Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Procuro informacoes sobre a familia Monteiro de Carvalho, meus antepassados que chegaram no Brasil no seculo XVIII, Christovam Monteiro de Carvalho casou-se em Itu, Sao Paulo, em 1714, com Catarina Mendes , filha do sargento mor, Joao Martins Claro, natural de Miranda do Douro https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Martins_Claro e Inacia Paes de Barros, o Cristovao Monteiro de Carvalho e' filho de Manoel Monteiro de Carvalho e Maria Coelho Duarte (ou da Fonseca), faleceu em Sorocaba em 1781, deixando inventario, no qual se ve que tambem foi um poderoso credor local.
Tambem sobre os Carvalhos de Santa Comba de Rossas e de Ermelo, Vila Rica, vinculados ao de Freixo acima citados. Os Monteiro de Carvalho sao de Freixo, e Carvalho somente, concerne as demais localidades,e no Brasil, denota-se a endogamia que perdurou ate' meados do seculo XX. Christovao Monteiro de Carvalho esteve a principio em Salvador, capital do Estado do Brasil, em fins do seculo XVIII, acredito que esteve nas Minas Gerais na corrida do ouro, e posteriormente fixou-se na regiao de Sorocaba, prosperando no grande comercio de muares e vacum desenvolvido na regiao, pertencendo a elite local, conforme atestam os assentos paroquiais, que mencionam, alem dos familiares e os sepultamentos honrosos, tambem as possessoes em escravos , e estavam vinculados aos importantes membros do partido liberal nos periodos anteriores e posteriores a independencia do Brasil (1822). Procuro saber sobre as familias, alguma pista sobre a origem das mesmas em Portugal, desconheco se foram processadas pela Inquisicao ou se estavam a fugir da mesma, ou completamente alheios a este tema. Quem seriam esses Monteiros de Carvalho de Tras-os-Montes...na sua terra de origem? Alguma documentacao, referencias nos anais genealogicos portugueses, heraldica, etc.
Desde ja', meus agradecimentos.
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... Como foi que chegou a esta conclusão:
Seus ancestrais serem de trás-os-montes?
Sc.
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Como mencionei, os assentos de casamento dos mesmos, no Brasil, constam como naturais de Freixo de Espada a Cinta, etc. qual o problema?
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Corrija onde for possivel
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Todas as localidades aqui:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes_e_Alto_Douro
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Se considerar uma geração; trinta anos, já passaram
trinta G.[trezentos anos.]
Claro que haverá descendentes dos seus egrégios avós,
o difícil é encontrá-los.
Nesta época "a vida era muito complicada",somente a
Nobreza tinha previlégios, e assim sendo, não estou a ver
estes emigrarem para Terras Vera Cruz....
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_no_Brasil
Sc.
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Rectificação; dez g.
Sc.
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Na obra genealogica, Genealogia Paulistana de Luis Gonzaga da Silva Leme https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Gonzaga_da_Silva_Leme, descreve estes antepassados, e nenhum titulo nobiliarquico e demais privilegios foram mencionados sobre os mesmos, ele mencionou-os como pertencentes aos troncos paulistanos, a despeito do Sargento- Mor Joao Martins Claro, de Miranda do Douro, https://www.geni.com/people/Jo%C3%A3o-Martins-Claro/5577170202390039596 que sim foi um dignatario. Sobre os Monteiro de Carvalho, mencionei somente sobre a posicao dos mesmos nas "Terras de Vera Cruz" e desconheco por completo qualquer dado ou possessao etc. dos mesmos no Reino de Portugal, o inventario feito no Brasil, consta aqui: https://books.google.co.il/books?id=asHDeCrAGjcC&pg=PA115&lpg=PA115&dq=cristovao+monteiro+de+carvalho,+viver+e+sobreviver+em+uma+vila+colonial&source=bl&ots=e6OZf1fWbN&sig=tmVh9wjvAx7mv0lF2GwLw4Py9l8&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwjV2bfF8MnMAhUKfhoKHUqCBMQQ6AEIBQ#v=onepage&q=cristovao%20monteiro%20de%20carvalho%2C%20viver%20e%20sobreviver%20em%20uma%20vila%20colonial&f=false.
Nao procuro descendentes, mas informacoes possiveis acerca da familia em Portugal, antes do seculo XVIII, qual seria este ramo, talvez exista um trabalho genealogico abarcando-os, ou processos inquisitoriais. Pelo visto optaram pelo Brasil durante o inicio do ciclo do ouro e enganjados no comercio de muares que estava no seu apogeu, pelo visto, tiveram uma vida melhor que a em Portugal, encontrei varios registos de baptismos e obituarios de escravos pertencentes ao Cristovao Monteiro de Carvalho, e o mesmo em relacao aos seus descendentes. Interessante a sua observacao, realmente, a Nobreza nao, entao, quem seriam os imigrantes para as terras de Vera Cruz? A baixa nobreza, talvez sim, pessoas comuns, sem duvida, condenados e perseguidos, obviamente. No fundo, estou querendo saber se essas pessoas , meus antepassados, eram x-novos, mas nao tenho documentos a provar, talvez em Freixo etc. tenha la' alguem para dizer quem sao as familias judias e quem nao o sao, a populacao pode saber quem e' este e quem aquele, assim como na Italia, numa cidade tem varias familias Rossi, e eles proprios sabem quem e' o judeu e quem nao e', presumo que em Portugal, haveria alguma informacao neste sentido, que este Silva e' judeu e aquele nao...
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...Como sabe, em 1497 acabaram os judeus em Portugal. Passou a haver cristãos-velhos e
cristãos-novos.[Rei D. Manuel I].
Familia Rossi:
Em Itália, nas ilhas Eólias, existe uma norma entre os Ilheus; todos têm uma " alcunha",para
melhor identificação da família.
[Em Portugal esse sistema de identificação seria da responsabilidade da Inquisição.... Uma
fábrica de criar Judeus.] Não deve dar muita importância a estas coisas, felizmente que já
lá vão, mas a verdade é que a Inquisição tinha um braço muito comprido, conseguia chegar
ao Brasil etc.
Assim, depois de ler a sua mensagem, sou de opinião que deverá primeiramente interiorizar
o que foi Portugal nos anos de 1700, a questão dos Judeus, Inquisição, e tentar através de
mapas etc, conhecer os locais de trás-os-montes. De outra forma, não consegue entender o
que foi este Portugal do século XVIII.
https://goo.gl/maps/TGud4n5BvWE2
http://geneall.net/pt/forum/168430/imigracao-portuguesa-ilha-de-salina-ilhas-eolias/#a357943
--
Os emigrantes de T.Montes, eram pessoas humildes, que tiveram de sair do seu território,
o que tambem aconteceu com Japoneses, Italianos, Alemães, Espanhóis etc., portanto é
um ciclo que ainda hoje continua, basta olhar para o Centro da Europa.[Tudo começou no
Crescente Fértil.]...[Tigre e o Eufrates.]. Portanto nada de pequena nobreza.
Sc.
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Estou considerando o varios fluxos de refugiados de Espanha (seculos XIV-XV) nas regioes fronteiricas. A principio Portugal apresentava-se mais tolerante que sua vizinha com respeito aos judeus, sabemos que no XV foi diferente.
O s indicios de presenca judaica anteriores a 1497 existem no Freixo e em demais localidades fronteiricas com Espanha http://zivabdavid.blogspot.co.il/2014/02/mais-uma-vila-com-gente-da-nacao.html
Sim, existe a tese sobre a "fabrica de judeus" em Portugal, mas isso nao pode borrar que realmente houve perseguicao e o exterminio do judaismo portugues tanto no reino como nas colonias(ate' onde o braco pode chegar, as condicoes materiais para estabelecer tribunais em todos os rincoes do Imperio Portugues, eram inexistentes, dai as Visitacoes aos mesmos, e a pressao inquisitorial nas colonias foi , bem mais afrouxada).
Na semantica de apelidos, nas regioes de x-novos, em vilarejos, etc., obviamente haveria uma distincao entre os x-velhos e os x-novos na populacao, que perdurou mesmo depois da s reformas pombalinas, os processos de genere nao cessaram com a vontade de Pombal, no Brasil existem tais processos posteriores ao decreto de Pombal...era para todo portugues, mesmo o nascido no Brasil).
Eu nao sou muito adepto da generalizacao, considerar toda uma populacao de determinada regiao como "humildes" ou "toscos", de certo, que voce esta' certissimo sobre as distincoes sociais, obviamente, nobreza, baixa nobreza, etc. Mas, nem sempre fadados ao fatalismo e nem determinismo, sabendo que sim, portugueses nascidos em T.Montes chegaram ao Brasil para tentar a sorte, e ainda mais que no Brasil , nas terras da Minas Gerais em 1696 foi finalmente descoberto ouro na colonia portuguesa (Espanha ja' nao nos preocupa) e o fluxo migratorio foi imenso, e os registros de meus antepassados posso deduzir essa trajetoria, a principio chegando na regiao Nordeste acucareiro desenvolvido, e depois aparecerem no seculo XVIII no sul? De certo que antes estiveram na "corrida do ouro" e depois, quando este se esgotou, uma regiao particular de S.Paulo comecou a desenvolver-se muito com o comercio de muares, o unico lugar onde se comerciavam essas grandes quantidades de muares e vacum, recebendo maior incentivo com o estabelecimento da Corte Portuguesa em 1808 no Rio de Janeiro. Eu somente acompanho os registros e a analise historica, de historiadores que abordaram o tema e mencionaram o meu antepassado e seu inventario, nao sou eu sonhando com uma possivel nobreza perdida, isso nao me importa, eu quero conhecer o periodo e se possivel, essas figuras, mais de perto.
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Tem la' muitos indicios de presenca judaica, nao? Na regiao fonteirica com Espanha,com as pressoes, vieram para o lado portugues, mais tolerante. Eu somente intepreto, estimo, de acordo com os documentos, e no momento somente sei que a vinda da familia ao Brasil coincide-se com a descoberto do ouro em 1696, primeiramente estiveram no Nordeste regiao acucareira e mais significativa na epoca, que a do sul, houve uma migracao ao sul, onde casou-se em 1714 na vila de Itu, em Sao Paulo. Os registros dos casamentos do seculo XVIII afirmam a origem como sendo estes lugares que citei, inclusive o Freixo de Espada a Cinta, se chegaram a uma certa fortuna no Brasil, nao sei como, caso vieram de T.os Montes, deveriam ser mais humildes, segundo o que voce escreveu, entao ocorreu um milagre, o Cristovao Monteiro possuiu escravos e negocios na regiao de Sorocaba, morreu em 1781 deixando inventario, e o mesmo enuncia -o como poderoso credor, o seu sogro foi o sargento mor Joao Martins Claro, de Miranda do Douro, ja' mencionei e trouxe as fontes sobre a sua personalidade e a sua missao no Brasil, a esposa de Joao Martins Claro descende da familia Pedroso e Vaz de Barros, cujos membros foram perseguidos e condenados pela inquisicao no seculo XVI, ja' existe documentacao provando isso e Marcelo Bogaciovas menciona-os no livro Cristaos Novos na Sao Paulo Colonial, mas isso nao prova que o Joao Martins Claro era tambem x-novo, ou ate' mesmo o Cristovao Monteiro ou sua mae, Maria Coelho Duarte ou o pai Manoel Monteiro de Carvalho, que no Brasil foram mencionados como naturais de Freixo de Espada, do Reyno de Portugal. Ademais que sabiam escrever, confere-se nos documentos as assinaturas de Cristovao e filhos, caligrafia que demonstra elegancia, pode ser mesmo que no Brasil, alegaram essa naturalidade, nao foram lavradores e nao se dedicaram a manufactura, com escravos disponiveis, nao se dedicariam a artesanato ou como lavradores, no livro de registros de batismos e obitos, estao mencionados os tais escravos. Mas nao afirmei que tudo isso trouxeram de Portugal, talvez em Terras de Vera Cruz nao foram discriminados como la' no continente, e tiveram maior sossego para viver, afinal, longe da tensao e pressao da metropole. Novamente afirmo, que o Silva Leme nao menciona qualquer posicao social dos mesmos, nem uma nobreza adquirida, um neto de Cristovao, Manoel Monteiro de Carvalho foi capitao de ordenancas, no Brasil, para tanto, era necessario que a pessoa tivesse uma situacao financeira mais abastada e equilibrada, pois nao era assalariado, tambem possuiu escravos e terras, deixou testamento, e sua esposa, tambem era da familia Carvalho, mas esses Carvalhos eram de Vila Real (Ermelo, arcebispado de Braga, conforme os assentos de casamento) e de Santa Comba de Rossas.
