Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
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Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
Olá, alguém sabe informar se existe em Portugal alguma fonte de consulta dos emigrantes que foram para o Brasil nos séculos XVIII, XIX e XX?
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
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RE: Localizar antepassado em Coimbra 27-06-2013, 23:42
Autor: Marcelo Simões [responder para o fórum]
Oi, busco informações de meus antepassados em Portugal, mas sei muito pouco.
Um irmão de meu bisavô chamava-se Abel Simões. Meu bisavô Manoel Simões conta que o Abel Simões era ciclista no início do século passado e que eram de Coimbra. Não sei ao certo se nascidos em Coimbra ou não.
Temos uma fotografia com o Abel Simões junto a uma bicicleta de corrida e no verso consta "Coimbra - 1907".
Hoje recebi imagens do jornal Resistência - Coimbra, datados de 1905 onde consta em matérias de corridas de bicicleta o nome Abel Simões. Imagino ser ele, pois são algumas coincidências (Abel Simões - Coimbra - Ciclismo - datas).
Tentei sem sucesso localizar referências ao Ciclo Clube de Coimbra, pois imagino que ele deveria ser associado. Acredito que existam registros dos associados, mas onde estarão? Se minha pesquisa está correta esta associação foi encerrada quando da criação da Federação.
Enviei e-mail a Federação Portuguesa de Ciclismo hoje. Em 2012 enviei também, mas não obtive resposta.
Abel Simões e Manoel Simões são filhos de Joaquim Simões. Este quando veio para o Brasil (sozinho) trabalhava como relojoeiro. Meu pai ouvia falar nos relógios Ômega, mas não sabe se trabalhou com estes relógios aqui no Brasil ou em Portugal.
Manoel Simões era cerâmico aqui no Brasil. Imagino que também era antes de vir para cá. Casado com Maria José Fernandes Simões.
Estas informações de nomes e grafias me foram informadas por meu pai, mas não possuo ainda nenhum documentos comprobatório. Em 10 dias estarei com cópia de certidão de nascimento de meu avô, filho de Manoel Simões e neto de Joaquim Simões e espero conseguir comprovar ao menos os nomes.
Se alguém puder me ajudar nesta busca sem muitos elementos agradeço imensamente.
Grato.
Marcelo Simões
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RE: O NASCER CICLISMO PORTUGAL
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Século XIX. Meados dos anos 80. As carruagens apinham-se à entrada do Hipódromo de Belém. Descem dos assentos forrados a veludo parisiense, as figuras mais proeminentes da sociedade lisboeta. Entre eles, está Carlos da Maia, que veio ao Jockey Club assistir à famosa corrida de cavalos. Um estrangeirismo numa situação assim fica sempre bem, "é chique a valer", como diria prontamente Dâmaso Salcede. Eça de Queirós escreveu umas das mais críticas e brilhantes passagens da literatura portuguesa, mas estava longe de imaginar que o mesmo local que usara n''"Os Maias" serviria, anos mais tarde, para abrigar um acontecimento pioneiro em Portugal.
1885. O Real Ginásio Clube prepara a preceito um festival de atletismo que vai dar que falar. Os homens em cima das bicicletas escondem o nervoso miudinho em gargalhadas abafadas atrás dos bigodes farfalhudos - muito em voga naquela época. O tiro da pistola dá início à primeira competição de ciclismo em Portugal. Dividiram-se por escalões os diâmetros das rodas das bicicletas: menos de 48 polegadas, 52 polegadas e 54 polegadas, e ainda aquelas em que a roda dianteira é muito superior à de trás. Depois disso, houve ainda tempo para demonstrações circenses. A prova de habilidade determinaria quem era o concorrente mais completo, ou seja, o ciclista teria de efectuar um percurso de 100 metros sem pôr os pés no chão. Surpreendentemente ou não, ganhou Herbert Dagge, o principal promotor da corrida.
