Pedido de ajuda
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Pedido de ajuda
Boa tarde caros,
Faz uns cinco anos que tento terminar a árvore da minha familia da Madeira da parte do meu avô paterno com o apelido Da Silva Ganança.
Consegui ir até 1617 graças ao Arquivo Regional da Madeira, mas nunca consegui finalizar a árvore pois o meu bisavô nasceu no Brasil, de seu nome João da Silva Ganança, filho de Manuel da Silva Ganança e de Virginia de Jesus (Augusta ou Da Silva em outros registos),
Encontrei o óbito de Virginia Augusta, casada com Manuel da Silva e sendo os pais João Fernandes e Dolvina Fernandes ( nome original Ludovina). A restante informação coincide, mãe de quatro filhos e natural de Portugal, bem como a idade.
Na semana passada numa pesquisa ao acaso no Family Search encontrei a seguinte informção:
João Pedro, filho de Manoel Lucio da Silva e Regina Augusta, neto paterno de Manoel Lucio da Silva e Maria Silvéria ( o nome do avô é apenas Lucio da Silva Ganança e o nome avó o mesmo), neto materno de João Fernandes e Ludovina Augusta (como consta em outras certidões de Portugal).
A minha questão é a seguinte, poderá ser a troca do nome Virginia por Regina um erro de audição por parte Padre que faz o assento de nascimento?
Também a atribuição do nome Lucio a Manuel pai de João e a atribuição do nome Manuel a Lucio avó paterno de João outro erro de comunicação?
Na vossa experiencia qual a probabilidade de naquela época haver duas pessoas com mesmo de pais, avós materno e paternos iguais?
Desde já agradeço a vossa atenção, ficando muito grata por qualquer ajuda prestada, pois caso a informação seja correcta vou finalmente finalizar o ramo da familia da Madeira.
Atentamente,
Patricia M
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RE: Pedido de ajuda
PatriM,
No tempo dos seus trisavós Manuel da Silva Ganança e Virgínia (Augusta) de Jesus (da Silva) era NORMALÍSSIMO trocarem-se os nomes por diminutivos, e acrescentar alcunhas aos apelidos.
Lembre-se que não havia documentos. As pessoas não andavam de Bilhete de Identidade, carta de condução, cartões de crédito, etc. Portanto os nomes próprios e apelidos eram citados de memória, e de VIVA-VOZ.
Você não o disse, mas vou assumir que as DATAS e LOCAIS são coincidentes.
Se o seu 4º avô se chamava Lúcio e o seu trisavô se chamava Manuel, chamar a ambos de Manuel-Lúcio até é um erro menor.
Trocar Regina por Virgínia, apesar de ser um bocadito forçado, é perfeitamente possível.
Tal como trocar Ludovina com Dolvina (?!).
Portanto, bastava que os seus antepassados tivessem o típico sotaque cerrado dos *madiranses*, e o padre ser do *contnente* ou um bocadinho duro de ouvido, para justificar esses erros. :-)
Portanto, se bem entendi, aquele JOÃO PEDRO seria irmão do seu bisavô JOÃO. É isso?
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RE: Pedido de ajuda
Luis K.W,
era ai que queria chegar! O baptismo ocorre no Rio de Janeiro em 1895, logo o sotaque madeirense junto de um padre brasileiro poderia ter alguma influencia na troca de nomes.
Ainda que tenha como data de nascimento do meu avô 24 de Junho de 1891 o que me parece uma grande coincidência também pq a data de nascimento do meu trisavô é precisamente 24 de Junho como consta no passaporte. Neste registo o nascimento diz ser em Março do mesmo ano (1895) e o baptismo em Agosto
A minha questão é se não será também muita coincidencia duas pessoas terem exactamente os mesmos nomes de pai (visto que o da mãe será uma incognita mas que me parece válido), avós maternos e avós paternos?
E não, aquele João Pedro seria mesmo o meu bisavô João, pois aquando do óbito da minha trisavó ela deixava 4 filhos, 3 nascidos em Portugal e o meu bisavô nascido no Brasil.
