Famílias de Salir, Loulé
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Meu avô português, José Peres Mestre de Souza, nasceu em 29.05.1895, na Freguesia de Salir, Concelho de Loulé, Distrito de Faro. Estou em busca do seu registro de nascimento ou batismo. Já estive pessoalmente no Arquivo Distrital de Faro, e nas minhas buscas encontrei vários documentos da família, como registro de nascimento do meu bisavô José Peres Mestre; inventário orfanológico dos meus bisavós José Peres Mestre e Ana Peres; descobri meus tios-avós, Tomás e Maria José; entre outros documentos, encontrei o pedido de passaporte do meu avô para Santos, SP, Brasil. Mas, o que eu mais preciso, que é o registro de nascimento do meu avô, eu não encontrei. Hoje mesmo, em pesquisa na internet, descobri que minha tia-avó, Maria José Peres Mestre tinha uma destilaria de líquidos alcoólicos, e meu tio-avô Tomás Peres tinha um comércio em Olhão, de nome "Café Avenida". Se alguém ou algum descendente desta família puder entrar em contato comigo, ficarei imensamente feliz. Meu e-mail é anadelmiro62@gmail.com. Sou de Santos, SP, Brasil.
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Boa tarde Anadelmiro
Suscitou-me curiosidade este seu post. Com efeito, a sua tia-avó, Maria José Mestre de Sousa, também teve dois estabelecimentos de líquidos alcoólicos no Barranco do Velho (freguesia de Salir), os quais encerraram em 1975 (consultar links)
https://digitarq.adfar.arquivos.pt/details?id=1154549 e https://digitarq.adfar.arquivos.pt/details?id=1174853
Provavelmente tê-los-ia vendido ao Sr. José Mealha Guerreiro, o qual também passou a ter estes estabelecimentos por volta de 1977-1980. O facto de as destilarias se localizarem no Barranco do Velho, poderá querer dizer que o sua tia-avó nasceu ou casou no Barranco do Velho. Este dado era importante para tentar chegar aos seus bisavós e avô José Peres Mestre de Sousa. Poder-me-á facultar estes dados para ver se o consigo ajudar?
Cumprimentos.
Júlio Sousa
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Bom dia, sr. Teixeira... logo após ter postado aqui, eu fiz uma pesquisa no nome da minha tia-avó Maria José e descobri referência sobre essa destilaria, mas não obtive a informação de que ela havia sido vendida para o sr. José Mealha Guerreiro. Pesquisei também o nome do meu tio-avô, Tomás, aliás, de quem meu pai herdou o prenome, e encontrei um comércio de café, em Olhão. Se puder me informar seu e-mail, eu envio estes documentos. Desde já, agradeço imensamente por me escrever. Respeitosamente, Ana Cristina Delmiro.
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Noutro tópico anterior que criou sobre o mesmo assunto, tomei a liberdade de lhe dizer que, se viu o processo do passaporte do seu avô em Faro, então deve pedir cópia desse processo pois QUASE DE CERTEZA ali se encontra um assento de batismo/nascimento. Noto uma certa resistência em seguir por esse caminho, daí pressentir que as ajudas que possa ter não serão muitas mais.
Tente!
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Sim, sr. Ferreira.... o sr. tem razão. Ainda não tinha visto o outro tópico, mas vou solicitar o processo de passaporte do meu avô. E quanto à minha tina-avó, ela nasceu em Barranco do Velho, assim como seus irmãos. Obrigada por ajudar.
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Olá cara Ana Delmiro
Percorri todos os registos de 1885 até 1905 dos batismos de Salir e não encontrei o registo de batismo do seu avô José Peres de Sousa. Provavelmente teria sido batizado na igreja onde os seus bisavós casaram que presumo não ser a Igreja de Salir. Mas como diz que encontrou o registo de batismo do seu tio-avô Tomás, poder-me-á facultar esses dados para ver se a consigo ajudar? E sabe de onde é natural a sua bisavó Ana?
Cumprimentos.
Júlio Sousa
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Bom dia, sr. Teixeira.... eu não encontrei o registro de batismo do meu tio-avô Tomás, apenas constatei que meu avô José Peres Mestre de Souza tinha estes dois irmãos (Tomás e Maria José). Infelizmente a certidão de inteiro teor do meu pai não informa de onde minha bisavó Ana Peres é natural. Se eu tivesse contato com alguém que conhece algum descendente da família, talvez eu obtenha alguma informação a mais. Sabe se é possível publicar em jornal local um anúncio de 'Procura-se descendente da família tal'. Aqui no Brasil isto é possível, e realmente funciona. Agradeço mais uma vez a atenção dispensada.
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Boa noite Ana Delmiro
Tenho algumas informações para si, sendo necessário dizer, desde logo, que foi na condição de viúva da sua avó, Ana Peres que nasceram Tomás, Maria José e o seu avô José, mais tarde legitimados por casamento, exceto o seu avô.
