Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
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Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Caros confrades...
Necessitava de pistas,sobre onde procurar, se tal for possível,por um "Instrumento de Justificação de Nobreza" que fez Baltazar Cabral, na Vila de Góis(Goes) em 02.12.1591, o qual foi tirado por Mateus Vaz, escrivão da Câmara de Goes.
O dito Baltazar Cabral era filho de Inácio Bandeira(neto do 1º Bandeira) e de D.Joana Cabral, que viveram na Lousã.
Baltazar Cabral era ainda sobrinho de D.Inês de Goes, Senhora da Lousã e mulher de Pedro Machado, Senhor de Entre Homem e Cávado.
Será que existe alguma possibilidade de ter acesso ao conteúdo genealógico desse Instrumento de Justificação de Nobreza?
Seriam esses processos arquivados em algum lugar especial?
Na T.T.? Nos Arquivos Distritais?
Qualquer ajuda será bem vinda...
Abílio Cardoso Bandeira
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RE: Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Caro Abílio
Os processos de Justificação de Nobreza que existem estão arquivados na Torre do Tombo.
Aqueles que correram pelo Cartório de Nobreza, que foi a maior parte, vão desde 1755 até 1910 pois os anteriores desapareceram no Terramoto. Escapou um Livro anterior, dito Particular, com algumas Justificações posteriores a 1750.
Os processos que correram pela Casa da Suplicação, em número muito inferior, vão desde 1714 a 1830.
Cumprimentos
AF
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RE: Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Poderá dar uma vista de olhos na Chancelaria filipina, na Torre do Tombo
Cumprimentos
RAAL
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RE: Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Caro Abilio,
Queria saber se o dito Baltazar tinha casou com Maria de Orta ?
Obrigado
M. Cabral
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RE: Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Encontrei :
A FRANCISCO MACHADO, FILHO DE PERO MACHADO, CONFIRMAÇÃO DA DOAÇÃO DA TERRA DA LOUSÃ E SUA JURISDIÇÃO, A QUAL SE CONTINHA EM UMA CARTA DE D. AFONSO V, DANTE EM ÉVORA, A 4 DE JULHO DE 1464 E ESCRITA POR PERO AFONSO, NA QUAL CONFIRMAVA OUTRA DO MESMO REI, DADA EM ÉVORA, A 20 DE JULHO DE 1453 E ESCRITA POR GONÇALO CARDOSO.
REFERENCE CODE: PT/TT/CHR/K/40/17-61
DATE RANGE: 1497-10-30 Date is certain to 1497-10-30 Date is certain
DIMENSION AND SUPPORT: 48 linhas
48 Livros
SCOPE AND CONTENT
Nesta confirmava um instrumento de contrato, escrito e assinado por Filipe Afonso, tabelião público em todo o reino, aos 2 de Junho de 1453, no qual, a aprazimento das partes, dom frei Pedro de Góis, cavaleiro da casa del-rei e comendador de Santa Vera Cruz, e Pedro Machado, fidalgo da casa do Infante D. Fernando, trataram do casamento entre o dito Pedro Machado e dona Inês de Góis, filha do dito Comendador, dom frei Pedro de Góis, com as condições contidas no contrato, entre as quais o Comendador dava e outorgava, por causa do dito casamento, a sua filha, a sua terra da Lousã com todas as rendas e direitos, foros e pertenças, entradas e saídas que direitamente lhe pertenciam e na doação dessas terras se continha. E pedia lhas confirmasse em sua filha, fazendo mercê a dona Inês, sem embargo da Lei Mental, e a Pedro Machado, por quem o Infante requerera. E os Corregedores, Juizes e justiças metessem Pedro Machado e dona Inês, ou cada um deles, em posse da dita terra e jurisdição dela, e os deixassem arrecadar rendas e direitos que lhes direitamente pertencessem, como os havia e possuia dom frei Pedro de Góis. André Dias a fez.
PHYSICAL LOCATION
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 40, fl. 17
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Inconsistências das CBA's - RE: Procura Inst.Justif.de Nobreza de Baltazar Cabral
Caros Abílio Cardoso Bandeira, M. Cabral e demais interessados,
Este tópico perdido no tempo, criado por Abílio Bandeira, e agora recuperado por M. Cabral, também me interessa, por tratar de uma linha ascendente paralela de outra que estudo, curiosamente, ambas com inultrapassáveis inconsistências cronológicas, apenas tendo como suporte as falíveis justificações de nobreza ou CBA's.
