Busca assento de Manoel de Souza - Concelho de Penafiel; Freguesia Lagares
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Busca assento de Manoel de Souza - Concelho de Penafiel; Freguesia Lagares
Para completar uma longa cadeia de gerações chegando a um antepassado comum (e, no meio do caminho, quase certeza que ambos os ramos passaram a adotar como apelido adicional o nome de uma localidade), falta um elo crucial:
O assento de batismo de Manoel de Souza. Filho de Custódio de Souza e Maria de Oliveira, que se casaram em 04.09.1797. (Maria às vezes aparece como Vieira ou Silva também - os pais de Maria eram Antonio de Oliveira e Maria Vieira da Silva) . Os pais de Custódio eram José de Souza e (Custódia) Maria Soares.
Achei na Freguesia de Lagares, Concelho de Penafiel, os assentos de batismo de vários irmãos/irmãs de Manoel - menos o dele:
Antonio: 02.02.1799
Joaquim 22.02.1801 (deve ter falecido criança, pois em seguida aparece outro com mesmo nome)
Joaquim 20.02.1804
Maria 25.04.1806
José 05.05.1808
Perpetua 05.10.1813
Em algum momento, Manoel de Souza muda para a vizinha Freguesia de Fonte Arcada, Concelho de Penafiel.
Primeiro casamento de Manoel com Balbina Roza Rodrigues: 07.02.1833 em Fonte Arcada
Segundo Casamento com Sebastiana Roza (Coelho): 28.05.1838 em Fonte Arcada
Do casamento de Manoel de Souza com Sebastiana Roza, achei em Fonte Arcada os assentos de vários batismos de filhos:
Maria 24.06.1839
Angelina 06.02.1842
Diolinda (?) 15.01.1844
Feliciana 28.02.1845
Margarida 03.12.1846
Antonio 12.04.1849
Também achei um possível óbito de Custodio de Souza (pai de Manoel) em Fonte Arcada em 01.09.1832, mas sem muita convicção de ser a pessoa certa.
Voltando ao assento procurado. Imaginei que Manoel teria nascido entre 1808 e 1813 em Lagares: pelo intervalo de nascimentos entre seus irmãos, e pela data de seu primeiro casamento em 1833. Mas não tive sucesso em achar esse assento. Posso estar deixando de ver algo óbvio no meio de tanto assentos.
Agradeço qualquer ajuda e sugestão para conseguir fechar essa cadeia de gerações.
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Após fazer a pergunta no forum, tive a ideia de olhar os batismos em Lagares ANTES do casamento dos pais de Manoel de Souza.
E lá estava o assento, em 1796 (o casamento foi em 1797).
Aqui a imagem (primeiro registro ao alta à esquerda):
http://pesquisa.adporto.arquivos.pt/viewer?id=751261
PT-ADPRT-PRQ-PPNF16-001-0005_m00897.tif
Consta como filho "legítimo". Era possível ser "filho legítimo" antes do casamento nessa época?
Como em todos às referências a Manoel, ele sempre aparecia "filho legítimo", não havia pensado em procurar antes do casamento. Lição aprendida para futuras buscas de outros ramos.
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Caro Carlos
Podia acontecer o fato dos pais estarem já apalavrados para casarem e, por esse motivo, o Padre considerarem-no já como filho legitimo. No entanto, não é essa a razão.
Procurando o casamento, aconteceu de ver o dito na data de 19.07.1795 (imagem 1134.tif). Esta é a real data do casamento, por isso o Manuel ser filho legítimo.
Não se sabe porque razão é que o casamento está lançado novamente 2 anos depois, porque o Pároco não o menciona. No entanto, pode ter surgido qualquer dúvida na celebração do casamento, acabando por ter sido celebrado novamente posteriormente.
