diaspora da tribo de Judar
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diaspora da tribo de Judar
Gostaria de saber mais sobre a diaspora da tribo de judar nos tempos do rei Salomão na penisula Iberica, onde fica a ilha que era a refinados dos metais?
Abraço,
Angelo
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RE: diaspora da tribo de Judar
Caro Angelo;
Para vc, ficar a saber história Rei Salomão, Rainha Sabá da Etiópia [onde havia grandes minas de metal etc.]
e todo o restante, deverá consultar literatura adequada.
Lembro que a Peninsula Ibérica é formada por dois países: -- Portugal e Espanha, pelo que creio nada terem
a ver com as "" Minas do Rei Salomão "".
http://www.dignow.org/post/hebreus-crise-pol%C3%ADtica-di%C3%A1spora-e-reconstru%C3%A7%C3%A3o-1951952-42062.html
http://www.triada.com.br/cultura/historia/aq180-245-1011-1-quem-foi-a-rainha-de-saba.html
Os meus melhores cumprimentos
HRC
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RE: diaspora da tribo de Judar
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http://www.youtube.com/watch?v=IG2N8vcmgpA
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HRC
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RE: diaspora da tribo de Judar
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http://ceticismo.net/2008/10/28/jordanianos-dizem-que-encontrara-mina-do-rei-salomao/
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HRC
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RE: AS MINAS DO REI SALOMÃO
" Um arqueólogo encontrou os restos de uma antiga mina de cobre na Jordânia e alega que esta pertenceu ao lendário Rei Salomão, famoso por apartar briga de lavadeiras.
Escavações na Jordânia sugerem que a extração de cobre em escala industrial no antigo reino de Edom – região que, segundo a Bíblia, teria sido vassala dos reis de Israel – coincide, em seu auge, com a época do filho de Davi. Em outras palavras: as célebres “minas do rei Salomão” podem ter existido do outro lado do rio Jordão.
Gostou? Legal, eu espero você parar de rir. A pesquisa, coordenada pelo arqueólogo Thomas E. Levy, da Universidade da Califórnia em San Diego, está na edição desta semana da prestigiosa revista científica americana PNAS, e tenta refutar aqueles que que vaicinam que Salomão é tão real quanto a Fada do Dente, como o arqueólogo israelense Israel Finkelstein, da Universidade de Tel-Aviv.
Segundo Levy, cujo resumo do trabalho você pode ler AQUI, realmente havia uma monarquia poderosa em Jerusalém durante o século 10 A.E.C., enquanto Finkelstein, determina segundo suas pesquisas, que tanto a região de Jerusalém quanto a área de Edom, onde as minas foram encontradas, eram habitadas por uns poucos aldeões e pastores nômades nessa época. O surgimento de reinos politicamente bem organizados e capazes de empreendimentos de larga escala só teria sido possível por ali cerca de 200 anos depois.
E agora começa o processo científico.
Levy discorda. “O que nós mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga escala e a presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado arcaico, nos séculos 10 A.E.C. e 9 A.E.C. em Edom. Trabalhos anteriores afirmavam que o que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados simplesmente mostram que a história de Edom no começo da Idade do Ferro precisa ser reinvestigada usando ferramentas científicas”.
Só tem UM pequeno detalhe que Levy não está levando (Levy levando é o máximo!) em conta. Ele achou nada menos que.. UMA MINA DE COBRE!!! Daí, eu pergunto: E daí?
Daí que no máximo que o achado prova é que… havia uma mina de cobrelá. Dizer que isso mostra que Salomão existiu é o mesmo que eu dizer que O King Kong existe, porque eu fui em Nova York e o Empire State realmente está lá. Uma falácia da boa, hein Thomas? hehehe
A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-Nahas (em árabe, “as ruínas de cobre”), ao sul do mar Morto, que o tamanho da atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos.
Levy é apoiado pela instituição Friends of Archaeology & Heritage, juntamente com a National Geographic Society.
Segundo o G1, ao ser solicitado para dar uma opinião, Finkelstein não se mostrou nem um pouco convencido, pelo contrário! O cara baixou a lenha na argumentação de Levy.
“Na época em que Nahas está ativa, não há um único sítio arqueológico no platô de Edom, que só passa a ser ocupado nos séculos 8 A.E.C. e 7 A.E.C.”, diz Finkelstein, e complementa: “A mineração em Nahas não tem a ver com o povoamento de Edom, mas com o do vale de Bersabéia (que foi parte do reino israelita de Judá), que fica a oeste, ao longo das estradas pelas quais o cobre era transportado até o Mediterrâneo”.
