Afonso Costa - genealogia
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Afonso Costa - genealogia
Procuro elementos sobra a ascendência de Afonso Costa, n. em Seia em 1871.
Filho de Sebastião Fernandes da Costa, Bac. em Direito, advogado, n. em Seia em 1842, e de D. Ana Augusta Pereira, n. em Lagos da Beira, Oliveira do Hospital.
Neto paterno de Manuel da Costa, n. em Seia, e de sua mulher Clara de Jesus, n. em Lagares, Oliveira do HospitalNeto materno de Tiago Ferrão, n. em Meruge, Oliveira do Hospital, e de Maria Pereira, n. em Lagos da Beira.
Manuel da Costa (avô de Afonso) era filho de José da Costa, o Moço, e de Maria Jacinta, ambos de Seia, Santa Marinha; neto paterno de José da Costa, de Senhorim (filho de José da Costa, de Vilar Seco, e de Eufémia Paes, de Senhorim), e de Ana Lopes, de Vila Nova do Casal (ou de Tazem)(filha de Manuel Fernandes e Margarida Lopes, de V.N.do Casal); neto materno de José Caetano (filho de Manuel Caetano e de Catarina Saraiva) e de Ana Simões (filha de Bernardo Simões e de Baptista Martins), ambos de Seia, ele de St.ª Marinha e ela de S. Martinho.
Agradeço informações.
Lourenço Correia de Matos
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro L C de Matos
O Dr Afonso Augusto Costa,estadista,advogado,financista e professor,personalidade de grande relevo da acção política republicana,e que por isso mesmo suscitou muitos entusiasmos e inimizades,m.em Paris a 11.V.1937.Filho do advogado e depois conservador do registo predial em Seia....Grande Enc.Luso Brasileira,Vol VII,p.854 a 856.
Beijinhos
Maria
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Lourenço Correia de Matos,
Com o devido respeito, e se se trata do Afonso Costa em que estou a pensar, "Vade Retum"!
Um abraço
aburma
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Alexandre Burmester,
Trata-se de facto do Afonso que Costa que está a pensar! quando sair a fotobiografia com a genealogia perceber-se-á melhor os porquês da personalidade do político republicano.
Abraço
Lourenço
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Alexandre Burmester,
Meto aqui o "bedelho" para dizer que Afonsos Costas sempre os houve. Nascem, crescem e desenvolvem-se qdo o ambiente é propício.
Em outubro de 1910 os comandos das unidades militares, e mais cargos de influência no país, estavam dados à nobreza titulada e não titulada. Mas a estes ninguém pede contas.
Abraços
NB
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Nuno
Penso que o comentário de aburma se poderia talvez justificar, mais do que pelo 5 X 1910, e pelo Terror apoiado na Carbonária formiga branca e quejandos, por o que se veio a chamar de "Ditadura Democrática". O que o país rejeitou em bloco a João Franco e a D. Carlos, veio a comer e calar sob Afonso Costa, mas com sinal contrário. O que triunfa, é o ideal pequeno burguês urbano. Com o 28 V 1926, o poder passa à pequena burguesia de origem rural e católica, uma espécie de novo miguelismo sem coroa.
Abraço
Alexandre
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RE: Afonso Costa - genealogia
Alexandre,
O país não rejeitou João Franco. Andámos ao sabor do telégrafo. como em 74, ocupa-se Lisboa e informa-se a nação.
Abraço
NB
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RE: Afonso Costa - genealogia
Nuno
Nada tenho contra ou a favor da biografia ou mesmo genealogia de Afonso Costa e outros republicanos. LCM lá sabe o que faz. Estou certo q. o fará bem.
Mas Aburma, ainda q. mais novo do q. eu, foi criado no mesmo ambiente que eu, de grande desprezo por aqules figurões da 1ª república.
É muito capaz de estar a lembrar-se dos penicos que tinham no fundo a cara do Afonso Costa ou do Bernardino Machado e seus grandes bigodes... Deve ter lá livraria dos avós, "O Thalassa" o "António Maria" e "A Palavra", para além das belas biografias editadas in folio, profusamente decoradas, "Dom Carlos" e "Dom Manoel II" de Rocha Martins - o empolgante relato do terrível assassínio...
