia no Território Nacional
qualquer Distrito mineiro e, após ruína da mina de Buarcos no final do século XVIII,
não deveria existir sequer uma mina em actividade regular. Contudo, existiam abundantes
informações de intensa actividade no passado. Nos reinados de D. João III e de D. Sebastião,
por exemplo, extraía-se ferro em Penela e em Moncorvo; havia mais de 500 Forjas " [que
trabalhavam de contínuo porque os Ferreiros não pagavam cousa alguma à Fazenda Nacional,
nem tinham o Ferro por Direito Real " ] ...
http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/2750/1/DSpace_PG_Minas_Portuguesas.pdf
-
Ana Simões
.

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RE: As Minas Portuguesas do antigo Regime ao Liberalismo

#323568 | henrdias | 20 feb 2013 22:40 | In reply to: #323479

Cara Ana Simões, como tem passado?

Eu tenho andado um pouco arredado deste Fórum (como certamente tem reparado), devido a várias vicissitudes. Mas pelos vistos tenho andado a perder algo, pois este é um tema que me interessa sobejamente, ou não tivesse ele a ver com as "Cinco Vilas".

E este pdf que aqui nos deixou é um documento muito interessante, e que eu desconhecia por completo.
Tenho na minha página do FB um álbum com fotografias e alguma informação acerca das Reais Ferrarias da Foz do Alge. Não sei se conseguirá visualizar, mas de qualquer modo deixo aqui a ligação:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.315917345180985.62404.140541056051949&type=3

Já agora, permita-me uma correcção, pois no seu post de 25-07-2012, as imagens que colocou são das Ferrarias da Foz do Alge, situadas na margem esquerda da Ribeira de Alge, e junto à sua foz, como o nome indica. Pois a fábrica de fundição de ferro, denominada o Engenho da Machuca, situava-se na margem direita da Ribeira de Alge, cerca de duas léguas acima da sua foz.

Termino agradecendo por este tesouro que me deu a conhecer, e que irá ser uma preciosa ajuda para a pesquisa que estou a desenvolver.

Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias

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RE: As Minas Portuguesas do antigo Regime ao Liberalismo

#323573 | HRC1947 | 20 feb 2013 23:35 | In reply to: #323568

Caro Henrique Dias;
Eu tenho passado bem, "apesar de não ter a colaboração do Confrade, que há uns tempos a esta parte
tem andado por outras paragens ! ". [ espero que se tenha sentido bem. ]
Fico contente pelas suas notícias, é sempre agradável " conversar " com a pessoa que nos deu as boas
vindas, aquando do meu ingresso neste espaço.
Creia que foram tempos muito positivos, tempos de construção e entre-ajuda, que já não voltam.
Não é exagero dizer que aprendi muito com o Confrade, durante uns largos meses foi vc. que deu
" aquelas determinadas indicações ", e que nunca esquecerei....
Caro Henrique, não tem nada que agradecer, espero que o tópico lhe sirva de ajuda para a sua pesquisa.
Sempre que quiser apareça, é bem-vindo.
Mais uma vez os m/ agradecimentos
Ana Simões
.

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RE: As Minas Portuguesas do antigo Regime ao Liberalismo

#323771 | henrdias | 22 feb 2013 19:04 | In reply to: #323573

Olá Ana,
com efeito a minha disponibilidade já não é a mesma desses tempos que refere, mas voltarei sempre que o tema me desperte a atenção.
Quanto à aprendizagem, estou em crer que ninguém sabe tudo, e portanto todos aqui aprendemos uns com os outros. E em relação ao espírito de entre-ajuda, também acredito que sempre existiu e continuará a existir neste fórum. Só depende de cada um de nós.
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias

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RE: Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#323775 | henrdias | 22 feb 2013 20:23 | In reply to: #310613

Caro Ricardo Charters d'Azevedo,

é incrível como este tópico (cujo tema me interessa desenvolver) me passou despercebido durante tanto tempo.