Vamos por partes.
A sua avó, Ana Peres (Perez, de ascendência Espanhola, como provavelmente a Ana Delmiro já sabia), é natural de Cachopo onde nasceu a 30 de dezembro de 1859 (batizada no primeiro dia janeiro de 1860, registo n.º1 deste ano), filha de Bartolomeu Perez e de Constância Gonçalves. Por sua vez, Bartolomeu Perez é natural de Castellejo (Espanha) e Constância é natural de Cachopo, mas casaram em Giões, conforme é descrito no registo de batismo de Ana Perez em 1860 (Livro da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira)
Ana Peres casou com Jacinto Ramos na Igreja de Salir, na data de 23 de outubro de 1878, ele com 34 anos e ela com 19 anos (página 10v, registo n.º24 do livro de casamentos de Salir do ano de 1878). Jacinto Ramos era taberneiro, daí o negócio posterior das destilarias.
No livro pode-se ver a assinatura de Bartolomeu e o apelido Perez. Já agora, os pais de Bartolomeu chamavam-se Tomás Perez e Ana Martins.
Do casamento de Jacinto Ramos com Ana Peres houve 4 filhos, todos nascidos no Serro Alto/Barranco do Velho como a seguir indico:
-- Manuel, que nasceu a 8 de setembro de 1879 (registo n.º92, página 25);
--Maria, que nasceu a 11 de fevereiro de 1882, faz hoje precisamente 138 anos. Neste registo é nítido que Bartolomeu é natural de Castellejo, Reino de Espanha (registo n.º18 da página 8)
-- Ana, que nasceu a 19 de maio de 1884 (registo n.º54, da página 25v);
-- António, que nasceu a 21 de dezembro de 1886 (registo n.º138, da página 54).
Jacinto Ramos faleceu a 4 de abril de 1889, com 43 anos, morador no sítio do Serro Alto (antiga designação do local hoje conhecido por Barranco do Velho).
Foi assim, na condição de viúva, que nasceu Tomás a 2 de fevereiro de 1890 (registo n.º43, da página 16v). Neste registo há duas anotações importantes: uma anotação referente à legitimação da condição de pai por parte de José Mestre na data do seu casamento com Ana Peres em 4 de outubro 1897 (registo n.º19, da página 104v). Mas também uma outra anotação onde, supostamente, a legitimação fica sem efeito, que remete para a data de 5 de abril de 1935.
Maria José nasceu a 8 de julho de 1892,mas só foi batizada no dia 14 de setembro de 1893 (registo n.º 107, das páginas 44 e 44v).Também foi reconhecida e legitimada pelo casamento dos seus pais ocorrido no dia 4 de outubro de 1897 conforme anotações n.º 1 e 3 deste registo.
Finalmente, quanto ao seu avô José Peres Mestre de Sousa, não encontrei qualquer registo até 1905. É certo que ele não foi reconhecido como filho legítimo no casamento de 1897, o que contribui para adensar mais a situação.
Isto significa que, se não conseguir o que o colega J. Resende indicou, deverá contactar o Registo Civil de Loulé e expor a situação, tendo por base a anotação referente ao seu tio-avô Tomás (5 de abril de 1935) pois aquela anotação refere-se a uma petição de um documento (registo de batismo ou de nacimento) para o seu casamento. E pode ser que daí resulte alguma informação que a leve ao registo de nascimento do sei avô.
Provavelmente terá sido reconhecido na altura do testamento e esse também poderá ser um caminho a seguir.
Resumindo, o seu avô José Peres Mestre de Sousa, para além dos irmãos Tomás e Maria José, teria mais 4 meios- irmãos: o Manuel, Maria, a Ana e o António, conforme atrás descrevi.
Espero não a ter maçado com esta informação um pouco densa. Se entretanto não conseguir aceder a algum dos documentos que lhe indiquei, indique-me o seu endereço de email que fá-los-ei chegar por essa via.
Cumprimentos
Júlio Sousa
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Deus do céu, sr.Teixeira... estou maravilhada com tanta informação da família. Minha gratidão pela sua ajuda é imensa. Gostarei de um dia fazê-lo pessoalmente. Sim, já tentei vários pedidos nos Cartórios, Conservatórias e demais registos públicos, mas as respostas sempre voltam negativas. Já escrevi para Cachopo, Concelho de Tavira, Junta da Freguesia de Salir, Arquivo dos Imigrantes Portugueses... e em nenhum deles obtive qualquer informação. Somente o sr. me presenteia com tanta estória da minha família. Certamente não tenho condições de aceder a algum dos documentos que me indicou, por isso, gostaria de recebê-los em meu endereço de e-mail: anadelmiro62@gmail.com
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