Finkelstein também critica o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de mineração como base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar o sítio arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente “bagunçados” de terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é posterior ao século 10 A.E.C.
A datação feita por Levy levou (caraca…) em conta os restos de madeira que teoricamente teriam sido usados para produzir calor e derreter os minérios para a fundição. Estes restos foram datados com Carbono-14 e de fato oferecem a data do século 10 A.E.C.
“Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei Salomão equivale a ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa existir algum fundo histórico nesse material, grande parte dele reflete a ideologia e a teologia da época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por volta dos séculos 8 A.E.C. e 7 A.E.C. Os dados de Nahas são importantes, mas não vejo ligação entre eles e o material bíblico sobre Salomão”, arremata Finkelstein.
Da mesma forma, o arqueólogo Piotr Bienkowski da Universidade de Manchester, na Inglaterra diz que também não viu nenhuma evidência para que o assentamento ou as construções estejam entre o século 10 e o século 9 A.E.C., conforme é dito no Science News.
Bienkowski e Finkelstein argumentam que o sítio arqueológico foi usado e reusado várias vezes, deixando uma mixórdia de resíduos da mina e muiotos outros materiais que dificultam a separação e distinção dos estratos afim de formar uma linha do tempo clara.
Levy, como todo bom sujeito que é pego com as calças curtas, preferiu não responder diretamente as críticas do israelense, embora um artigo anterior de sua lavra aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação cultural entre os habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. “Suponho que, toda vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é natural que o debate se torne emocional”, diz ele. Ou seja, como ele vê que não tem argumentos, alega que Finkelstein parte pro lado emocional da coisa, só faltando perguntar “Por que você não acredita, hein? Jesus vai te castigar!”, isto é, o tipo de coisa que cansamos de ouvir aqui.
A verdade é que muito pouco pode ser verdadeiro no tocante à ligação da mina com a existência de Salomão. Um dos motivos é que a Bíblia, segundo sua cronologia, não poderia ser escrita antes do oitavo século A.E.C. e por motivos simples: todas as descrições dos locais fazem referência a algo que só apareceu depois do século 7 A.E.C Um exemplo são as inúmeras menções a camelos e caravanas.
Parece um dado sem importância, mas tem e muita, pois os camelos na região só foram domesticados no século… NOVE A.E.C. É triste, mas é a verdade. Isso é claramente demonstrado no próprio livro do Finkelstein, a Bíblia não tinha razão, onde ele argumenta que as caravanas de especiarias (da forma como descrita em Gênesis cap. 37) só passou a ocorrer em meados do século 7 A.E.C. Nem mesmo W. F. Albright acreditava na cronologia bíblica como fonte de exatidão, porque ele mesmo encontrou vários anacronismos.
Assim, pessoal, vemos como funciona a Ciência. Não basta um alegar, outros cientistas no muno todo examinarão suas descobertas e criticarão ou concordarão com elas, sem as besteiras ditas por idiotas, em que há um mega-complô para destruir a moral e cultura dos povos."
http://ceticismo.net/wp-content/uploads/khirbat-en-nahas.jpg
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Elementos retirados da Nett.
HRC
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RE: AS MINAS REI SALOMÃO - Distrito Jordano de Faynan
http://goo.gl/maps/gj6U1
" Minas de Salomão afinal eram de cobre ".
Arqueologia. Uma equipa de arqueólogos internacional encontrou vestígios claros da existência de umas minas e indústria de fundição de cobre, que existiram há 3000 anos na Jordânia, que poderiam ter sido as do 4.º rei de Israel
Ruínas encontradas na Jordânia datam de há 3000 anos
Afinal as minas do rei Salomão, uma das figuras míticas da Bíblia, não eram apenas uma lenda, existiram mesmo, só que eram de cobre e não de ouro. Quem as descobriu foi uma equipa internacional de arqueólogos liderada por Thomas Levy, da Universidade da Califórnia, e pelo seu colega Mohammad Najjar, dos Amigos da Arqueologia na Jordânia, de acordo com notícias divulgadas pelo jornal espanhol El Mundo e pelo site Science Daily.
Os arqueólogos encontraram em Khirbat en-Nahas, no distrito jordano de Faynan, vestígios que tornam clara a existência de umas importantes minas e uma indústria de fundição de cobre datadas de há 3000 anos. Estas minas poderão ter sido as do rei Salomão que, de acordo com algumas cronologias, terá governado Israel durante 40 anos, entre 1009 e 922 antes de Cristo. Um reinado que se caracterizou pela riqueza e prosperidade, ligada pelas lendas de sabedoria do rei, mas não só também aos inesgotáveis recursos de umas minas de ouro existentes na época.
