A família Arede de Oliveira de Frades.
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A família Arede de Oliveira de Frades.
Caros Senhores:
Tenho um antepassado chamado Manoel António de Arede que nasceu na freguesia de São Tiago do Préstimo (pertencente ao actual concelho de Águeda) no ano de 1756.
Manoel António de Arede era filho legítimo de Frutuoso Simões de Arede, natural da vila e da freguesia de São Tiago do Préstimo, e de sua mulher Domingas Josefa de Arede.
Domingas Josefa de Arede era natural do lugar de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, Bispado de Viseu, concelho de Oliveira de Frades.
Domingas Josefa de Arede era filha de José Domingues, natural do lugar de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, Bispado de Viseu, e de sua mulher Maria Nunes, natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas (pertencente ao actual concelho de Sever do Vouga).
Na certidão de baptismo de Maria de Arede (irmã de Manoel António de Arede) se pode ler que a sua mãe, Domingas Josefa de Arede, era natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas, e que o pai desta, José Domingues, também era natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas.
O Arquivo Distrital de Viseu me disse que nos livros de registos de baptismo da freguesia de Destriz, concelho de Oliveira de Frades, entre os anos de 1716 e 1738, não foi encontrado o registo de baptismo de Domingas Josefa de Arede, filha de José Domingues e de Maria Nunes.
Por sua vez, o Arquivo Distrital de Aveiro me disse que não foi encontrado o registo de baptismo de Domingas Josefa de Arede nos registos de baptismo da freguesia das Talhadas referentes aos anos de 1716 a 1738.
Afinal, aonde é que está o registo de baptismo de Domingas Josefa de Arede? Ela terá nascido num distrito diferente?
O que eu já constatei há muito tempo foi que os párocos que redigiram os registos de baptismo entre os séculos XVI e XIX discriminaram as pessoas humildes, pois não se preocupavam mesmo nada ou se preocupavam muito pouco com a exactidão ou veracidade dos nomes e da naturalidade dos pais e dos avós paternos e maternos das pessoas que baptizavam. Além disto, estes mesmos párocos atribuíam às pessoas humildes que baptizavam (na maioria dos casos) somente um ou dois nomes próprios e, por vezes, um nome próprio e somente um apelido. Deste modo, é impossível ou quase impossível os descendentes destas mesmas pessoas tentarem saber quem foram realmente os seus antepassados devido a estes actos discriminatórios imperdoáveis cometidos por estes mesmos párocos. Em contrapartida, em relação às crianças filhas de pessoas nobres (assim como às crianças filhas de pessoas ricas ou até mesmo filhas do próprio clero), estes mesmos párocos não se esqueciam de qualquer tipo de dados ou pormenores relacionados com os pais e os avós da criança baptizada filha desses nobres e, inclusivamente, davam à mesma criança baptizada 8, 9 ou até 10 apelidos, além de vários nomes próprios.
Será que os anarquistas espanhóis tinham razões para incendiarem igrejas católicas no tempo da Guerra Civil Espanhola exactamente devido ao facto do clero espanhol ter andado centenas de anos coligado com as pessoas mais ricas e poderosas, desprezando, desse modo, as pessoas mais humildes em todos os aspectos, apesar do mesmo clero dizer o contrário nos sermões pregados nas missas?
Portanto, se existir algum participante deste Fórum que possua informações acerca da família Arede do lugar de Silvares da Balça (ou mesmo de todo o concelho de Oliveira de Frades), freguesia de S. Maria de Destriz, concelho de Oliveira de Frades, que me forneça essas mesmas informações, se for possível, como é evidente. Agradeço desde já por essas possíveis informações.
Julgo que o principal genealogista português que tem estudado as origens da família Arede portuguesa é o Arquitecto Luís Soveral Varella. Este genealogista tinha um Web site que procurava recolher dados sobre a família Arede com o objectivo de fazer um estudo exaustivo sobre esta mesma família. Nunca mais tive informações sobre este assunto. É provável que este mesmo Web site fosse desactivado, pois eu nunca mais o encontrei na Internet.
Respeitosamente,
Joaquim José de Almeida Tavares
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RE: A família Arede de Oliveira de Frades.
Confrade
Penso que se está a precipitar. A investigação genealógica, como qualquer investigação científica, deve manter-se rigorosa e objectiva, não podendo basear-se em especulações e, muito menos, concluir a partir de sentimentos e opiniões subjectivas e tendenciosas. Tem de ser justamente fundamentada. Não é minha intenção defender aqui qualquer grupo social - o eclesiástico ou outro. Todos deram contributos positivos e negativos. Apenas pretendo esclarecer alguns pontos.