Inquisicao, fabrica de judeus, mas nao pode negar que hove perseguicao e exterminio do judaismo portugues e que alem d e pessoas humildes, que tiveram de sair do seu territorio, tambem estavam os judeus da regiao.
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INQUISIÇÃO - INVENTÁRIOS ; BENS CONFISCADOS A CRISTÃOS NOVOS
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No início do século XX a obra de Werner Sombart despertou o interesse dos pesquisadores para um fenómeno
que permanecia até então ignorado: o papel fundamental desempenhado pelos judeus portugueses e espanhóis,
dispersos pelo mundo a partir do fim do século XV, para o desenvolvimento do capitalismo comercial e
financeiro europeu. Como diz o próprio autor, buscando enriquecer sua obra sobre o capitalismo defrontou-se acidentalmente com o problema dos judeus. As pesquisas de Max Weber sobre a relação entre capitalismo e puritanismo levaram-no a aprofundar-se no estudo da influência da religião sobre a vida económica, buscando
encontrar a relação entre as ideias e o comportamento económico, tentando compreender a razão do grande
florescimento do comércio ao Norte da Europa e do seu declínio nos Países do Sul, lhe parecerem insuficientes
as explicações que encontrou atribuindo esse facto ao descobrimento dos Novos Caminhos para as Índias.
Após inúmeras pesquisas, chegou à conclusão de que foi a expulsão dos Judeus da Espanha e de Portugal e
sua dispersão através do Mundo um dos factores essenciais que levou à decadência os Países Ibéricos e à
prosperidade cidades como Amesterdão, Hamburgo, Franckfurt, Antuérpia, etc. É ainda, que sua presença
é um factor determinante no desenvolvimento de uma região assim como o seu afastamento uma razão para
o retrocesso económico da mesma. Apesar de haverem confluído diversos factores no desenvolvimento do
capitalismo europeu como grandes descobrimentos, exploração minas de ouro e prata, o aperfeiçoamento
da técnica, a acção e os empreendimentos dos Judeus Ibéricos foram decisivos . A tese de Sombart já foi
bastante discutida, tanto através da critica metodológica como na base de trabalhos sobre a relativamente
moderada participação dos cristãos-novos na vida económica e financeira do norte da Europa.
Não nos parece realmente, como pensa Sombart, que os Judeus tenham sido guiados pelo seu " espírito
capitalista ", mas não há dúvidas, como diz F. Braudel, que souberam adaptar-se à geografia e à conjuntura
em mudança dos negócios. Essa adaptação foi particularmente fecunda na América, apesar do grau actuação
dos cristãos-novos na vida mercantil e financeira das colónias portuguesas e espanholas ser ainda pouco
conhecida. O próprio Sombart afirmou, quão falhas eram as informações de que dispunha, consequente às
precárias investigações existentes sobre o assunto. Uma das principais lacunas que encontrou e que impedia
uma constatação segura, era o desconhecimento que se tinha da " qualidade " dos homens que realizaram o
comércio colonial . Lamentavelmente, meio século após as considerações de Sombart temos de constatar que
fizemos muito pequeno avanço nesse sentido e pouco ou quase nada podemos acrescentar a favor ou contra
a sua tese no que diz respeito às actividades económicas dos cristãos-novos Portugueses na América. É
necessário partir, antes de tudo da determinação de " quem eram " esses homens que estavam no centro da
actividade comercial da época. Quais suas origens, formação cultural, crenças, valores e quais eram suas
vinculações económicas e familiares. Os arquivos judiciais, uma das mais ricas fontes para os estudiosos das
ciências humanas , podem auxiliar-nos enormemente neste caminho.Permitem-nos resolver problemas ligados
à Genealogia, grau de educação, profissão, assim como conhecer os grupos sociais, suas solidariedades ,
rivalidades, disputas, gostos e atitudes. Os cristãos-novos, tanto os que se declararam publicamente judeus, como os que praticaram secretamente a religião judaica, e também os mais integrados no catolicismo,
misturados há várias gerações com os cristãos-velhos, apresentaram formas de comportamento variadas e seus
modos de pensar e viver ainda não aparecem nítidos e compreensíveis, tendo sido interpretados de maneira
estereotipada pela historiografia tanto tradicional como contemporânea.Cremos que a contribuição de Sombart foi valiosa por ter chamado a atenção para a importância dos judeus de origem ibérica e suas relações
económicas internacionais, mas o atraso em que se encontram as investigações sobre os cristãos-novos portugueses na América ainda é enorme. Lambart partiu de uma afirmação cujo sentido tem de ser
cuidadosamente esclarecido, de que " todos " os cristãos-novos espalhados pelas possessões portuguesas e
espanholas ou que se encontravam dispersos na Europa, eram Judeus. A questão é de extrema complexidade,
pois leva-nos às habituais confusões e desentendimentos sobre " quem é " e " quem não é " Judeu. Ante a
dificuldade em especificar quem daqueles cristãos-novos era Judeu, o historiador encontra-se ante o imperativo de conceituar esse termo. De início confundem-se duas abordagens , a religiosa e a social-económica. Do ponto de vista religioso, apesar de ter havido nos países católicos cristãos-novos que se
mantiveram durante séculos ligados à fé Judaica, confirmando a "realidade " do Marranismo, a maior parte
da população portuguesa de origem Judaica remota, condenada ou não pela Inquisição, não pode ser
considerada Judia no sentido restritamente religioso que lhe conferem certos autores.
Encarado contudo sob um ponto de vista amplo,de " herança cultural Judaica ",a questão muda radicalmente
e se complica ainda mais. Somente poderá ser entendida após o conhecimento profundo do "fenómeno "cristão-novo-português, sem as simplistas definições habituais, provenientes da aceitação das fontes oficiais, neste caso os processos da Inquisição, sem a necessária crítica.
Também é fundamental entender o mecanismo de funcionamento do Tribunal, para o qual, num sentido amplo
todos indivíduos suspeitos eram culpados, e o que significava "Judaísante" para os Inquisidores. Uma abertura
na direcção da psicologia do metal colectivo, com certeza poderá trazer enormes esclarecimentos sobre o
comportamento, os valores e visões do mundo de tão ampla parte da população portuguesa . A dramática
"condição de Judeu "do português, contrariamente o que se pensa, emanava não de um universo religioso
mas de uma problemática social.
Condições extremamente árduas de sobrevivência, perseguição e extermínio, se de um lado levaram cristãos-
-novos de volta para a religião Judaica ortodoxa, de outro atiraram muitos para os limites da incredulidade.
Para Sombart assim como para os Inquisidores, ainda um ou dois séculos após as conversões, todos os
descendentes dos convertidos , até onde ia a lembrança histórica de sua origem, são considerados Judeus.
Sobre a participação dos cristãos-novos no comércio colonial, as investigações levaram-mos a formular
algumas hipóteses, que fazem as afirmações de Sombart, aparentemente exageradas, no que dizem respeito à
actuação dos cristãos-novos no comércio colonial,parecem menos absurdas e providas de fundamento.
Ainda que não possamos estimá-los demograficamente, sabemos que cristãos-novos viveram no Novo Mundo em número extremamente avultado, dispondo de excepcionais condições, oriundas de uma longa
experiência histórica, para aproveitarem a " luz que se lhes oferecia "e não como diz Sombart, que eles
" levaram "para o Novo Mundo . Sem terem sido os criadores do capitalismo,[ e alguém o criou ? , como
pergunta Braudel ] tiveram acção sobre ele. Importantes nas colónias das Índias Ocidentais, foram negociantes
e plantadores no Brasil, Surinam, Jamaica, Martinica, etc.Sua força sobressai,inicialmente, em suas relações
comerciais e financeiras com a Holanda e depois com a Inglaterra. Contudo, segundo os estudos de Bloom, as
fortunas dos Judeus em Amesterdão eram insignificantes em comparação com a dos cristãos da cidade, tendo
sido a seu ver uma gota no orçamento comercial da grande metrópole, apesar de uma gota significativa e
poderosa.
As conexões dos cristãos-novos com seus correligionários em outros países deram-lhes as possibilidades de
sentir o pulso do mercado internacional, e desenvolver intensa rede comercial. Nos séculos XVII e XVIII os
termos " cristãos-novos " e " homens de negócio " eram sinónimos.
Continua...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_de_Tito
Sc,
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Boa tarde
Creio que são boas as hipóteses de que este processo da Inquisição seja relativo ao Manuel Monteiro de Carvalho que aqui mencionou e que era pai do Cristóvão Monteiro de Carvalho:
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2359101
Como pode constatar, ele residia em Freixo de Espada à Cinta e o nome da esposa é muito parecido ao que aqui colocou.
Este processo não foi ainda disponibilizado para consulta online, pelo que por enquanto só é consultável em Lisboa na Torre do Tombo
Boa sorte
Mário César Navarro
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Meu caro confrade Mario Cesar!!!!
Voce nem imagina como estou surpreso!!!
Verifique este assento de matrimonio, realizado na vila de Itu, de 1714, e' o segundo de lado esquerdo, matrimonio de Christovam Monteiro com Catharina Mendes, o nome de sua mae me parece ser Zuzarte mesmo, Maria Coelha Zuzarte.
Zuzarte e' um apelido judeu- portugues, acima de qualquer duvida, e aqui uma referencia da familia em Freixo: http://zivabdavid.blogspot.co.il/2014/02/mais-uma-vila-com-gente-da-nacao.html
Obrigado mesmo, obrigado pela sua atencao ao caso, ao meu topico que expus, obrigado, agradecimentos por ter me enviado esse processo!!!! Voces merecem todos os meus louvores!!!!
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Ah, desculpas, aqui o assento de casamento do Christovam Monteiro de Carvalho, em Itu, em 1714:
o segundo do lado esquerdo, o nome de sua genitora parece ser mesmo conforme o processo:
https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-3S8F-R?i=38&wc=M5J5-W3N%3A371872701%2C371872702%2C372352801%3Fcc%3D2177299&cc=2177299
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https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-3S8F-R?i=38&wc=M5J5-W3N%3A371872701%2C371872702%2C372352801%3Fcc%3D2177299&cc=2177299
o segundo do lado esquerdo, o nome de sua mae consta conforme o processo , a caligrafia de epoca nao esta' tao elegante, por isso eu pediria ajuda para decifra-lo, nao me parece que esta' Duarte ai, o que lhe parece?
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Boa tarde
Creio que o que está escrito no assento de casamento é de facto Maria Coelha Zuzarte.
Repare que entre o "u" e o "a" a distância é grande, e parece-me que está lá um "z".
E, se vir o assento imediatamente à direita, verá que o noivo se chamava Duarte. Ora se comparar o "D" maiúsculo desse Duarte com a primeira letra do apelido/sobrenome da mãe do Cristóvão, constatará que são bem diferentes. Para mim o que está escrito é Zuzarte.