Deve lembrar-se de: "com as barbas de Afonso Costa, hei-de fazer um pincel, para com ele fazer a barba e El-Rei Dom Manoel!!!"
Por todas estas lembranças da minha infância mando daqui um grande (e solidário, como se diz agora) a aburma, ou Alexandre Serpa Pinto Burmester!
M. Magalhães
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Ditadura de João Franco
Caro Nuno
Pareceu-me que estás a falar do 5 X?
Eu falava da imposição da ditadura franquista, depois de ganho o poder municipal em Lx. e Porto pelo Partido Republicano. Quanto a isto, o pais que contava rejeitou quase em bloco João Franco, cidadãos dos mais variados quadrantes, monárquicos como republicanos, da política e da Corte, da administração, tiveram atitudes de grande ombridade e desafio, porque pensas que houve necessidade de deportações? Também ao nível de alguns tribunais, por exemplo, foi desafiado o poder, declarando alguns magistrados em sentença que a Carta Constitucional estava em vigor e o Governo não era legítimo. Nas cartas d'el Rei D. Carlos I a João Franco, de António Cabral, por exemplo, podes ver que o próprio Rei previne o 1º ministro desses perigos (um deles era para ter cuidado, que o PP da época queria nomear ministro meu Avô Tavares Festas e outro, ambos do núcleo duro do José Luciano) e das manobras que se queriam fazer para minar à nascença um Governo do Partido (esqueci o nome dele) que Franco fundou tentando primeiro governar parlamentarmente, sem sucesso. A tropa só não se manifestou no franquismo pelo prestígio militar imenso de D. Carlos, ao contrário do nenhum entusiasmo que mais tarde a não ida para o Porto de D. Manuel II despertou entre os oficiais. O único apoio, na fase inicial, negociado para João Franco, foi o do Partido Progressista de José Luciano de Castro, parece, que impôs severas condições para o mesmo, e que veio a romper-se antes de Governo, levando à ditadura pela dissolução das Câmaras e não convocação de novas eleições até depois do regicídio. Falo de cor, pois não trato disto há muito, mas ultimamente ando a ler memorias da época que confirmam este espírito, como as da Condessa de Mangualde que há pouco sairam.
Abraço
Alexandre
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RE: Ditadura de João Franco
Alexandre
Tenho por aí 4 volumes médios, chamados de séries, de "Cartas Políticas" escalpelizando todos os sucssos políticos entre 1900 e 1908.
Lá vem mencionado amiúde, o seu Avô Tavares Festas do PP. É uma edição da época que só folheei por alto.
Creio que o Consº João Franco tinha uma grande aceitação na província, pelo menos a norte do Tejo. Se bem me lembro, a expressão de "haja quem nos governe" é relativa ao próprio.
M- Magalhães
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RE: Ditadura de João Franco
Caro Manuel Maria
Concordo inteiramente consigo. A província portuguesa, morta por ter paz, e que só a obtém depois do 28 V 1926. Mas essa província também na época do franquismo era governada por elites no poder, que eram as que se manifestavam, havia caciquismo no rotativismo. E é impressionante o que aquela gente na Belle Époque se mexia em permanência acima abaixo, no comboio! É a altura em que a comunicação permanente do mundo rural com as cidades grandes do litoral se estabelece como parte integraante da vida das elites provincianas. E em que por sua vez as elites financeiras e aristocráticas de Lx. e Porto vivem no mesmo comboio, mas elas até Paris e Londres, etc.
Quanto a essa sua preciosidade bibliográfica, fico-lhe muito reconhecido se me der a referência da mesma, pois para o livro de familia que trago em preparação terei que estudar melhor meu Avô para a biografia dele que investigo e preparo, e que aliás é a maior trabalheira que me dá o dito cujo.
Melhores Cumprimentos
ATF
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Manuel Maria
AhAh... :)))))))))
Devia reunir toda essa petite histoire em edição que a publicasse integrada... Força.