Cumprimentos,
Filipe
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Caro Carlos
Não mencionei mas, claro que deverá ter sempre em atenção nas suas pesquisas a possibilidade de alguns filhos nascerem antes do casamento dos pais. O casamento (ou uma eventual escritura de legitimação) legitimava a criança, por isso não é de admirar que no casamento de alguém diga ser filho "legítimo", mesmo tendo nascido antes do casamento dos pais. Muitos já mencionam "filho legítimo pelo subsequente matrimónio de …" mas, normalmente, isso sucede em assentos mais recentes.
Cumprimentos,
Filipe
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Caro Felipe,
Muito obrigado pelas respostas tão completas.
Realmente não havia visto a data anterior de casamento. Estava realizando a pesquisa do fim para o início no referido livro e, ao achar o "segundo casamento", conclui erroneamente que esse era o casamento válido. Fica o mistério das razões por haver dois registos para um único evento.
Sempre bom aprender com os que tem mais experiência no tema.
Ao olhar mais uma vez os batismos em Fonte Arcada, achei mais uma filha de Custodio e Maria: Anna, nascida em 20.01.1811. Isso praticamente eliminou a possibilidade de Manoel ter nascido entre José e Perpetua. Por isso fui olhar "antes do casamento".
A parte mais interessante de toda a longa pesquisa foi poder achar em ramos paralelos a adição de um mesmo apelido em momentos distintos. Ambos acrescentaram o nome de um mesmo lugar em Lagares ao sobrenome Souza - em momentos diferentes. São primos com o mesmo prenome (Antonio), um filho de Manoel de Souza e o outro é filho de pai desconhecido de Perpetua, irmã de Manoel de Souza. Por isso era apenas "Souza" também, por não ter nenhum apelido paterno.
Ao chegarmos em Custodio de Souza (pai de Manoel e Perpetua), conseguimos estabelecer o parentesco entre os 2 ramos. Só faltava o assento de nascimento de Manoel para completar o encadeamento, que achamos agora.
Um dos primos (o filho de Perpetua) acrescentou esse segundo apelido ainda em Portugal. E seus filhos, quando emigraram para o Brasil, já tinham 2 apelidos em todos os registros.
O outro primo (filho de Manoel) emigrou com sua esposa e 3 filhos para o Brasil. Saiu de Portugal apenas como "Souza" (conforme achamos na emissão de passaporte no Porto e na listagem do navio). Mas, em algum momento mais tarde no Brasil, já aparecem todos eles com os mesmos 2 apelidos também. E o apelido "novo" foi se passando de geração em geração.
Infelizmente, justamente para esse primo (filho de Manoel) e sua família, não consta a entrada dos passageiros do mesmo navio na Hospedaria da Ilha das Flores no Rio de Janeiro - os registros da hospedaria muitas vezes tem mais detalhes que os dos navios.
Essa foi a razão pela qual ninguém conseguia achar o assento de batismo desse outro primo (nem de seus filhos) em Portugal - pois "nasceram" filhos de pais, avós etc todos só com o apelido "Souza" por gerações.
Apenas ao resolver investigar os antepassados do primeiro primo (e nem sabíamos quem realmente era ou se havia parentesco), conseguimos chegar em antepassados comuns, em Lagares, e com várias referências ao "lugar" que acabou sendo acrescentado como segundo apelido por todos.
Não temos como provar isso com 100% de certeza - pela falta de registos - mas estou satisfeito que essa explicação tem um bom grau de probabilidade.
Agora estamos tentando achar informações sobre esse lugar - Carvalhido, na Freguesia de Lagares - para eventualmente podermos visitá-lo quando viagens se tornem possível. Até agora não achamos em mapas atuais; devia ser algo bem pequeno; talvez o nome tenha caído em desuso.
Estamos montando um roteiro de destinos onde diferentes ramos de antepassados viveram - tudo muito concentrado nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo. Algo que parecer ser comum na história da emigração portuguesa para o Brasil.
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Caro Carlos
E estava a fazer bem, a genealogia faz-se assim mesmo. Eu teria feito o mesmo e enfrentado a mesma questão. Só a localização do mesmo casamento em data anterior (o que é coisa rara mas acontece) é que esclareceu a questão do legítimo. Fica apenas o porquê da "repetição" do casamento.