Os vestígios agora encontrados resultam de um trabalho iniciado em 2002 numa área de 10 hectares, onde a mais de seis metros de profundidade apareceram então as ruínas das antigas minas.
Os trabalhos da equipa de Thomas Levy e de Mohammad Najjar revelam ainda que as minas atingiram o seu pico de actividade no século IX a. C., d e acordo com as declarações dos autores à revista Proceedings of National Academy.
Esta descoberta vem dar razão à história sobre o reinado dos edomitas, uma nação irmã dos israelitas que, segundo a Bíblia, alcançou um grande poder a sul do mar Morto, exactamente onde hoje é o distrito de Faynan. A confirmação da lenda bíblica poderá dar assim peso às investigações que relacionam o texto religioso com a realidade.
Para já, Thomas Levy decidiu voltar a escavar naquele lugar do deserto da Jordânia, levando consigo as mais inovadores tecnologias no domínio da arqueologia. "Mas os dados da primeira escavação sistemática revelam evidências de sociedades complexas e muito activas entre os séculos X e IX a. C. e isso virá reabrir os debates", garante o arqueólogo.
Elementos retirados D.Noticias.
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HRC
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RE: A CIVILIZAÇÃO MAIA
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" As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo desacordo sobre os limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas[2]. Os olmecas e os maias antigos parecem ter-se influenciado mutuamente.
Os monumentos mais antigos consistem em simples montículos remanescentes de tumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde. Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a sua influência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.
Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e Calakmul, e também Dos Pilas, Uaxactún, Altún Ha, e muitos outros centros habitacionais na área. Jamais chegaram a desenvolver um império embora algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias, associações e mesmo rápidos períodos de suserania[4]. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou "três pedras"), monólitos de proporções consideráveis que descrevem os governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficos.
Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora praticassem ativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente para além desta. Entre os principais produtos do comércio, estavam o jade, o cacau, o sal e a obsidiana.
A civilização maia estendeu-se por todo o atual sul dos estados mexicanos de Chiapas, Tabasco, e Península de Yucatán estados de Quintana Roo , Campeche e Yucatán. A área Maya também se estendeu por todo o norte da América Central, incluindo as atuais nações da Guatemala , Belize , Norte de El Salvador e no oeste de Honduras[2]. A área dos Mayas é geralmente dividida em três zonas vagamente definidas: as terras altas do sul Maya, na Depressão Central e as planícies do norte. As terras maias altas do sul incluem todos os terrenos elevados na Guatemala e no planalto de Chiapas[3]. As planícies do sul encontram-se apenas ao norte do planalto, e incorporam os estados mexicanos de Campeche, Quintana Roo, norte da Guatemala, Belize e El Salvador. As planícies do norte cobrem o restante da península de Iucatã, incluindo as colinas Puuc.[3]
Nos séculos VIII e IX, a cultura maia clássica entrou em decadência, abandonando a maioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A guerra, doenças, inundações e longas secas, ou ainda a combinação destes fatores, são frequentemente sugeridos como os motivos da decadência.
Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes visivelmente construídas às pressas[2]. Teoriza-se também com revoltas sociais em que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana nas terras baixas centrais[4].
Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos altiplanos do sul. Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável pelo mais amplo e famoso trabalho de historiografia e mitologia maias, o "Popol Vuh".
Os territórios maias foram absorvidos durante o processo de expansão do império asteca por volta do século XV.
Por fim, no ano de 1519, o espanhol Hernán Cortez inicia a conquista do território asteca, incluindo as regiões anteriormente pertencentes aos maias.
Algumas cidades ofereceram uma grande e feroz resistência; a última cidade-estado não foi subjugada pelos espanhóis senão em 1697.
As tropas de Fernando Cortez derrotaram o exército asteca na Batalha de Otumba (1520).
Cristóvão Colombo, que tomou posse da ilhota (San Salvador) em nome da Coroa de Castela em 12 de outubro de 1492 e vagou pelas ilhas do Haiti, Cuba e Jamaica, julgava tratar-se das costas ocidentais de Cipango (Japão) e Catai (China).
De retorno, a mercadoria mais interessante que trouxe foram habitantes das terras ocidentais, os índios Caraíbas (vendeu 509 deles em Sevilha em 1495 e seu irmão vendeu 300 no ano seguinte em Cádiz)[5], que, pela sua nudez e modos, logo denunciaram não pertencerem aos "reinos das índias", havendo até quem dissesse que nem mesmo descendentes de Adão eram.