Acerca dos Levache em Portugal, veja o que escrevi em tempos ao confrade Francisco Queiroz em:

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=252644#lista

Julga-se que o Mestre José Levache (filho de Pierre Levache e de Catherine Lambert, naturais de Dinant, principado de Liége), seria parente de Nicolau Levache, fabricante dos sinos do célebre carrilhão do mosteiro de Mafra, também natural de Liége.
José Levache foi mestre fundidor nas Ferrarias da Machuca e da Foz do Alge, em Figueiró dos Vinhos, e mais tarde estabelecido com uma ferraria nas Vendas de Maria, foi ele o autor de um dos sinos da igreja paroquial de Maçãs de D. Maria.

José Lavache, aparece como testemunha em casamentos na Aguda, Figueiró dos Vinhos, entre 1740 e 1744, onde
é referido como "Mestre de Artelharia do Engenho Real". E assinou: "Joseph Le Vache".
Repare-se no aportuguesamento que se deu ao nome do homem. Passou de Le Vache para Levache e mais tarde para Lavache. Curiosamente constou-me que ainda hoje existem descendentes deste José Lavache nas Cinco Vilas, (nomeadamente em Maçãs e ou em Chão de Couce) mas que popularmente são conhecidos pelos "Lavascas", o que não deixa de ser uma curiosidade genealógica, ou antes uma corruptela.

Gostava, também, de perceber melhor a ligação deste Levache com aqueles que refere. Este, como disse era filho de:

http://www.geneall.net/W/per_page.php?id=1140681

Recentemente, encontrei um "filão" que ainda não explorei devidamente porque o tempo teima em não quer colaborar comigo. Este "filão" é composto por um enorme manancial de documentação acerca das "Reais Ferrarias da Foz do Alge", e fica em Lisboa na R. Vale do Pereiro, 4. mais concretamente no Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Dá para apreciar o seu conteúdo em:

http://arquivohistorico.moptc.pt/arquivohistorico/details?id=571
http://arquivohistorico.moptc.pt/arquivohistorico/details?id=10676

Com os melhores cumprimentos,
Henrique dias

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RE: As Minas Portuguesas do antigo Regime ao Liberalismo

#323781 | HRC1947 | 22 feb 2013 21:40 | In reply to: #323771

Caro Henrique;
Acabo de visionar o link que colocou na sua mensagem de 20/2/2013,
quer parecer-me que vc. já o beneficiou, está um primor!

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.315917345180985.62404.140541056051949&type=3
Os m/ cumprimentos
Ana Simões
.

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RE: Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#323797 | chartri | 23 feb 2013 01:56 | In reply to: #323775

Caro Henrique Dias

Ora meu caro são somente 2.963 Metros lineares de pastas !
Um abraço amigo
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#323841 | henrdias | 23 feb 2013 14:38 | In reply to: #323797

Caro Ricardo Charters d'Azevedo,

isso mesmo, é obra! Mas não é obra que esteja ao alcance de uma única pessoa.
Felizmente têm toda a documentação micro-filmada, e os leitores dos microfilmes são ultra-modernos com visualização no computador e possibilidade de impressão. E nota positiva também para o pessoal, inclusive a Doutora responsável, muito competentes e extremamente atenciosos.
Ainda só lá fui um único dia, e como o meu interesse maior são as pessoas, dei prioridade ao livro de matrículas, onde consta a relação das pessoas admitidas para o serviço das Ferrarias, no período de 1803 a 1833.
Muito "pano para mangas"... e é nestas alturas que eu lamento ainda não estar reformado...
Um abraço amigo,
H. Dias

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#323849 | henrdias | 23 feb 2013 15:15 | In reply to: #317230

Caro Rodrigo,

Também eu pretendia saber mais acerca desta família de Fundidores Levache, e sobretudo a sua relação com os Levache da região que estou estudando. Nesse sentido, perguntava-lhe se já tem mais alguma informação acerca de ascendentes ou descendentes deste Nicolao Levache.
O Joseph Levache que criou raízes na região das "Cinco Vilas", creio que tinha pelo menos um irmão Jean Nicolas Levache, nascido em 05/06/1698, e uma irmã Jeanne Levache nascida em 12/06/1700, ambos em Namur, Dinant. Todavia, não tenho bem a certeza quanto a estes dados, pois em relação ao "meu" Joseph, não sei quando nasceu nem onde. Penso que possa ter nascido cá em Portugal (talvez Lisboa ou Mafra, quem sabe?). Sei apenas que casou com Maria Craveiro de Faria nascida em Figueiró dos Vinhos a 15/09/1751, (e que ele deveria ser mais velho que ela), e tiveram filhos desde 1771 até 1780.
Desde já agradeço pela atenção que me possa dispensar,
ao seu dispor,
Henrique Dias