Não sendo um expert na área, apesar do Pároco no "1º" casamento ter referido não haver impedimento algum, esse impedimento pode ter surgido pouco tempo depois, daí a repetição do casamento 2 anos depois.
Quanto à adição de lugares, freguesias, concelhos ou distritos aos nomes, isso era bastante comum naqueles que emigravam. Era uma forma de identificar a sua origem, apesar de um simples lugar não identificar propriamente de onde a pessoa vinha. Há lugares que se repetem em muitas freguesias, de distintos concelhos e distritos. Se não se souber a freguesia, a pesquisa pode ser como procurar uma agulha num palheiro, apesar de não ser impossível.
Por vezes é assim, apenas a pesquisa de colaterais é que nos permite deslindar certos casos, como foi o seu.
Boa sorte para as restantes pesquisas.
Cumprimentos,
Filipe
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E as "surpresas" continuam. Achei o assento de óbito de Manoel de Souza: 03.03.1864 em Fonte Arcada, Concelho de Penafiel.
Sei que é a pessoa certa pela filiação, local de nascimento e pelas 2 falecidas esposas.
Aqui Manoel de Souza aparece pela primeira vez com o apelido adicional. Ainda em Portugal.
Isso não aparecia em seu nascimento, nem em nenhum dos 2 casamentos, nem nos nascimentos de 6 filhos/as.
https://pesquisa.adporto.arquivos.pt/viewer?id=752405
Imagem: PT-ADPRT-PRQ-PPNF12-003-0010_m00774.tif
Ou seja, em algum momento, na idade adulta em Portugal, Manoel de Souza passou a ter mais um apelido.
Imagino que os filhos e netos (ao menos alguns) tenham informalmente passado a se chamar assim também - porém os seus assentos de batismo não continham o apelido adicional.
Por isso, acredito terem o seu filho e netos saído de Portugal oficialmente só como Souza (como consta no registo de passaporte). Devem ter declarado "oficialmente" o apelido adicional em algum momento já no Brasil, dessa forma "firmando" o duplo apelido para gerações futuras.
Realmente, genealogia sempre uma caixa de surpresas.
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Caro Carlos
Sem dúvida, sempre uma caixa de surpresas!!
Como já se apercebeu, os batismos apenas mencionam o nome próprio do batizado. Os apelidos eram adotados mais tarde. No seu caso, terá sido muito mais tarde (óbito do próprio) o surgimento do "Carvalhido". Seria interessante tentar localizar casamentos desses filhos. Pode ser que nessa altura já surja o "Carvalhido". É só mais por curiosidade, para tentar ter uma ideia de quando surgiu o apelido que, na minha opinião, não deve ter sido apenas na altura do óbito.
Filipe
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Nos que já olhei, parece surgir em momentos e gerações diferentes. E desaparecer. E voltar a surgir.
Por isso subi até Custodio de Souza para ver se era apelido de algum antepassado. Mas não parece ser o caso de apelido hereditário. Parece ser o "lugar de Carvalhido" que virou um apelido adicional. Talvez pela quantidade de homônimos que se chamavam "Fulano de Souza" na região.
Dos descendentes de Custodio, segui Perpetua (e Antonio, filho de Perpetua).
Perpetua tem outra filha natural (Maria em 1845). No assento dessa Maria, sua mãe é só descrita como Perpetua de Souza e os avós maternos são "Custodio de Souza e Maria de Oliveira, defunta de Carvalhido".
No óbito de Perpetua (Lagares, 23.01.1890), ela aparece como "Perpetua de Souza, filha legítima de Custodio de Souza Carvalhido e Maria de Oliveira".
No batismo de Antonio (filho de Perpetua), na menção aos seus antepassados, também não está esse apelido adicional. Quando esse Antonio se casa - aí sim aparece. E daí em diante sempre presente nesse ramo.