Assim, logo se alastrou o preceito de que se chegara apenas nas "antilhas", ou seja, terra inculta e inóspita a caminho das Índias, razão por que, em 1506, Juan Dias de Solis e Vicente Yáñez Pinzón, quando chegaram ao México, no extremo norte do Iucatã, julgaram tratar-se apenas de mais outra ilha.
Nem no sôfrego desembarque emergencial de um punhado de sobreviventes de uma expedição de Vasco Nuñes de Balboa, em 1511, nas costas do México, nem a chegada de Ponce de León em 1513, mais ao norte, na Flórida, deram notícia dos Maias, que continuaram ignorados mesmo de Fernando Cortez quando se apoderava do Império Asteca no México Central a partir de 1519.
Foi somente em 4 de março de 1517 que a flotilha comandada por Francisco Hernandes de Córdoba – que estava à cata de índios para os escravizar nas fazendas de Cuba –, fugindo a uma tempestade que já durava dois dias, aportou no norte do Iucatã e logo foi assediada por algumas canoas repletas de maias vestidos em túnicas de algodão e (em razão de suas aparências) os espanhóis logo lhes atribuíram mais razão que os habitantes de Cuba.
As sólidas e grandiosas construções ("casas de cal y canto"), visíveis do mar, inspiraram o nome que os espanhóis deram ao lugar: "Gran Cairo" que evocava a cultura islamita da qual os ibéricos eram tradicionais adversários (recorrentemente chamavam as pirâmides de mesquitas). Tratava-se do primeiro contacto entre as duas civilizações.
Entendendo-se por sinais, os espanhóis aceitaram o convite e desembarcaram no dia seguinte e, após duas horas de marcha continente adentro, foram surpreendidos pelo ataque dos maias no qual, já de início, sucumbiram 15 espanhóis. E sucumbiriam todos, se não fora o uso dos mosquetes que, mais pelo barulho que pelo efeito fatal, pôs os atacantes em fuga.
Nos conta Bernal Diaz de Castilho, em sua obra "História da Conquista da Nova Espanha", que ficaram horrorizados pelo grande número de ídolos de argila, uns com cabeças monstruosas, mulheres de grande estatura, todos em cenas e gestos diabólicos e que "...Gonzales, o padre da expedição, passou os cinco dedos em diversos deles e confiscou todo o ouro que encontrou".
Apresando dois maias, a expedição se fez ao mar novamente e navegou a oeste e sul até chegar na atual Campeche cujas duas grandes torres visíveis ao longe do mar inspiraram o nome Punta de las Mujeres dado ao local.
Aí os espanhóis horrorizaram-se, pois o sacerdote local acabara de praticar um sacrifício, e as paredes, assim como os cabelos do sacerdote, estavam ensopados de sangue (e era preceito rigoroso que não se os podia limpar). O mal estar deve ter ficado explícito e o sacerdote, convocando um grande número de guerreiros, fez os espanhóis entenderem que não eram bem-vindos: acenderam uma pequena fogueira deram a entender que se eles não se fossem até o fogo se extinguir, iria haver violência.
Cautelosa a tripulação retirou-se e rumou mais para o sul até Champoton onde desembarcaram pois a provisão de água dos navios tinha se acabado e era necessário renová-la. Tentando encher suas pipas e vasilhas num poço do maias, estes os hostilizaram e atacaram por dias a fio, flexando-os a distância do fio das espadas e dos tiros de mosquetes, que já não os assustavam.
Sem outra alternativa, os espanhóis romperam o cerco e fugiram em direção aos navios, abandonando as vasilhas de água. Na fuga, os batéis emborcaram e os espanhóis seguiram meio a nado, meio agarrados aos escombros, e depois foram resgatados. Da centena de homens do início da expedição, neste embate cinquenta foram mortos e os que não tiveram suas gargantas cortadas com espadas de madeira encravadas de sílex foram capturados para servirem a futuros sacrifícios, e todos os demais ficaram feridos a exceção de um único soldado que surpreendentemente saiu ileso.
O próprio cronista Bernal Diaz de Castilhos, então com 25 anos, havia levado três flechadas, e o chefe da expedição, Hernandes de Córdoba, veio a falecer das complicações dos ferimentos daqueles combates.
Feitos ao mar sem água potável, com pesadas baixas mas com um punhado de ouro, estes primeiros conquistadores foram o estopim para futuras expedições de outros tantos aventureiros. Assim se iniciava a conquista dos estados maias.
As colônias espanholas americanas estavam muito afastadas do mundo exterior, e as ruínas das grandes cidades antigas eram pouco conhecidas exceto pelos locais.
Entretanto, em 1839, o explorador americano John Lloyd Stephens, escutando notícias de ruínas perdidas nas selvas, visitou Copán, Palenque, e outras localidades acompanhado do arquiteto e desenhista Frederick Catherwood.