Cumprimentos
Mário César Navarro
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Mario Cesar,
de facto, constata-se mesmo que o apelido e' Zuzarte, e a letra "z" minuscula em seu estilo cursivo que ja' identifiquei em outros manuscritos, indubitavelmente temos a forma correcta do nome, ao inves de Duarte. A versao "Duarte" para o apelido, foi a mencionada por Silva Leme na sua Genealogia Paulistana, portanto, em titulo de ressalva ao trabalho de SL, que assim conta:
2-2 Catharina Mendes casada em 1714 em Itú com Christovão Monteiro de Carvalho, natural da Bahia, f.º de Manoel Monteiro de Carvalho e de Maria Coelho Duarte, naturais de Freixo de Espada à Cinta.
http://www.arvore.net.br/Paulistana/PBarros_2.htm
E este termo de matrimonio do meu hexavo Manoel Monteiro de Carvalho, filho de Cristovao, com Michaela Arcangela de Moura, que foi omitido por Silva Leme, que eu descobri:
https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-K6S3-2P?i=23&wc=M5JW-82S%3A372224801%2C371871102%2C372326901%3Fcc%3D2177299&cc=2177299
esta' Maria Coelha da Fonseca, novamemente um equivoco, aparentemente um engano, ou ela mesma alterou seu apelido, mas obviamente se trata da mesma pessoa.
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Prezado Mario Cesar,
podemos afirmar seguramente que trata-se da mesma pessoa? Os dados sao precisos! Na minha opiniao sao os pais de Cristovao Monteiro de Carvalho de facto.
Nao tenho como visitar a Torre do Tombo em Lisboa, nao vivo em Portugal, haveria um meio de receber uma copia do processo? Ou estar a almeja sua digitalizacao! A ansiedade e' grande. Talvez foi publicado, a questao seria a busca e nao tenho material disponivel. Talvez os pais do Manuel Monteiro ou a sua esposa, Maria Coelho Zuzarte tambem foram processados, e os mesmos ja' disponiveis?
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S.Clair,
agradeco pelo material acerca dos cristaos novos em Portugal. Nao estou alheio ao tema. Um topico mencionado acerca da identidade judaica, ao qual se avoluma maior complexidade, e intrinseco ao tema, que nao pode ser ignorado, e' a questao "quem e' judeu", e nao somente intriga como a Inquisicao mesma identificava um cristao-novo, eis, como os proprios x-novos identificavam-se, se estaria aos moldes da propria Inquisicao, ou de acordo com a halacha' (lei religiosa judaica), se se extrapolavam a halacha, entao, consideravel numero de individuos nao seriam judeus, a halacha' considera judeu aquele que nasceu de mae judia ou o nao judeu que converteu-se a religiao, na epoca, a ortodoxia prevalecia e fixava os padroes religiosos nas comunidades judaicas em todos os lugares, o mesmo foi em Amesterdao, Londra, Hamburgo, e nestes moldes, uma conversao halachica nao tem o mesmo significado que o baptismo cristao, e' feita na maioridade (havendo excepcoes em relacao aos menores) e com empecilhos, obstaculos de modo a deixar claro qual seria a motivacao para tal, a unica motivacao seria a aceitacao das leis da Tora' e nada que seria alheio ao espiritual. Me intriga saber o que era feito com os casamentos mistos e o filhos ja' considerados nao judeus pela halacha, quando os refugiados chegavam na Holanda? Na Inglaterra foi denotado por Joseph Kaplan, as querelas surgidas pelos individuos que participavam da vida comunitaria judaica, tambem conceituados locais, que nao se submeteram a circuncisao, que frequentavam as missas na embaixada portuguesa local, alguns que tiveram seu funeral ao dobre de sinos, e com as querelas surgidas sobre o sepultamento, que pela halacha, um incircunciso nao seria sepultado em campo santo judaico. Existiu entre os marranos essa visao paralela a halacha judaica predominante nas comunidades judaicas portuguesas, que foram constituidas nos parametros ortodoxos. Qual seria a lei aplicada aos bastardos tambem? Pois a halacha prescreve outra regra aos mesmos. Nao encontrei por ora, alguem que penetrou nesses meandros da historia marrana. Somente na forma classica da abordagem do tema conforme o material que voce expos.
De facto, me parece que a Inquisicao nao baseou-se nos moldes da halacha par a definir quem seria o judeu, ou melhor, o cristao-novo para acusar. Nao somente os cristaos novos foram as vitimas, e nao todos os processos a unica acusacao foi de judaismo, como sabido.
Uma nota reveladora, de Anita Novinsky, que por exemplo, a imagem abordada por certos historiadores do x-cristao novo ser tambem um importante expoente do trafico negreiro no Imperio Portugues, que seria incorreta, quando descobriu-se um numero reduzido de x-novos metidos trafico, e estes como agentes secundarios apenas, os processos de condenados no Rio de Janeiro, na Paraiba, revelam muitos lavradores comuns, lavradores de cana, em sua maioria, diferente do que se esperaria, de uma elite homogenea, e na verdade, eles estavam em todos os sectores da sociedade colonial no Estado do Brasil , como todos os demais portugueses nascidos ou emigrados ao Brasil.
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Continuação;
... O que não sabemos contudo, é a medida, o grau de participação que tiveram os cristãos-novos do Brasil
no comércio exterior. O Brasil foi o lugar onde puderam, mais do que em qualquer outra região desenvolver
amplamente suas habilidades. Apesar da legislação Portuguesa em relação aos homens de origem hebréa ter
sido francamente discriminatória, puderam contornar a situação e habilmente manejar os negócios, adquirindo
posições de prestígio e direcção. O desafio ante o qual se encontravam, de sobreviver a qualquer preço, já que
na pátria as possibilidades de desenvolvimento se apertavam cada vez mais, levou-os a buscar e criar novos
campos e métodos de trabalho. Favoreceu-os alguns requisitos óptimos que possuíam, essenciais durante os
primórdios do capitalismo comercial, como contratos e ligações familiares, idioma comum e confiança.
Mercadores cristãos-novos cruzavam ininterruptamente o Atlântico, trazendo e levando mercadorias e ideias.
Eram homens de diferentes graus de cultura, tanto Comerciantes como Bacharéis de Coimbra ou simples
artífices.Apesar das perseguições inquisitoriais,encontraram possibilidades enriquecer e ascender socialmente
constituindo parcela da alta Burguesia no Brasil.
A partir do século XVII a crise dos impérios Espanhol e Português se precipita. A interferência dos confiscos
inquisitoriais na economia dos países Ibéricos entravou cada vez mais a actividade mercantil, enquanto no
Norte da Europa se abriam para os homens sem linhagem e sem fortunas, amplas oportunidades. Durante o
reinado dos Habsburgos na Península, a perseguição cristãos-novos em Portugal se intensifica, o preconceito
e os mitos de pureza cortam a mente da população, as rivalidades entre cristãos-velhos e novos se agrava
levando à intensificação da emigração. Regiões inteiras se despovoam ante a falta de visão da classe dirigente,
enquanto o Brasil se torna, paradoxalmente lugar de refúgio e degredo. O surto económico causado pelo
sucesso da lavoura canavieira e a euforia proveniente da descoberta do ouro atraiu grande número refugiados.
A inquisição interferiu durante dois séculos sobre o comportamento e actividade desses colonos, levando,
durante certos períodos, significantes levas de homens e mulheres para as prisões do Santo Ofício. Essas
perseguições, apesar apesar de ainda pouco estudadas, deixaram marcas locais levando muitos a abandonar
terras e familias em busca novo exílio. Braudel chama a atenção para correlação existente entre perseguições,
massacres, expulsões e conversões forçadas dos Judeus e os movimentos de conjuntura de certos países.
Acentua ainda um facto importante, a validade da correlação entre essas conjunturas e vicissitudes, não
somente para os grandes acontecimentos e fases de longa duração, como também para as crises menores, no
correr dos anos, no dia a dia. Seria interessante investigar sobre as perseguições efectuadas pela inquisição no
Brasil em determinados períodos e as consequentes crises locais.
Praticamente tudo que sabemos sobre os cristãos-novos no Brasil diz respeito ao século XVII, período em que
dominou a economia açucareira.Sobre sua presença na época da mineração, assim como durante toda segunda
metade do século XVIII, quase nada conhecemos.A ausência de pesquisa sobre a acção inquisitorial nos
reinados de D. João V, o " Magnânimo " , de D. José I e de Dª Maria I, torna bastante deficiente o quadro que
temos desse período tanto em Portugal como no Brasil, dos prisioneiros foi um dos principais problemas com
que se debateu a instituição, suscitando um sem número de conflitos entre Rei, Inquisidor e Papa. Os assuntos
que se relacionavam com o Confisco eram tratados com meticulosidade e registados em volumosos livros que
se encontram ainda inexplorados e inéditos. O valor das rendas provenientes dos bens confiscados durante os
dois séculos e meio de seu funcionamento em Portugal, certamente jamais poderemos conhecer. Controlar
todas as confiscações e os bens apreendidos principalmente nas distantes colónias, identificar o que ficava nas mãos de seus frequentemente desonestos funcionários, assim como fiscalizar as irregularidades decorrentes no
andamento do processo é tarefa praticamente impossivel. Tudo o que o réu possuía, tanto móvel como imóvel
era apreendido pelo Fisco e sequestrado no acto de sua prisão, antes de ser provada a sua culpa. Se fosse
absolvido, esses bens deviam ser-lhes restituidos, após a dedução de todos os gastos ocorridos, desde as
despesas pessoais. alimentos, roupas,etc, até o pagamento dos Funcionários participantes em seu processo.Na
prática essa medida nunca funcionou, e recolhida pelo Fisco a fortuna ficava para sempre perdida para o réu
e seus descendentes. Tal procedimento levou a extremadas discussões, mas os Inquisidores adoptavam a atitude que lhes convinha. Assim, quando certos cristãos-novos reconciliados pediram a devolução dinheiro
que possuiam na ocasião em que foram presos, o Concelho Geral decidiu que não se prestassem contas nem
se restituissem os excedentes. Praticamente, na grande maioria dos casos, quando se tratava de cristãos-novos, a Inquisição ordenava a prisão " com sequestro de bens ", vendendo ou dispondo das propriedades,
dos bens e do dinheiro dos prisioneiros, da mulher e dos filhos, antes de ser promulgada a sentença final.
Depois de reconciliado com a Igreja, em geral o réu encontrava-se em completa miséria. Convém chamar a
atenção para a diferença de atitude adoptada em relação aos crimes de bigamia, feitiçaria, blasfémia e até
sodomia, quando a ordem de prisão era frequentemente emitida " sem o sequestro de bens ". Sendo a
contribuição desses suspeitos pequena, a Inquisição podia ser generosa. Confiscava-se também os bens do
falecido, o que vinha atingir a herança dos descendentes, em certas ocasiões completamente alheios ao crime.
Todos os problemas relacionados com o Fisco encontravam-se nas mãos de pessoas de extrema confiança da
cúpula inquisitorial. Esses homens deviam possuir o que chamavam de " boa consciência ", não ter no sangue
nenhuma mancha de negro, mouro ou judeu. O Juiz do Fisco era escolhido pelo próprio Inquisidor e
confirmado por carta em nome do Rei. Era um cargo civil de enorme prestigio. Os acordos entre Coroa e
Inquisição estipulavam que o controle dos bens confiscados devia ser efectuado por ambos poderes, mas a
Inquisição não permitia que a Justiça civil se envolvesse nos problemas do confisco, que considerava somente
seus.
Durante o Reinado de D. João IV, quando atrás do monarca soprava voz padre António Vieira, a Inquisição
se viu seriamente ameaçada e privada de seus lucros. Desentendimentos entre Coroa e Inquisição alcançavam
então seus extremos. Apesar da indignação dos Inquisidores com a formação da Companhia de Comércio para
o Brasil [ 1649 ] e o Alvará que isentou do confisco os mercadores cristãos-novos accionistas da Companhia,
D. João IV teve a coragem de desafiar a Inquisição e mandou retirar desta a autoridade administrativa do Fisco
ordenando que passasse para o Concelho da Fazenda, alegando ainda não ser conveniente que inquisidores
se " distraíssem " com negócios alheios à sua função principal, visto haver pessoas que atrevidamente punham em dúvida o escrúpulo usado no manejo dos sequestros, [ 1655 ].