ATF
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RE: Afonso Costa - genealogia
Não me diga q. não conhecia todo este "material" que referi? Não o conhecendo é porque é ainda é muito novo. Na minha meninice era normal referir as caricaturas do Bordalo Pinheiro, no "Talassa" q. aí tenho e completo, com as melhores de sempre, pelo menos até aparecer o Vilhena...
MM
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RE: Afonso Costa - genealogia
Amanhã dou-lhe as referências das tais cartas, pois terei de as procurar...
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Manuel Maria
Dos tempos de quinta, e incursões de sótãos, tresli resmas de Ilustrações Portuguezas, de Arsènes Lupins, de Rocamboles, de Camilos, de Flamas e Evas, de Jules Verne, e sobretudo do meu adorado Alexandre Dumas. Ainda não havia televisão... :( Mas Bordallos, nicles picles. Todo o material monárquico, entre o qual a última bandeira azul e branca que esteve hasteada na Câmara em Lisboa, tão grande que não se conseguiu abri-la toda dentro da sala, assim como resmas de postais da Familia Real apreendidos pela Policia de Lx., que depois de 1910 foi dirigida por meu Avô TF, e se situava atrás e pegada à Câmara, e ainda algumas pequenas jóias da FR compradas nos leilões aonde os republicanos as puseram em hasta pública para sacar $ aos monárquicos, tudo esteve escondido até partilhas que se fizeram em 1976 numa imensa arca de pau preto que nunca antes eu vira aberta, no que fora a casa de minha Avó. Ninguém sabia. Foram para ali levados, para casa, por meu Avô para não serem profanados.
Quanto às referencias bibliográficas que me promete para amanhã, fico-lhe muito grato. Se por acaso descobrir uma caricatura pelo Bordallo de meu Avô, não deixe de me dizer sff. :)
Cumptos.
ATF
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Alexandre
Toda a literatura de autores consagrados e das revistas periódicas mencionadas, tb. foram por mim devoradas nos anos 50, com grande gosto! Acrescentaria as revistas de propaganda do "Eixo" e dos "Aliados" que andavam lá por casa, onde havia 2 facções: o Pai, pró britânico, admirava Sir Winston, o Marechal Visconde de Montgomery, "o Monty", e um outro general escoçês, cujo nome não me lembro agora, o tal q. não dispensava os "bagpipper" em acção, nos momentos mais cruciais! A minha Mãe, posto q. embirrasse com o Hitler e as suas SS, admirava Rommel, Von Rundstedt, Arneke e outros figurões de monóculo, oriundos da Wermacht Imperial...
Sir A. Connan Doyle prendeu-me largas horas, com Sherlock Holmes e o Dr. Watson... Julio Verne, na sua 1ª edição em português, (única herança q. o Pai recebeu do Conde de Ariz...) fez a minha felicidade, muito me instruindo com o engenheiro Cyrus Smith e divertindo com Pancrof... Li e reli tudo vezes sem fim, com a maior satisfação. Tb. me lembro de ter lido (clandestinamente) "O Crime do Padre Amaro" e J. P. Sartre e, menos clandestinamente, "O Mosquito", "Condor" e o "Cavaleiro Andante"...
Bons tempos esses... o pior é q. não me sobrava tempo para alguns manuais escolares...
Pois saiba q. a minha querida livraria é 95% realizada por mim, com excepção de 1/2 dúzia de livros que me deu a minha Mãe, a minha Sógra e o meu Tio e Padrinho, F.X. Meirelles. Os livros melhores foram comprados para matar saudades da livraria do meu querido Avô António, pessoa de raro encanto e muita cultura, mas, cuja livraria foi dispersa em partilhas. Como, muito naturalmente, nada me coube, fui-os comprando um a um, no correr dos anos. Hoje creio que já refiz toda a livraria do meu Avô!
Vejo-me um bocado aflito para identificar cabalmente estas "Cartas Políticas" de João Chagas. Aparentemente vão de 1906 a 1910, sendo cerca de 120. A impressão é da época, mas devem ter sido lançadas no mercado, pela Parceria A.M.P., muito tempo depois, porque nas capas trás um parecer das mesmas cartas, pelo meu simpático vizinho e Mestre, Óscar Lopes. São, afinal 5 volumes, mal encadernados a plástico (pervicuir) q. custaram 1.500$ em 1978. São vários os destinatários das ditas cartas, com primazia a João Franco, ao Pe. Manuel Ançã, Teixeira de Sousa, Ricardo Durão, Hinton, SM O Rei D. Manoel, entre outros.