Seu diário de viagem ilustrado sobre as ruínas incendiaram um forte interesse pela região e sua gente promovendo a assimilação do vínculo com a cultura maia entre os dirigentes locais.
A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é maia por descendência e idioma primário; em áreas rurais do México, ainda existe uma cultura maia."
http://www.youtube.com/watch?v=wQ2PNGbfcuw
http://goo.gl/maps/I5kxr
Elementos retirados nett.
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HRC
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RE: Necrópole de Varna
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/Or_de_Varna_-_Bijoux.jpg
A Necrópole de Varna (em búlgaro: Варненски некропол), também conhecido como cemitério de Varna, é um sítio arqueológico funerário que se encontra na parte ocidental da zona industrial de Varna, na Bulgária, (aproximadamente a 500 m do lago Varna e a 4 km do centro da cidade), considerado internacionalmente como um dos sítios chave da pré-história.
O sítio foi descoberto por acaso em outubro de 1972 pelo operário de uma escavadora, Raycho Marinov. Mihail Lazarov (1972-1976) e Ivan Ivanov (1972-1991) estiveram a cargo da escavação arqueológica do sítio. Estima-se que ainda estivesse por escavar cerca de 30% da zona da necrópole em 2008.
Encontraram-se 294 túmulos na necrópole, muitos dos quais com artigos sofisticados de metalurgia (ouro e cobre), cerâmica (à volta de 600 peças, incluindo algumas pintadas com ouro), objectos de grande qualidade feitos de sílex e obsidiana, e contas decorativas.
Os sepulcros foram datados como pertencentes a 4600-4200 a. C. (segundo a datação por radiocarbono realizada em 2004) e pertencem à cultura de Varna da ... [ Idade do Cobre...]
Alguns túmulos não contêm esqueletos mas oferendas fúnebres (cenotáfios). O que é interessante é que os sepulcros simbólicos (vazios) são os mais ricos em artefactos de ouro.
Foram encontrados 3000 desses objectos, com um peso aproximado de 6 kg. O sepulcro 43 (ver fotografia) tinha mais ouro do que tinha sido descoberto no resto do mundo nessa época. Três sepulcros simbólicos continham máscaras feitas de argila por cozer(ver fotografia).
Os achados demonstram que a antiga sociedade de Varna mantinha relações comerciais com terras longínquas (que possivelmente incluíam a parte baixa do rio Volga e as Cíclades), exportando talvez objectos de metal e também sal da mina de sal de Provadiya. O mineral de cobre que utilizavam nos seus artefactos tinha origem numa mina em Sredna Gora, perto de Stara Zagora, e pode ser que as conchas de spondylus que se encontraram nos túmulos tenham sido empregues como primitiva moeda de troca.
Esta cultura tinha crenças religiosas sofisticadas em relação à vida além da morte e criou diferenças hierárquicas, tal como demonstra o sepulcro mais antigo que se conhece de um homem pertencente à elite (segundo Marija Gimbutas, a transição para o domínio dos homens ocorreu na Europa em finais do quinto milénio a.C.). A elevada hierarquia do homem enterrado ali fica demonstrada pela imensa quantidade de ouro, a enxó ou maço que tinha, e a funda de ouro para o seu pénis. As plaquetas de ouro com forma de touro (ver fotografia) poderiam também servir como veneração da virilidade, da força e das qualidades como guerreiro. Gimbutas defende que os artefactos foram realizados em grande parte por artesãos locais.
Segundo Gimbutas, «a falta de continuidade das culturas de Varna, Karanovo, Vinča e Lengyel dentro dos seus territórios principais e as migrações de grande escala para o norte e noroeste são evidências indirectas de uma catástrofe de proporções que não se podem explicar em termos de alterações climáticas, esgotamento da terra ou epidemias (das quais não há provas durante a segunda metade do quinto milénio a.C.). Encontraram-se provas directas da incursão de guerreiros a cavalo, não só pelos sepulcros individuais de homens, mas pelo surgimento de todo um complexo de rasgos culturais kurgan.»
Chapman afirma que «numa época, não há muito, aceitava-se o facto que nómadas das estepes provenientes da zona do Mar Negro invadiram os Balcãs, pondo fim à sociedade da Idade do Cobre que produziu o apogeu da metalurgia autónoma do cobre e, no seu zénite, o cemitério de Varna com os seus maravilhosos primeiros trabalhos em ouro. Na actualidade a opinião é a contrária, com o complexo de Varna e suas comunidades associadas responsáveis pela estimulação da chegada de práticas funerárias dominadas pela confecção de objectos de luxo, depois da expansão da agricultura.»[1]
Os artefactos podem ser vistos no Museu Arqueológico de Varna e no Museu Nacional Histórico de Sófia. Em 2006, alguns objectos de ouro foram incluídos numa importante exposição nacional de antigos tesouros de ouro, tanto em Sófia como em Varna.