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#326395 | marinacunha | 29 mar 2013 16:54 | In reply to: #323849

A pedido de HRC, estou-lhe a enviar este link, para a
Senhora analisar, pois tem matéria de seu interesse,
nomeadamente o Arquivo Histórico Ministério Obras
Publicas, anos 1802 a 1849.[Lisboa ]
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=323849

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#326398 | marinacunha | 29 mar 2013 17:52 | In reply to: #326395

Cara Rita Silva;

Troquei as mensagens queira me desculpar.
O Confrade HRC, pede o favor para você colocar no seu tópico o seu
contacto por e-mail, para que ele a possa contactar,,,,, dado a Geneall estar
a levantar problemas de ordem logistica.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=326299
--------

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#326479 | henrdias | 31 mar 2013 15:54 | In reply to: #326398

Cara Marina Cunha,

julgo que esta mensagem não é dirigida à minha pessoa, apesar de ter sido notificada da mesma no meu email.
Para que Rita Silva possa ser notificada, terá de ir a uma mensagem dela e clicar em "responder para o fórum".
Para qualquer ajuda suplementar, disponha.
Com os melhores cumprimentos e votos de uma boa Páscoa,
Henrique Dias

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#328142 | HRC1947 | 27 apr 2013 20:38 | In reply to: #323841

-
http://dererummundi.blogspot.pt/2012/08/jose-bonifacio-de-andrada-e-silva-1763.html
-
HRC

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#328155 | henrdias | 27 apr 2013 23:30 | In reply to: #328142

Ana Simões,

Obrigado por este artigo que está muito bem escrito. Pena que não desenvolva mais o trabalho deste ilustre Senhor com Intendente das Reais Ferrarias da Foz de Alge.

Mas quem quiser saber mais, pode agora fazer o download em formato PDF, de um livro raro sobre a história desta Ferraria em:
http://pt.scribd.com/doc/133987950/A-Ferraria-da-Foz-de-Alge

Com os melhores cumprimentos,
H. Dias

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#328157 | HRC1947 | 27 apr 2013 23:52 | In reply to: #328155

Henrique Dias;
Obrigado pelo link.
Entretanto envio endereço da casa Senhorial onde o José Bonifácio viveu, aquando da sua
permanência em Coimbra etc.
O segundo endereço, está com problemas de leitura, porém as fotos estão boas, sugiro que
veja as 2 da pág.10: {para + imagem { Ctrl + }
Os m/ melhores cumprimentos
Ana
.
http://goo.gl/maps/0YQhd
http://gch.cm-coimbra.pt/wp-content/uploads/2012/10/3-Divulga%C3%A7%C3%A3o-An%C3%A1lise-t%C3%A9cnica_%C3%81guas-de-Coimbra-v%C3%A1rias-art%C3%A9rias-5-Fase.pdf
--

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Ferrarias da Foz do Alge- AREGA

#358137 | saintclair | 30 mag 2015 20:05 | In reply to: #328157

-
https://www.youtube.com/watch?v=VoMrTM7uFlQ

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#364590 | ASimoes | 26 dic 2015 06:55 | In reply to: #323849