Por facilidade de exposição coloco aqui uma árvore simplificada do que tenho na minha BD, relacionado com esta questão:
Pedro de Góis, Senhor da Lousã, Vilarinho e Pedrogal ca 1385-1455/ & Margarida Cabral
1. Inês de Góis, senhora da Lousã, Vilarinho e Pedrogal † & Pedro Machado, Senhor de Entre Homem e Cávado † & Álvaro da Cunha, Senhor de Tábua ca 1400-
1.1. Francisco Machado, senhor de Entre Homem e Cávado ca 1450-1518 & Joana de Azevedo ca 1455-
1.1.1. Pedro Machado
1.1.2. Manuel Machado de Azevedo, senhor de Entre Homem e Cávado †1555
1.1.3. Helena de Azevedo
1.1.4. Bernardim Machado
1.1.5. Briolanja de Azevedo ca 1485-1555
1.1.6. Vasco Machado
1.1.7. Simão Machado
2. Maria de Góis ca 1410- & Gonçalo Gomes da Silva, FCR ca 1400-
2.1. Baltazar Cabral, em estudo ca 1550 & Maria Leal
2.1.1. Jerónimo Leal Cabral ca 1580
2.1.2. Marçal Cabral, em estudo
2.1.3. António Cabral, em estudo
2.1.4. Maria Cabral, em estudo
3. Joana Cabral, em estudo & Inácio Bandeira Cabral ca 1508-
3.1. Inácio Bandeira ca 1536- & Catarina Anes
3.1.1. Inácio Bandeira 1566 & Madalena Moniz
3.1.1.1. António Bandeira 1598-
3.1.1.2. Manuel Bandeira 1600-
3.1.1.3. António Bandeira 1603-
3.1.1.4. Maria Bandeira 1606-
3.1.1.5. João Bandeira 1608-
3.1.1.6. Madalena Bandeira 1609-
3.1.1.7. Inácio Bandeira 1610
3.1.1.8. Miguel Bandeira 1614-
3.1.1.9. José Bandeira 1619-
3.2. Baltazar Cabral
3.3. Catarina Cabral & Diogo Belo, Capitão-mor de Góis †
3.3.1. Francisco Cabral Belo, Dr. † & Simoa Veloso
3.3.1.1. Francisca Cabral Veloso & Simão Rodrigues Barreto
3.3.1.1.1. Francisco Cabral Belo , Capitão-mor de Góis 1617 & Maria Mendes Castanheda de Moura
3.3.1.1.1.1. Manuel de Castanheda Cabral de Moura e Orta , FCA, COC
3.3.2. Simoa Belo †
3.3.3. Mariana Belo †
3.3.4. Irmã Belo
A) "Instrumento de Justificação de Nobreza" que fez Baltazar Cabral, na Vila de Góis(Goes) em 02.12.1591
ACB diz-nos que Baltazar Cabral (3.2. ) era filho de Inácio Bandeira (neto do 1º Bandeira) e de D. Joana Cabral (3.), que viveram na Lousã. Baltazar Cabral era ainda sobrinho de D.Inês de Goes, Senhora da Lousã e mulher de Pedro Machado, Senhor de Entre Homem e Cávado, o que está conforme com o ramo 3 da árvore acima.
Não conheço a justificação de nobreza referida por ACB, mas imagino que tenha sido utilizada para ajudar a documentar o que diz a CBA de Manuel de Castanheda Cabral de Moura e Horta, de 9 de Julho de 1722, cujo brasão ficou registado no mesmo dia a fl. 73 do L.º 7.º do Registo dos Brazões da Nobreza de Portugal. Esta CBA vem tratada em:
- Brazões Inéditos, - Suplemento, Sousa Machado, pág. 30, CBA nº 74 e
- Cartas de Brasão de Armas Colectânea de Nuno Gonçalo Pereira Borrego, pág. 303, CBA 691
Manuel de Castanheda Cabral de Moura e Horta (3.3.1.1.1.1.) era filho de Francisco Cabral Belo, capitão da Vila de Gois, e de D. Maria de Castanheda e Moura e a ligação na árvore está de acordo com o seguinte texto retirado da CBA: "... e que o dito seu pai dele suplicante, Francisco Cabral Belo fora filho de Simão Rodrigues Barreto, verdadeiro descendente desta nobre família, Sargento-mor que foi da vila de Gois, irmão de António Rodrigues Barreto, Capitão-mor da mesma vila e de sua mulher Simoa Velosa, moradores na Vila de Gois, a qual era neta de Diogo Belo da vila do Landroal e que seu terceiro avô Diogo Belo foi Capitão-mor da Gente de Gois na defença do Reino, o qual foi casado com Catarina Cabral, filhos ambos de Inácio Bandeira, natural da vila de Louzã, sobrinho de D. Inez de Pojos, senhora daquela vila, filha de Pedro de Gois, senhor de Louzão e Comendador de Vera Cruz, mulher de Pedro Machado, Senhor das terras de entre Homem e Cavado de quem é descendente e herdeiro Feliz José Machado de Mendonça e Sá e Castro, Senhor das mesmas terras e da ilustre Casa de Castro e que o dito quarto avô dele suplicante Inácio Bandeira atraz nomeado era filho de Diogo Fidalgo e de sua mulher Ana Bandeira, filha de Gonçalo Pires Bandeira, o qual ganhou este apelido ..."
