A confusa chefia dos Mendonças
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A confusa chefia dos Mendonças
Segundo este sítio os Mendo(n)ças são chefiados pelos duques de Loulé... Será? Bem, é que genealogicamente a representação dos Mendonças portugueses recairia nos Sousa Macedo (já que os Castros do Rio acabarem por se extinguir) apesar deles não fazerem o uso do nome Mendonça...
Para ajudar à confusão a primogenia dos Mendonças ibéricos acabou por recair em portugueses!
Quero dizer, os Mendonças portugueses descendiam dum filho 3º do 4º Senhor de Mendoza, mas continuando a linhagem primogénita castelhana vai acabar por recair em portugueses novamente (os marqueses do Lavradio muito embora estes também não usam nem nunca usaram o nome de Mendonça)!
Devo portanto concluir que para chefiar um nome se tenha de o usar?
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Peço desculpa de interferir neste tópico,apenas a boa vontade de colaborar.Talvez,de facto,não tenha interesse de maior para o pretendido,mas é uma informação que julgo não ser descabida.
Na Revista ARMAS E TROFÉUS-do IPH-ano1965-tomo VI JAN.MARÇO-n.º1-aparece lá um artigo desenvolvido sobre-Las Armas de Los Mendoza-por D.Faustino Menéndez Pidal de Navascués-e a propósito das armas e esfragística desta família discorre acerca da genealogia respectiva.
Cumprimentos
Rafael Carvalho
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Tema semelhante está a ser debatido no tópico "Representante: definição jurídica". Não creio que para se "chefiar" ou "representar" um nome se tenha de o usar, e isto não é uma mera opinião pessoal, já que é o que está reflectido no ANP, Tomo II de 1985, onde surgem casos de representantes de famílias que não usam o respectivo nome. Há contudo regras em relação ao limite de quebras de varonia, que creio não poderem ser mais de três consecutivas.
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Olá Primo,
Sabes bem, que a representacão dos (Mendoncas)ou seja Mendocas,encontra-se nos Condes de Val dos Reis.Quanto à minha,ou seja Castro do Rio e Mendonca Furtado,vem de meu Trisavô,D.António Carlos-Mello e Faro Castro do Rio-de Mendonca Furtado e Menezes.O Titulo foi herdado de um seu Tio,varão, devido ao '2.Conde de Barbacena,D.Francisco,não ter tido sucessão.Meu Trisavô,era filho de D.António Carlos-Mello e Faro Castro do Rio-de Mendonca Furtado e Menezes e de Dona Joana Victória Gomes Coelho da Cruz e Quadros.
Se tiveres mais alguma dúvida a êste respeito,contacta-me.
Quanto aos Cabritas,conheco o lado do Cónego D.Bernardo Cabrita,já falecido,do qual sou amigo dos Familiares.
Com um Grande abraco
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Diogo,
Tem toda a razão. A chefia dos Mendoças não está nos Vale de Reis. Tal lapso deriva do facto de o Senhor Filipe Folque, na sua obra sobre a CLESA, entre muitas outras imprecisões, indicar que a sua família seria a representante dessa linhagem. Acontece que não é. O Condado de Vale de Reis foi atribuído a um ramo secundogénito, embora ilustre dos Mendoças.
Tal confusão deu, no entanto, origem a um erro muito grave do CN, atrevo-me a dizer o mais grave, quando atribuiu o título de Conde de Rio Grande ao senhor Marquês de Loulé. É que este senhor é descendente de um tio avô do primeiro titular, quando existem descendentes de tios direitos, a saber os duques de Lafões e os Marqueses do Lavradio, entre outros.
Já que se fala de erros do CN é bom lembrar que este é o erro mais clamoroso, tanto mais que as linhagens prejudicadas são perfeitamente conhecidas e constam de todos os nobiliários. O recente trabalho de Bivar Guerra sobre os Alcaides de Mourão, apresenta uma árvore da qual constam todos estes dados, que aliás já constavam das MHGDPSXIX.
Trata-se de um caso clamoroso sobre o qual curiosamente o excelente livro de LCM, manteve um silêncio pesado, mas que será certamente alvo de reflexão numa esperada segunda edição.
Existem centenas de pessoas prejudicadas e ninguém deve estar acima de lei!
Aliás, trata-se de um tema que já foi abordado neste Forum.
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Exmos Senhores,
Fiquei deveras surpreendido,com a vossa versão àcêrca da Linha dos Mendonças ou Mendoças. Conde de Val de Reys
NUNO DE MENDONÇA
Foi o I Conde por Carta concedida a 16/8/1628.Era filho de João de Mendonça.Casou com D.Guiomar da Silva.
LOURENÇO DE MENDONÇA
NUNO DE MENDONÇA - II Conde
LOURENÇO DE MENDONÇA
Nasceu em 1642,foi o III Conde
NUNO DE MENDONÇA - IV Conde
LOURENÇO FELIPE DE MENDONÇA -V Conde
NUNO FULGENCIO DE MENDONÇA, filho de o acima sitado,foi o VI Conde De Val De Reys,em 3 de Setembro de 1750.
Pedindo desde já desculpa pela minha intromissão,
penso, ser de facto o Senhor, D.Filipe Folque de Mendoça,o digno Representante desta Casa.
Quanto ao desaparecimento dos Castro do Rio,felizmente ainda somos vivos...
Com os Meus Respeitosos Cumprimentos
Aníbal Vasco-Mello e Faro Castro do Rio-de Mendonça Furtado e Menezes Pinto de Vasconcellos Simões
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro 1928,
Em primeiro lugar, o sr. Filipe Folque de Mendoça (Loulé), que não é Dom (aliás nunca usaram), uma vez que esta ilustre família nunca teve direito a tal tratamento, a não ser ao abrigo da lei filipina tão criticada pelo livro do LCM quanto ao seu uso pelo Margarides, nunca poderá ser o representante dos Mendoças, pois isso só poderia ser o seu pai (Marquês de Loulé) e posteriormente os seus irmãos e sobrinhos.
Acontece que se consultar as MHGDPSXIX verá que os Condes de Vale de Reis descendem de um filho segundo. O filho mais velho teve um filho do qual descendem os futuros Viscondes de Barbacena, depois Condes e os Castro do Rio, e um segundo filho do qual descendem os Condes do Rio Grande, os Duques de Lafoens, os Condes de Vimioso e os Marqueses do Lavradio.
Como deve calcular, segundo as leis do reino, os mais velhos preferem aos mais novos, pelo que os Castros do Rio serão os representantes dos Mendoças e dos Condes de Barbacena e do Rio Grande, caso estejam extintos são os duques de Lafoens. Depois seriam os Vimiosos e os Lavradios e só se morressem milhares de pessoas os Vale de Reis.
Isso em nada diminui a qualidade da Casa, como deve calcular, acontece que são tão chefes dos Mendoças como eu sou o Duque de Wellington.
PS - Antecipando a questão do Dom - é bom lembrar que nem se alegue que tal lhes viria por via do D. Childe Rolim, porquanto eles não o representam, uma vez que o senhorio foi adquirido por compra no sec. XVII a uns primos com descendência.
Os meus respeitosos cumprimentos,
Salvador
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Salvador,
Andei a consultar a base de dados da família Mendóça no Genea e parece-me que os actuais e legitímos representantes da família Mendóça são os Srs. Marqueses de Lavradio.
No entanto, este facto em nada diminui a grande nobreza da Casa Loulé, que talvez se tenha visto reduzida pela perda da varonia Mendóça.
Quanto ao Dom, de facto, o Sr. Nuno José Severo de Mendóça Rolim de Moura Barreto nunca o usou, mas o seus dois filhos varões usaram-no, e a descendência varonil do segundo manteve o seu uso.
Melhores cumprimentos,
Luís Froes
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Estão vivos!! :)
Não sou assim um interessado apaixonado pela genealogia pelo que não tenho nenhum livro da especialidade em casa e a minha única fonte é mesmo este sítio.
E, por este sítio (que, sim: já revelou algumas compreensíveis lacunas - não deixando de ser uma fantástica, extensíssima e completíssima obra) não consegui encontrar mais nenhum Castro do Rio.
Pelo menos descendentes do 1º visconde de Barbacena.
Os únicos descendentes de Diogo de Castro do Rio (o primeiro Castro do Rio) que este sítio mostra são os descendentes de Pedro de Sousa de Menezes bisneto ilegítimo de Jorge Furtado de Mendonça, 4º senhor de Barbacena, cuja descendência nem parecia ter usado o nome Castro do Rio.
Sendo de linha ilegítima já não poderia chefiar o nome Mendonça (senão também os condes do Vimioso chefiariam o nome Bragança!) pelo que o ignorei para esta questão!
O Sr. Aníbal Vasco MFCRMFMPVS descende dessa linha (é que também não o consigo encontrar por aí) ou por outra?
Outra questão: o sr. não tem esses apelidos todos registados no registo civil pois não? Ou pelo menos os seus filhos... É que li por aqui que o limite legal era de 4 apelidos.