Por certo q. lhe interessará mais a si do que a mim...
Se encontrar alguma caricatura do seu Avô, nos Thalasssa, logo lhe direi.
cmptos.
MMM
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Manuel
Não será o Marechal de Campo Sir Douglas Haig,Conde de Haig e Barão Haig de Bemersyde,comandante do Corpo Expedicionário Britânico em França na I Guerra Mundial?
Cumprtos,
Francisco Pinto de Novais
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Francisco
Acho q. sim. Estava vivo há relativamente pouco tempo. Foi representado, e muito bem, pelo genial Kennete More, num grande filme sobre o dia D, em que aparece a dar uma bastonadas num blindado que não queria trabalhar... depois das ditas bastonados, ou talvez pela estridente grita das gaitas de foles, o bindado arrancou a cento e dusentos à hora!!! Uma figura militar excepcional! Um daqueles q. me fazem curvar diante da velha Albion, com muito respeito.
Obrigado pela lembrança!
Manuel Maria Magalhães
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro NB Alentejo,
Plenamente de acordo. É a tal situação de "o homem e a sua circunstância", o que não desculpa necessariamente o homem, em cuja liberdade de escolha eu acredito.
Quanta à "nobreza titulada e não titulada" de 1910, se realmente ocupava os lugares que refere, é pena que lhe não sejam pedidas contas.(Abro um parêntesis para saudar a gloriosa memória de Henrique de Paiva Couceiro, solitário resistente). Mas se recuarmos a 1383 e 1580, embora em contextos históricos diferentes do de 1910, de que lado estava grande parte da nobreza? E se em 1383 ainda se podia dizer que as pretensões de D. João de Castela eram mais legítimas que as do Mestre de Aviz, por via do seu casamento, apesar dos argumentos do Dr. João das Regras que de nada teriam valido se os castelhanos têm ganho a batalha de Aljubarrota, já em 1580 acho indiscutível que o legítimo pretendente ao trono não era nem Filipe II, nem o Prior do Crato, nem o Duque de Sabóia, mas sim D. Catarina de Bragança, neta de D. Manuel I por via masculina, ao inverso do Filipe. Mas enfim, a legitimidade dinástica foi reposta em 1640.
Um abraço
aburma
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RE: Afonso Costa - genealogia
Não é o marechal Haig,Manuel.Este prestigiado cabo de guerra morreu em 1928.
FPN
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RE: Afonso Costa - genealogia
O tal outro representado Kenneth More era veterano de várias guerras. Sei q. morreu fez pouco tempo da apresentação desse filme, recente, sobre o Desembarque na Normandia. Tenho ideia q. um dos seus grandes prazeres era contrariar em tudo os americanos, tal como o Monty...
MM
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Sucessões ao Trono e Direito Constitucional Port.
Caro Homónimo
Não devemos esquecer que a Infanta D. Maria duquesa de Parma (http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=3074) era mais velha que a Infanta D. Catarina, duquesa de Bragança. Em 1580 existia vivo e menor seu filho Rainuncio, futuro duque de Parma (http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=3421) , de 11 anos de idade e c.g. até hoje, tutelado pelo pai Alexandre Farnese, factotum de Filipe II.
A exclusão de estrangeiros do trono português só entra no nossso direito constitucional com a adopção das teorias forjadas pelos monges de Alcobaça, o mito das Cortes de Ourique, pelas Cortes de 1641.
Por outro lado, tendo Filipe II o português por língua materna, seria talvez considerado mais próximo que estes Parmas que de resto dependiam inteiramente dele.