Durou pouco essa isenção e interesse em prol do favorecimento dos mercadores e homens de negócio. Depois
da morte de D. João IV o confisco voltou a ser discutido com primazia. Os Inquisidores, aproveitando-se de
que o Tesouro precisava urgentemente de 300.000 cruzados para a defesa da India e que tanto os homens de
negócio estavam sem dinheiro como os vassalos sobrecarregados de impostos, pressionaram prolongadamente
a Rainha, que resistindo no principio, acabou cedendo e autorizou o confisco de 120,000 cruzados dos bens dos condenados. Dois anos depois [ 2 Fevereiro de 1657 ],por um alvará a administração do Fisco voltou para
as mãos do Inquisidor Geral, restabelecendo-se a situação anterior.
Os cristãos-novos encontram-se então em situação precária, Os homens que detem poder estão todos favor
da Inquisição. Somente os defendia uma infima minoria, a "inteligentzia " portuguesa cristão-velha, entre os
quais o embaixador Francisco de Sousa Coutinho, que se revela violentamente contra o restabelecimento dos
confiscos. O padre António Vieira continua a minar o edificio inquisitorial, que chega mesmo a trepidar em torno dos anos 1674e 1681. Porém a luta da nobreza e do clero para manter-se no poder, a corrupção do
aparelho burocrático, o obscurantismo em que viviam as massas oprimidas, levaram ao seu restabelecimento.
Os autos de fé então aumentam e o número de condenados alcança cifra desconhecida até então.
Quando se abre o século XVIII as despesas do Tribunal são enormes e continuam a correr por conta dos
prisioneiros, desde o pagamento do aparato burocrático até aos banquetes dos Inquisidores e os pomposos
autos de fé, nos quais até os funcionários civis eram remunerados.
Foi durante o reinado de D. João V que se efectuou o maior número de prisões no Brasil. O ouro Brasileiro
sustenta então a Coroa e o confisco dos bens dos cristãos-novos fornece elevadas somas para a Inquisição.
Apesar disso esta se encontra sempre deficitária e D. João V perseverante frequentador dos autos de fé,ainda
lhes outorga, no fim da sua vida, um subsidio de 4.800.000 reis pagáveis pela Junta do Tabaco.
Levou mais de cem anos antes que as ideias de Vieira e seu grupo fecundassem. D Luis Cunha, embaixador
de D. João IV na corte de Luis XIV, aponta em seu " Testamento Politico "a perseguição e os estilos do Santo Ofício como responsáveis pelo desastre económico e moral de Portugal, pela decadência de suas industrias e
manufacturas, pela fuga de gente e êxodo de capitais. Denomina a acção exercida pela Inquisição sobre o
Estado de " insensivel e crudelíssima sangria ". E entre as sugestões que apresenta para a modificação dos
estilos da Inquisição, aponta como fundamental, da mesma maneira que o padre Vieira, a problemática dos
confiscos. Na proposta apresentada em 1643 a D. João IV, já havia afirmado o Jesuíta que os homens de
negócio punham o principal dos seus cabedais fora de Portugal e que " por falta de comércio se reduziu a
grandeza e opulência de Portugal ao miserável estado em que Vossa Magestade o achou.
Em 1646 em nova proposta ao Monarca, Vieira aponta ente os inconvenientes mais graves para a nação a
confiscação dos bens dos mercadores presos. Grandes quebras no comércio originaram-se do facto desses
homens de negócios terem de fugir de Portugal enquanto outros, no país, estavam reduzidos a miséria. A
insegurança contínua em que viviam os cristãos- novos fazia com que os mercadores estrangeiros perdessem neles a confiança. Como significante núcleo dos homens de negócio pertencia à burguesia cristã-nova, a eles
atribui Vieira uma importância capital na restauração da economia do Reino. Alimentava a esperança de que
Portugal se tornasse país rico e tolerante, voltando às antigas tradições peninsulares, Mas seu realismo foi
combatido pelos defensores da " pureza ", incapazes de entender uma politica não imediata, voltados apenas
para os interesses das elites. As esperanças de Vieira de que Portugal tornasse a florescer e que Lisboa e as
outras cidades marítimas voltassem à sua antiga opulência não se concretizaram. Portugal somente poderia se
restaurar economicamente com dinheiro. Para tê-lo não havia outro meio mais afectivo do que o comércio,
e não podia haver comércio considerável sem liberdade e segurança.
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Sc.
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Caro Xavier de Marins
Será este processo da mesma pessoa que procura ? Obviamente que não posso ter a certeza, mas as hipóteses são muito fortes. Vários indícios apontam para isso, a saber a coincidência de nomes, de locais, de época, etc. E, um pouco mais à frente nesta minha mensagem vou-lhe dar outro indício que sugere que este processo da inquisição é do seu antepassado.
Mas vamos por partes, para obter uma cópia deste processo da inquisição (ou de outro qualquer documento da Torre do Tombo) vá até este link, que corresponde aos Serviços em Linha:
http://digitarq.arquivos.pt/oservices
Depois é seguir os passos que lhe são pedidos. Algures no processo deverá registar-se como utilizador.
Quando for pedir a reprodução do processo, deverá indicar o Código de Referência do mesmo, que neste caso é:
PT/TT/TSO-IC/025/08969
Depois o melhor é pedir que seja feita a reprodução digital e que a mesma seja descarregada pela web, uma vez que não se encontra em Portugal.
Passado algum tempo de fazer o pedido, creio que lhe enviarão um orçamento do trabalho e as instruções de pagamento. Não faço ideia sobre o custo desse trabalho porque não sei a dimensão do processo.
Basicamente é isto que terá de fazer. Mas atenção, porque se eles entenderem que o documento está em mau estado de conservação podem recusar-se a fazer a cópia.
Voltemos agora ao processo em questão. Com base apenas no que consta nesse registo, podemos concluir que este Manuel Monteiro de Carvalho, que também usava o nome de Manuel Monteiro, residia em 06/08/1669 (data da sua prisão) em Freixo de Espada à Cinta, mas que tinha nascido cerca de 1666/1667 em "Marialva, bispado de Lamego".
Ora calculo que ele era natural da paróquia de Marialva, concelho de Meda, distrito da Guarda.
De qualquer forma, no capítulo de Genealogia do seu processo de inquisição, deverá vir essa informação com mais detalhe, e para além do nome dos pais deve conter o nome dos avós, dos irmãos e dos tios. Muitas vezes graças à informação genealógica que consta nos processos da inquisição conseguimos obter muita informação que não nos é possível obter por falta de registos paroquiais.
Outros aspetos importantes que constam na descrição do seu processo da Inquisição é a de que o seu estatuto social era de "cristão velho", era acusado de judaísmo e que no fim acabou por ser absolvido.
Apesar disso, aparentemente esteve mais de três anos preso, porque é dito que foi solto em 16/03/1673.
Porque será pois que esteve preso ? O processo deve esclarecer essa questão, mas desconfio que terá sido por causa da esposa ou da família da esposa.
Na data em que ele foi preso foram igualmente presas, em Freixo de Espada à Cinta, outras pessoas, cujos processos de inquisição pode ver aqui:
http://digitarq.arquivos.pt/results?p0=UnitTitle&o0=1&v0=processo&p1=ScopeContent&o1=3&v1=08%2f1669&p2=ScopeContent&o2=1&v2=freixo
Repare no nome das duas primeiras, Joana Coelho e Antónia Coelho, as quais eram irmãs entre si e que presumo que eram também irmãs da Maria Coelho Zuzarte.
Se analisar o que consta nesses registos, verá que num deles a mãe vem referida como se chamando Maria Coelho e noutro como Maria Coelho Zuzarte.
A esposa de Manuel Monteiro de Carvalho deve pois ter ficado com o mesmo nome da mãe dela.
E muito interessante é também o nome do pai destas duas senhoras, pois a meu ver constitui mais uma pista de que estamos mesmo perante os processos de inquisição dos seus antepassados. Assim, o pai destas irmãs chamava-se Pedro Lopes da Fonseca, o que pode muito bem explicar porque razão aparece o "Fonseca" naquele registo no Brasil.
Na Torre do Tombo pode também encontrar a mercê deste Pedro Lopes da Fonseca:
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2129673
De todas as formas, ele era com toda a certeza cristão velho, mas casou com uma cristã nova, daí as filhas serem identificadas como meias cristãs novas.
Já os pais do Manuel Monteiro de Carvalho deveriam ser cristãos velhos e não devem ter tido problemas com a inquisição.
Mas isto é apenas pura especulação da minha parte. Só analisando o processo é que poderá ter mais certezas.
Desculpe o testamento, mas havia bastante a dizer.
Boa sorte
Mário César Navarro
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Carissimo Mario Cesar,
nao precisa desculpar-se pelo "testamento", eu lhe devo muito pela descoberta, pela atencao, e nao perdeu de vista nenhum detalhe para realizar uma boa especulacao, levando em conta aquele assento de matrimonio de Aracariguama de 1754 onde vemos Maria Coelho da Fonseca, que nada foi aleatorio aqui.
Causa-me certa estranheza sobre cristaos velhos sendo acusados de judaismo, podendo ser mesmo uma acusacao embutida, preparada pela Inquisicao, que tinha seus estatutos de sua propria definicao de quem e' judeu, e nao segundo a lei judaica, mas por outro lado, as 1/2s x-novas poderiam mesmo ser o motivo das prisoes, envolvendo o proprio Manoel Monteiro, mas nao sua esposa, coisa que nao compreendo sem antes consultar os ditos processos.
O material acima enviado por S.C. identifica-os, de certa maneira os bens sequestrados nao foram restituidos, e dai' o motivo da vinda ao Brasil, como mencionei varias vezes, a familia no Brasil conseguiu juntar-se a elite local, e tornou-se inclusive afinada com a familia de quem seria o governador da provincia de Sao Paulo, de 1822 a 1827, o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, tambem marido da Marquesa de Santos, que foi ligada ao D.Pedro I, como sabemos. Mencionei o testamento do filho Cristovao, que me parece ter nascido em Salvador, Bahia, suspeito de sua vida nas Minas Gerais em busca do ouro, e seus negocios e comercio de muares em Sorocaba, durante o ciclo do tropeirismo que enriqueceu a regiao, tambem sobre seus escravos mencionados nos registos de baptismos e obituarios, o mesmo com seus descendentes.
Sobre este ramo no Brasil, nao posso deixar de mencionar a endogamia da familia, os casamentos com outros Carvalhos, oriundos de Vila Real e Santa Comba de Rossas, e com a familia "de Marins Loureiro" de quem herdei o apelido, que segundo o genealogista Silva Leme, na Genealogia Paulistana, eram de Lisboa.
Vou seguir passo a passo, mas tenho a dizer que a comparacao das irmas e' formidavel, e me impressionou muito a vossa observacao.
Para o resgisto no arquivo do Tombo, demandaria estar a representar uma instituicao, ou daria mesmo da maneira comum, como individuo?
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Sobre o Pedro Lopes da Fonseca, afirmaste com certeza que era x-velho, para si, qual seria a fonte para esta afirmacao? A sua ocupacao imediatamente desvendou sua origem?
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Caro Xavier de Marins
De facto, foi estranho o Manuel Monteiro de Carvalho, que pelos vistos era cristão velho, ter sido preso acusado de judaísmo. Por isso é que eu penso que alguém se queixou daquela família e ele acabou por, como se diz em Portugal, "apanhar por tabela".
De todas as formas, só lendo as acusações constantes no processo é que ficará a saber porque motivo ele foi preso. Mas eu continuo a pensar que era a esposa dele que era cristã-nova.