A jornada foi um sucesso e novas ideias, para aventuras semelhantes, brotaram como cogumelos. Nos anos seguintes o ciclismo português expande-se a olhos vistos. Era preciso subir o grau de exigência, o povo juntava-se nas bermas da estrada para ver a novidade passar. Desta vez a empreitada foi mais ambiciosa: um passeio de longa distância com o objectivo de ligar Lisboa e Porto. A prova durou 32 horas, numa média de 11 quilómetros por hora, com vários percalços pelo caminho. O arcaísmo das bicicletas e o mau estado das estradas, geralmente de terra e pedra, fizeram com que inúmeros pneus furados e rodas empenadas tivessem de ser urgentemente trocados. Os cães que corriam desconfiados atrás das bicicletas atirando, por vezes, os corredores ao chão, e a falta de civismo dos outros utentes das estradas, também não facilitaram a tarefa.
Dia 12 de Abril de 1897,José Bento Pessoa chama a atenção dos Espanhóis!..Em cima de uma Raleigh, uma bicicleta de corrida a "cair de podre", está confiante que pode cortar a meta com ela inteira. Todos os outros apresentam modelos mais evoluídos. O jovem ciclista de bigode pontiagudo nasceu na Figueira da Foz, 23 anos antes da corrida que o consagrou como a primeira figura do ciclismo português. Os companheiros de corrida perdem-no de vista a meio do percurso e só o voltam a ver em Villacastín, a festejar a vitória com cinco minutos de avanço sobre o segundo classificado, Juan Sugrañes. Depois de um começo brilhante (recebeu 750 pesetas), o ciclista ganha mais de 70 corridas em Espanha e lança--se em diversas provas em solo português (Lisboa, Porto, Famalicão e Bucelas). As conquistas valem-lhe um convite para trabalhar na loja do lisboeta Manuel Beirão, representante das bicicletas Brennabor. Bento Pessoa foi o primeiro português a ser campeão em Espanha e um dos mais aclamados ídolos da Península Ibérica.
http://3.bp.blogspot.com/-J00IDnRA3k0/UKQHbJ8NoQI/AAAAAAAACdw/WyEnbRbFBUs/s1600/bento+pessoa.jpg
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Fonte;Wikipédia
HRC
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
Caro confrade Marcelo
Pode experimentar na caixa de pesquisa , a pessoa que procura chegada no Brasil .
http://www.museudaimigracao.org.br/acervodigital/passageiros.php
Saudações genealógicas
Joaquim R.
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
Caro confrade
Preciso de ajuda, para encontrar dados sobre a emigração do meu tio avô Cosme do Carmo Cardosos, para o Brasil. Tenho a informação de que a partir de 1911, ele deixou o serviço, era chefe de clínica médica num hospital do Porto, casado com Ophélia Santiago. Tenho o pedido de passaporte do mesmo Cosme do Carmo Cardoso, em 28.10.1924, mas entretanto, tenho uma autoização do meu tio avô Cosme, de Outubro de 1913, enviada do Pará, Brasil, a dar autorização para que a esposa se junte a ele. O passaporte de Ophélia Santiago foi pedido a 28.10.1913. Há uma diferença de 11 anos, entre os passaportes, possivelmente o meu tio, deve ter pedido um antes.
Já fui ao site do emigrante, mas não consigo aceder a qualquer dado.
Obrigada.
Maria Adriana Figueiredo
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
Caro Joaquim,
Esta listagem eu já consultei anteriormente, porém sem sucesso. É uma listagem realizada aqui no Brasil quando da chegada.
Eu procuro alguma listagem aí em Portugal quando do embarque dos emigrantes.
Saudações
Marcelo Simões
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
Listas não conheço, só os pedidos de passaportes. De Coimbra estão aqui:
https://familysearch.org/search/image/index#uri=https://familysearch.org/records/collection/1928596/waypoints
Mas são inúteis se não souber quando foram feitas as viagens, até porque nada garante que os pedidos de passaporte tenham sido feitos em Coimbra...
Tem alguma informação sobre essas viagens: de onde partiram, para onde, quando, em que navio?
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RE: Listas em Portugal de emigrantes para o Brasil
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RE: Na Rota da Roda 26-06-2013, 03:29
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] -
Foi há mais de 120 anos que surgiu a primeira bicicleta prática, leve, perfeita e de manejo fácil. Depois
da invenção dos rolamentos sobre esferas, de aros de madeira, das câmaras de ar e da corrente dentada
Simpson, estava-se em condições de produzir uma máquina com apenas 10 quilos e capaz de grande
velocidade, isto é, multiplicar quatro vezes mais a velocidade do homem, quando o primeiro automóvel fazia
15 quilómetros por hora.
