Salvador Fernandes da Silva e Violante da Rocha / Rio de Janeiro / século XVI
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Salvador Fernandes da Silva e Violante da Rocha / Rio de Janeiro / século XVI
Caros Confrades,
Eu procuro informações sobre o casal Salvador Fernandes da Silva e Violante da Rocha, moradores no Rio de Janeiro no final do século XVI e início do XVII. Foram nascidos por volta de 1560-70 e casados por volta de 1590. Ele falecido antes de 1619 e ela provavelmente depois de 1629 (ano em que foi madrinha de uma neta).
Salvador e Violante são referenciados no Rio de Janeiro em uma escritura de 1594 como proprietários de parte do Engenho de Nossa Senhora do Rosário e da Encarnação (ou „da Encarnação do Rosário“), também conhecido como "Engenho del Rey", ao que parece mandado construir por Mem de Sá, um dos primeiro engenhos da cidade, localizado junto à Lagoa Rodrigo de Freitas no local do atual Jardim Botânico. Tiveram também casas na Várzea, bairro da Misericórdia no Rio, próximo ao local onde mais tarde foi construída a igreja de São José (1642-1662) (Fonte: Banco de dados da Estrutura Fundiária do Recôncavo da Guanabara).
Houve um Salvador Fernandes da Silva mencionado como testemunha em uma carta de doação feita na Vila de Vitória do Espirito Santo aos 6 de dezembro de 1591 (Anais do Rio de Janeiro, Balthazar da Silva Lisboa, 1835). Talvez seja o mesmo.
Os nomes dos filhos deste casal nos fornecem alguns dados como os apelidos "da Silva", "da Rocha" o que é óbvio, mas também os apelidos "Álvares" e "de Cisneiros":
• Luzia da Rocha,
nascida por volta de 1590. Casada cerca 1605, Rio de Janeiro, com Amaro Pinheiro, comerciante de grosso trato, tinha em 1610 negócios com a região da Bacia do Prata e Peru. Nascido por volta de 1580, falecido antes de 1642. Foram moradores na „Várzea de Nossa Senhora“ na Rua Direita no Rio de Janeiro.
Tiveram filhos com os apelidos "da Rocha" e "Pinheiro".
• Maria da Rocha da Silva,
nascida por volta de 1590, falecida após 1652. Casada cerca 1606, Rio de Janeiro, com Manuel Botelho de Almeida, nascido cerca 1580, falecido antes de 1644, Rio de Janeiro. Tiveram casas „…sitas na várzea desta cidade, no caminho da Misericórdia“.
Tiveram filhos com os apelidos "da Rocha", "de Almeida", "de Távora", "da Silva", "Pereira Botelho".
• Guiomar Álvares,
nascida por volta de 1600, casada por volta de 1620 com Pedro Pinheiro (da Costa), nascido por volta de 1590, possívelmente irmão do Amaro Pinheiro acima, pois deram seu nome a um filho: padre Amaro Pinheiro (foi em 1686 um dos sete conegos que comporam o corpo capitular do então recém-criado bispado do Rio). Pedro Pinheiro é mencionado em 1658 como pertencente à nobreza da cidade e foi em 1661 parte da governança. Fez parte da revolta contra o governador Salvador Correia de Sá Benavides em 1660-1661.
Tiveram filhos com os apelidos "da Rocha", "da Silva", "Pinheiro" e "de Cisneiros".
• Catarina de Cisneiros,
nascida por volta de 1600, Rio de Janeiro, Casada a 8 de abril de 1619, Rio de Janeiro, Sé, com Antônio de Faria Albernaz, falecido em 1663, Taubaté, SP, Brasil, capitão e bandeirante. Filho de João Gonçalves do Evangelho e Isabel de Faria (uma irmã de Aleixo Manuel, o velho). A família passou para Mogi das Cruzes, onde Antônio foi juiz ordinário em 1645, e depois para Taubaté, onde também foi juiz ordinário em 1655. Sobre estes ver a Revista da ASBRAP nº 11, 89, „Albernazes e Homens da Costa“ de Marcelo Meira Amaral Bogaciovas.
Qualquer informação agradeço.
Cumprimentos amigos
Rainer Pfeiffer Novelli
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