Caro Henrique Dias,
O meu pai, João Simões, foi sacristão em Pousaflores, até à sua morte em 15 jan 1991. Eu, sempre tive a curiosidade dos sinos, pois muitas vezes substitui o meu pai, que me mandava "tocar o sino" nas mais variadas atribuições acústicas dos mesmos: As trindades, para a missa, depois do casamento ou batizado, a avisar do falecimento de alguém.
Hoje o toque é elétrico e automático e o sacristão deixou de ter estas funções. Mas esta minha saudade desses tempos levou-me à torre, onde encontrei o sistema manual desativado e, com a minha experiência mecânica, voltei a recompor tudo, de forma a poder funcionar caso falte a energia elétrica.
Isto para dizer que a torre tem 2 sinos, um mais pequeno no nicho virado a sul e que tem a inscreição a dizer: José Levache o fez no anno de 1821. O sino virado a poente, maior, tem a inscrição" José Linhares o fez no anno de 1892.
Temos aqui uma achega sobre a hist+oria da fundição das Ferrarias.
Cumprimentos
ASimões

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Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#364591 | henrdias | 26 dic 2015 12:08 | In reply to: #364590

Caro Amigo,
estou grato pelo trabalho meritório que realizou, e também pela preciosa achega.
Gostaria de um dia ter oportunidade de fotografar esse sino, bem como o da igreja de Maçãs de Dona Maria fundido em 1816 e também com a assinatura de JOZE LEVACHE.
Durante muito tempo se pensou que estes sinos teriam sido feitos pelo José Levache filho dos Belgas Pierre Levache e Catherina Lambert, mas tal é cronologicamente impossível. O mais provável é que tenha sido o seu filho José Craveiro Lavache natural das Vendas de Maria onde seu pai instalou uma oficina de fundição tendo os seus filhos José e João assegurado a continuidade da mesma.
Portanto estou em crer que estes sinos tenham sido fundidos nas Vendas de Maria, ou (quem sabe?) nas Ferrarias, mas de Maçãs de Dona Maria.
Pena é que não tenha restado nenhum testemunho destas instalações tão importantes para a história da indústria das Cinco Vilas.
Quanto às Reais Ferrarias da Foz do Alge, ainda subsistem algumas ruínas (a maior parte do ano submersas), como se pode ver neste álbum:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.315917345180985.62404.140541056051949&type=3
Com os melhores cumprimentos,
Henrique J. Simões Dias

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Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#364592 | saintclair | 26 dic 2015 12:14 | In reply to: #364590

-
... Teria algum interesse saber se os Sinos das Igrejas
de Avelar, Ansião, Fig. Vinhos,M.D.Maria etc, têm alguma
gravação de José Levache/ José Linhares.
Cumprimentos
Sc.

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Dolinas e Lagoas Serra Sicó

#364599 | saintclair | 26 dic 2015 18:06 | In reply to: #364592

-
"As dolinas e as lagoas são elementos do Património Natural/Património Geomorfológico do Maciço de Sicó. Explicam também o povoamento humano antigo neste Maciço, constituindo por isso um importante Património Cultural que interessa preservar e divulgar. Para quem gosta de Sicó, de turismo, natureza, geoturismo e de turismo cultural: "Dolinas e Lagoas em Sicó".
http://www.iscet.pt/news/%C2%ABdolinas-e-lagoas-em-sic%C3%B3%C2%BB-de-autoria-do-prof-doutor-carlos-silva
http://2.bp.blogspot.com/-q1868eTtdKQ/VhFfRYghHqI/AAAAAAABDYk/i_HbmsJaTfw/s640/set%2Bansia%25C3%25B5%2B794.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-PQp_cqqhaMU/VhFfSLIWlHI/AAAAAAABDYs/OpI5SsfSe_U/s640/set%2Bansia%25C3%25B5%2B796.jpg
Sc.

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Dolinas e Lagoas

#366128 | saintclair | 14 feb 2016 18:54 | In reply to: #364599

-
A barragem dos Conchos é um local curioso, pois para quem desconhece, dá a impressão que a lagoa está furada no meio e vai engolindo água! Construída em 1955 em betão alvenaria e granito, esta barragem recolhe toda a água da ribeira das Neves e tem 4.6 metros de altura, 48 metros de coroamento com uma capacidade de armazenar cerca de 120 mil m3 de água.
Esta pequena barragem leva a água da ribeira das Neves, através de um túnel com 1519 metros de extensão até à albufeira da lagoa comprida. De referir ainda que a barragem faz parte do complexo hidrelétrico da Serra da Estrela.
https://www.youtube.com/watch?v=WPPCxiTsuf4#t=14
https://barragemlagoacomprida.wordpress.com/about/utilizacoes/
Sc.