Com semelhante invento, para os países pobres como o nosso, o ciclismo representava uma solução económica, viável e prática para o transporte individual. Contudo uma bicicleta custava 15 mil réis em 1897,
o que devia ser uma importância avultada para a época.
Em 1904, anunciava-se na imprensa de Lisboa a venda de bicicletas a 80 mil réis podendo estas serem
adquiridas pela modalidade de prestações semanais de mil réis, isto é, dez tostões. Assim visto à distância,tal
montante prece irrisório. Mas a verdade é que, na altura, um bom operário. qualificado e sobressaindo da
média, estava cotado na ordem dos 400 a 5oo réis diários [ quatro ou cinco tostões ], necessitando de cinco
meses de trabalho para possuir uma bicicleta.
Como seria tratando-se de um trabalhador rural?. Recordo-me da minha mãe contar que, na monda, ganhava
meio tostão por dia.
Como se vê, uma bicicleta não estava ao alcance de uma bolsa média. Os direitos alfandegários que incidiam
sobre os velocípedes eram uma das causas que elevavam fortemente o custo do veículo de duas rodas.
Para além de todas as despesas que normalmente recaíam sobre qualquer produto importado, estavam os
excessivos 27% de imposto que a alfandega cobrava. Isto sem que houvesse uma politica de protecção a
exercer, pois não existiam fábricas nem produção nacional a proteger. Mesmo quando apareceu a única
fábrica que nesses começos do ciclismo fabricou bicicletas, como utilizou componentes estrangeiros, pouco
contribuiu para o desenvolvimento da velocipedia.
As ajudas e o progresso resultaram de outros esforços e nunca de quem ele deve vir, como já é tradicional.
Como desporto,o ciclismo desenvolveu-se no nosso País nos finais do século XIX, mais por via dos franceses
que aqui entraram e promoveram a sua introdução, quando desde 1870 já tinha um grande desenvolvimento
em Inglaterra.
A União Velocípédica Portuguesa nasceu no dia 14 de Dezembro de 1899 e até então os Portugueses que
entravam em competições internacionais, como aconteceu com José Bento Pessoa que, em 1897, quando
Portugal ainda competia como uma província Espanhola, por não ter uma Federação que o representasse em
provas internacionais, ganhou uma prova e bateu o recorde mundial dos 500 metros em velocidade, que estava
em poder do Francês Jaquelin, e depois, em Genebra, venceu o célebre Champion que o havia desafiado.
Também D. Sebastião Herédia conseguiu a proeza de,em 23 corridas que fez em Paris, ganhou 20 primeiros
lugares, colocando a União Velocípédica Espanhola, onde estava inscrito por falta de uma congénere Portuguesa e por determinação superior da União Internacional, em destacado plano na prática do ciclismo de
competição.
Houve ainda José Diogo de Orey, Manuel Ferreira, António Gonçalves Marques, entre outros que ganharam várias provas no estrangeiro.
Raul de Oliveira, pode ser apontado como o criador da versão Portuguesa do " Tour ". Utilizando capital seu,
organizou em 1923 aquela que seria um simulacro da Volta que foi a Primeira Volta a Lisboa. A Primeira volta
a Portugal teve inicio em 26 de Abril de 1927 e nela tomaram parte 42 concorrentes- 24 de categoria dos " fortes ", 12 na dos " fracos " e 6 na de " militares ". Terminou no dia 15 de Maio, com apenas 27 concorrentes e com a vitória de António Augusto de Carvalho,em representação do Carcavelos, a cujo clube pertencia o
vencedor da categoria dos " fracos ", António Marques.
Quando a prova entrou no Alentejo, o caminho teve que ser assinalado com bandeirolas, pois só assim se
podia evitar que os corredores pedalassem pelos caminhos da charneca, entrassem pelos montes e corressem
por trilhos privados, por estes serem tão idênticos às estradas que então tínhamos nesta província.
Artigo escrito por; Mariano Sabino dos Santos-Ponte Sôr, para o Jornal Horizonte de 01/01/2012
HRC
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