De qualquer forma, o entronque de Joana Cabral (3.), mãe de Inácio Bandeira (3.1.), Baltazar Cabral (3.2.) e Catarina Cabral (3.3.) como irmã de Inês de Góis é uma impossibilidade cronológica, senão vejamos.
A Inês de Góis e o seu 1º marido Pedro Machado deverão ter casado cerca de 1453, ano do instrumento de contrato, referido por M. Cabral, com doações de terras de Pedro de Góis à filha e genro, por causa do dito casamento entre eles. Esta data é compatível com as datações que tinha para Pedro de Góis ca 1385-1455/, pai da Inês, e para o filho do casal Francisco Machado (1.1.), senhor de Entre Homem e Cávado ca 1450-1518, podendo estimar-se que a Inês tivesse nascido cerca de 1415.
A Joana Cabral estimo que tenha nascido cerca de 1510, pois é mãe de Inácio Bandeira n. ca 1536, avó de outro Inácio Bandeira n. 1566 e bisavó dos nove filhos deste último Inácio, nascidos entre 1598 e 1619.
Portanto, como não é credível que Inês e Joana nascidas quase com 100 anos de diferença possam ser irmãs, então o entronque da Joana está incorrecto, faltando duas a quatro gerações.
B) Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gayo, editor Agostinho de Azevedo Meirelles e outros, 1ª Edição, Braga, 1938-41, tomo XIV - pág. 133 (ttº Figueiredos, § 60º, N 14) (ver http://purl.pt/12151/3/hg-40108-v/hg-40108-v_item3/index.html#/354)
No ramo 2, que mais me interessa, voltamos a ter um Baltazar Cabral que é entroncado de acordo com o que diz o Gaio, a saber:
N14 - IGNEZ DE FIGDº BARRETO fª de D. Mª Magdalena N 13 cazou com o Cap.am M.el Simão Leal Carneiro Cabral fº de Paullo Leal Cabral Carneiro Fid. da C. Real, Cavº da ord. de Xº , e sua m.er D. Jeronima Carneiro Barbuda (fª esta de Pedro Rz Barbudo e sua m.er D. Anna Cor.ª de Mendonça) e neto p.to de Jeronimo Leal Carneiro Cabral, bisneto de B.ar Cabral, 3º neto de Diogo da Silva Fid. da C. Real e sua m.er D. Maria de Goes filha de Pedro de Goes Sr. da Louzão, Villarinho e Pedrogal (Pedrógão ?).
Também aqui temos uma impossibilidade cronológica, pois não é credível o Baltazar Cabral, que estimo nascido ca de 1550 com o filho Jerónimo Leal Cabral n. ca 1580, possa ser filho da Maria de Góis n. ca 1410 irmã da Inês de Góis n. ca 1415, referida anteriormente.
Portanto, o entronque deste Baltazar Cabral também está incorrecto faltando igualmente duas a quatro gerações.
Não sei qual a origem primeira destas incorrecções, mas inclino-me precisamente para a Justificação de Nobreza de 1591 do Baltazar Cabral filho de Joana Cabral cuja incorrecção se terá propagado à CBA de Manuel de Castanheda e depois a documentação que chegou ao conhecimento de F. Gaio, que terá transmitido como lhe chegou.
Agradeço qualquer informação adicional que permita proceder correctamente aos entronques destes dois ramos aqui tratados.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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