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RE: Pedido de ajuda
O óbito da minha trisavó ocorreu também no Brasil em 1896, o do meu trisavô ainda não encontrei.
Há outra situação que não consigo desvendar, o casamento do meu bisavô na Madeira, tem um averbamento do Ministério dos Negócios aquando do seu óbito e que o MNE não me sabe explicar o que seja. Tem ideia do que possa ser?
Grata pela sua ajuda,
Patrícia
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RE: Pedido de ajuda
PatriM,
O seu Bisavô foi baptizado no Rio de Janeiro em 1895.
O averbamento do MNE no registo de casamento na Madeira AQUANDO DO ÓBITO, parece-me natural, uma vez que não existe por cá um registo de nascimento... (admitindo que ele tinha a nacionalidade portuguesa).
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RE: Pedido de ajuda
Luis, não tinha nacionalidade portuguesa nem nunca teve bilhete de identidade. Tanto que quando se casou teve que fazer prova de identidade com quatro testemunhas para poder casar. Não sei como teve tantos negócios na Madeira sem nunca ter tido uma identificação. Entre eles o Hotel Miramar e uma casa de chá em tempos famosa da qual não me recordo a localização.
Viver até 1974 sem documento de identidade parece-me algo que seria complicado na altura.
Segundo o Arquivo Regional Da Madeira, o averbamento do MNE é a comunicação do óbito ao Rio De Janeiro, mas não saberem para onde o comunicaram é que me parece estranho.
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RE: Pedido de ajuda
Luis,
no registo de casamento consta o averbamento de um boletim nº 114 maço 6 de 1975 que é o envio do óbito desde o continente até ao Funchal e que me foi confirmado pelo Arquivo Regional da Madeira.
No fim do registo encontra-se o averbamento do boletim nº120/75 O/N ao MNE. Estranho que ninguem no MNE saiba o que seja. Pela lógica e sendo o meu bisavô brasileiro será a comunicação do óbito de um cidadão estrangeiro que que na altura era o MNE que comunicava ao pais de nascimento os óbitos. Mas o MNE não saber o que consta...
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RE: Pedido de ajuda
Cara Patrícia M.
A sua mensagem deixou-me muito curiosa por eu própria, no passado, ter tido imensas situações como a sua. E imediatamente, a partir dos seus dados, tentei construir uma mini árvora para eu mesma perceber se poderia haver outra interpretação. A árvore não consegui que fosse inserida aqui no forum, possivelmente por incompatibilidade de programas mas a Patrícia poderá tentar fazer o desenho de uma, com os dados que forneceu.
Onde eu queria chegar é ao seguinte:
1 Na minha própria família e só para lhe dar um exemplo, tenho quatro mulheres distintas: Raquel Maria, Maria Raquel, Raquel Felismina, Felismina Raquel, todas irmãs, filhas do mesmo pai e mãe, com o mesmo apelido, com filhos de nomes idênticos. Se não estivesse familiarizada com os nomes de família e lhe aparecesse um registo destes, o que iria pensar à partida? Que teria havido alguma confusão ou deficiente interpretação dos nomes? Podia ser. Contudo, são todas pessoas distintas!
2 A interpretação dada pelo confrade Luís está absolutamente certa, pode ter havido erros de interpretação, motivados pelo sotaque ou não. Isso foi/é muito frequente e eu mesma tenho casos desses na minha genealogia.
3 Esteja de mente aberta para outras soluções como, por exemplo, a da árvore que lhe falei em cima. Haverá qualquer hipótese de se tratar de duas irmãs?...com filhos de primeiro nome João? Não se admire, eu mesma tenho situações mais intrincadas que esta, a título de exemplo:
António Rodrigues, sapateiro, casado co Maria Rodrigues; ela Maria Rodrigues casou segunda vez com outro António Rodrigues, também sapateiro e ambos da mesma terra!!!!. Dos dois casamentos teve vários filhos, de entre os quais 2 Antónios!!! Só fiquei a sabe bem o que aconteceu quando um dos filhos fala do segundo casamento da mãe e dos meios irmãos!!!
Como vê, tudo é possível.
Boa sorte para as suas investigações.
Maria
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