alvelos, barcelos
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alvelos, barcelos
Boa tarde,
Não sou muito boa a fazer pedidos de ajuda - devo admitir. Mas prefiro fazê-lo antes que a frustração se abata sobre mim.
Desde miúda que adoro as histórias da família, mesmo as de pessoas que nunca conheci: o tio-avô astrónomo perseguido pela polícia militar; a bisavó que era enorme de coração e dava pão às crianças que tinham mais fome que os seus netos; a avó insurreta que decidiu casar por amor, a aceitar o jugo dum marido abastado.
Há cerca de 2 meses que tento ligar os pontos, descobrir quem são de onde vieram. Muito do que sei foi-me contado pela minha mãe, e tias, mas não há certezas sobre o local de origem de alguns dos nossos antepassados.
Curiosamente o "ramo" da árvore mais preenchido é exactamente aquele de quem eu nada sabia. Tive a sorte de ter um estudioso local que me elucidou em minutos sobre a minha linhagem de Rates, até aos meus pentavós.
Mas o outro ramo continua sem folhagem...
Depois da introdução mais longa da Genealogia, gostaria de saber se alguém tem alguma sugestão para descobrir mais sobre os meus avós:
O meu avô paterno é filho natural. A minha bisavó engravidou do filho dos patrões, que lhe ofereceu uma quantia para ela desaparecer, e para que a mãe (minha trisavó) nunca descobrisse o que aconteceu. Mas ela era ladina e não só descobriu como ela e o marido foram padrinhos do meu avô.
Segundo a minha bisavó, a "madrinha-avó" vinha do Porto a Barcelos visitar o menino e trazer coisas que a minha bisavó pudesse vender para ajudar com as despesas.
O meu bisavô, muito mais tarde, casado e sem filhos, decidiu perfilhar o filho, mas morreu na viagem, nunca tendo o meu avô sido perfilhado.
Do que me dizem o nome do meu avô (Porfírio) é o nome do seu pai, mas não consigo descobrir quem eram.
Há uma forte ligação à paróquia de Alvelos, só sabia que o pai da minha bisavó tinha vindo de Braga para Barcelos para construir a torre da Igreja matriz de Alvelos. E o meu avô acabou por ser baptizado lá (não fazia ideia).
Já solicitei informações à paróquia de Alvelos de poderia consultar os assentos de baptismo, mas não obtive qualquer resposta.
Dados dos meus ancestrais:
Porfírio Ferreira (avô)
DN: 14 de janeiro de 1917
Baptizado em Alvelos, Barcelos, Braga
DF: 1 de março de 2006
Florinda Ferreira (bisavó)
DN: 28 de março de 1896
DF: 22 de novembro de 1990
Será que me conseguem ajudar na senda de descobrir mais sobre esta estória, que também é minha?
Obrigada.
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Boa tarde Paula
Relativamente ao seu bisavô não será fácil ajudá-la, uma vez que ele não chegou a perfilhar o filho. Conseguirá saber o nome completo dele, onde e quando faleceu? E o nome dos patrões da sua bisavó? Se conseguisse saber quem eram, chegava aos filhos deles e ao pai do seu avô.
Quanto ao seu avô, encontrará um assento mais completo (ainda que sem os padrinhos) no assento de nascimento, no Civil.
O Arquivo Distrital de Braga já tem em sua posse os nascimento até 1921. Assim, aconselho-a a pedir uma cópia simples (enviam-na por e-mail) do assento de nascimento dele, que é o nº 153 de 1917. Pelo menos é o único Porfírio Ferreira que consta no índice desse ano.
Boa sorte!
Cumprimentos,
Filipe
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Olá Filipe,
Obrigada pela resposta. Já pedi por e-mail a certidão do meu avô e da minha bisavó. Quero ver se me respondem entretanto.
Segundo contam a minha bisavó deu o nome do pai (não reconhecido) ao meu avô, e por isso se chama Porfírio - uma homenagem, ou afronta ao pai que não o reconheceu.
Sei que foi para Goa e se casou lá com uma Goesa, e quando regressava com ela e com a intenção de reconhecer o filho - até porque não teve mais nenhum - morreu de febre amarela. A minha acha que ele era oficial, mas sem nome, ano, posto é difícil de descobrir.
A pista seria o assento de baptismo do meu avô, pois segundo a minha bisavó os avós paternos eram os padrinhos de baptismo dele.
Sei que tinham armazéns no Porto. E que o meu avô esteve alguns anos no orfanato de Campanhã. Mas não sei mais do que isso.
Nem consigo encontrar informação que sustenha o que me contaram.
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Olá Paula
Não tinha percebido que os avós paternos teriam sido os padrinhos. A ser verdade, não será difícil descobrir o filho Porfírio desse casal.
Deve então insistir com o Pároco de Alvelos para consultar o assento de batismo, nem que tenha de lá ir pessoalmente numa hora da missa, o ideal para falar com o Pároco.
Depois diga alguma coisa.
Cumprimentos,
Filipe
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Vou ter mesmo de ir atrás do pároco. Pelo que vi nas partilhas do grupo "Genealogia Portugal" é comum não ter resposta das paróquias. Vou ter de usar da minha persistência!
Segundo sei o meu bisavô era filho único, pelo menos a minha bisavó nunca falou de mais ninguém, se não a "senhora, o senhor e o menino". Se assim for, esta "linhagem" acabou a bordo dum barco, quando o meu bisavô vinha reconhecer o seu único filho (tudo suposições, é facto, mas a história adensa-se).
Muito obrigada pelo seu interesse e participação.
Quando souber alguma coisa digo-lhe!
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É, tem de ser, persistência!
Vamos ver se a história se confirma e se chega a bom porto. Estes casos são complicados mas, se as informações que passam dos familiares forem verdadeiras, é possível que se solucionem.
A genealogia é fascinante para mim e, sempre que posso, tento ajudar. Portanto, e também pelo caso em si, estou curioso pelo seu desfecho!
Filipe
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