Mas curiosamente não se encontra nenhum processo da esposa dele, só das que penso serem irmãs dela.
Quando o Manuel Monteiro de Carvalho foi libertado, devem ter procurado refúgio no Brasil para não virem a sofrer mais perseguições no futuro.
Relativamente ao Pedro Lopes da Fonseca eu afirmei que devia ser cristão velho por dois motivos, primeiro porque duvido muito que sendo ele cristão novo pudesse ter o cargo que tinha, e em segundo lugar porque as filhas eram meias cristãs novas, o que indiciava que um dos progenitores seria cristão velho e o outro cristão novo. Ora penso que era mais provável que a cristã nova fosse a mãe delas.
Relativamente ao pedido à Torre do Tombo, creio que tanto faz o pedido ser feito por uma instituição ou ser feito por um particular.
Finalmente, um outro aspeto que não foquei anteriormente. Como poderá constatar, os livros paroquiais dessa época são bem escassos. Nomeadamente para Freixo de Espada à Cinta não há absolutamente nada.
Mas estive a procurar o que existiria relativamente à paróquia de Marialva. Assim, enquanto que no Arquivo Distrital da Guarda não tem nada para essa época, a Câmara Eclesiástica de Lamego tem os batismos de Marialva desde 1640, o que quer dizer que em princípio ainda conseguirá encontrar o batismo do Manuel.
Esses livros foram digitalizados pela igreja Mórmon:
https://familysearch.org/search/image/index?owc=9HJ4-JW5%3A222173901%2C222173902%2C222370201%2C222370202%3Fcc%3D1928591
Assim, se for a um Centro da Igreja Mórmon poderá, se o quiser, procurar o assento de batismo do Manuel Monteiro de Carvalho, se bem que eu penso que poderá obter mais informação genealógica através do processo da inquisição.
Cumprimentos
Mário César Navarro
Direct link:
INQUISIÇÃO - INVENTÁRIOS ; BENS CONFISCADOS A CRISTÃOS NOVOS
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Continuação;
A perseguição inquisitorial se fez sentir no Brasil nas regiões mais ricas e demograficamente mais densas.
Foram no século XVII vigiadas principalmente as áreas produtoras de açúcar e no século XVIII Minas Gerais
e Rio de Janeiro. Assim mesmo os " familiares " do Santo Ofício encontravam certa compensação em ir buscar
"hereges " nas mais longínquas e desertas regiões quando as denúncias compensavam materialmente.
Na colónia Brasileira,a preocupação geral era comerciar e enriquecer. Tanto os que estavam no poder,
governadores, funcionários reais, profissionais letrados, militares, religiosos, todos queriam fazer negócio.
Com o desenvolvimento das Minas abastecimento tornou-se um problema grave,resolvido na primeira metade
do século XVIII pelos fornecedores de géneros alimentícios, gado cavalos,que vinham das capitanias de
São Vicente, Baía, Pernambuco. Muitos cristãos-novos supriam as Minas desses géneros alimentícios,enviando
carregamentos de mercadorias diversas, comMonteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermeloo podemos ver através dos inventários. Dedicaram-se depois à
Lavoura local, plantando arroz, mandioca e milho.
Sendo o trabalho das Minas realizado principalmente pelos negros, grandes lucros eram provenientes do tráfico, inicialmente vindo das zonas açucareiras e do litoral e depois de Angola. Diversos cristãos-novos
presos estiveram ligados a esse comércio.
Entre os importantes homens de negócio podemos citar David de Miranda que levava para as Minas fazendas
diversas provenientes de Lisboa, panos de linho, drogas para forros, etc., e na ocasião em que o prenderam
tinha fazenda, para ser confeccionada, nas mãos de diversos costureiras e alfaiates; Diogo Nunes comprava
e revendia bois, Diogo Ávila levando negros da Baía para o Rio de Janeiro e Minas; Gomes Nunes levava
fazenda seca da Baía para Minas Novas dos Goiases; Manuel Teles da Costa, capitão-Mor da região do Vale
de Paraíba, igualmente enviando cargas de mercadorias para as Minas,onde era proprietário de casas em Ouro
Preto, além da que já possuía na Vila de Parati.Os negócios faziam-se na base de empréstimos e o clero
católico financiava esses comerciantes e lavradores cristãos-novos e hereges . Alugavam-lhes casas e hortas,
como a chácara que Pedro Mendes Henriques alugou no engenho do arcediago Duarte Correa ,perto da cidade
do Rio de Janeiro e pela qual pagava 10.000 réis por ano. Os religiosos de São Bento, do Carmo, Companhia
de Jesus, padres em geral, aparecem envolvidos em negócios e dívidas com os cristãos-novos.
Assim também a Misericórdia do Rio de Janeiro que lhes emprestava dinheiro a juros e a Confraria Santissº
da Sé da Baía, como as irmandades do Santíssimo, das Almas,dos Passos, de S. Sebastião, situadas nas Minas
de Vila Rica.
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Apresentamos a seguir os inventários de 130 portugueses cristãos-novos residentes no Brasil ou brasileiros
natos, presos entre os anos de 1704 e 1761, provenientes de diversas regiões. Logo após a entrada na cárcere,
o réu era chamado para fazer a declaração de seu inventário. No local e na ocasião de sua prisão já havia posto
o Juíz do Fisco ao par de tudo que possuía, e entregue seus papéis, livros de Razão, suas letras, memórias,
jóias e seu dinheiro. Essas declarações. das quais os livros de Razão constituem parte das mais elucidativas,
deviam complementar o inventário de seus bens fornecido posteriormente mesa inquisitorial. Os inventários
que publicamos foram extraídos de seus processos e seleccionados entre aqueles que nos pareceram mais
completos e informativos.
O período em que foram feitas essas prisões coincide com a época da expansão da produção de ouro,estando
estando a maioria dos réus envolvida em negócios com as Minas.Suas declarações permitem-nos reconstituir
aspectos do quadro quotidiano colonial, assim como conhecer transacções comerciais, géneros importados e
exportados, jóias, roupas e móveis,escravos, ouro e prata, com seus devidos preços, além de dividas,
empréstimos , juros,nomes de mercadores,etc.Na ocasião da prisão sequestrava-se,como já dissemos, tudo o
que o acusado possuía, inclusive suas e curiosas livrarias, algumas até com mais de 200 obras sobre medicina,
direito, além de contos, comédia e poesia.
Os inventários fornecem aos interessados em história do Brasil e de Portugal uma fonte ainda desconhecida, auxiliar importante para o conhecimento da economia luso-brasileira no século XVIII. Permite-nos sentir
melhor a posição dos cristãos-novos no mundo dos negócios coloniais e aproximar-nos, através de crescentes
pesquisas, da problemática tão discutida do papel dos cristãos-novos no desenvolvimento do capitalismo e do
comércio colonial, e que tanto preocupou W. Sombart e outros contemporâneos. A maioria dos inventariados
eram brasileiros natos, e, com excepção de dois, um nascido no Rio de Janeiro e morador em Arraiolos,
Portugal e outro nascido na Baía e que vivia em Lisboa, todos eram residentes na colónia.
As profissões que mencionamos são as que vem estipuladas em seus processos, apesar de dificilmente se
poder situar o nível social pela ocupação, pois muitos profissionais e letrados eram também homens de
negócios e senhores de engenho.Todos os inventários que apresentamos, com excepção de um, Padre Manuel
Lopes de Carvalho, que era cristão/Velho e morreu queimado como judaízante, pertencem a cristãos-novos.
Mais de 50% desses eram lavradores, mineiros, senhores de engenho e homens de negócio, advogados e médicos.
--
Distribuição Profissional dos Inventariados:
Lavradores, fazendeiros, roceiros ....................................trinta e quatro
Homens negócios,contratadores,mercadores,tratantes.....vinte e nove
Mineiros ..........................................................................treze
Senhores do Engenho...................................................... dez
Advogados, juiz de fora e tabelião ...................................dez
Médicos............................................................................sete
Militares, capitão de ordenança e ten.-coronel ..................seis
Sem ofício ........................................................................cinco
Sacerdotes. religiosos ...................................................... tres
Tendeiro e vendeiro ......................................................... tres
Caixeiro ............................................................................dois
Curtidor ............................................................................dois
Capitão-mor ..................................................................... um
Mestre meninos .................................................................um
Boticário ............................................................................um
Aguardenteiro ....................................................................um
Estudante de Gramática .....................................................um
Meirinho ............................................................................um
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" O procedimento da Inquisição em lugar de extirpar o Judaísmo o multiplicava. Frei Domingos de Santo
Tomás, deputado do Santo Ofício, costumava dizer que assim como na Calcetaria havia uma casa onde se
fazia moeda, no Rossio havia outra em que se faziam Judeus. "
[D. Luís da Cunha, Fidalgo Português]
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Sc.
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Mario Cesar,
o pedido esta' a caminho.
Caso existir impedimento para receber o processo de Manoel Monteiro, pelo menos de uma das irmas.
Sobre a ocupacao de Pedro Lopes da Fonseca, podemos ver aqui, no trabalho de Marcelo Bogaciovas,
sobre a familia Pedroso de Barros, confira a pagina 6:
http://www3.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-content/uploads/2012/01/Marcelo-Bogaciovas.pdf
um meio ou completo x-novo num cargo tambem significativo.
Poderiamos cogitar que o Manoel acabou ocultando sua origem crista-nova?
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
A proposito, o casal Jeronimo Pedroso e Joana Vaz de Barros, no trabalho de Marcelo Bogaciovas, tambem sao meus bisavos...
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Caro SC.
estou acompanhando com muita atencao os textos enviados, e apreciando-os demais.
Interessante que a descoberta feita pelo Mario Cesar, e o material apurado sobre a familia no Brasil, recebem sua maior elucidacao no material pacientemente composto
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Caro Xavier de Marins
É óbvio que os cristãos novos, quando pretendiam ocupar alguns cargos, tentavam a todo o transe esconder as suas origens.
Eu próprio tenho casos desses nos meus antepassados.
Em face disso, não é impossível que as pessoas que aqui mencionámos como sendo cristãos velhos fossem, de facto, cristãos novos ou pelo menos tivessem algum ascendente cristão novo, e que conseguissem esconder esse facto.
Mas uma coisa parece certa, mesmo que o Manuel Monteiro de Carvalho fosse cristão velho, já o seu filho Cristóvão seria parte de cristão novo por via da mãe, como tal a ida para o Brasil seria sempre uma boa alternativa a fim de evitar problemas futuros com a Inquisição.
Esperemos que na Torre do Tombo digitalizem o processo e que o mesmo esteja legível, pois deve conter muita informação interessante.
Para além da genealogia, as próprias denúncias e os testemunhos ouvidos dão uma ideia de como seria a vida de Manuel Monteiro de Carvalho.
O processo de Manuel Monteiro de Carvalho não deve conter muita informação sobre Maria Coelho Zuzarte.
Mas os processos das duas senhoras devem poder confirmar se eram ou não irmãs da sua antepassada, pois na respetiva genealogia deve conter o nome dos irmãos e, caso fossem casados, o nome dos cônjuges.
Assim, se forem irmãs devem da sua antepassada devem identificá-la como sendo irmã delas e casada com Manuel Monteiro de Carvalho.
Cumprimentos
Mário César Navarro
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caro Mario Cesar,
a ocupacao do Pedro Lopes da Fonseca segundo o arquivo:
Escrivão, Selador e Guiador da Alfândega de Freixo de Espada à Cinta.
ele exercia estes tres cargos diferentes?