Também segui outro filho de Custodio, Manoel, que é o caso da mensagem anterior (onde só aparece já no seu óbito - 1853). Nesse momento do óbito, como de se esperar, seus filhos todos já haviam nascido - e sem referências ao apelido adicional. O último a nascer foi outro Antonio (em 1849). Dessa forma, aparentemente, nesse outro ramo, aparece a adição do apelido em Portugal entre 1849 e 1853.
Porém, esse Antonio se casa ainda em Portugal em 1872 - sem nenhuma menção. Em 1883 há a expedição de passaporte pelo Governo Civil do Porto para ele, esposa e seus filhos emigrarem para o Brasil. Também eram só "Souza". Na listagem do navio para o Brasil, estão como no passaporte, só "Souza". Infelizmente falta a referida entrada dos passageiros desse navio na Hospedaria da Ilha das Flores para ver se nesse momento já se declararam com o apelido adicional. O documento não está disponível (ou eu não achei).
No casamento do filho de Antonio, já no Brasil, tanto o nome do filho, como nas referências à sua filiação, aí sim já sempre estão todos com dois apelidos. E em documentos subsequentes (óbito da esposa de Antonio, de seus filhos etc).
Paralelamente, sem ter certeza se é algum desses 2 Antonios - ou um terceiro homônimo - achei em jornais da época, uma listagem de passageiros onde consta um Antonio de Souza Carvalhido (sem acompanhantes). Porém o navio "Equateur" está indo DO Rio de Janeiro PARA Lisboa em maio de 1883. Pode ser uma completa coincidência. Como não consegui achar no Tombo a listagem desse navio entrando em Lisboa, não consigo saber quem é. Curiosamente é mais tarde no mesmo ano de 1883 que um dos Antonios (e esposa e filhos) emigraram para o Brasil.
Finalmente, se não for abusar muito da boa vontade, gostaria de solicitar a ajuda para ler o nome do batizado nesse assento. É um dos netos de Perpetua (e filho de um dos Antonios). A imagem é a PT-ADPRT-PRQ-PPNF16-001-0014_m0134.tif...o Registo número 27 nessa página:
http://pesquisa.adporto.arquivos.pt/viewer?id=752593
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Caro Carlos
Já vi que pesquisou bastante e que o Carvalhido tanto aparece como desaparece. A genealogia é mesmo assim, por vezes com contradições que até nos confundem.
Não há qualquer dúvida que a origem é no lugar. E pode ser como diz, dada a proliferação do apelido Sousa, essa seria uma forma de identificar esse ramo específico, acrescentando o lugar ao nome. Assim, não haveria dúvida de quem era essa família, não fossem confundi-los com outros Sousas quaisquer …
Não abusa nada. Tudo indica que o batizado é Adriano. Apesar da letra parecer um "o", o que nos daria um nome para mim estranho, Aoriano (que parece não existir), ou eventualmente Auriano (este, sim, existe), o Pároco poderia ter escrito mal o nome, trocando o "u" pelo "o".
No entanto, e apesar dos "d" dele serem diferentes, há uma palavra, "dezanove", em que o "d" parece um "o", igual à letra do nome dele.
Não sei se conhece o site CEPESE, de passaportes. Nele, há 2 de um Adriano de Sousa Carvalhido, filho destes António e Ana. Portanto, o casal teve um filho Adriano e, ressalvando a hipótese de haver outro batismo de um Adriano filho do casal, a grande probabilidade é ser mesmo este. Os registos não mencionam a data (dado que é fornecido pelo CEPESE mediante o pagamento de 10,00 euros) de emigração que, aliado à idade, nos daria o ano do nascimento. Caso tenha interesse e tempo, pode pesquisar as imagens dos registos de passaportes por volta de 1921 e 1926, para confirmar que se trata do mesmo Adriano deste batismo (ele tinha 27 e 32 anos).
Boas pesquisas!!
Filipe
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Sim, acredito que o nome seja Adriano! Obrigado por decifrar.