O ouro de Varna começou a percorrer mundo em 1973; foi incluído na exibição nacional "O ouro do ginete trácio", que se apresentou em muitos dos principais museus e galerias mundiais durante os anos 70. Em 1982 foi exibido durante sete meses no Japão como "O ouro mais antigo do mundo: A primeira civilização europeia", o qual recebeu enorme publicidade, incluindo dois documentários para televisão. Nos anos 1980 e 1990 também foi exibido no Canadá, Alemanha, França, Itália e Israel, entre outros países, e apareceu na capa da National Geographic Magazine.
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HRC
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RE: O Messias que ressuscitou antes de Cristo
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Uma lápide de pedra indica que a idéia de um Messias sofredor que ressuscitou ao terceiro dia, já existia no
judaísmo
É o sonho dourado de todo colecionador: descobrir que o objeto comprado meio que por acaso possui, na verdade, valor incalculável. Essa é a constatação a que vários estudiosos estão chegando a respeito de uma lápide de pedra de menos de 1 metro de altura, com 87 linhas de texto em hebraico, que o suíço David Jeselsohn adquiriu há cerca de uma década. Por muito tempo, a peça passou despercebida. Há alguns anos, a pesquisadora israelense Ada Yardeni a examinou e ficou boquiaberta: de acordo com ela, a lápide seria um equivalente em pedra de um dos manuscritos do Mar Morto, cujas ligações com as origens do cristianismo são até hoje, sessenta anos após sua descoberta, objecto de acalorados debates. O texto pintado na lápide [e não gravado, como seria habitual]está apagado em partes, e um fragmento se perdeu. Mas, conforme os vários estudiosos que analisaram o artefato desde o ano passado, o texto fala de um Messias sofredor, e acredita-se que faça alusões também à sua ressurreição no terceiro dia após a morte. Exatamente como teria acontecido com Cristo, segundo os Evangelhos. Só que a lápide é anterior em provavelmente várias décadas ao nascimento de Jesus – daí a comoção que vem causando entre arqueólogos e pesquisadores bíblicos.
Não é, claro, que a comunidade científica acredite estar diante de uma "profecia". O texto vem se juntar com grande peso às evidências cada vez mais numerosas, e polêmicas, de que o surgimento de Cristo na Palestina de 2.012 anos atrás não foi um evento isolado e anômalo, mas estaria ligado de forma estreita à mística judaica do período e à atmosfera política de uma nação sob ocupação romana. Um dos mais ardorosos defensores dessa tese é Israel Kohl, professor de estudos bíblicos da Universidade Hebraica de Jerusalém. Segundo Kohl, o Messias específico a que a lápide [que vem sendo denominada "Revelação de Gabriel", já que o arcanjo seria seu orador] se refere a um homem chamado Simão, assassinado pelo exército do rei judeu [e colaborador romano] Herodes. O texto menciona o sofrimento como etapa necessária para a redenção – da mesma forma como os cristãos crêem que Cristo salva a humanidade do pecado com seu martírio. Na tradição judaica clássica, o Messias tem, ao contrário, uma imagem triunfal.
Jeselsohn, com a lápide: objecto sem preço, adquirido ao acaso:
http://veja.abril.com.br/160708/imagens/religiao3.jpg
A parte mais controvertida da lápide é o ponto em que aparece a frase "em três dias". Ada Yardeni e seu co-pesquisador, Binyamin Elitzur, consideram ilegível o trecho que se segue a ela; Kohl, especializado na linguagem da Bíblia e do Talmude, argumenta que ela forma o complemento "você viverá". Ou seja, ressuscitará. Vistas sob essa perspectiva, as várias profecias que Jesus fez sobre sua própria morte ganhariam outra matiz – seriam não mais vaticínios sem um precedente histórico e cultural, mas noções já fincadas nas crenças de seu tempo e lugar. A lápide, deve dar décadas de discussão. Mas sua autenticidade vem sendo dada como genuína – e esse já é um ponto fundamental.
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HRC
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RE: Civilizações Secretas - Maias, Astecas e Incas
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"O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).
Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos.