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Caro Mario Cesar,
O filho de Manoel Monteiro de Carvalho, a saber, Cristovao, constam duas versoes sobre o seu nascimento, a primeira e' segundo o assento de seu matrimonio com Catarina Mendes, de 1714 na vila de Itu, que afirma ser natural da Bahia, presumo que seria Salvador da Bahia, versao adoptada por Silva Leme em sua Genealogia Paulistana, e a segunda versao alegando ser natural de Freixo de Espada, segundo os assentos de casamento de alguns de seus netos, como este abaixo, de Maria Monteiro, que casou-se com Joao Alvares (ou Alves) de Sousa, natural da cidade do Porto, filha da homonima, Maria Monteiro. Repare abaixo, no final do assento, as firmas das testemunhas do casamento, demonstrando que eram letrados, a saber Manoel Monteiro de Carvalho (2o.) e Fructuoso Monteiro de Carvalho, o primeiro, com certeza e' o seu irmao, o meu hexavo, ja' o segundo estipulo que seja outro irmao, filhos de Cristovao.
Oxala' que o processo mencione os filhos de Manoel Monteiro e Maria Coelho Zuzarte (ou Fonseca), tambem!
//familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-3SPF-5?i=116&wc=M5J5-N3D%3A371919301%2C371919302%2C372451901%3Fcc%3D2177299&cc=2177299
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MARIO CESAR,
MANDO NOVAMENTE O CASAMENTO DE MARIA MONTEIRO, FILHA DE CRISTOVAO:
https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-3SPF-5?i=116&wc=M5J5-N3D%3A371919301%2C371919302%2C372451901%3Fcc%3D2177299&cc=2177299
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Mario Cesar,
sobre o processo de Antonia Coelho assim consta abaixo:
Outros Dados: TRATA-SE APENAS DE UM PROCESSO, EMBORA NA CAPA SE DIGA QUE SÃO 3, UM DESTA RÉ E OS OUTROS DE MARIA E JOANA COELHO (VER O PROC. 334. DESTA INQUISIÇÃO); FOI PASSADO À RÉ TERMO DE SEGREDO E LICENÇA PARA SE IR EM 1673-03-23.
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2354477
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Nao seria a Maria Coelho Zuzarte filha?
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Caro Xavier de Marins
Estive a ver os casamentos que colocou. De facto, é pena não existirem os livros paroquiais dessa época de Freixo de Espada a Cinta, a fim de confirmar se o Cristóvão teria nascido ou não em Portugal.
Relativamente ao processo de Manuel Monteiro de Carvalho, com certeza que mencionará os filhos já nascidos. Tenha no entanto em atenção que quando ele foi preso já era casado mas tinha apenas 22 anos de idade, pelo que não sei sequer se já seria pai nessa altura.
Também vi aquela nota que mencionava uma Maria, espero que seja a esposa de Manuel Monteiro de Carvalho.
De todas as formas, como já lhe referi anteriormente, esses dois processos das irmãs mencionam com toda a certeza o nome de todos os irmãos dessas pessoas (e respetivos cônjuges caso fossem já casados), pelo que terá logo a certeza se conseguir consultar esses processos.
Cumprimentos
Mário César Navarro
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Mario Cesar,
boa noite,
pode ser que ficarei somente com as hipoteses mesmo, pois recebi resposta negativa sobre a reproducao do processo de Manoel Monteiro de Carvalho:
Na sequência do seu pedido de reprodução, informamos que o documento encontra-se em mau estado de conservação e em risco de perda. Necessita de uma intervenção prévia de conservação para ser manuseado em segurança, o qual irá integrar a lista de documentos a intervencionar pelo nosso Gabinete de Conservação e Restauro.
Pelo exposto, informamos que o pedido de reprodução foi cancelado.
Mas pensei positivo e ja' fiz o pedido do processo de Antonia Coelho, no qual consta que:
Em janeiro de 2015, o documento foi intervencionado pelo Gabinete de Conservação e Restauro do ANTT.
Creio que por ja' esta' disponivel para uma possivel reproducao.
Pode ser que haja outro servico de modo a nos transcrever o conteudo parcial ou completo do processo, poupando tempo e energia no decifrar a caligrafia e os possiveis deteriores do tempo.
Tens outra ideia?
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Mario Cesar,
Da minha parte, nao me resta duvidas de que se trata realmente do processo do meu bisavo, levando em conta um resultado demografico de Freixo Espada a Cinta no seculo XVII, o qual nao deveria ultrapassar uns quantos mil habitantes, ou ate' mesmo centenas, em torno daqueles anos, nao suspeito que haveria mais casais homonimos, e ambos com a mesma sogra de nome Maria Coelha Zuzarte, o nome do casal foi mencionado naquele assento de matrimonio de Cristovao M.de Carvalho de 1714 em Itu' identico ao processo, e inclusive aquele assento de matrimonio de um dos netos do processado, Manoel M.de Carvalho, em 1754, onde veio a constar o nome de Maria Coelha da Fonseca, que a principio suspeitei de um equivoco, mas pelo progenitor da mesma, chegamos a conclusao que nao foi um lastro de equivoco lancado no termo lavrado, se bem que nestes nomes, os apelidos persistiram em sua uniformidade, e somente no de Maria Coelha Zuzarte ao adoptar da Fonseca, veio denotado o costume lusitano na adopcao de apelidos. No Brasil e' comumente o costume da opcao d e apelidos a adoptar conforme a vontade do individuo, eu tenho minha 5a. bisavo, Manuela, descendente do casal processado em Freixo, que em seu casamento foi registrada como Manuel Martins Monteiro, e depois, no nascimento e falecimento dos filhos, apareceu como Manuela Martins Claro, pois era descendente do ilustre sargento-mor Joao Martins Claro, e o seu marido, como Daniel Antonio de Carvalho, sendo que no seu casamento constou como Daniel de Carvalho Bayao, desconheco os motivos, mas ele acrescentou o Antonio e omitiu o Bayao.
Os nomes sao incrivelmente os mesmos conforme o processo, as datas, tudo se encaixa, e sem esquecer que o assento de matrimonio do filho em 1714 em Itu' menciona que os processados eram de Freixo de Espada a Cinta.
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Mario Cesar,
bom dia,
ontem dia 14 mandei a voce duas mensagens,
voce recebeu-as?
Obrigado,
Aaron
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Caro Xavier de Marins
Recebi as suas mensagens, mas estava fora de Portugal e só hoje voltei ao ativo.
Pois é, o problema desta documentação é que muitas vezes precisa de restauro o que não possibilita a sua reprodução.
No caso do processo de Manuel Monteiro de Carvalho ele vai para restauro, não se sabe é quando esse restauro estará concluído.
Mas eventualmente o outro processo poderá ser reproduzido, e a partir dele poderá saber mais sobre a sua costela cristã-nova, a qual acredito que provenha da sua antepassada Maria Coelho Zuzarte.
Fiquei entretanto a saber de mais alguma informação relevante, mas é muita coisa para lhe enviar por esta via.
Assim, vai receber um email com o título "Pedido de Contacto". Responda a esse email a fim de eu poder enviar-lhe alguma informação por essa via.
Entretanto, e para aguçar-lhe o apetite, aqui envio o processo de inquisição do avô de Manuel Monteiro de Carvalho, que tinha o mesmo nome do pai dele, António Monteiro de Carvalho:
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2355102
É curioso como, apesar de ser cristão-velho, mesmo assim teve problemas com a inquisição. Era sina da família, pelos vistos.
Cumprimentos
Mário César Navarro
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SC
notando pela semantica, a nomeclatura inquisitorial define o que seria um judeu a sua revelia. Expandindo
assim a nocao de quem seria o judeu, e com isso, completando e adicionando ao seu rol de quem seria
o judeu a perseguir etc. Os estatutos foram criados conforme os interesses do governo pretendendo uma coesao ideologica dos suditos a aplicar sua autoridade ao tao extenso dominio de alem-mar, seus interesses economicos e de sua burguesia, ou reparar danos e todas as vicissitudes de seu reino, e tambem fariam parte do ensejo o cobicado modelo espanhol que foi o instrumento da unificacao religiosa e ideologica de Castela e Aragao, a Inquisicao um instrumento antiquado e ultrapassado na epoca, foi reanimado e adoptado como sendo o instrumento para o governo portugues reforcar sua autoridade e ter as gracas da religiao catolica. Criando ai' o seu modelo proprio de inquisicao, que chamamos de Inquisicao Portuguesa com toda sua terminologia, e as definicoes de quem seria judeu, sem duvida extrapolaram em muito sobre quem seria de verdade um judeu. Os termos usados, como 1/2 cristao novo, 1/4 cristao novo...nem sempre o 1/2 cristao novo seria judeu, caso sua mae fosse crista-velha, na lei judaica, somente a progenitora sendo judia - o seu filho seria judeu, ao contrario - nao, que estaria completamente descompromissado com qualquer mandamento e encomendanca judaica, e sem qualquer ligacao com o povo judeu, tudo bastando um progenitor ser judeu e a progenitora nao judia ou crista-velha. Realmente a Inquisicao extrapolou o que na verdade seria um judeu de verdade ao estar a procurar a "quantidade de sangue judeu" que maculava as almas, nem todos que padeciam da nota, e afamados por serem cristaos novos, seriam judeus. Essas leis raciais como sabemos foram reproduzidas no seculo passado como motivo para liberar o exterminio de milhoes de inocentes, e mesmo ai', a Inquisicao extrapolou a definicao ideologica nazista sobre quem e' judeu, como sabemos.
O interessante e' deparar-se como esses conceitos se reproduziram na mentalidade portuguesa e a sua repercussao e mais curioso ainda, quando os refugiados chegaram nos territorios liberais , como em Amesterdao e mais tarde em Londres e Hamburgo, cuja orientacao judaica seria a ortodoxa, e muitos nao seriam considerados judeus de acordo com o Judaismo, e nao existe a solucao de promover compulsorias conversoes para dar um jeito, porque segundo o judaismo da Tora', a conversao dever ser feita somente conforme o interesse unico de querer cumprir os mandamentos e seguir a Tora', nao por motivos alheios (por ser a esposa judia e os filhos judeus, ou vice-versa), ou se a posicao ortodoxa em Amesterdao seria fraterna para a salvacao e acolhimento dos refugiados da Nacao seja quem for, tambem haveria o dilema - negar em oferecer a conversao seria desincorpora-lo da comunidade, e se o mesmo retornasse a Portugal ou Espanha, correria o fortuito risco de ser aprisionado sobre a sua "fuga" do reino portugues, se bem que e' sabido que cristaos novos retornados ao judaismo no Norte da Europa, nao deixavam suas conexoes de lado, e empreendiam viagens inclusive para Portugal e Espanha e obviamente, disfarcados.
Como no dizer de Morin, lembrado por Anita Novinsky -" ser um judeu entre nao judeus e um nao judeu entre judeus", dilema complexo.
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Saber ler e escrever!
-
Caro;
Verifico que já deu uma vista de olhos pelos livros da Anita Novinsky; Como saberá esta
escritora veio da Polónia em 1941 com os pais para o Brasil, tinha um ano de idade.
Será uma das poucas figuras-publicas que se dedicou à causa dos Judeus.
Por vezes fazemos grande confusão sobre quem eram os verdadeiros Judeus?. Foi buscar
parte de um texto da Confreira Maria David, para dar uma ideia simples:
"Há um traço comum a todos os descendentes de judeus e cristãos novos: saber ler e escrever, no mínimo. Sabe porquê? Porque a sua religião (a observância à Lei de Moisés) a isso obrigava. E era até frequente encontrar esse traço nas mulheres! Eram elas que passavam o testemunho no seio das famílias, liam os livros sagrados e substituíam até os homens nos negócios, quando eles partiam ou morriam. Pense assim e não querendo ir muito mais longe no tempo: quem sabia ler e escrever, por exemplo, em 1600? Alguns nobres, muito poucos (e sendo apaixonada por História sabe que a maioria dos reis era analfabeto), o clero, os homens de leis, os físicos...e os judeus (fossem eles lavradores, ferreiros, sapateiros, tendeiros, tosadores, curtidores, etc, etc, etc.). À luz da nossa cultura actual, relembrando a vida no interior do país e não é preciso ir muito atrás, bastam os finais do século XIX, o analfabetismo era quase generalizado, com as excepções acima mencionadas. Contudo, até um simples pastor de ovelhas, se fosse descendente de cristãos-novos, sabia ler e escrever."