Os párocos, no registo de baptismo, apenas especifivam, para todas as classes sociais, o nome próprio do baptizando. Cabia aos próprios, aquando do casamento ou quando alcançavam independência económica, escolher os apelidos a usar. Era uma escolha, arbitrária, que até podia mudar ao longo da vida. Filhos dos mesmos pais podiam ter nomes diferentes. Os responsáis pela escolha eram eles, não os párocos. Ter vários, até muitíssimos apelidos, é uma moda tardia. Dificilmente, muito dificilmente, encontrará essa situação na época a que se refere. O comum era um apelido, quando muito dois. Trata-se de uma moda pela qual não pode responsabilizar os párocos. E não é por ter muitos ou poucos nomes que terá dificuldades nas suas investigações genealógicas.
Focando, agora, o caso dos Arede. O investigador, já falecido, padre João Domingos Arede, publicou no extinto «Arquivo do Distrito de Aveiro» em 1948, um artigo intitulado « Judeus ou hebreus do Caramulo». Eu mesma encontrei, nos registos paroquiais de Arrancada do Vouga, umna família Arede, pelo menos no séc. XVII. Ou seja, circulavam por toda aquela região, o que lhe irá exigir alguma paciência. Mas, isso faz parte do espírito científico. Pode ser que, quando os registos estiverem todos online lhe seja possível investigar melhor, pessoalmente.
Maria Ribeiro
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RE: A família Arede de Oliveira de Frades.
Caro Joaquim,
A sua investigação desperta-me muito interesse, pois tenho alguns de Arêde na minha árvore, aliás a minha mãe nasceu no Préstimo e foi criada entre Fiais (Campia) e Seixo (Talhadas), sendo que tenho no Seixo o essencial das minhas raízes maternas - e vou lá muitas vezes visitar familiares que ainda lá residem.
Não tenho resposta específica, infelizmente, mas apontei os dados que forneceu e não deixarei de informar caso "tropece" nesses seus antepassados.
Não hesite em contactar-me, é possível que tenhamos alguns antepassados comuns.
Com os meus melhores cumprimentos
Miguel
(miguel ponto padeiro arroba gmail ponto com)
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RE: A família Arede de Oliveira de Frades.
Estimada Maria Ribeiro:
Estive a escrever uma longa mensagem (não ininterruptamente) para si que começou ontem (21-4-2014) à tarde e se prolongou durante o dia de hoje (22-4-2014), mas infelizmente no momento em que eu ía para enviar a mesma mensagem o meu fornecedor de Internet impediu que eu a enviasse através de um mecanismo que eles utilizam frequentemente. Este Web site não consegue guardar as mensagens (ou os rascunhos) enquanto estão a ser escritas e, desse modo, eu não consegui guardar essa mensagem em lado nenhum, pois o meu computador também não a conseguiu guardar. A única coisa que ficou gravada foi unicamente a sua mensagem e não tudo aquilo que eu já tinha escrito. Agora, vou demorar algum tempo para reconstruir quase tudo aquilo que eu escrevi, pois a mensagem era bastante longa e a minha memória não a consegue reconstruir de um momento para o outro e, além disso, a mensagem que eu lhe enviar futuramente jamais será igual àquela que eu já tinha escrito, como é evidente.
Atenciosamente,
Joaquim José de Almeida Tavares
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RE: A família Arede de Oliveira de Frades.
Caro confrade Tavares
Não se preocupe, demore o tempo que lhe for necessário. Posso, perfeitamente, esperar o tempo que lhe for necessário. A paciência é uma das qualidades mais necessárias à investigação científica.
Maria Ribeiro
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RE: A família Arede de Oliveira de Frades.
Caro jmnp:
O apelido Arede é muito comum no concelho de Águeda, e não só. No século XIX julgo que a freguesia das Talhadas pertencia ao concelho de Águeda mas actualmente esta mesma freguesia pertence ao concelho de Sever do Vouga. Para tentar demonstrar que o apelido Arede é muito comum na zona de Águeda (e, inclusivamente, dentro da própria cidade de Águeda), entre 1969 e 1970 eu fui chefe de uma patrulha de Escuteiros e a esta mesma patrulha pertenciam dois irmãos com o apelido Arede. Além destes dois irmãos e do seu pai, existiam muitos outros Arede (médicos, carpinteiros, etc.) que viviam na Vila de Águeda nos anos 60 e 70.