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Reais Ferrarias da Foz do Alge

#376637 | saintclair | 05 gen 2017 17:11 | In reply to: #366128

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"1834, Janeiro, 19 - Março, 31 - CoimbraCorrespondência de Manuel Joaquim de Melo Brandão, governador Militar de Coimbra, para João HonoratoRolim, Quartel-Mestre General do Exército, sobre remessa de material de guerra existente no Depósito deMunições de Guerra de Coimbra para Santarém, procedimentos para o fabrico de pólvora no laboratórioquimíco da Universidade de Coimbra e armamento, remetendo relações das munições, armamento efardamento enviado do Depósito de Coimbra para Santarém.22 fls. manuscritas e 15 fls. em branco.(DOC) - PT AHM/DIV/1/20/054/181833, Dezembro, 27 - 1834, Março, 29Correspondência de António Henriques de Carvalho Magalhães Serrão, administrador das Reais Ferrarias daFoz de Alge, para João Honorato Rolim, Quartel-Mestre General do Exército de Operações, sobrefuncionameto e trabalhos executados nas Reais Ferrarias da Foz do Alge, recepção de ferro para fundição,obras e vencimentos, remetendo relações das munições fabricadas nas ditas Reais Ferrarias que foramenviadas para Abrantes e Santarém e copiador de correspondência entre várias entidades sobre operações edeslocamentos.21 fls. manuscritas e 6 fls. em branco.
http://www.academia.edu/4467469/1-20_Governo_de_D_Miguel_1828_-_1834

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Os fundidores Levache e José Levache no concelho de Alvaiázere.

#379870 | saintclair | 13 apr 2017 15:26 | In reply to: #376637

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" — Mina do Âvellar;
Ruy Lopes, morador no Espinhal, termo de Penella, con-
tractára-se com o provedor-mór dos metaes, Isidro d' Almeida,
para abrir e lavrar uma mina de ferro na Ribeira d' Aja, pró-
ximo da villa de Avellar, terras do marquez de Villa Real.
Emprehendida a obra e gastos nella uns trezentos mil
reaes, requereu Ruy Lopes a el-rei, em cumprimento da Orde-
nação, que lhe aforasse o terreno, o que o rei satisfez, pas-
sando-lhe carta de privilegio a 20 de julho de 1577.
«Eu elRei faço saber aos que este aluara virem que Rui Lopez, mo-
rador no Espinhal, termo da villa de Penella, me êviou dizer que sendo
prouedor moor dos metais do Reino Izidro dAlmeida por êtender que
hera meu seruiço fazerse hum engenho pera ferro na Ribeira daja termo
da villa do Auellar, lhe passara hum seu precatório pera lhe ser dado
cham pera isso na dita Ribeira junto de Chimpellas e que por acordo
que se fizerao os juizes e officiaes da camará da dita villa e do Avellar
asentarão que o engenho no lugar onde se quisera fazer hera proueitoso
e de que não resultaua prejuízo algum, pello que elle Rui Lopez o fizera
e lhe custara trezentos mil reaes, e porque pela ordenaçã do liuro quinto
titulo nouenta e seis hera mãdado que pesoa algua não pudese tirar ouro,
prata, nem outras cousas das minas e vieiros destes Reinos sem minha
licença, e elle fizera o tal emgenho com licença do dito prouedor mor
dos metaes, em que gastara os trezentos mil reaes que dizia, me pedia
que auendo a tudo respeito ouuese por bem lho mãdar aforar pelo foro
que fosse justo que pagaria em quanto se nelle trabalhase como mais
compridamente hera declarado na dita petiçam que foy vista em minha
fazenda onde se madou ao prouedor da comarqua da villa de Thomar
que no caso fizese certa diligencia, a qual fez e êuiou os autos disso a
(i) Torre do Tombo, Chancellaria de D. Sebastião e D. Henrique, Doações, liv. 2."
--
Sc.

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