E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

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E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331851 | josemariaferreira | 02 lug 2013 22:52

???

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331853 | pedrolx78 | 02 lug 2013 23:36 | In reply to: #331851

Crónica de uma Morte Anunciada. Pior que 'só' estar morto- é estar morto, e não se saber que se morreu!

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331858 | A. Luciano | 03 lug 2013 02:21 | In reply to: #331853

E Agora)? Os políticos ainda não sabem e os governados já se esqueceram.

Pois é. Essa Crónica lembra-me irresistivelmente a historieta pedagógica da velhinha que quando todos gritavam "Morte ao Rei" esganiçava-se num "Longa vida ao Rei". Instada a explicar-se limitou-se a dizer que conhecera o avô do Rei, depois o Pai, pior do que o Avô, depois este, pior do que o Pai.

Se procurarmos culpas - apenas da crise financeira pois a determinante, a dos valores, não será aqui discutível - depois da rígida disciplina de Salazar que manteve o preço do papo-seco a quatro tostões por, salvo erro, 19 anos, podemos começar por Marcello que começara por conceder a reforma aos rurais que não tinham efectuado descontos - medida em si justíssima - mas que não consignou verbas específicas para esse encargo deixando assim um pequeno buraco orçamental, à incapacidade para gerir as consequências do choque petrolífero dos anos 70 com o "pico" no embargo dos países da OPEP em 1973 que não terá sido a causa primeira do 25 de Abril mas foi certamente uma das mais importantes causas para o descrédito geral de um regime esgotado e que já não tinha ninguém a defendê-lo.
Depois foi a estória da velhinha. Sempre a piorar.
Basta lembrar que em 1975 Portugal tinha cerca de 200 mil funcionários públicos e hoje tem cerca de 700 mil. Dessa época relevo as "reformas" do dr. Soares que passou os gabinetes ministeriais de 3 funcionários fixos para os 10 a 20 assessores e quase igual número de motoristas mas sobretudo a "descolonização exemplar" que de Angola fez retornar enorme número de funcionários, esta a maior "obra" do dr. Álvaro que conseguiu transferir as riquezas disponíveis - o petróleo americano de Cabinda era indisponível e ninguém lhe tocou - para o império russo e os encargos com pessoal para o governo português.
O primeiro descalabro foi gerido pelo dr. Soares em coligação com o CDS - com um ministro das Finanças excepcional, Ernâni Lopes - e a medida então encontrada, uma desvalorização de "grosso modo" 20%" não foi socialmente menos gravosa do que as actuais do ministro Gaspar mas passou mais despercebida por se dirigir aos preços a não a ordenados e pensões.
Depois foram os anos de ouro. Cavaco garantia que podíamos viver como os alemães, tendo mais férias, menos horas de trabalho e menos disciplina laboral e social. Os portugueses podiam gastar à vontade em automóveis e telemóveis. Havia crédito fácil para habitação nova mas não havia para reabilitação e as rendas continuaram praticamente congeladas. O resultado está à vista: cidades-satélites sem condições de habitabilidade e transportes para os locais de trabalho quer rodoviários quer ferroviários saturados enquanto os centros histótricos das cidades se despovoam e definham entregues a uma crescente e imparável marginalidade. Entre outras originalidades "descentralizou-se" por um lado mudando as secretárias do Terreiro do Paço para as Avenidas Novas e criando as Direcções Regionais, mais um orgão intermédio de conquista partidária que atrasa as decisões e fomenta a corrupção.
Também se descentralizou atribuindo alguns encragos às autarquias - por exemplo transportes escolares - e que seriam compensadas por uma percentagem do IVA que nunca chegou a ocorrer. O resultado está à vista: autarquias que não têm indústria, sejam ricas como Cascais, sejam pobres como Salvaterra de Magos, tiveram de subsistrir com a venda de alvarás de construção, destruindo a paisagem e degradando a vida dos moradores, onde passear perdeu qualquer interesse, circular or parquear tornou-se pesadelo ou, pelo menos, forte incómodo.
Contrastando com Espanha que - com as mesmas regras, não discutindo aqui se houve incumprimento - utilizou verbas da então CEE para renovar a frota de pesca - hoja salvo erro a quarta do mundo logo a seguir à russa - enquanto em Portugal, serviram para pagar reformas aos pescadores e compensações aos armadores por abate de embarcações. Pagava-se aos agricultores para produzir milho em terras inadequadas de areias - condenados à falência a prazo pois nunca poderão substituir os "pivots" quando estes terminarem a vida útil - enquanto se pagava a agricultores de várzeas e terras ricas para não produzirem, o "set-aside" obrigatório. A lista continuaria por longo tempo.
Mais recentemente e sempre piorando, Guterres e o celebrado "Rendimento Social de Inserção" rematando com o descalabro de Sócrates.