Olhando pelo Cepese, faz todo sentido. Seus dois irmão mais novos (José e Arthur), que também estão na lista do Cepese, são o "fio da meada" que me permitiram chegar a Custódio algumas gerações atrás.
Na certidão de óbito de um desses irmãos no Brasil consta a freguesia de Sobreira, concelho de Paredes, como local de nascimento. Foi um grande golpe de sorte, pois quase todos os registos são vagos e falam "Reino de Portugal" e nada mais.
José e Arthur são os únicos a nascerem em Sobreira (Paredes); todos os mais velhos nasceram em Lagares (Penafiel), como Adriano. A listagem da filiação, a avó materna Perpetua de Souza e o avô incógnito que me confirmaram ser mais do que uma coincidência.
Talvez esses irmãos tenham emigrado em sequência, vindo um de cada vez e trazendo os outros depois de se estabelecerem.
Olhando agora novamente a lista do Cepese, nela também consta possivelmente a irmã mais velha, Maria, de quem já achei o batismo em Lagares (Penafiel); porém não é certo que seja mesma pessoa. Pode ser alguma parente.
No meio tempo, achei o assento de batismo de Custodio em Lagares, o elo entre os 2 ramos (é o avô dos 2 Antonios). Custodio aparece como "filho legítimo de José de Souza e sua mulher Custodia Maria, do lugar de Carvalhido". O apelido não aparece entre os ancestrais citados.
Em alguns assentos de óbito dessas freguesias, acabei por ver algo que chamou a atenção. Muitas vezes as últimas linhas contem "ofertou a galinha de costume (?)", "ofertou a franga", também vi ofertas de vinho e outras coisas. Será que era comum na época, ou talvez algo mais regional? Não havia encontrado isso antes.
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De nada, não custa nada dar uma ajuda.
O Carvalhido já era para mim claro que era o nome do lugar e não um apelido de família.
Não aparecendo em todos os óbitos, era uma situação normal e relacionava-se com a questão da encomendação da alma, dando os herdeiros/familiares essas ofertas.
Filipe
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Enquanto lido com a burocracia para conseguir fazer o pagamento para obter os dados do CEPESE, pesquisei outros familiares.
Acabei por descobrir que um dos irmãos de Adriano - aparentemente o único a não emigrar - deve ter falecido na Primeira Guerra Mundial na França.
Cheguei até esse ponto na pesquisa; imagino que não existam imagens digitais desses processos:
http://purl.sgmf.pt/urn/arquivoID/hierarquia/html?id=407469&agente=arquivo.sgmf.pt
Pelo texto, deduzo que a data de óbito seria 23.11.1917 - a data em que a pensão passou a ter validade. A data me causou certa estranheza, pois Manuel teria menos de 16 anos segundo seu assento de batismo (agosto de 1892). Por outro lado, o batalhão 32 é de Penafiel, conforme essa referência que achei:
"Em Julho de 1917, em Penafiel, houve no primeiro dia do mês um motim grave de resistência à ordem de marcha, quando o Batalhão de Infantaria 32, de Penafiel, se recusou a apresentar no Quartel de modo a boicotar o transporte para Lisboa. Esta situação só foi controlada 13 dias depois e com a intervenção da Guarda Nacional Republicana."
Como desconheço a história do Corpo Expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial, fico sem elementos para entender a realidade da época. Porém, a filiação está correta e uma "Pensão de Preço de Sangue" parece ter sido concedida aos seus pais.
Quanto a Adriano em si, encontrei referências indiretas a ele no Brasil, que são fortes indícios que realmente é a mesma pessoa na lista de passaportes do CEPESE.
Encontrei certidão de óbito no Brasil de sua provável esposa - Lucinda da Rocha - também portuguesa do Concelho de Paredes (e consta emissão de passaporte para ela no CEPESE). E também o óbito de uma filha de Adriano e Lucinda, também nascida em Portugal e falecida no Brasil.
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