Domesticaram a lhama ( da família do camelo) e utilizaram-no como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, adoravam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo este desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de
escrita."
http://www.youtube.com/watch?v=f0j4O2xJQSY
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GRÉCIA
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Domínio Turco:
"... Em algumas regiões Trebizonda, Epiro, Rodes, Chipre,Creta e Tênedos, o império dos gregos ainda sobreviveu à nação turca durante alguns anos. Quase todas as ilhas jônicas lograram mesmo escapar-lhe. Os turcos otomanos gozaram de relativa popularidade durante os primeiros séculos de ocupação, o que se deveu, sobre-tudo, à capacidade administrativa dos primeiros sultões e, também, ao caráter não-opressivo dessa ocupação, pelo menos durante a fase áurea do império, identificado com o reinado de Suleiman, no séc. XVl. Outro fator preponderante nas boas relações greco-turcas foi o sistema político otomano, adaptado às condições locais e que, ao menos em parte, conseguiu assimilar a concepção helênica de nação-Estado. Com o correr do tempo, os gregos começaram a infiltrar-se nos quadros da administração turca, e vários dos mais importantes cargos administrativos eram destinados a gregos. Todos êsses fatôres contribuíram para um clima de relativa segurança e tranquilidade, afinal rompido na segunda metade do séc. XVIII, quando do início das "manifestações do nacionalismo grego, severamente reprimidas pelos turcos.
O levante do Peloponeso, em 1770, marca virtualmente o início da moderna história da Grécia. A revolta, preparada e incitada pela Rússia, apanhou os turcos de surprêsa e logrou obter um êxito inicial. Em 1774, porém, os turcos conseguiram debelar o movimento, seguindo-se então um período de bárbaras repressões por parte das fôrças do sultão. Entre os levantes de 1770 e 1821 vários fatos históricos mudaram a situação, tornando-a favorável aos gregos, que passaram a despertar o interêsse de tôdas as grandes potências da época, sobretudo Rússia, França, Àustria e Inglaterra. A oportunidade concreta para a revolução surgiu em 1820, quando Ali Paxá (v.), governador provincial, rebelou-se contra Sultão Mahmud II. Os gregos levantaram-se em março de 1821 e a guerra prolongou-se até 1829. Entretanto, desde a Batalha de Navarino, em 1827, estava garantido o triunfo grego.
A Primeira Fase da Independência 1829-64.
Entre 1822, quando" o Congresso de Epiro proclamou a independência nacional, e 1829, ano em que o Tratado de Andrinopla constituiu a Grécia como Estado soberano, o país atravessou uma fase conturbada, sendo o govêrno provisório exercido pelo patriota J. Capodistria, assassinado em 1831. Seguiu-se um período de caos durante o qual se registrou a ingerência de nações estrangeiras nos problemas gregos. Pela Conferência de Londres 1832, a Grécia foi definida como reino independente, sob a proteção da Grã-Bretanha, França e Rússia. Em 1833,a nova monarquia grega passava a ser regida pelo Rei Oto, da Baviera, por imposição das potências protetoras,e no ano seguinte a capital foi transferida de Náuplia para Atenas. Oto governou até outubro de 1862, sempre assessorado por primeiros-ministros "gregos, heróis da guerra da independência. Seu sucessor, o Rei Jorge I, filho do herdeiro ao trono da Dinamarca, foi escolhido conjuntamente em 1863 pelos representantes da Grã-Bretanha, Àustria, França, Prússia e Rússia.
Jorge I reinou por meio século 1863-1913, e seu reinado marcou uma nova era na história moderna grega. O período destaca-se pelos substanciais acréscimos territoriais feitos à Grécia, que ganhou a Tessália, a maior parte do Epiro grego e da Macedônia, Creta e a maioria das ilhas jônicas. Uma nova Constituição, a de novembro de 1864, abolia o Senado, substituindo-o por um Conselho de Estado nomeado pela coroa; estabelecia ainda eleições populares para a escolha dos governos locais; e, finalmente, definia a posição do rei, que seria apenas instrumento da vontade popular. Tal sistema passou à História com o nome de democracia monárquica, tendo sido aplicado por Jorge I durante 47 anos ininterruptos, até a sua revisão, em 1911. Êsse clima de estabilidade, contudo, foi por diversas vêzes abalado: em 1866, pela insurreição de Creta; em 1877-78, pela Guerra Russo-Turca; em 1896-1912, pelo levante conjunto de Creta e da Macedônia; e, finalmente, em 1912-13, pela Guerra dos Balcans, no decurso da qual o Rei Jorge I foi assassinado 1913, sucedendo-o então seu filho Constantino I.Logo após, em 1914, era a I Guerra Mundial que abalaria a estrutura do regime. Ao Rei Constantino, afastado em 1917, sucedeu Alexandre, seu segundo filho, que contou com o apoio de um dos maiores nomes da vida pública grega, o Primeiro-Ministro Eleutherios Venizelos. Alexandre morreu em outubro de 1920 e, no mês seguinte, Venizelos perdeu o contrôle da situação. A 20 de dezembro daquele mesmo ano, Constantino foi reposto no trono sobe grande emoção nacional. Em janeiro de 1921, a ocupação de Smirna, na Anatólia, por fôrças gregas, deu origem a uma catastrófica disputa com a Turquia 1921-1922. Constantino, responsabilizado pelo desastre, abdicou em favor do Príncipe Jorge, depois Jorge II. Um ano depois, todavia, a junta revolucionária do Gen. Plastiras convencia o nôvo monarca a deixar o país. Essa junta renunciou em janeiro de 1924 e, em março, a República foi proclamada, sendo confirmada pelo plebiscito nacional de abril. Seu primeiro presidente foi o Almirante Pavlos Koundouriotis, herói das guerras balcânicas.