Pior que "só" estar vivo, é estar vivo e ter já esquecido o passado. Pior ainda é estar vivo e contente com a morte anunciada do Rei sem ter a menor noção do que virá a seguir.
Cavaco, como diz o Castle à Beckett, sempre! Agora perfila-se o regresso dos P.Salafrários, se necessário com uma mãozinha do Portas, que para isso já abriu a porta.

Tenha uma boa noite.

A. Luciano

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#331859 | AIRMID | 03 lug 2013 03:04 | In reply to: #331851

Suponho que agora, alguns já tenham percebido, que quem controla as Secretas que os "educam" e lhes pagam para destruir Portugal, lhes retirou o tapete.
Mas como o Processo de Destruição em Curso, ainda não terminou, calcula-se, a quem tenha sido entretanto estendido, o maldito tapete.
Mais de 500 anos de inferno!
Sendo os últimos 40, da mais completa estupidificação!

Airmid

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331862 | roz | 03 lug 2013 08:29 | In reply to: #331858

Bom de mim fará quem depois de mim virá..........

Rosario

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331863 | cardosodoamaral | 03 lug 2013 08:33 | In reply to: #331858

Caro Confrade A. Luciano

Verdade nua e crua.

Texto sucinto e contundente, mas que retratou e retrata a realidade.

Será que esta gente que nos (des)governa não lê "História"?

Não há fatos iguais aos de outrora, mas alguns são bem semelhantes. As variáveis que mudam são poucas, nesta infinita equação.

Bem haja pelo texto.

Cordiais cumprimentos

Adelino

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331865 | josemariaferreira | 03 lug 2013 10:04 | In reply to: #331859

...

Somos um país milionário, a sua história não podemos ignorar. Como é possível ciclicamente cair sempre nos mesmos erros???

Nunca se deve meter o dinheiro à frente das pessoas, porque o dinheiro mata, porque o dinheiro cega…

Não foi para isto que D. Afonso Henriques fundou Portugal!!!

Ele bem simbolizou com as Cinco Chagas e os Trinta Dinheiros…


Zé Maria

...

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331867 | Sérgio Sodré | 03 lug 2013 10:22 | In reply to: #331865

D. Afonso Henriques nada simbolizou com cinco chagas e trinta dinheiros..., isso são arranjos e interpretações posteriores... Talvez os cinco escudos sejam do tempo de D. Afonso Henriques (de certeza são de 1189, já D. Sancho) e talvez sejam alusivos aos "cinco reis mouros"..., já os trinta dinheiros são lenda bem posterior, porque as quinas (apenas quando cada escudo só tem cinco besantes) só surjiram bem mais tarde...

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!

#331870 | HRC1947 | 03 lug 2013 11:04 | In reply to: #331867

-
...Mal dos vivos, ... quando têm
que se lembrar dos mortos ...
HRC
.

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RE: E agora? Os políticos ainda não sabem o que aconteceu!!!

#331876 | pedrolx78 | 03 lug 2013 12:05 | In reply to: #331858

Caro A. Luciano,

Se viesse só do tempo do Salazar!

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