Diogo Alenquer
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu Caro Sr.Salvador Carvalho,
Agradecendo sua estimada atenção,continuo um pouco confuso.Pois eu,e todos os meus antecedentes, descendemos,dos Mellos e Faros,Castro do Rio,Viscondes de Barbacena,tendo meu Trisavô,D.Antonio Carlos Mello e Faro Castro do Rio de Mendonça Furtado e Menezes,usado o atitulo de Conde de Barbacena,herdado de um seu Tio,devido ao II Conde de Barbacena,D.Francisco,não ter tido sucessão.Quanto à linha dos Mendoças,minha Irmã mais velha,já falecida, sempre me apresentou nosso Primo Fernando de Mendoça,com o sucessor dos Val de Reys.Aí a minha confusão.Mas,como lá diz o ditado,falando é que nos entendemos,agradeço muito penhoradamente o seu contacto.
Com Respeitosos Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)1928,ano de meu nascimento.
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RE: Estão vivos!! :)
Meu Caro Senhor Diogo Alenquer,
É evidente que os apelidos actualmente da Familia a que temos direito,como diz são só quatro.Mas pela nova Lei,se podem usar dêste modo: Aníbal Vasco-MFCR-Menezes Pinto-de Vasconcellos Simões.É óbvio que não me encontre em lado algum,porque nunca liguei a semelhante assunto.No entanto, o que o ()BERÇO NOS DÁ...)êste é um dos motivos,pelos quais não poderemos identificar-nos devidamente.Por conseguinte, o nome que uso oficialmente é:Aníbal Vasco de Mendonça Furtado de Vasconcellos Simões.No entanto pode crer,que descendo dos Mendonças Furtados,desde D.Fernão Peres de Lara,filho do Conde de Lara,D.Gonçalo peres de Lara,e da Raínha D.Urraca.D.Fernão Peres de Lara(o Hurtado)Furtado,casou com uma Irmã do nosso primeiro Rei,D.Afonso Henriques,tendo uma filha de nome,D.Leonor Furtado,Senhora de Mendovil.Tendo casado com D.Inigno Lopes de Mendonça,assim se uniram os dois apelidos.Disto estou certo que estará ao corrente.Também o informo,que estando anos antes em Granada,Espanha,consegui todos estes importantes dados.E ainda mais,Descendemos também dos Mouros,pelo Principe de Medina,que casou com D.Joana.Caso interessante é que se o Senhor,algumas vez lá fôr,na Capela Real,verá um quadro,com a cabeça decapitada do filho do Rei,que se lhe tirarmos as barbas,é exactamente o meu retrato.Imconcebível!...
Sempre que me queira contactar,ewstarei sempre ao seu dispôr.
Com Respeitosos Cumprimentos,
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Salvador Carvalho,
O "Dom" usado pelos Duques e Marqueses de Loulé, tanto quanto sei, não foi concedido pelo C.N.. Se o usavam ou não em tempo da Monarquia isso é outra discussão. Penso que na grande maioria dos documentos não o tinham embora por vezes fossem tratados como tal, por exemplo no "Almanaque da Corte de 1895), salvo o erro.
Quanto ao tratamento de Dom apenas uma nota: não critiquei a "Lei Filipina" no meu trabalho - embora não concorde com a sua aplicação - mas sim a sua interpretação fantasiosa concedendo o Dom a bisnetos e trinetos de titulares. Não é isto que se l~e na Lei...
É curioso que ao ler as suas mensagens, a articulação da argumentação, parece-me estar a falar com o meu Amigo Lourenço Manoel de Vilhena de Freitas.
Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro LCM,
Por acaso até conheço o Dr. Lourenço de Freitas, por razões proficionais, mas não concordo com a boa parte da sua argumentação, sobre vários temas. Já agora, em que é que o faço lembrar?
Mas quanto ao Dom interessa-me a sua posição - concorda ou não com o facto da lei Filipina estar em vigor? É que tinha ficado com a ideia de que a sua discordância era mais profunda do que a mera interpetação da lei.
Havemos de combinar uma tertúlia genealógica!
Salvador
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Salvador Carvalho,
Lembra-me o Lourenço Azarujinha pela constante critica aos Loulés e seus "direitos nobliárquicos" e pelos elementos de argumentação. A história do Senhorio de Moura "comprado" só a tinha ouvido ao Lourenço...
Quanto ao Dom já o disse na outra resposta: não concordo com a aplicação da Lei Filipina, "esquecida" e não utilizada. Como escrevi no meu trabalho não conheço nenhum caso em que a Lei tenha sido evocada. A interpretação alargada considero inqualificável.
A Tertúlia genealógica será quando quiser, mas já agora faço uma sugestão: pode começar na Torre do Tombo para podermos ler a carta de Conde do Rio Grande.
Lourenço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Senhorio de Azambuja e não de Moura. Peço desculpa.
Ao que me parece o 17º Senhor da Azambuja (fal, s.g.) fez de facto um contrato com seu primo o 4º Conde de Vale de Reis, descendente e representante de D. luísa de Castro e Moura, meia irmã do 15º Senhor (pai do 16º e do referido 17º). Assim parece-me, repito, parece-me, que a representação está mesmo nos Condes de Vale de Reis, depois Marqueses e Duques de Loulé.
Lourenço Correia de Matos
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Alexandre Burmester,
Em relação às quebras de varonia, os Marqueses de Abrantes são chefes de nome e armas de 8 famílias, algumas das quais com mais de 3 quebras de varonia. Julgo que o mesmo se aplica à chefia dos Sousas pelos Lafões.
Não seria melhor seguir a regra dos morgadios? O conceito de linhagem surge com o conceito de sucessão.
Um abraço,
Jacinto Bettencourt
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RE: Estão vivos!! :)
Caro sr. Aníbal... Barbacena, para simplificar:
De facto não sabia muitos dos pormenores que me elucidou sobre a origem dos Furtados e dos Mendonças (como já tinha dito, tudo o que sei é fruto única e simplesmente de uma pesquisa, nem por isso exaustiva, neste sítio). Agradeço os dados que me forneceu.
No entanto, creio que intrepertou mal a questão que lhe coloquei: de que Barbacena exactamente descende? Descende do 4º senhor de Barbacena pela via que eu sugeri? Ou descende, digamos, de algum filho do 1º conde de Barbacena que tenha sido erradamente classificado como "ss" (sem sucessão) neste sítio?
Sobre as suas parecenças físicas com esse filho de rei: bem, de facto já se tinha feito neste fórum referência ao seu nome e às suas parecenças físicas com o 2º conde de Barbacena. Interessante capítulo da genética. Deveras! Sabe onde poderei encontrar algum retrato do 2º conde de Barbacena (de preferência on-line)?
Melhores cumprimentos,
Diogo Alenquer
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
D. Francisco Rolim de Moura, 14º senhor de Azambuja, casou duas vezes, sendo a primeira com D. Cecília Henriques, a segunda com D, Joana de Melo, filha de Francisco de Melo, o Acanaveado.
Teve do primeiro matrimónio:
2 António Rolim de Moura, que morreu menor.
2 D. Constança de Moura, que morreu menor.
2 D. Luísa de Castro e Moura, que segue
abaixo § 2º
Do segundo matrimónio:
2 D. Manuel Childe Rolim, com quem se continua.
2 Manuel Childe Rolim, 15º senhor de Azambuja, casou duas vezes. A primeira com D. Francisca Luísa de Vasconcelos, a segundo com D. Margarida de Albuquerque. Desta senhor não teve filhos, teve sim da primeira os seguintes:
3 D. Francisco Rolim de Moura, 16º senhor de Azambuja. Morreu solteiro em Janeiro de 1677, deixando um filho bastardo: Manuel Rolim de Moura, que faleceu com mais de 70 anos e sem filhos, a 11 de Julho de 1738.
Como tal, foi o último varão desta família.
3 D. João Rolim de Moura, por morte de seu irmão, acima referido, sucedeu na casa, e foi 17º senhor de Azambuja.
Casou com D. Antónia Maurícia da Silva e não teve filhos.
Foi este senhor D. João Rolim de Moura que em 1707 estabeleceu um contrato com o 4º Conde de Vale dos Reis.
§2º
2 D. Luísa de Castro e Moura, filha de D. Francisco Rolim de Moura, número 1.
Casou com Rui de Moura Teles.
Teve filha única e sua herdeira:
3. D. Luísa de Castro e Moura, que casou com Nuno de Mendonça, 2º Conde de Vale dos Reis.
Fica portanto demonstrado que foi através desta senhora que passaram duas grandes casas para os Condes de Vale dos Reis, a casa dos Rolins de Moura e a de Rui de Moura Teles.
Melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Luís,
Muito obrigado pelo trabalho de transcrever toda a exposição genealógica.
Agora esperemos a resposta de Salvador Carvalho às nossas mensagens.
Abraço
Lourenço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Luís,
Obrigado pela exposição. Não vos vou puder responder hoje, porque essa informação, tanto quanto me lembro consta do Sanches de Baena, que não tenho aqui. Quem mo disse também não se lembrava bem onde o tinha lido, mas pensava que era no Sanches de Baena.
Vou confirmar e amanhã dou-vos a referência bibliográfica exacta.
Obrigado pelos esclarecimentos,
Salvador
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Salvador,
Sobre a chefia dos Mendoças foi escrito neste Fórum - noutro tópico sobre este mesmo tema - pelo meu Amigo e distinto Genealogista Nuno Borrego que esta estava nos Viscondes de Barbacena.