Koundouriotis foi logo deposto 1926 pelo Gen. Theodoros Pangalos, que, por sua vez, viu-se derrubado, naquele mesmo ano, pelo golpe de Estado do Gen. Georgios Kondylis. Êste convocou novas eleições e recolocou Koundouriotis no poder. Em face da gravidade da situação política, Venizelos foi novamente chamado para o cargo de primeiro-ministro em 1928 e, um ano depois, Alexandre Zaimis foi eleito o nôvo presidente. A República parecia ganhar estabilidade e apoio popular, mas, em verdade , era profunda a dissensão entre as correntes políticas antagônicas. A posição de Venizelos foi muito abalada pela crise financeira de 1932, e uma transformação no sistema eleitoral deu ensejo à formação de diversos grupos que passaram a disputar o poder. Duas facções sobrepujaram as demais: a dos populistas, sob liderança de Panayiotis Tsaldaris e que não disfarçava sua intenção de restaurar a monarquia; e a dos liberais, chefiada por Venizelos e que se batia pela reeleição de Zaimis no pleito de 1934.
Em março de 1935 malogrou um golpe de Estado cujo objetivo era colocar Venizelos no poder e frustrar as pretensões realistas. Isto significou o fim da carreira política de Venizelos, tornando certo o retôrno de Jorge II, o que de fato ocorreu em fins de 1935. A monarquia foi restaurada, e a Constituição de 1927, substituída pela de 1911. A Grécia muito sofreu com a ocupação nazista durante a II Guerra Mundial quando o Rei Jorge II viu-se obrigado a partir para o exílio. Terminado o conflito, era flagrante a ascensão da influência dos comunistas, que, entre 1946 e 1949, chegaram mesmo a instalar um governo provisório nas montanhas setentrionais. Por algum tempo, os destinos da nação estiveram entregues ao arcebispo de Atenas, Dimitrios Papandreou, mas, em 1946, um plebiscito decidiu pela volta de Jorge II. Este pouco sobreviveu, sendo sucedido, em 1947, por seu irmão Paulo. A Grécia passou então a receber ajuda maciça dos E.U.A. para conseguir alcançar seus objetivos quanto a um equilíbrio econômico-financeiro. Apesar disto, ao longo dos últimos 20 anos, o país vem tendo de enfrentar sucessivas crises políticas e internacionais. A questão de Chipre, por exemplo, tem contribuído muito para a debilitação do regime, já de si conturbado por graves distúrbios internos. As eleições de 1964 deram significativa maioria parlamentar a Georgios Papandreou; nesse mesmo ano, entretanto, morreu o Rei Paulo, que foi sucedido no trono por seu filho Constantino. O nôvo monarca demitiu Georgios Papandreou, substituindo-o por seu filho Andreas, e, em dezembro de 1966, autorizou Ioannis Paraskevopolos, presidente do Banco Nacional, a formar nôvo gabinete. Em março de 1967 o govêrno renunciou, assumindo como primeiro-ministro Panayotis Kanellopoulos, líder da União Radical Nacional. O Parlamento foi dissolvido a 14 de abril, a 21 um grupo de militares derrubou o govêrno, aparentemente à revelia do rei, ocupando Atenas. Sob pressão, Constantino II concordou em apoiar o nôvo regime, chefiado por Konstantinos Kollias. A 13 de dezembro, após uma tentativa frustrada de retornar o contrôle da situação, o Rei Constantino abandonou o país. Tornou-se primeiro-ministro o Cel. Georgios Papadopoulos, sendo o Gen. Georgios Zoitakis nomeado para a regência do trono. Em 1968, após o plebiscito de setembro foi promulgada a nova Constituição."
Fonte; net
Saintclair
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