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#429508 | franc.andrade | 07 dic 2020 13:45

Marisa Pires Marques na sua Tese de Doutoramento em História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa, intitulada “Mem de Sá – um percurso singular no Império Quinhentista Português” https://run.unl.pt/bitstream/10362/25475/1/Mem%20de%20S%2B%C3%AD%20%20-%20Tese%20Doutoramento.pdf
Refere, a págs. 37 que “Álvaro de Sá, neto de João Rodrigues de Sá, foi destituído do cargo de requeredor da Alfândega de Lisboa em 1464 e substituído por Álvaro Vasques, moço da capela real, por ajudar a roubar a dízima das mercadorias. Nomeado para o cargo de porteiro da fazenda da cidade de Lisboa e requeredor dos panos da mesma portaria, em substituição de João do Porto a 1-3-1475, foi uma vez mais destituído do mesmo um ano depois e substituído por Diogo Fernandes, criado régio por não cumprir devidamente as suas funções”.

Também Luís Miguel Duarte no seu estudo “Contrabandistas de Gado e “Passadores de cousas defesas” para Castela e “Terra de Mouros” “, in “Revista da Faculdade de Letras”, https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4017.pdf refere a págs. 457 que “Álvaro de Sá, requeredor do Rei nessa Alfândega, ajudara a furtar a respetiva dízima; e quando encontrava algumas pessoas que sonegavam dízimas de mercadorias à Alfândega, aceitava peitas e fechava os olhos, ou fazia o mesmo “por afeiçam e amizade”. O Rei decidiu confiscar-lhe o ofício e doá-lo a Álvaro Vasques, seu moço de capela. Passou-se isto em 7 de Novembro de 1464. Julgo que o denunciado se veio a congraçar com o beneficiário e conseguiu manter o lugar, porque voltamos a encontra-lo, em 1476, no mesmo posto, e pelos mesmos motivos: consentira que se tirassem alguns panos de uma nau de Inglaterra, fundeada defronte do Porto de Lisboa, sem que esses panos passassem na alfândega a pagar a dízima”.

Este Álvaro de Sá será o filho bastardo de Gonçalo Rodrigues de Sá (filho de Maria Martins, solteira) que terá sido legitimado em 1469 ? ( referido por Fernando Sá Monteiro no seu estudo “Sás – subsídios para uma genealogia” ? E poderá haver alguma relação entre este Álvaro de Sá e o Álvaro Fernandes de Sá, Senhor da Torre de Sá, referido por Felgueiras Gayo e que foi escudeiro do Duque de Bragança ?

Agradeço qualquer contributo sobre estas pessoas e suas possíveis origens.

Cumprimentos
Francisco Andrade

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