A argumentação dos Loulés era a a usada pelo desaparecido Marquês de Abrantes D. Luís, de que a chefia da família estava na primeira "linha" a ascender à grandeza. Não sei ondeé o senhor Marquês foi buscar esta argumentação mas usava-a e com ela justificava algumas das suas chefias. Os Loulés aproveitaram a "deixa".
LCM
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
Sabes que não concordo com a teoria do Marquês de Abrantes, e se calhar ninguém concorda. Segundo a mesma seriam chefes de Silvas, p.e., não os Silvas Pessanhas, assim entendidos desde o séc. XVIII quando se extinguiu uma outra linha mais velha, mas os primeiros a atingir a Grandeza; de Melos seriam chefes os Cadavais, através de Martim Afonso de Melo, 1.º Conde de Olivença, e não os Senhores de Melo e assim por diante.
Em relação os Furtados de Mendonça.
É por toda a gente aceite que ANTÓNIO FURTADO DE MENDONÇA, Comendador das Entradas, c.c. D. MARGARIDA DE NORONHA, era o primogénito desta Casa na época. Este teve entre outros:
1 JORGE FURTADO DE MENDONÇA, que segue.
2 AFONSO FURTADO DE MENDONÇA, c. g.
JORGE FURTADO DE MENDONÇA, sucedeu a seu pai. Foi Com. das Entradas. C.c. D. MÉCIA HENRIQUES. Tiveram entre outros, s.g.,:
1 AFONS0 FURTADO DE MENDONÇA, Arcebispo de Lisboa, de Braga, Gov. do Reino, etc.
Foram herdeiros deste Arcebispo os seus sobrinhos Castros do Rio, como se pode ver pelo seu testamento, in: “Índex das Notas de vários Tabeliães de Lisboa”, Tomo 2º, Biblioteca Nacional, Lisboa, 1937, pág. 18. “tttº do Arcebp.º de Lx.ª D. Affº Furtado de M.çª Dexa 60$ de juro p.ª hum capellão q. diga todos os Diaz Missa com resp.º sobre sua sepultura por sua Alma e 10$ ao cabido p.ª lho fazer cumprir e lhe dira huma Missa cantada todos os an. q. se lhe conprem mais 20$ de juro p.ª outra Missa quotid.ª em Sines p.las Almas de seus Ascend.tes diz tomara poce de Bp.º d G.dª em Fevr.º de 1610 donde foy transferido ao de Coimbra e dahy ao de Braga e despois ao de Lx.ª e fora os reditos das d.ªs prelazias tinha as pensões de 390$ no chantrado de Guim.es e 110$ em huma conezia da d.ª colegiada, e 170$ no Arcebp.do d Evora e 120 no Bpdo de Lamego, e 2$ cruzados no de Coimbra e hum conto de ordenado de G.dor do Reino e q. dera do chantrado d g.es a seu sob.º Jorze furt.º d M.cª boa p.te dos rendim.tos institui a Alma por H. e q. dos 600$ q. devia a Christovão de Proença lhos pagara seu sogro Gp.ar Correa Barreto seu criado Anfigo dos 600$ q. lhe deve e ox maes lhe quita e todos os maes q. lhe devião os seos creados e Ministros dexa a cada criado de escada acima 100$ e 40 aos de pé e q. se paguem as dividas de sua Irmã D. viol.te e do Ant.º furt.º e P.º furt.º seus Irmãos. Dexa a armação a seu sobrº Luiz d castro e outra a D. Luiza sua sobr.ª e outra e os serv.os a seu sobr.º Jorse Furt.º e ttt.ros a seu sobr.º A.º Furt.º Deão d Lx.ª”.
2 D. MARGARIDA HENRIQUES, c.c. MARTIM DE CASTRO DO RIO. C. g.
3 D. VIOLANTE DE MENDONÇA, c.c. D. FRANCISCO DE SOUSA. C. g.
Em relação aos Sousa Menezes, copeiros-mores, a teoria é a mesma. Seguindo a linha legitima de primogenitura não à margem para confusões.
A sucessão de morgadios não era sinónimo de chefia de nada. As sucessão destes é variada e existem sucessões para todos os gostos. Por linha varonil primogénita; na filha mais velha; em que só podem suceder clérigos; de nomeação; percorrendo transversalmente todos aqueles que estão mais próximo do instituidor, etc. etc.
Por exemplo, D. Fradique de Portugal, Bispo de Calahorra, instituiu o Morgado dos Faros, no Vimieiro, devendo suceder o varão em grau mais próximo do instituidor. A Casa Vimieiro extingue-se com a morte do 5.º conde em 1801 e este Morgadio passou para os Condes de Barbacena (e não Lumiares como diz NPB) e com a morte do 7.º Visconde e 2.º Conde para a Casa de Lumiares, em 1856.
Ora o sangue Faro tinha entrado na Casa Barbacena pelo casamento do 4.º Visconde na Casa Ilha do Príncipe, mas respeitando as cláusulas da instituição, à época, os Barbacenas tinhas menos quebras do que os Lumiares, por isso mais próximos do Arcebispo D. Fradique de Portugal.
Quem não conhecer o texto desta instituição dirá "Como pode suceder a descendência que provém de senhora quando esta teve um irmão?"
Abraço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu caro Nuno,
Muito obrigado pelos sempre doutos esclarecimentos.
Vais à Torre hoje à tarde? Estou por lá as 3.30. Aparece.
Abraço
Lourenço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caros Lourenço e Salvador,
De facto, esta informação consta e foi retirada da obra "Memórias Histórico-Genealógicas dos Duques portugueses do século XIX", do Visconde de Sanches Baena e de J.C. Castello Branco Torres.
Melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Estão vivos!! :)
Caro Senhor Diogo Alenquer,
É com bastante prazer,que acabo de ler seu comunicado,o qual,desdejá,muito vos agradeço.Quanto à minha descência,vem dos primeiros Viscondes de Barbecena,e,depois do IV Visconde,Luiz Xavier de Mendonça Furtado,filho de Jorge Furtado.Alcaide Mor da Covilhã;nasceu em 1692,tendo casado com D.Ignez de Noronha,filha de Francisco Carneiro,Conde da Ilnha do Príncipe.-Tiveram: Jorge Furtado de Mendonça,morreu novo.D.Eufrazia freira na lux,D.Anna Visencia nasceu eem 1718.Esta Senhora,era a que habitava o Palácio da Quinta das Larangeiras,e,caso interessante,o seu cofre era debaixo de seu leito,onde guardava num baú,as suas libras de ouro,as quais por todos as destribuía.E aqui, com Ela,viveu meu trisavô António Carlos.Seguem os restantes:Francisco Vicente Xavier Furtado,gemeo de seu irmão Afonso Visente,Monsenhor na Patriarcal.D.Gertrudes,nasceu em 1722,D.Maria Visencia,nasceu em 1721,José Luiz Vicente em 1724,Miguel Visente,em 1725.D.Rosa Visencia,nasceu em 1727,casada com Jozé Bernardo de Távora.ANTÓNIO CARLOS,nasceu em 1728 (eu em 1928).E por último,Feliz Pedro,morreu novo.através de meu Trisavô,do último Conde D.Francisco.Quanto ao retrato,terei todo o prazer de lhe o enviar.No entanto,penso que ainda se deve manter,em Barbacena,num Solar cedido pelo Conde D.Francisco,denominado "Amparo para Desemparados",entregue a uma Obra Religiosa.
Quando.Deste modo estarei sempre ao vosso inteiro dispor para algo mais.~
Cordeais Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)
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RE: Estão vivos!! :)
Caro Senhor Diogo Alenquer,
Na realidade a partir de certa altura,alguns familiares deixaram de usar o apelido(Castro do Rio),por mim,usálo-ia para todo o sempre.Só o que é estranho na Lei,é que nomes próprios se podem usar às Duzias.Apelidos apenas (QUIATRO).Mas agora já se podem usar de um certo modo.Nossa Familia,é aparentada com Todas as Casas Reais.Desde D.Urraca e D.Teresa.
De D,João II,de seu filho bastardo D.Jorge de Lencastre(que era um Mendonça Furtado,por parte de sua Mãe D.Joana de Mendonça).Sou também parente de Sua ex-Majestade a Raínha Fabiola da Bélgica.Nesta sua alusão,fiquei um pouco aborrecido convosco, da maneira como se referiu:
O NÃO ENCONTRAR POR AÍ...como se se tratasse de algum anibal abandonado, ou coisa parecida.Mas estou certo que não foi com êsse propósito.
Sempre ao dispor,
Cumprimentos
Aníbal (Barbacena).
.
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
A Chefia encontra-se na Casa Loulé e muito bem.
Aliás até os Loulés deveriam ser os actuais Duques de Bragança, e são os Duques do Rio Grande, Vale de Reis e Loulé;e até pretendentes ao trono de Portugal.
Se o representante primogénito não o pretende e reconhece a linha usurpadora, que abdique.
José Folque de Almeida Barreto
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Penso ser um pouco ousado de sua parte, semelhante comentário.Embora, minha familia através dos séculos,tenha sido prejudicada.No entanto, dá-me bastante prazer que Parentes,o façam.Agora, não vamos ao ponto de confundir as coisas...,pois, todos nós sabemos que é O Senhor Dom Duarte,e,só Ele, que tem êsse direito.