Museu da Tolerância:
https://www.youtube.com/watch?v=wwLi-ZZ981g
Bom, por agora é tudo, até à próxima oportuniade.
Sc.
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Saintclair,
com razao, de facto, nao pertenciam a privilegiada Nobreza local, nao tinham brasoes...
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António Miguel Alves de Freixo de Espada a Cinta, e Angela Camila de Fornos , Freixo de Espada á Cin
Caros Senhores e Senhoras ,
Dentro da mesma linha de pedido e preocupaçao de pesquiza e questoes , apesar de muita mais escassas referencias concretas dos arquivos (ainda, assim espero) procuro ascendentes directos meus a que nao consigo eu ir mais longe . (tb me pergunto e peço se ha referencia registo se sao descendentes de cristaos novos , pelas profissoes ou seja o que for ) esta minha familia da parte de Freixo é muito grande "Alves", e gostaria de pedir ajuda a seguir seu rasto , para saber quem foram , nao so a linha paternal como tb a maternal (amgelica camila de Fornos , Freixo de Espada á Cinta .
nao consigo avsnçar mais e ha poucas plataformas ou nenhumas fora os arquivos digitais e torre do tombo (que é um serviço espantoso e maravilhoso , porém nao consigo ir muito alem e talves alguem tenha registo desta minha familia ou me pode ajudar a seguir linha para traz)
o que tenho :
Hirundina Julia Alves 1.2.1902 , n.e. (morte por cancro 1977) Freixo de Espada á Cinta
cc Francisco António da Cruz , n. 13.05.1893 Ribalonga , Alijó , (Lamego) Vila Real filho de Joao Ribeiro , datas n e morte (?) cc Rosa de Jesus , Freg. de Palheiros, Murça, Vila Real datas n. e m. (?) e irmao de José Ribeiro - foi para o Brasil morreu em Noura , Murça -> cc (?) e 2 filhos , masculino e feminino , ambos ficaram no brasil, ou descendentes de ambos , a filha morreu lá . o filho nao é certo se voltou tb para morrer em Noura) (esta famila do meu avô nao consigo chegar nem avançar sequer , tudo muito obscuro e ninguem sabe nada . mas este é a sala de Freixo e por isso adiante .. :
H.(por vezes registada : Erondina) Julia Alves,
-Filha de Antònio Miguel Alves n.em 5.1.1867 , Freixo de Espada á Cinta cc Angélica Camila em Fornos em, 1698 (reg. n.º 3/1898, freguesia de Fornos – Freixo de Espada à Cinta, Cota: (ADBGC/PRQ/FEC01/002/00044/Cx5, fl. 2-2v.), datas extremas [1891/1891] );
nascida em 2.9.1857 (Batismo de Angélica Camila, 1857, freguesia de Fornos – Freixo de Espada à Cinta, Cota: (ADBGC/PRQ/FEC01/001/00002/Cx1, fl. 104v.), datas extremas [1838/1859] ) ; filha de Thereza de Jesus e de Joao de Deos ( datas nascimento e local nascimento (?) de Fornos , Freixo (?), morte a 16 de junho ou setembro de 1933, (quais as ocupacoes exercidas , profiçoes e registos mais para trás ? . nao consigo avancar mais aqui tb .
António Miguel Alves , tinha um irmao (ou muitos mais ) que eventualmente se chamou Manuel Maria Alves cc Ana Luiza Bolota que tiveram 9 filhos (todos Alves de apelido ) um Alves filho deste ou de outtro irmao de António Miguel Alves, ou um irmao do seu pai ? que nao tenho nome , foram para o Brasil , ha fotos de Cartao de Primas da minha Avó Hirundina em Sao Paulo, mas nao sei nomes para seguir as pistas
de qualquer maneiro gostaria primeiro seguir para tras em linha recta ou nao de Alves e suas esposas, nao só o maridos .
e por fim o ultimo registo que tenho : sem datas nem informaçao alguma sobre estas pessoas, profisoes ( parece que teve varias e chegou a ser presidente da junta de Freixo ? (história oral mas nao sei como verificar isto se é um facto . facto é que enriqueceu ou ja era e era proprietário de muita terra em Freixo , penso que será um exagero e tinha 4 casas em freixo , deve haver inventário e heranca mas nao consigo saber qual a a data da morte sequer para conferir estes factos orais .
o pai de António Miguel Alves :
Joao António Alves (nao sei data de nascimento, suponho n. em F. Espada á Cinta acho que é uma Familia muito antiga local) cc Maria dos Remédios Fernandes (Alves) ( de freixo Tb?)
pode me ajudar retroceder no tempo e tentar saber se ha indicacoes de facto de sermos descendentes de cristaos novos - nao quero ir por estérótipos "racistas" mas tanto meu pai como minha Avó tinham um grande nariz bem curvo ("tipico cliché de "judeus" ) meus tios (profissoes esteróptipas , mas que hoje nao dizem nada , ambos profissoes nas finanças , meu pai tb mais ou menos : numeros, listas : foi chefe dos correios, (nao em tras os montes) todos com gosto e pratica hobby retomado após aposentacao, pela escrita, desenho, pintura, escultura , leitura, etc. ( talvez isto seja caractarística comum transmontana, tal como outras caractarísticas "tipicas").
Estaria muito grata se me me ajudassem a descobrir minha familia . nao penso que sejam de origem nobre, mas tb preciso saber mais sobre estas pessoas e estas linha de freixo (feminino como masculino e se ha registo na inquisicao ( sabendo de antemao que nao significa muito e " fabrica de judeus" ) estou ciente . mas gostaria de apoio e partilha de informacoes sobre minha familia (transmontana de um lado e algarvia do outro lado) o quao mais para trás possivel .
Agradeço antecipadamente a vossa atençao e disponibilidade para ajudar.
Gostaria de expressar os meus cumprimentos pelo louvável ajuda a que se prestam todos aqui do muito que ja li e tentei ver se antes de pedir ajuda descobriria nas salas ja respostas para minhas questoes ou topicos relacionadaos com os meus nomeadamente nas regioes apropriadas.
ja consegui reunir alguma informaçao, a começar do nada (inclusive na pesquiza online nas paróquias para confirmar as informacoes que tinha se correctas etc mas tanto para um lado como para outro nao consigo avançar . e noutras nao encontro como fazer as ligacoes (nas suspeitas de continuidade de familiares eventualmente relacionadaos desta vez do algarve .. portanto nao nesta sala).
Qulaquer ajuda ficarei extremamente grata .
Cumprimentos,
A. B. da C.
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A. B. da C.
Os seus progenitores de onde são?
e os seus avós[pat. e mat.]?
Sc.
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Freixo de Espada a Cinta,
Caro Saintclair
Olá Boa noite
Obrigada por reagir ao meu "socorro".
os meus pais sao de Tras os Montes (Freixo de Espada á Cinta ambos / Alijó e Murça) e Algarve ( Vila real de Santo António -> e Castro Marim / Portimao (Sao Bartolomeu de Messines , Estômbar , Mexilhoeirnha - Estômbar, Silves , Alcantarilha, Pêra , mas faltará muito mais ou sao locais destes sítios).
A. B. da C.
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Freixo de Espada a Cinta,
Correcao : com "ambos" ( estava a referir-me aos pais do da minha avó lado paterno), perdao.
A. B. da C.
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Realmente, nao recorra a estereotipos e o que considera "cliche' de judeus", tais como nariz aquilino, avido para negocios, vocacionado as artes, zaragateiro (talvez ? Algures escutei empregarem termos absurdos) etc., o que seria uma perda dilatarmo-nos com estas estrambolicas incongruencias. Para um coerente entendimento do caso genealogico por si desejado, precisa evitar de todas maneiras em desviar-se da expansao d'um imaginario que conta ser todos os judeus e cristaos-novos em Portugal como os poderosos empresarios! Eis, que tipo de grande negocio se poderia empreender de Rebordelo, Lagoaça, Vilarinho dos Galegos, Chacim, Vinhais, Freixo de Espada à Cinta, ou lugares semelhantes, ou mesmo de Bragança ou de Castelo Branco? De acordo com o padre Antonio Vieira ao fazer alusao a estes lugares quando escreveu no século XVII: "havendo muitas terras neste reino em que quase todos ou a maior parte dos vizinhos sao desta nação, os quais vivem miseravelmente, sempre súbditos e sem ocuparem os cargos honrosos ". E de uma parte, considerar os ritos criptojudaicos nas localidades, de nao serem considerados meros vestigios folcloricos entre pessoas sem instrucao, e fossilizados sem qualquer valor religioso assim como existem remanescentes da idade da Pedra no comportamento de algumas pessoas, e de facto, sobre isso, tivemos uma onda de historia antropologica e por isso leva-se muito a serio essas tradicoes hoje em dia.
Poderia Ana Gomes ter criado seu topico, para expandir ainda mais temas concernentes a Freixo de Espada a Cinta.
Cumprimentos.
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Mais concretamente : meu pai é de Bragança 18.1.1935-21.9.2015 (cancro) , filho de Francisco António da Cruz , 1893 Ribalonga , Alijó e , Filho de Joao Ribeiro , Ribalonga, Alijó e de Roza de Jesus , de Palheiros, Murça
e filho de Hirundina Júlia Alves , 2.1.1902 Freixo de Espada á Cinta m. Braga 5.10.1977 (cancro), Filha de António Miguel Alves , 5.01.1867 Freixo de Espada á Cinta e de Angélica Camila n. 2.9.1857 em Fornos, Freixo de Espada á Cinta , m. 16 setembro (acho) de 1933
minha mae 15.8.1927 Portimao , é filha de Antónia do Sacramento Franqueira Gonçalves n. 12.3.1905, Portimao, que por sua vez é filha de Joaquim Gonçalves n. 8.11.1873 Portimao e de Antónia do Sacramento Franqueira , n 16.10.1874 Estômbar
e de Joao Gomes Baptista Jr. n. a 5 de maio ou junho de 1895 , Vila Real de Santo António , filho de Joao Gomes Baptista n. em Castro Marim , nao sei data n. nem morte e de Feliciana Rodrigues Ribeiro (Gomes Baptista) n. sei data n. nem morte , localidade tenho de rever se de Vila real de Santo António ou Castro marim ou outra localidade ali perto .
Era mais ou menos isto, (tenho de fato contas online em sites genealógicos para ver se encontrava parentes , ou coincidencias que desconhecia , procura de registos para avançar ou se decobria mais , mas nao consegui nada . Mas sim, sao todas minhas, fora uma que é uma linha da minha mae da parte minha mae que é do meu tio avó de Portimao (Joao Ramos Franqueira Gonçalves) , ao qual nao tenho acesso e a qual me foi partilhado alguma informaçao que tenho querido confirmar com os registos das paróquias, mas em no registode Estômbar, nos "Batismos" de 1874 , o livro está impossivel de ler . Está com a tinta tresladada ... ) e por isso fiquei sem poder confirmar o resto , mais umas 3 geracoes mais para trás (penso). Nao tenho datas, infelizmente. Só os nomes.
Nao sei se isso lhe interressa, mas fica já a informacao .
Agradeço antecipadamente a disponibiliadade / dedicacao e ajuda.
A. B. da C.
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http://rumsey.geogarage.com/maps/g2612025.html
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Ana;
Enviei o mapa Portugal ano 1780, onde poderá
percorrer as localidades vizinhas de Freixo de Spadacinta.
Sugiro que crie um tópico-próprio, para não haver confusão
entre temas.
Conhece F.E.Cinta?
Sc.