A solução dinástica de 1640, portanto, repõe uma aproximação à linha antiga dos Reis de Portugal, mas não exacta. Essa linha de resto já fora cortada pelo afastamento revolucionário de D. Beatriz I, e também dos Infantes filhos de D. Inês de Castro. Pouca gente sabe que, no quadro da Guerra dos 100 anos, João I de Castela casou 2 vezes, a primeira com Infanta aragonesa, que veio a passar a Coroa de Aragão a um filho segundo, ficando o primogenito com a coroa castelhana. Do casamento de João I com D. Beatriz, 2ª mulher, teria muito naturalmente acontecido o mesmo, como de resto estava formalmente estipulado pelo tratado de Salvaterra. As coroas portuguesa e castelhana dividir-se-iam entre filhos de distintos casamentos, a par das coroas de Aragão e Castela que se dividiram entre filhos do mesmo casamento. Mas também João I ocupava ilegitimamente o trono castelhano, sonegado pelo bastardo Henrique II de Castela seu pai à descendência legítima de Pedro I de Castela, direitos reclamados pelo duque de Lancastre John of Gaunt pai de D. Filipa de Lencastre, direitos vindos ao inglês por sua mulher, a mais velha das infantas castelhanas filhas legitimas de Pedro o Cruel, rei de Castela. Como se vê, em Castela, bem antes de Portugal, já reinava uma linha usurpadora ilegitima. O casamento do nosso D. João I representou também uma ameaça ao trazer aos Aviz direitos juridicamente superiores aos de Joao I de Castela ao seu próprio trono (embora D. Filipa de Lancastre tivessse uma irmâ mais velha).
A união pessoal, e desunião das coroas peninsulares na geração dos filhos foi bem mais frequente do que se pensa. Pouca gente sabe também que Fernando o Católico (http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=2141), depois de viuvo, tudo fez para garantir sucessão separada ao trono de Aragão, e ainda teve descendência de Germaine de Foix mas que m.m. Assim Deus faz as coisas.
Por outro lado, devemos pensar que foi a revolução portuguesa que obrigou D. Leonor Teles a chamar o auxilio militar do genro. D. Fernando I deixou as coroas separadas, e uma rainha portuguesa regente até à maioridade de um neto que viesse reinar. Como a história é feita pelos vencedores, convencionou-se aceitar a ilegitimidade que Joao das Regras quiz aplicar aos filhos de D. Inês de Castro, filhos sempre tidos e havidos por todos na época como lídimos Infantes portugueses. Chega-se a insinuar que D. Beatriz I não era filha de D. Fernando, como mais tarde se fará por instigação de outra rainha ilegítima de Castela, Isabel a Católica, que insinuou o mesmo da própria sobrinha, a Excelente Senhora, para alcançar os seus fins. Nada de novo à face da terra...
Quanto ao Direito Constitucional Português, já antes de 1641 ele consagrava que os monarcas, ao tornarem-se "tiranos" ( i. é, ao atentarem contra os foros liberdades e garantias portuguesas que juravam defender e manter quando eram aclamados), podiam ser depostos. (vidè D. Jerónimo Osório, Bispo de Silves, in "De Regibus Emanuelis" etc.). Portugal e o Estado Português foram sempre mais importantes do que direitos pessoais dinásticos rigidamente interpretados. Por isso podemos dizer com verdade que cada uma das 5 dinastias portuguesas entroncava nas anteriores, mas eram uma dinastia nova. A IIIª e a Vª não tinham varonia de Afonso Henriques. A IIª manteve a varonia por via ilegítima. A IVª restaurou essa varonia, e impôs a obrigatoriedade da sucessão ao trono ser nacional. O que não impediu a sucessão brasileira em 1826, rectificada em 1828 em Cortes.
Finalmente, lembremo-nos que Portugal começa com um destes actos de sobressalto dinástico, pois que D. Tareja era a legítima Rainha/Infanta/Condessa reinante de Portugal, e é destronada pelo Infante/Principe/Rei D. Afonso e os seus Varões por não lhes convir a política ligada ao seu segundo casamento com o conde de Trava. Mas será que o afastamento de Portugal e da Galiza não tera tido consequências graves com repercussões negativas até hoje?