Respeitosos Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
Tive hipótese de ler a carta de assentamento do título de Conde de Rio Grande.
Em 1689 Lopo Furtado de Mendonça recebeu carta to título de Conde de Rio Grande em Pernambuco, em sua vida, atendendo ao alvará de mercê feito por D. Pedro enquanto Regente, a 14-VII-1678. Diz esse alvará:
"Hei por bem fazer-lhe (a Francisco Barreto) mercê, além de outras que pelos mesmos respeitos lhe fiz, do título de Conde para seu filho mais velho, se o tiver, e tendo filha que seja herdeira de sua Casa lhe faço a mesma mercê para a PESSOA que com ela casar, com tanto que o casamento será à minha vontade e esta mercê não terá efeito no filho ou filha se não em casando e até esse tempo estará em segredo e se não cumprirá se se descobrir por sua parte ..." - Chancelaria de D. Pedro II, Doações, Livro 18, fls. 371-371 v.º.
Quanto a mim este alvará mais não é do que uma promessa de título, que poderia não se verificar se a filha ficasse solteira.
D. Pedro não faz mercê do título de Conde de Rio Grande a Francisco Barreto, diz Conde sem mais.
A Condessa de Rio Grande declara em testamento, em 1759 (Registo Geral de Mercês, Livro 272, fls. 62-69 v.º.) "...que o imediato sucessor no morgado instituído por seu pai quando casou 1.ª vez deve, segundo a sua instituição, ser o parente transversal mais próximo a seu pai, do sangue da família dos Barretos e estas qualidades concorrem só em D. Francisco José de Lancastre, em D. Helena de Lancastre, Marquesa de Fronteira e na Condessa de Coculim. A um destes três senhores se devolverá a sucessão do meu Morgado...".
Abraço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Facilmente se percebe porque a monarquia não tem futuro em Portugal.È pena.
Nuno Ponces
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu caro Nuno,
Muito obrigado por estes dados. Agora espero a intervenção dos juristas deste Fórum. Já que o Lourenço Azarujinha anda "desaparecido" apelo ao meu Amigo Jacinto Bettencourt para que, já com o texto da carta, dê a sua opinião.
Abraço
Lourenço
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RE: Estão vivos!! :)
Não, não! Por aí... neste sítio. "Aí" referente a este sítio (GeneaPortugal). Não o encontrei pelo GeneaPortugal.
Não quis exprimir qualquer desdém.
Mas dispõe desse retrato no computador?
Diogo Alenquer
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RE: Estão vivos!! :)
Amigo e Senhor Diogo Alenquer,
Desculpe o mal entendido,como sabe, a nossa lingua é um pouco traiçoeira.
Logo que possa, o enviarei através do computador.
Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Senhor Nuno Ponces,
De facto é uma verdadeira realidade.
ASimões
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Nuno
Tenho, verdadeira, esperança que não!
Paciência, o caminho será "espinhoso".
Melhores cumprimentos
Artur João
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Nuno
Mais do que esperança que não aconteça o pior, tenho a certeza que estas polémicas irão fortalecer a "nossa causa".
Quanto mais não seja, descortinamos o que nos espera. Saberemos encontrar "respostas" para prosseguir "a caminhada"!
Renovados cumprimentos
Artur João
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Artur,
Esperemos que a "nossa causa" seja mais acarinhada do que tem sido até aqui.
Com os melhores cumprimentos,
Nuno
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Jacinto,
Então se assim é, tudo bem! Apenas aventei a hipótese da limitação do número de quebras de varonia, à qual já ouvi referências, que admito não serem correctas. O caso Abrantes conheço eu bem, pois miha mulher é respectivamente neta, sobrinha e prima co-irmã dos três últimos titulares.
Um abraço do primo Bettencourt (com recentes quebras de varonia!:))
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu caro Senhor LCM,
Nosso amigo,Nuno Borrego,está à altura de toda esta questão,e,pode crer que está dentro destes assuntos.
Ë claro que é por estas e por outras,que ninguém se entende,pois todos em geral puxam a brasa ...O Senhor referiu-se também ao Conde de Rio Grande:-Lopo Furtado de Mendonça,filho de Jorge Furtado.Foi Comendador Mor de Veiros,e do Cano Serpa e Moura da Ordem de Aviz.Casou com D.Izabel de Noronha,filha de D.Fernando de Almada II Conde de Abranches em Normandia,e Cap.Mor de Lisboa,e de D.Constancia de Noronha.Tiveram sete filhos.
Respeitosos Cumprimentos
Aníbal B.
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
Com todo o respeito pela memória de D. Luís de Lancastre e Távora, meu tio por afinidade, concordo que ninguém é bom juíz em causa própria. A argumentação seria dele próprio, e tenho ideia de o ouvir expô-la como sua opinião pessoal, mas nunca se referiu às suas chefias ao fazê-lo.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
Não percebi bem a questão ainda, pois não tenho participado neste tópico.
No entanto, não acho líquido que a carta de concessão do título de Conde seja uma promessa (não o sendo, com certeza, no domínio do direito civil).
Poderá considerar-se - com as devidas adaptações, uma vez que utilizo expressões civilísticas - que se trata de uma mercê sob duas condições suspensivas (o nascimento de filho ou filha, e sendo filha, o casamento desta) e, eventualmente, duas condições resolutivas (que o casamento seja autorizado pelo monarca, e que a mercê se mantenha em segredo (?)).
Da leitura da primeira parte relativa à concessão do título ao filho, não vemos qualquer entrave à sua concessão por ocasião do casamento. Com efeito, o Rei refere-se apenas aos efeitos, que, pelo exposto, se encontravam suspensos.
O que interessa saber, agora, é se aquelas condições foram efectivamente preenchidas, e se o título foi, de facto, atribuído ao marido da filha.
Por outro lado, e em relação ao próprio conceito de promessa, noto que esta, apesar de consubstanciar uma suspensão dos efeitos do que era prometido, conferia ao promissário um direito subjectivo público que, não raras as vezes, era exercido posteriormente e com sucesso junto da Coroa.
Quanto à sucessão da casa, penso que devemos ter em conta duas coisas:
1. Que a mercê foi atribuída com referência a Lopo Furtado de Mendonça (sendo que a concessão do título no genro leva, implícito, o facto deste herdar a casa daquele);
2. Que o título seguiu as regras da sucessão vigentes, independentemente das regras de sucessão no morgadio instituído por Lopo Furtado de Mendonça (imagine-se que se tratava de um morgadio com sucessão feminina?).
Assim, e para se apurar quem deveria suceder no título, dever-se-á ter em conta a sucessão nos bens alodiais da Condessa, e não nos bens vinculados (sem prejuízo da coincidência).
Quanto à ausência de referência a "Rio Grande", é de facto estranho...
Enfim, esta é a minha opinião preliminar. Mas como disse, pouco sei deste caso.
Um grande abraço,
Jacinto
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Exmo Senhor,
Será que o Embaixador Dr.Alfredo Lencastre da Veiga,meu parente, é também vosso parente?.Enviei-vos um E-mail,e como não estou certo se o terá recebido,volto por êste meio, de novo a subscrevê-lo.Refere-se ao Marquês de Barbacena,no Rio de Janeiro-Brasil.
Titulo nobiliárquico de Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Orta,político diplomata e militar(Minas Gerais,1772,Rio de Janeiro 1842).Ajustou na Europa o II casamento de D.Pedro I;comandou o exército Brasileiro,durante uma fase da guerra da Cisplatina.Foi senador e ministro do Império.
Barbacena do Rio,devia ter sido, a mercê de meu antepassado D.Francisco Furtado de Mendonça,que acompanhou o D.Pedro IV,como seu Secretário, para o Brasil.
Cumprimentos
Aníbal Barbacena
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Lourenço,
O alvará é claríssimo. A carta de ítulo também. É certo que os causídicos poderão interpretá-lo como lhes aprouver. Tivemos em Portugal o famoso decreto da "vírgula" :-)
Abraço
NB
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Nuno,
Espero bem que sim.
Um abraço
Artur
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro NB,
Sendo tudo tão claro, não sei porque precisam de causídicos...:-)
Na minha opinião, não é de todo claro e merece reflexão aprofundada, tanto de genealogistas como de juristas.
Cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Jacinto Bettencourt,
Para mim este caso é claro, transparente e linear.
Existe um Francisco Barreto que, pelos seus serviços, recebeu 1 alvará do príncipe Regente, em 1678, do título de conde (de nada), cuja mercê se deveria verificar no filho ou marido da filha, quando casassem, SE o casamento fosse à vontade do Rei e esta promessa DEVERIA ficar em segredo até à referida data do casamento e se um deles (filhos) a comunicasse a mesma não teria efeito.
Se o Rei quisesse dar o Título de Conde a Francisco Barreto teria dito que o fazia Conde, em sua vida ou não, do título de tal, por outro lado se quisesse fazer o filha/filha o texto seria o mesmo.
Depois de colocar o post acima fui ver mais umas quantas cartas de assentamento de títulos concedidos nos reinados de D. Afonso VI, D. Pedro II e D. JOão V e não vi mais nenhuma nestes moldes.