Em relação aos meus antepassados, eu vou tentar fornecer-lhe todos os dados que possuo. Mas digo-lhe já que existe uma grande confusão (provocada "negligentemente" pelos párocos desse tempo) nas três certidões de baptismo que eu possuo. Mas só uma destas certidões de baptismo me interessa verdadeiramente em virtude de pertencer a um dos meus antepassados.
Eu tenho um antepassado chamado Manoel António de Arede, que nasceu em 1756, na freguesia de São Tiago do Préstimo, concelho de Águeda. Julgo que nesse tempo São Tiago do Préstimo era uma Vila autónoma, ou seja, não pertencia ainda ao concelho de Águeda.
Manoel António de Arede era natural da Vila e da freguesia de São Tiago do Préstimo, filho legítimo de Frutuoso Simões de Arede e de sua mulher Domingas Josefa de Arede.
Domingas Josefa de Arede era natural do lugar de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, Bispado de Viseu, concelho de Oliveira de Frades.
Domingas Josefa de Arede era filha de José Domingues, natural de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, Bispado de Viseu, concelho de Oliveira de Frades, e de sua mulher Maria Nunes, natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas.
A grande confusão que eu referi está contida nas três certidões de baptismo de três filhos de Domingas Josefa de Arede: as certidões de Manoel António de Arede (o meu antepassado), de Frutuoso de Arede e de Maria de Arede. É provável que Domingas Josefa de Arede tivesse mais do que três filhos mas eu não possuo as certidões de baptismo desses possíveis filhos, pois, como já frisei, somente a certidão de baptismo de Manoel António de Arede me interessa verdadeiramente.
Portanto, a grande confusão está aqui:
Nas certidões de baptismo de Manoel António de Arede e de Frutuoso de Arede, se pode ler que a sua mãe, Domingas Josefa de Arede, era natural de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, concelho de Oliveira de Frades, e que o pai desta, José Domingues, também era natural de Silvares da Balça, freguesia de S. Maria de Destriz, concelho de Oliveira de Frades, e que a mãe, Maria Nunes, era natural do lugar do Seixo, freguesia das Talhadas.
Na certidão de baptismo de Maria de Arede, se pode ler que a sua mãe, Domingas Josefa de Arede, era natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas, e que o pai desta, José Domingues, também era natural do lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas, assim como a mãe dela, Maria Nunes.
Como pode verificar, existe aqui uma enorme confusão provocada por esses párocos "negligentes".
Tanto o Arquivo Distrital de Viseu, como o Arquivo Distrital de Aveiro, não conseguem encontrar a certidão de baptismo de Domingas Josefa de Arede, o que torna este assunto ainda mais estranho.
O marido de Domingas Josefa de Arede se chamava Frutuoso Simões de Arede, natural da Vila e da freguesia de São Tiago do Préstimo. O pai de Frutuoso Simões de Arede se chamava Manuel Duarte Lignay de Arede e a sua mãe se chamava Natália Simões, ambos naturais e moradores na Vila de São Tiago do Préstimo.
Tendo em conta os dados que me forneceu, julgo que somente a possível naturalidade de Domingas Josefa de Arede lhe possa interessar em virtude dela poder ter nascido no lugar do Seixo, freguesia de São Mamede das Talhadas, pois você diz que a sua mãe tem o apelido Arede, que nasceu na freguesia do Préstimo e que foi criada no lugar do Seixo, freguesia das Talhadas.
Se começar a investigar documentalmente os antepassados da sua mãe, é provável que algum dos seus antepassados "tropece" nalgum dos meus antepassados.
Atenciosamente,
Joaquim José de Almeida Tavares
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A família Arede de Oliveira de Frades.
Caros Confrades,
Sobre esta família tenho no Distrito de Viseu, creio que em Oliveira de Frades donde vieram os meus antepassados maternos para a zona de Lisboa um avoengo António José Ferreira e Francisca Maria de Arede entre 1800 e 1810. Estas datas dizem respeito a datas de nascimento dum filho deles que já pedi a Viseu e o e-mail veio devolvido.
Alguém me pode ajudar?
Agradeço,
Celeste Correia Saraiva
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A família Arede de Oliveira de Frades.
Caros Confrades,
Depois de ter publicado o meu pedido estive a ler o que estava escrito no Fórum sobre os Aredes. Engraçado que os meus avós descendentes destes tinham os nomes de Manuel António Diniz e havia Algumas Bernarda (minha avós). Nomes comuns na minha família.
Cumprimentos,
Celeste Correia Saraiva
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