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Franquismo. João Chagas
Caro Manuel Maria
Lá tive que ir ver o nosso décalage de geração, pois realmente a minha infância foi nos anos 60, e não nos 50. Com tanto M, acho que o descobri aqui no GP e tem a idade do meu irmão. Lembrei-me de uma cantilena que se dizia nas longas viagens de carro até à Beira (em que também se cantava imenso) Pedro Paulo Pires Peres pobre pintor de Paredes pinta portas e paineis por pouco preço. Podem procura-lo praça Pedro Primeiro Porto Portugal Peninsula Pirinaica. :) acho que era assim.
Quanto ao mosquito e ao cavaleiro andante, tinham-me esquecido. E ainda claro todas as colecções infantis sc. XIX, a cor de rosa, em francês, e a verde, traduzida em português. Havia a BD do tempo da infância de minha Mãe, a desfazer-se, a celebre Bécassine, patusca criada de servir acabada de chegar do campo a Paris. E os livros ganhos como prémios escolares por meu pai e minha Tia Maria na I Republica, de João da Motta Prego, a maravilhosa "Horta do Tomé" e o querido "Padre Roque", onde aprendi tudo que sei sobre horticultura e apicultura até hoje.
Os meus parabéns pela sua livraria... It's a lifetime job. Já pesquisei a sua preciosa referencia, e descobri na BN que são:
" Registo bibliográfico completo
AUTORES Chagas, João, 1863-1925
TÍTULO/RESP. Cartas políticas João Chagas
PUBLICAÇÃO Lisboa : J. Chagas, 1908- ( Lisboa : Ofic. Bayard)
DESC. FÍS. v. ; 22 cm
CDU 323(469)
82-6
FONTE PT BN
NCB 120258 ". São seguidas por outro
"AUTORES Chagas, João, 1863-1925
TÍTULO/RESP. Pergunta de um republicano ao auctor das Cartas politicas / Joao Chagas
PUBLICAÇÃO [Lisboa] : J.C., 1910
DESC. FÍS. p. 81-96 ; 23 cm
COLECÇÃO ( Cartas políticas Série 5 ; 86)
CDU 321.01(469) CHAGAS
FONTE PT BN
NCB 971356" e ainda por outro "AUTORES Chagas, João, 1863-1925
TÍTULO/RESP. Ultimas cartas aos leitores das Cartas politicas / Joao Chagas
PUBLICAÇÃO Lisboa : J.C., 1910
DESC. FÍS. p. 209-224 ; 23 cm
COLECÇÃO ( Cartas políticas Serie 5 ; 94)
CDU 321.01(469) CHAGAS
FONTE PT BN
NCB 971365".
Temos portanto que os seus volumes são de 1908, seguidos de um aditamento e um complemento ao assunto ambos de 1910. Penso que a edição de sua casa, se foi apadrinhada pelo grande Óscar Lopes, será posterior, talvez comentada.
Gratos Cumptos.
ATF
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RE: Sucessões ao Trono e Direito Constitucional Port.
Caro homónimo,
Onde nos levou o insuspeito Afonso Costa, a quem indirectamente fico a dever esta brilhante lição de História Dinástica que agradeço sinceramente! Também me ocorre outra usurpação no séc. XIX mas não me vou referir a ela: muitas vozes, estou certo, se levantariam, e embora aprecie uma boa polémica, estaríamos a fugir demasiado ao tema deste forum, que é, como todos sabemos, a genealogia.
Finalmente, estou plenamente de acordo em que a separação de Portugal e Galiza trouxe consequências funestas. Acho até que o país teria lucrado em crescer para Norte, em vez de para Sul, mas adiante.
Um abraço
aburma
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro Francisco Novais,
Antecipou-se-me! Exactamente, o marechal Haig remonta à Grande Guerra (14/18) e ainda hoje é uma figura polémica na Velha (e, permitam-me, gloriosa) Albion por causa da batalha do Somme. O meu caro primo magalp, que já neste forum deu provas de ser pessoa de vasta ilustração, estava com certeza distraído.
Cumprimentos
aburma
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RE: Sucessões ao Trono e Direito Constitucional Port.