As cartas de título, e normalmente todas as mercês, apresentam uma linguagem clara, preceptível e bastante directa em relação ao conteúdo.
Por outro lado, e p.e., casos em que uma senhora recebia alvará de FCCR, CFCR ou outro, para a pessoa com quem casasse são às dezenas e ninguém se lembra de dizer que a senhora era FCCR.
A carta registada nas chancelarias está em nome de Lopo Furtado de Mendonça que assim que casou (deve ter sido em 1689) apresentou o alvará (transcrito na sua carta de assentamento) concedido a seu sogro para se poder encartar no título.
Temos portanto uma promessa (1678) que se verifica em 1689.
Para mim é claro que, ao contrário daquilo que diz o último Boletim do CN (2000), não existe uma carta do título de Conde de Rio Grande, nem podia haver, passada a Francisco Barreto de Menezes em 14-VII-1678, que esteve na base do reconhecimento do título ao actual detentor da mercê.
Não solicitei nenhum causídico. No anterior conselho havia-os, e especialistas em direito nobiliárquico, e o parecer que deram neste caso foi contrário áquilo que penso, admito que por não estarem de posse dos elementos de prova necessários.
Cumprimentos
Nuno Borrego
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu Caro Nuno,
Muito obrigado por todos estes esclarecimentos. Concordo contigo: uma promessa não é um título e a mercê só se efectivou no Lopo Furtado de Mendonça. Porque será que o nosso confrade Salvador Carvalho desapareceu deste e dos outros tópicos? Gostava de o ler agora.
O livro, já está fisicamente pronto? Se amanhã fores à Ferin de manhã diz que andarei por ali.
Abraço
Lourenço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Nuno Borrego,
Chamo a atenção, no entanto, para o facto de ser feita qualquer menção à palavra "promessa". A carta, apesar de confusa, parece-me bastante clara: cumprindo-se os requisitos nela estabelecidos, o genro seria conde. Ou seja: já não era necessário qualquer acto posterior do monarca, designadamente, de concessão. Aliás, não é referida a palavra promessa mas sim a palavra "efeitos", o que significa que a concessão é realizada, mas que não produz efeitos... A título de analogia, basta pensar na instituição de um morgadio, em que o instituidor mantém-se como possuidor dos bens até à sua morte. Ou seja: a instituição está feita, mas só opera efeitos com a morte do instituidor, pelo que não é necessário qualquer acto posterior. Trata-se, portanto, de uma condição suspensiva. E com certeza que devem ter sido atribuídos títulos com cláusulas semelhantes (não existe nenhum título dado aos filhos mais velhos de nenhuma casa?).
Penso que a sua tese tem, porém, um grande ponto a favor: a ausência de referência a "Rio Grande". Nesse caso, faz sentido um acto posterior do Rei a concretizar o primeiro.
Terá existido mais algum documento? Seria útil saber porque razão o título foi usado (uma vez que a legislação não era permissiva em relação ao uso de direitos inexistentes).
Cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
CAro jacinto Bettencourt,
Não existe a palavra promessa, mas está subjacente no alvará. O Príncipe coloca 4 condições para esta ter efeito. 1.º verificar-se-á no filho/filha; 2.º Quando casar; 3.º Se o casamento fôr da vontade do rei; 4.º Se não divulgarem esse alvará até à data do casamento.
Mas vamos partir do principio que o título de Conde foi concedido a Francisco Barreto. Mas Conde de quê? Desde finais da Idade Média os Condes sempre foram de alguma coisa ou sitio, com excepção de Condes/Marqueses honorários de algumas casas.
Não vamos comparar aqui Morgadios com mercês régias. Podemos comparar, p.e., uma mercê que diga que fulana tem uma Alcaidaria-Mor do reino assim que casar, e esta se verificará no marido. Ela casa e o marido, com base nessa promessa, é feito Alcaide-Mor de Borba, p.e., esta é passada em seu nome e a senhora mais não foi do que um meio de este receber uma mercê.
Hoje podemos esgrimir vários argumentos à luz da varidíssima legislação mas, no que concerne a títulos esta era, até 1910, taxativa e neste particular sempre foi. Os títulos só tinham efeito depois de registados em nome do agraciado, e ultimamente era condição para este registo o pagamento dos direitos de mercê, após a saída no diário do governo, para o qual o agraciado tinha 1 mês (salvo erro), e caso isto não fosse satisfeito a mesma não teria efeito.
Seria interessante ver quantos títulos hoje estão reconhecidos que não época não satisfizeram esta condição, necessária para a efectivação da mercê.
Por outro lado descender do titular por linha primogénita pode não ser condição para hoje se reconhecer 1 título. Recordo o caso do Conde de Vila Pouca, António Teles de Menezes, seu filho legitimado Aires Teles de Menezes, que sucedeu em toda a Casa, prescindiu do título em favor de comendas com maior rendimento. Não fazia sentido, hoje, reconhecer-se este título quando na época o mesmo foi trocado por bens da Coroa mais rentáveis.
Enfim, cada caso é um caso e generalizar é perigoso.
Cumprimentos
NB
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Após longo tempo afastado do fórum do Genea tenho no entanto acompanhado com muitíssimo interesse a discussão sobre a chefia dos Furtados de Mendonça em Portugal e resolvi voltar a ele com o contributo que posso.
Trago mais uma acha a esta discussão pois me parece que a moderna genealogia não se coaduna com uma série de suposições apenas e não fundamentadas documentalmente.
Do mesmo modo não me parece fundamental discutir quem é ou não o representante dos Furtados de Mendonça em Portugal se essa suposta representação não for devidamente documentada ou deduzida. Quanto a isso adianto também de seguida uma outra linha verdadeiramente candidata a representá-los.
Começo assim por referir que o entroncamento dos Furtados de Mendonça portugueses (e não Mendoça como muitos escrevem e para o qual não há justificação plausível) nos Hurtados de Mendoza espanhóis não está provada, nem a sua ligação directa a Afonso Furtado de Mendonça, vassalo do Rei Dom Diniz, que terá passado a Portugal em meados do séc. XIII na comitiva da futura Raínha Dona Beatriz de Castela mulher do Rei Dom Afonso III de Portugal (referido por José Augusto de Sottomayor Pizarro – Linhagens Medievais Portuguesas – vol. I, a pág.s 30 como Afonso Furtado de Alava) embora o defendam vários autores e até em trabalhos recentes, nomeadamente Luís de Bivar-Weinholtz de Azevedo - História e Genealogia dos Mendonça Furtado, Alcaides-mores de Mourão (1476-1674), Lisboa 2001, e Filipe Folque de Mendoça – A Casa Loulé e Suas Alianças. Basta comparar o seu percurso conhecido e documentado de Afonso Furtado de Alava em Portugal com os seus presumíveis primos os poderosos Mendoza no reino vizinho para se colocar em causa esse parentesco presumivelmente evidente.
De facto, o primeiro Furtado que está perfeitamente documentado tal como a sua descendência é (como defende e o prova o dr. Manuel Lamas de Mendonça no capítulo dedicado a Afonso Furtado e a alguma da sua descendência, no seu trabalho ainda por publicar) Afonso Furtado capitão-mor do Mar e contemporâneo do Rei D. João I. É assim o primeiro com que se pode iniciar seguramente uma dedução genealógica apesar de todas as hipóteses de filiação e de entroncamento nos Hurtados de Mendoza espanhóis adiantados até hoje pela maior parte dos genealogistas. Dele sabemos que nasceu cerca de 1360 e morreu antes de Junho de 1423, altura em que o Rei Dom João I nomeia para lhe suceder no cargo a Álvaro Vaz de Almada. Este Afonso Furtado está perfeitamente documentado entre 1384 e 1419. De acordo com o cronista Damião de Góis foi fidalgo honrado que viveu nos reinados de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I. Braancamp Freire refere que foi da criação de D. Pedro I, e muito dedicado ao seu filho bastardo, o mestre de Aviz, a quem, já em 1382, quis dar fuga do castelo de Évora e acrescenta a afeição de D. Pedro I ao pai de Afonso Furtado, SEM LHE INDICAR O NOME. Do seu percurso sabe-se que teve por doações a 9.10.1384, umas quintas no Paço do Lumiar em Lisboa, a 8.2.1402, umas casas na freguesia da Sé em Lisboa, a 3.4.1414 e uma lezíria junto a Santa Maria de Valada. Em 1385 o Rei Dom João I, na sequência da sua aclamação pelas Cortes de Coimbra, nomeia-o capitão do mar. A 25.6.1386 desembarcou no Porto de Corunha capitaneando as forças portuguesas que apoiaram o duque de Lancaster, Jonh of Gaunt, na sua tentativa de fazer valer os direitos de sua mulher Dona Constança, à coroa castelhana. Em Novembro de 1386 acompanhou o mesmo duque no seu regresso a Inglaterra, e aí esteve por 15 meses, tendo sido provavelmente durante este tempo que deverá ter sido agraciado com o Livery Collar, surgindo a reconhecer notarialmente, por recibo datado de 27.6.1389 uma doação que lhe é feita pelo baron of the Exchequer. De acordo com Fernão Lopes capitaneia a galé Bem Aventurada, uma das galés que correram a costa da Galiza debaixo das ordens do conde de Trastâmara. Refere ainda o cronista que foi um dos fidalgos e cidadãos que ajudaram o Mestre de Aviz; que esteve nas cortes de Coimbra; nomeando-o ainda como Afonso Furtado, capitão do mar. A 25.10.1390 nas cartas de legitimação de seus filhos é já referido como capitão-mor de Portugal, cargo que Fernão Lopes também lhe dá a propósito da descrição da chegada do duque de Lancaster a Lisboa. Cerca de 1412-1414 vai a Ceuta com a intenção de reconhecer as defesas da fortificação desta cidade com vista ao futuro ataque e conquista desta praça do norte de África o que se vem a perpetuar 1415. Em 1414 e pelo menos a té 1419 exerceu o ofício de anadel-mor dos besteiros do conto que Luís de Bivar-Weinholt de Azevedo – op. cit. – refere ter sucedido a seu tio-Avô paterno. A 6.4.1419 exercia conjuntamente os cargos de apurador dos homens do mar e anadel-mor dos besteiros.