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Alves de Freixo de Espada a Cinta,
Olá boa xavierdemarins
Sim tem toda razao de talvez precisar de um tópico novo ,
Eu sou nova aqui pensei que perguntaria primeiro ou ver se alguem está disponivel ,
Eu irei entao em seguida clicar no " iniciar novo tópico " mas onde vai aparecer depois ?
Quanto ao seu comentario aos ditos clichés , concordo com tudo que diz ( e achei imensa piada tal e daí eu nao quere ir por aí e precisar algo mais sólido que isso,) e tb me parece lógica a frase ou comentario do Padre António Vieira quanto á sua pobreza e nao serem ricos . poderá haver os que fossem mas tb haverá os jornaleiros , sardinheiros , ferreiros .etc em fim uns pobres desgracados , mas submissos nao sei se seriam . o que pode causar eventualmente confusao nas cabeços devido aos esterótipos é essa mania que os judeus ou critaos novos eram TODOS ricos . Já agora por volta dos anos 1950 "sabia se " ou pensava -se que as minas a extracao de Ferro/metais, por exemplo o "Ferrominas " em Moncorvo , eram todas exploradas por "judeus" ou aqueles judeus mais ricos . nao sei se é verdade mas parece me que o facto de se ter estérotipado que cristao novo ou judeu = mais ricos , destacam-se da sua própria identidade pelo facto de nao o serem . Outra coisa : Muitos agricultores parece me , em freixo pelo menos , nao trabalhavam para ninguem a nao ser para si mesmos , acho , isso quer dizer tinham Terras que cultivam e vendiam ou faziam sua propria industria e mais tarde eventualmente nem isso mas ficaram somente agricultores com suas proprias terras . "no masters digamos" em forma de Comunidade de auto mutua . os clischés so fazem sentido um pouco e as vezes mas nao em todos os contextos . muito menos os que aprenderam a serem auto suficientes. è pena que nao haja estudos ou nehum .. isto nada tem a ver com geneologia mas com história e a pouca coisa de facto relacionadao com cristaos novos ou descendentes de cristaos novos (de judeus) sem ser no sec XV/XVI de freixo espada á cinta ou outras localidades que se sabia havia comunidades judaicas ou de cristaos novos felizes ou nao como cristaos praticantes ou ainda com vestígios de criptojudaizmo sem o saberem . Eu recuso me a tirar conclusoes pelos cliches ou por uma terra . por que nao é asim tao simples . todas essas localidades que refere e que sao refereidas nao se pode esquecer que era no entanto um minoria numa localidade e que funcionavam como comunidade e que hoje estao sim ligados á terra . digo eu o que tb contradiz o cliché das proffisoes ou ocupacaoes (nomeadamente hoje) ( ou será que o comentario de Padre António Vieira tem razao em dizer quase todos dessas lecalidades eram ? ) Nao ha pesquiza e estudo concreto que eu saiba actual juntamente com geneologia que remonte até antes de mudarem de nome ate hoje. E como sabemos os processos de inquizicao podem ajudar mas tb nao sao certeza de nada uma vez que " clichés esterótipos " e muitos outras ignorancias e zangas em jogo entre vizinhas ou familiares que nos ultrapassam . como filtrar isso ? eu penso que a minha familia , ou tenho um feeling , que meus antepassados podem dar alguma luz nisto . mas é algo muito maior que eu sozinha alguma vez consiga . acho.
Obrigada porém com seu contributo e comentarios . Ele foi apreciado :)
Cumprimentos
A. B da C.
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Saintclai
lindo mapa !!
tenho este tb :)
https://www.wdl.org/pt/item/470/view/1/1/
Sim, irei fazer novo Tópico . (Sou nova aqui nao sabia , nao quis intrometer ou incomodar, peço imensa desculpa ( já pedi tb a xaviermartim).
Quanto ao meu assunto alguem me pode ajudar ?
Quanto a sua perguna:
Nao . ainda nunca fui a Freixo de Espada á Cinta . Mas.. isso nao está a desviar um pouco do tópico ao qual vim aqui?
Cumprimentos.
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Ana,
nao precisa desculpar-se, seja bem vinda.
Todo material que chegar-lhe as maos sera' de grande utilidade, para pesquisas os processos de Inquisicao podem ajudar sem duvida, eis que o criptojudaismo persistiu em Freixo de Espada e adjacencias mesmo depois da intensificada perseguicao na segunda metade do seculo XVII, e foi seu importante nucleo dentre outros transmontanos. Naquela epoca e' de supor-se que nao estavam guiados pelos estereotipos, pois tudo era mais obvio e nitido do que teria decorrido com a migracao e posterior assimilacao quando apenas sinais isolados persistiram, e tal exemplo desaparecido do cenario portugues.
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http://rumsey.geogarage.com/
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xavierdemarins
obrigada ! :)
Sim é essa a idea , sem dúvida mas preciso de epsquizar muito mais para trás .. e estou empancada . Hesitei muito em estou aqui como ultimo recusrso para ver vou avancando . já estou inscrita aqui a um ano , mas so agora finalmente tive o atrevimento de pedir ajuda aqui pois so de ler a ver se encontro nomes coincidentes nao cheguei a parte nenhuma obviamente, nem por sombras.
Nao sabia que Freixo já foi um dos maiores centros de cripto judaismo em Portugal , conhecendo o caso do Belmonte . nunca encontrei ainda nada sobre isso que o diz que foi . é suposto e sabe se que foi uma das comunidades fortes de judeus , mas isso sec XV e XVI e nessa altura havia industria , (artesanal) mas havia que prosperou . (da parte do meu pai ha do meu avô e da minha avó linhos artesanais e lenços de seda provavelmente de freixo , mas isso deve ser como cada portugues pelo menos do norte ter um galo de Barcelos na cozinha) em fim nao sei . cresci fora do contacto com eles. nao sei de nada mas gostava saber e procuro saber e ler tudo que possa mas nao chega é preciso geneologia e tb como disse eventuais processos de Inquisicao se conseguir chegar a essa epoca, e se houver processos, pois podem ter vivido já tao isolados e unidos como ainda os sao hoje que nunca foram lá parar. Mas cristaos (já) o sao . se todos nao sei perdemos o rasto dos mil primos que se espalharam. Se alguma vez o nao foram. nao sei. Pesquizo sempre sem certezas de nada ate houver indicacoes mais concretas .
um que diz que é tb primo 2 ou 3 grau da minha avó ( perdi a conta) "diz" que o abada de bacal tb era um primo . diz se muito coisa pelos vistos , que eu saiba o Abade de Baçal era de BAÇAL , Braganca e nao de Freixo SPADACINTA :) . vou ter que tentar saber quem disse isso . E se tem lógica/ veracidade provável ou verificável (registos) pelos menos certo é que é da idade mais ao menos do meu bisavô António Miguel Alves podia ser um primo directo se seu pai tivesse irmaos e um casou em Baçal .
È aqui neste site e Forum, penso que é minha ultima chance de chegar algum sitio, para tentar descobrir desvendar estes misterios ou dismistificar e ir avançando no caminho certo.
Se souber mais dicas ou leituras / informacoes ou comentarios para avancados, ( agora já tenho topico pr´próprio e novo) ficaria extremanente grata se partilhar comigo.
Obrigada e
Boa noite
A. B.
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Freixo de Espada a Cinta,
saintclair:
Simplesmente maravilho. wow . INTERNET LOVE.
já tenho novo tópico .
http://geneall.net/pt/forum/170811/freixo-de-espada-a-cinta-joao-miguel-alves-cc-maria-dos-remedios-fernandes/#a375009
Espero que me ajudem. ( "insert here puppy with a cute sad look" )
Boa noite e
Respeitosamente
A. B.
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-
Ana Gomes;
Ok. vamos então iniciar;
Pergunto; em que Localidade viveram
os seus pais; Algarve ou estrangeiro?
Sugiro que comece tudo de novo:
pais, avós, bisavós,trisavós,tetravós etc.....
Para isso terá que solicitar aos Arquivos Dist.
respectivos, fotocópia não autenticada, fica a
1 euro cada, para poder progredir da frente para
trás, assim; na presença do assento do seu pai,
poderá ver o nome dos seus avós, fazendo as
contas... cada geração +/-25 anos, pede ao Arq.
o registo dos avós, e assim sucessivamente.....
Deve indicar:
Nome completo
Data nascimento[+/-] quando tem dificuldades
Freguesia.... Concelho
Nome dos pais
etc....
-------------------
Sem estes elementos os Arquivos Distritais não podem
encontrar os assentos respectivos.
Bom, por agora deixo estas "dicas", depois se assim se
justificar, indicarei outras.
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http://adbgc.dglab.gov.pt/contactos/
http://adfar.dglab.gov.pt/contactos/
Melhores cumprimentos
Sc.
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Amigo,
A Ana Gomes, ja' tem seu novo topico... e esta' por la' esperando...
Cumprimentos.
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Freixo de Espada a Cinta,
Olá Caro Saintclair
Sim já fiz onde precisei para ver se avanço, do meu pai e mae nao precso nem meus avó apesar de ter documentos . Tudo que tenho tenho por factos ou por registos confirmados das paróquias .
Da parte que tenho e o que apontei é o que tenho . Inclusive estou á espera dos registos digitalizados que individuais de casamento de António Miguel Alves com Angélica Camila e de cada um dos seus registos de Batismos apesar de ter as cedulas de nascimento originais de cada um.
Como disse nao consigo avançar mais para nenhum lado mais . A nao ser que nestes 3 registos um deles ou todos venham mais dados relativos aos seus pais , nomeadamente datas de nascimento de pais e avós destes que duvido.
Estou com esperancas que alguem me possa ajudar ou disponibilizar se para me ajudar no meu tópico .
Se houver duvidas ou algo que me tenha escapado por favor indique me qual a parte que nao está clara.
Agradeço antecipadamente .
Cumprimentos .
A.B.
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
Boa tarde a todxs
Como posso apagar mensagens ou conteudos /informaçao descessária ou fora do contexto aqui neste tópico por mim (e outras por mim no meu tópico) .
e informaçoes expostas aqui demasiado actuais de mim ou minha familia?
#direitoprivacidadeouanonimato.
Obrigada.
Atentamente
A.B.C
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
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....Não pode apagar!
Sc.
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Monteiro de Carvalho de Freixo de Espada a Cinta, Santa Comba de Rossas e Ermelo
nao pode ser...
ReplyDirect link:
O FREIXO
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http://azinheiragate.blogspot.pt/2017/01/chao-de-couce-esta-de-luto-cronica-de.html
https://www.youtube.com/watch?v=sWMVJUbtW6U
Sc.
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A Arvore Freixo- Freixo Espada à Cinta
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....Como esta árvore foi preservada e chegou aos nossos dias!
http://2.bp.blogspot.com/_v78BwCluL7g/TH7QSWvEDEI/AAAAAAAAAPg/kZZBN2RHSRc/s1600/Aqu%C3%A1rio+Cam%C3%B5es+Julho+2010+154.jpg
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https://www.google.pt/search?q=historia+da+arvore+freixo+espada+cinta&client=ubuntu&hs=ldd&channel=fs&tbm=isch&imgil=4PEnU2MCZp7DPM%253A%253BFX-JQuFirkLSHM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Falmadeisabel.blogspot.com%25252F2010%25252F09%25252Ffreixo-de-espada-cinta-e-lenda-de-d.html&source=iu&pf=m&fir=4PEnU2MCZp7DPM%253A%252CFX-JQuFirkLSHM%252C_&usg=__dklIOM_RU1OSyTY4nsa0ZZTaGpg%3D&biw=960&bih=431&ved=0ahUKEwjwjPn0jcrRAhXDvhQKHZbAC4wQyjcILw&ei=nYp-WLDKMMP9UpaBr-AI#imgrc=4PEnU2MCZp7DPM%3A
--
Sc.
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