Caro Aburma
Obrigado. Faço minhas todas as palavras que diz, inclusivamente quanto ao sc. XIX. Peço desculpa se me desviei do assunto do tópico ao autor do mesmo, LCM, mas deve ter sido psicológico e inconsciente para fugir à podridão de uma época tão dura da História de Portugal. Mas a Genealogia e a História Dinástica, por um lado, e esta e as Relações Internacionais, por outro, sempre estiveram tradicionalmente ligadas. Fascinante, quanto a este tema, é o estudo da genealogia da Casa de Aviz.
Um abraço
Alexandre Tavares Festas
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RE: Afonso Costa - genealogia
Caro primo magalpendurada,
Retribuo o grande e solidário. Não tenho infelizmente nenhum exemplar das publicações e livros que refere. Mas nem por isso o meu desprezo pelo personagem em causa é menor. No entanto, lembro-me da minha avó Purificação Bettencourt ("Fication" para os mais íntimos, petit-nom que lhe foi dado em Inglaterra, onde estudou com as irmãs ao tempo da Guerra dos Boers - ! - e que era uma abreviatura da tradução inglesa do seu nome) suspirar por ele durante o PREC com as palavras: "Preferia o tempo do Afonso Costa..." E eu digo: "atrás de mim virá..." Já agora, não haverá por aqui nenhum interessado em traçar a genealogia do Companheiro Vasco?
Finalmente, prezado primo, recorro à sua ajuda em matéria de Casa do Poço: dispõe porventura de informações sobre os meus ascendentes anteriores a Jerónimo Teixeira de Carvalho * c 1760 e sua mulher D. Maria Clara de Menezes * c 1765? Presumo que também sejam seus antepassados.
Um abraço de Carvalho
aburma
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RE: Sucessões ao Trono e Direito Constitucional Port.
parabens pelo excelente discorrer sobre um tema como o das legitimidades ,peço desculpa mas a minha ignorância e o desejode aprender me levam a perguntar .... qual é a 5ªdianstia ...a Bragança-Saxe-Cobourgo-Gotha???
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RE: Sucessões ao Trono e Direito Constitucional Port.
Caro Arez da Silva
O Poder Instituido tem capacidade jurídica para determinar alteração de designações oficiais onomásticas de casas reinantes. Foi o que aconteceu em Inglaterra p.e. por alturas da Iª Grande Guerra quando os Saxe Coburgo Gotha emitiram uma declaração aonde afirmaram passar a chamar-se Windsor, devido à conotação alemã do seu nome de família.
Em Portugal, o mesmo se fez com a chegada ao trono de D. Maria da Glória, Princesa do Grão Pará, ressalvando o nome Bragança para a dinastia do novo regime. Porém os sucessores de D. Maria II assinaram-se Saxe Coburgo Gotha e Bragança, sendo duques de Saxe Coburgo, e na historiografia francesa publicada, p.e., vem quase sempre referida essa descendência como uma Vª Dinastia em Portugal, o que me parece lógico, visto ter sido imposta ao País através de uma guerra, tal como acontecera antes em 1383, em 1580, e em 1640. Quaisquer que sejam as opiniões políticas a este respeito, sob o mero ponto de vista genealógico, a última linha reinante em Portugal não detinha nem a primogenitura, nem a representação, nem a varonia da Casa de Bragança anteriormente no trono, pelo que me parece de adoptar a classificação francesa como senda mais exacta e rigorosa.
Lembremo-nos também que esta questão de querer tapar o sol com a peneira mantendo o nome Bragança para os últimos reis de Portugal se prendeu também com outro factor de grande importância, como seja a manutenção artificial e política do ducado de Bragança e seu vasto património fora do usufruto das linhas Braganças brasileira, e miguelista.
Tavares Festas
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Afonso Costa - genealogia
Boa noite procuro por informacoes de JOSE DA COSTA E MARIA JACINTA eles sao de (GUARDA, SEIA, SANTA MARINHA),,pois meu antepassado ANTONIO DA COSTA E filho deles quem puder me ajudar agradeco muito..
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Afonso Costa - genealogia
Quem pode me ajudar pois acredito q um antepassado meu ANTONIO DA COSTA seja irmao desse MANOEL DA COSTA filhos de JOSE DA COSTA E DE MARIA JACINTA CITADOS acima..quem puder me ajudar a axhar informacoes dessas pessoa ficarei grato
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