Sabemos que casou (alguns dos genealogistas dão-lhe por mulher Isabel Osório sem lhe darem a filiação) e que teve 6 filhos, 4 dos quais bastardos legitimados: Fernão Furtado, dado como senhor da honra de Peroselo e que terá morrido sem descendência; Afonso Furtado de Mendonça que nasceu cerca de 1380 já que, ainda criança, acompanhou seu Pai a Inglaterra no inverno de 1386 e já tinha morrido em Setembro de 1475 já que seu filho primogénito exercia já o cargo de anadel-mor de besteiros que herdou de seu Pai; Fernando Furtado, havido em Mariana Gonçalves, solteira, legitimado a 25.10.1428; outro Fernando Furtado, havido em Catarina Rodrigues, legitimado na mesma data; Rodrigo Furtado, havido em Maria Gonçalves e legitimado na mesma data; e Catarina Furtado, não legitimada com descendência nos Furtados das ilhas.
De Afonso Furtado de Mendonça, que ficou acima, é consensual e documentado que foi neto Jorge Furtado de Mendonça, genearca que traz o ponto da discórdia na procura do seu actual representante.
Voltarei a este ponto a seguir.
Mas antes disso é talvez importante voltar à origem dos Furtados de Mendonça que como se disse em nada está provado serem os de Portugal descendentes dos de Espanha.
E quanto a este ponto, também o início desta Família deixa algo a desejar no que toca a serem descendentes do conde de Lara e da Raínha D. Urraca de Castela, então divorciada do Rei D. Jaime de Aragão.
De facto, e apesar da generalidade dos genealogistas, incluindo os mais recentes deduzirem por Afonso Furtado de Mendonça (o que primeiramente terá passado a Portugal) a sua ascendência a Don Fernán Hurtado, origem dos Furtados espanhóis que pelo casamento de uma sua filha com o senhor da torre de Mendoza deram origem aos Hurtados de Mendoza que se chamaram Furtado de Mendonça em Portugal, acontece que não foram até agora apresentadas provas suficientemente convicentes e irrefutáveis ou mesmo razoáveis para que possa ser feita essa ligação genealógica. E é seguindo as genealogias tradicionais (Luís de Salazar Y Castro – História Genealogica da Casa de Haro; Narciso Binyan – De Nobleza vieja ... a Nobleza vieja; Diego Gutierrez Coronel – Historia Genealogica de la Casa de Mendoza; Salvador de Moxo – De Nobleza vieja a nobleza nueva; Cristina de Arteaga – La Casa del Infantado; Alberto y Arturo Garcia Carrafa – Diccionario Heraldico y Genealogico de Apellidos Españoles y Americanos) que a generalidade dos autores bem como o espanhol dr. José Luís Garcia de Paz – Mendoza, Poderosos Senhores – defendem essas ligações genealógicas. Mas curiosamente, no ponto talvez mais interessante dessa ascendência, que o entronca directamente na Casa Real de Castela, deixam de estar em acordo. E o desacordo diz respeito precisamente ao início do uso composto do apelido Hurtado de Mendoza que teria passado a Portugal como Furtado de Mendonça. Neste ponto, a partir de uma questão cronológica e da análise exaustiva da literatura sobre o assunto existente mais rapidamente partilharia da opinião de Luís de Bivar-Weinholtz de Azevedo que defende que o apelido composto Hurtado de Mendoza resulta do casamento de Don Iñigo Lopez de Mendoza nascido cerca de 1150 e que morreu em 1212 na batalha de Navas de Tolosa, senhor de Lloidio e Zaitegui, com Doña Leonor Hurtado, senhora de Mendívil, Escarrona, Martioda La Rivera, Cueto e Beto. Defende o dr. José Luís Garcia de Paz (como a generalidade dos autores), que este mesmo apelido composto surge do casamento de Don Diego Lopez de Mendoza, senhor de Mendoza e de Alava (sobrinho neto de Don Iñigo referido) com a mesma Doña Leonor Hurtado. Ora esta última versão resulta cronologicamente inviável já que de acordo com Gutierrez Coronel Don Diego tinha cerca de 5 anos de idade quando seu Pai Don Lope Lopez foi morto no confronto de Arratos em 1200 o que lhe fixa a data de nascimento para cerca de 1195. Sua presumível mulher Doña Leonor, sendo filha de Don Fernán Pérez Hurtado, senhor de Mendívil, Martioda e Alava, não deverá ter nascido depois de 1160/70, já que este nasceu entre 1111 e 1126 por ser filho do casamento secreto ou a hurto, do conde de Lara Don Pedro Gonzalez com a Rainha Dona Urraca de Castela (que nasceu depois de 1081 e morreu a 8.3.1126, divorciada em 1110 do Rei Dom Jaime I de Aragão). Sabe-se também que Afonso Furtado que passou a Portugal cerca de 1252/3 integrado na comitiva da Rainha Dona Brites de Castela veio muito novo pelo que deverá ter nascido cerca de 1240. Assim, se este era de facto filho de Don Diego Lopez de Mendoza e de sua mulher Doña Leonor Hurtado, seguramente que esta Doña Leonor não é a mesma que foi filha de Don Fernám Pérez Hurtado. Aliás, ainda que entre parêntesis, Gutierrez Coronel – História Genealógica da Casa de Mendoza – propõe uma segunda filiação a esta outra Doña Leonor Hurtado, o que parece em tudo mais correcta. Dá-a como filha de «Ruiz Hurtado e Dª Luisa Guzmán de Recende; abuelo, D. Fernando Alias y D. Hurtado de Alava, señor de Zaistegra; su bisabuelo don Sancho Fernández; su rebisabuelo, el Dr. Fernán Perez de Lara, alias Hurtado.»
Mas voltando à questão da representação dos Furtados de Mendonça, diz o Nuno Borrego de acordo com uma mensagem de Lourenço Correia de Matos, que esta está nos viscondes de Barbacena. Até poderá estar mas permito-me deixar esse assunto para já sob reserva. Diz Nuno Borrego que é aceite por toda a gente que a chefia dos Furtados de Mendonça à época estava em António Furtado de Mendonça, comendador das Entradas. Sinceramente não sei. A realidade é que não encontro documento nenhum que o prove ou o permita deduzir sem margem razoável para dúvidas até porque não conheço (não quero dizer que não exista) algum documento em que ele venha referido como comendador das Entradas. Seu Pai, Jorge Furtado de Mendonça foi-o e está documentado com tal, assim como o foi de Sines na ordem de Cristo, camareiro de seu sobrinho Dom Jorge de Lancastre, duque de Coimbra, filho natural de sua irmã Dona Ana de Mendonça, comendadeira de Santos em 1509 e falecida em 1545. Até lá, mantenho sob reservas a sucessão desta chefia em António Furtado de Mendonça.
Mas mesmo não sendo a sucessão da chefia por este ramo, certo parece ser que não é a casa Vale de Reis / Loulé que a tem visto ser descendente de um irmão mais novo de Jorge Furtado de Mendonça, o comendador de Entradas, de nome António de Mendonça Furtado, comendador de Veiros, do Cano, de Serpa e de Lavre na ordem de Aviz, Avô de Nuno de Mendonça, 1º conde de Vale de Reis. Esta questão parece-me clara.
Admitamos por hipótese que é na descendência de António Furtado de Mendonça, dito comendador de Entradas, que está actualmente essa chefia. Sabe-se que se extinguiu pelo menos parte dessa descendência legítima conhecida com o 2º conde e 7º visconde de Barbacena. Confesso que não estudei a fundo a descendência deste ramo e não sei por conseguinte se existe descendência legítima na actualidade. Mas uma coisa é certa, não é no ramo dos condes de Rio Grande que está essa chefia pois este ramo com é sabido descende de Lopo Furtado de Mendonça, meio-irmão dos irmãos atrás referidos, por via do 3º casamento de seu Pai e como tal mais novo.
Mas ponhamos a hipótese deste António Furtado de Mendonça não ser o mais velho dos irmãos mas sim seu irmão Afonso Furtado de Mendonça, comendador de Serpa, de Santa Maria de Beja e de Rio Maior, o que se me afigura mais seguro quer por se ter chamado Afonso na tradição familiar. E se de facto Afonso Furtado de Mendonça for mais velho que António, então é neste ramo que seguirá a chefia dos Furtados de Mendonça.
E se assim for a sua representação deverá estar hoje em Luís Manuel d’Abreu Furtado Guerra ou em algum seu parente descendente como ele do grande André Furtado de Mendonça «o Grande Capitão» e 19º governador da Índia, que as genealogias tradicionais insistem em dar como solteiro e sem descendência, salvo Manso de Lima em título de Barbudas e Alão de Morais no mesmo título e que os autores actuais insistem em ignorar. Dizem os autores citados que André Furtado de Mendonça não casou mas teve uma filha bastarda de nome Mariana Furtado de Mendonça que do seu casamento com Duarte Carvalho de Barbuda teve duas filhas, Isabel e Catarina Furtado de Mendonça. Actualmente é conhecida larga descendência destas duas senhoras que espero em breve poder dar a público. Faltava apenas comprovar a filiação de Mariana Furtado de Mendonça já que as genealogias tradicionais, se bem que uma grande ajuda não são prova e como tal há que as buscar.
A descoberta recente pelo dr. António da Franca Ribeiro do sumário matrimonial desta D. Mariana Furtado de Mendonça levantou o véu definitivamente sobre este assunto comprovando a sua filiação, que para além de tudo é legítima como se prova do mesmo adiantando que sua Mãe se chamou D. Isabel. Razões existem para que se não tenha mantido na sua descendência o nível social a que pertencia. Percebe-se isso imediatamente do referido documento quando esta senhora pede a Rei a dispensa dos banhos para evitar a sua publicação e deste modo os seus tios poderem ter a possibilidade de impedir esse casamento já que Duarte Carvalho de Barbuda era de «menor qualidade» que ela. E o facto é que, por uma forma ou por outra, seu tio João Furtado de Mendonça conseguiu e foi sucessor de seu irmão André, herdando nomeadamente bens no Algarve, junto a Lagos, onde era proprietário nomeadamente em 1593, área onde as suas sobrinhas e filhas de D. Mariana vieram a ter descendência.
Desconheço a razão pela qual o site do Genea trazer André Furtado de Mendonça em último lugar como se do filho mais novo se tratasse, já que quer Felgueiras Gayo quer Alão de Morais nos respectivos títulos de Mendonça o trazem como filho mais velho do que seu irmão João o que documentalmente parece ser verdade, já que nasceu em 1558 e em 1588 estava já como capitão na Índia pela 2ª vez (era já capitão-mor em 1599), onde foi acompanhado por seu irmão João que em todo o percurso do Grande Capitão foi tido como um seu protegido como se de irmão mais novo se tratasse.
Parece-me pois que há ainda muito por investigar e parece-me claro que há considerar seriamente a possibilidade de ser neste último ramo que está actualmente a chefia dos Furtados de Mendonça portugueses devidamente documentados.
Luís Soveral Varella
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Luís,
Magnifica lição de história!
Um abraço
Lourenço
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Luís,
Brilhante e excelente dedução. Quando digo "por toda a gente aceite" refiro-me, claro está, a quem escreveu sobre esta gente (Gayo, Alão, Canedo e quase todas as genealogias manuscritas).
Luís, o facto de o Afonso ser mais velho baseando-te no uso desse nome é uma teoria frágil. Seu pai chama-se Jorge e o avô Nuno. O António, tem 1 jorge que segue e 1 Afonso; este Jorge tem 1 António e 1 Afonso.
Grande abraço
NB
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Luís,
Em relação à Comenda das Entradas, que dizes não conhecer documento em que conste Jorge Furtado de Mendonça, casado com D. Mécia Henriques, ter sido comendador. Julgo que será fácil provar a posse desta comenda por esse, para já adianto que em 1577 lá viviam Jorge Furtado de Mendonça e sua mulher D. Mécia (Index dos tabeliães de Lisboa, tomo 4, fls. 354).
Abraço
NB
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
desculpem
o trabalho sobre os alcaides de mourao foi do meu primo luis de bivar wheinholtz de azevedo
jorge arez
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RE: Estão vivos!! :)
Meu Caro Sr.Diogo Alenquer,
Tenho sim, a foto no computador,e, gostaria que me enviasse seu E-mail,porque gostaria de o informar àcêrca de certo assunto alvitrado por vós.
Aníbal-B.
avsimoes@sapo.pt
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Exmo Senhor Luís Soveral Varella,
De facto vossa referência está absolutamente certa.Minha familia descende desses ramos directamente,e,não só,por último, do lado do último Conde D.Francisco e de outros mais.A Avó Mariana,Senhora de Barbacena,foi a última,que morou no Palácio das Larangeiras,onde nasceu meu Tio Bisavô,D.António Carlos-Mello e Faro Castro do Rio-Mendonça Furtado e Menezes Pinto.O Titulo de Conde de Barcena,pertenceu mais tarde a meus ascendentes,a verdade é que julgando eles, que o Titulo estivesse registado,sempre o usaram,e aí,foi seu grande erro.Quanto a André Furtado de Mendonça,o um dos grandes capitães que fundaram o Estado da Índia,tendo saído sempre vencedor.$Era de facto filho de Afonso Furtado,comendador de Borba e Rio Maior,da Ordem de Aviz,e de D.Joana Pereira.Tinha dois irmãos,João Furtado e (José Furtado).Há certas coincidências interessantes no que me diz respeito.André,quando seu corpo, chegou a Portugal,na sua Nau"Nossa Senhora da Penha de França"a 3/7/1610,foram celebradas Exéquias na Igreja de Nossa Senhora da Graça.O interessante é que a par de outras coincidências,eu nasci, na Freguesia da Penha de França.Peço-vos meu Caro Senhor Luís Soveral Varella,que não leve a mal esta minha alusão.Só o que é na realidade muito triste,o não reconhecimento do Titulo a nosso favôr,pois estou certo,que o foi.
Respeitosos Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Senhor,
Conforme já tive ocasião de lhe referir, se tem realmente direito ao título em causa, o facto de ele não ter sido usado nas últimas gerações não lho retira. O seu caso não seria virgem, e em situações semelhantes tem sido reconhecido o direito ao uso de títulos. Lamentavelmente, como deve saber, o Conselho de Nobreza não está actualmente em funções, mas nada obsta a que, assim que o mesmo ou algum orgão seu substituto, retomar funções, o senhor requeira o direito ao uso do título, até porque actualmente, a avaliar pelo Boletim Oficial do Conselho de Nobreza, o mesmo não se encontra atribuído, nem figura na categoria de títulos historicamente extintos.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Senhor Visconde,
É com muitissimo prazer,que tenho acompanhado as vossas sugestões,e,pode estar certo, que muito sensibilizadamente vos agradeço.Segundo penso já vos ter informado,que em tempos,solicitei do Conselho de Nobreza,as minhas pretenções,tratando do meu assunto o Sr.Dr.Proença de Carvalho.Mas penso que algo ficou por esclarecer.Agradecendo mais uma a vossa atenção,
Respeitosos Cumprimentos
Aníbal (Barbacena)
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Nuno Borrego
Apenas uma achega:relativamente ao caso do título de Conde de Vila Pouca (antigo),o que é do meu tenho conhecimento é de que o título não terá sido renovado em Aires Telles de Menezes devido à conduta criminosa deste.Ao que parece terá assassinado injustificadamente um seu criado,pelo que foi julgado e sentenciado a uma pena de degredo de 10 anos em Angola(o que prova bem que,já no séc.XVII,os "Grandes" não eram imunes à justiça real).De qualquer forma,tinho ideia de que tinha sido este o motivo da não renovação do título na pessoa deste Senhor.
Relativamente à representação deste título,ouvi dizer que estava na família Pereira Coutinho (Soydos).Pode-me confirmar isso?
Obrigado e cumprimentos,
Francisco Pinto de Novais
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Exmo Semhor ,
Quanto a André Furtado de Mendonça,não era filho primogénito.
Filhos de AFFONSO FURTADO DE MENDONÇA.
Rodrigo Furtado,casou com D.Felipa de Mello.
Manuel Furtado de Mendonça ou Mendonça Furtado,casou com D.Joana de Goes,dizem sem geração,mas é um grande erro.porque a teve.
André Furtado
João Furtado
D.Margarida de Sousa
D.Margarida de Mendonça
António Furtado
Jorge Furtado
D.Francisco
D.Mecia
Como pode verificar André não'era o primogénito.
Agora, o último representante dos Condes de Barbacena,foi sem dúvida meu Avô,D.António Candido de Mendonça Furtado e Menezes Pinto.Nasceu em Barbacena na Quinta das Larangeiras.Foi Coronel do Exército e comandou o 11 de Setúbal etc.
Esta a verdade àcêrca deste assunto.
Respeitosos Cumprimentos
Aníbal - Barbacena
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Meu Caro Nuno,
Há bastante tempo que não temos contacto,mas não esqueço de modo algum nossas relações.
Tudo o exposto é de facto uma realidade.Muitas vezes,acontecem coisas inesperadas,e eu que o diga...
Com Afectuoso abraço,
Aníbal,Barbacena
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Exmo. Sr.,
Assim sendo, e dado o seu legítimo empenho na questão, reitero o que disse na minha mensagem anterior, e aconselho-o a dirigir-se ao Conselho da Nobreza ou eventual orgão que lhe suceda, expondo o caso e requerendo o direito ao uso do título ou sua representação. Não posso obviamente garantir que lhe seja dado provimento, mas não há nada como tentar, e se o fizer ficará pelo menos tranquilo que tudo fez para repor aquilo que segundo o seu ponto de vista e a sua exposição é a legitimidade de uma situação.
Sempre ao dispor
Respeitosos Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro NB,
Quando apresentei o exemplo do morgadio, foi apenas para explicar a diferença entre a efectiva instituição/constituição/concessão e a data de produção de efeitos.
Tratam-se de conceitos jurídicos que julgo fundamentais para a análise da questão.
Concedendo o monarca uma mercê, e fixando data ou condições para a produção de efeitos, juridicamente, a mercê já foi concedida, embora se encontre suspensa.
Esta construção jurídica já existia naquela altura.
Penso, também, que mesmo sem ter interesse jurídico na questão, o genealogista não deve abandonar os conceitos da época. Assim, e por exemplo, sempre que vir a promessa de uma comenda, é recomendável que se procure o documento de reclamação da mesma. Assim de repente, lembro-me da concessão de uma comenda na Ordem de Cristo para o genro de X, que a receberá quando casar. Posteriormente, aquele genro solicitou a comenda, tendo a mesma sido concedida com base no primeiro documento. Ou seja: a promessa consubstanciou uma concessão com efeitos suspensos.
Tem toda a razão, por outro lado, quando fala na necessidade de registo e pagamento dos direitos de mercê. Por acaso desconheço se ainda existem fontes onde possamos comprovar o pagamento daqueles direitos, mas já tinha solicitado, em relação a este condado de Rio Grande, informações sobre a existência de documentos posteriores que atestem o registo do título no genro daquele Furtado de Mendonça.
Chamo a atenção, no entanto, para o facto do registo ser diferente da mercê. Mesmo o títulos de juro e herdade - julgo eu - estavam sujeitos a registo, embora tenham sido atribuídos de juro e herdade. A necessidade de registo talvez tivesse o seu fundamento na necessidade de legitimar um indíviduo no uso de um determinado título e, simultaneamente, para aferir da sua situação/sucessão legítima. Tradicionalmente, o registo está associado à necessidade de publicidade, i.e., à produção de efeitos junto de terceiros.
Confesso, porém, que pouco ou nada sei sobre o conceito de registo neste caso.
Cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Prezado Luís Varella.
Suas observações foram extremamente interessantes, de modo que me surge uma dúvida, que, talvez, possa ser solucionada pelo senhor.
Fernão Arrais de Mendonça foi filho de Maria Arrais e Pedro Dias Furtado,que, supostamente, seria irmão de Afonso Furtado de Mendonça.
Este Fernão seria o tronco presumido de todos os Arrais de Mendonça portugueses. Em face do exposto pelo senhor, haveria a possibilidade do pai de Fernão não ter parentesco com Afonso?
Grato,
Inácio Ricardo
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Caro Francisco Pinto de Novais,
A referência à desistência do título a favor das Comendas (São Vicente do pereiro, São João da Beira e São João de Vila Pouca), é feita por Manuel da Costa Juzarte de Brito, no livró de Famílias de Portalegre, na árvore dos Correia de Lacerda. Tenho visto esta referência em mais obras manuscritas. Já Alão de Morais, Vol. II, pág. 448 (nova edição), diz que sucedeu no título e Comendas e é 2.º Conde de Vila Pouca.
Não sei se está nos Soydos. No n.º 2 da Miscelânea Histórica de Portugal foi publicado um estudo sobre a varonia Pereira Coutinho, pelo Dr. Augusto Ferreira do Amaral, mas essa representação não se percebe.
Cumprimentos
NB
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Prezado Anibal,
Se puderes fazer o favor de me informar a ascendência e descendência de seu tetravô António Carlos-Mello e Faro Castro do Rio-de Mendonca Furtado, fico-lhe muito grato, pois gostaria de ver o ramo dele entroncado em minha base.
Antecipo agradecimentos. Fraterno abraço.
Samuel de Castro
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
Já cá faltavam os brincalhões.Juizo, meninos dos fados e guitarradas.
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RE: A confusa chefia dos Mendonças
os Mendonças que tenham juízo e não sigam os conselhos dos fadistas
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A confusa chefia dos Mendonças
Boa Tarde,
Por acaso o Senhor Aníbal (Barbacena) informou-o da ligação entre Vicência Mónica Xavier de Noronha, António Carlos e os restantes herdeiros?
Obrigada
Ana Gonçalves
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A confusa chefia dos Mendonças
Boa Tarde,
Detetei no genea que, eventualmente, poderá possuir dados que confirmem o parentesco entre Aníbal Vasconcelos Simões (já falecido na Holanda e tio-avô do meu marido) com um ramo dos "Barbacena".
Será possível indicar-me essa informação?
Grata,
Ana
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A confusa chefia dos Mendonças
Caro Soveral Varella
Grato pela referência mas o meu trabalho inicial sobre o suposto entronque dos Furtados portugueses, homens bons de Frielas (Loures) foi publicado no ensaio sobre a verdadeira Origem dos Furtado de Mendonça Portugueses (esgotado) Seguiu-se-lhe Os Furtado de Mendonça Portugueses, um caso de ascensão social alavancado nas Ordens Militares, publicado no Militarium Ordinum Analalecta, e nele historio a biografia de Afonso Furtado,documentado em fontes primárias como Capitão-mor do Mar de D. João I e Anadel-mor dos Besteiros do Conto desde el-rei Dom Fernando e autor do pré-levantamento das fortificações da Praça de Ceuta que antecedeu a respectiva expedição, capitão das Galés portuguesas em Inglaterra. Nomei-o-lhe os filhos legitimados, a primeira mulher e o respectivo funeral, invenario-lhe mercê e bens e proponho o ano da sua morte.
Finalmente na minha tese de Doutoramento (revista e acrescentada) "A Ordem Militar de Avis revisitada, á venda na Ferin e com dezenas de exemplares vendidos; acrescento o nome da sua segunda e ultima mulher Maria Anes (também ele contido em fontes primárias) e coloco a dificuldade em entender como é que o filho e único sucessor mencionado pelos linhagistas, de Afonso Furtado e (necessariamente) Maria Anes se veio a chamar Afonso Furtado de Mendonça.
Abordo as biografias de dezenas de descentes directos
E Você quer saber? Nem uma linha foi publicada ou corrigida perante isto tudo, fora do meio Académico.
Com a tranquilidade do trabalho documento de muitos anos de investigação pergunto-lhe, com respeito, mas sem evitar um meio sorriso:
Não faltará nada á magistral documentação elaborada pelo meu respeitado Amigo?
E com toda a compreensão, mas também com a seriedade advinda das fontes: Quem quer ser representante do quê?
Abraço sorridente e apenas preocupado com o facto de Deus me ter dado uma voz tão fininha que por mais que pie não se ouve.
Manuel Lamas de Mendonça (Furtado)
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A confusa chefia dos Mendonças
Exmos confrades,
A leitura do topico leva-me a uma indagaçao
Um meu Tio-avô, José Cândido ROMA de LEMOS PUGA, oficial do Exército em Viana do Castelo era casado com uma Senhora, que chamavamos Tia Maricotas, mas cujo nome era Maria de SA TINOCO FURTADO de MENDONCA. Ele era o caçula na familia materna do meu Pai., na quinta de Reiriz, em Troviscoso Monçao.
Poderiam, por favor indicar-me a que ramo dos FURTADO de Mendonça pertencia a tia Maricotas, pessoa de quem so tenho recordaçoes agradàveis ? Esse casal faleceu sel descendência. Desde jà, muito obrigada. Cumprimentos Natércia
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A confusa chefia dos Mendonças
Exmo.Senhor Aníbal Barbacena
Tenho seguido, com interesse e respeito este tópico que muito agradeço
Não tenho dúvidas sobre a sua ilustre ascendência, todavia, como tenho vindo a tentar estudar esta questão com os meios de que vou podendo dispor atrever-me-ia a pedir o seu auxílio para tentar aclarar uma questão que me tem suscitado dúvidas.
Escreve Vossa Excelência
" .No entanto pode crer,que descendo dos Mendonças Furtados,desde D.Fernão Peres de Lara,filho do Conde de Lara,D.Gonçalo peres de Lara,e da Raínha D.Urraca.D.Fernão Peres de Lara(o Hurtado)Furtado,casou com uma Irmã do nosso primeiro Rei,D.Afonso Henriques,tendo uma filha de nome,D.Leonor Furtado,Senhora de Mendovil.Tendo casado com D.Inigno Lopes de Mendonça,assim se uniram os dois apelidos.
Disto estou certo que estará ao corrente"
Se o meu Ilustre interlocutor está assim tão certo talvez me pudesse ajudar facultando-me as fontes documentais primarias nas quais se sustenta ?
Fico aguardando com o maior interesse as sua prezadas notícias
Antecipadamente grato
Manuel Lamas de Mendonça.
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A confusa chefia dos Mendonças
Muito Bons Dias estimadas Confreiras Confrades
Não obstante o muito que tenho aprendido com este tópico que me permitiu verificar a quantidade, e a qualidade, de ilustres linhagens portuguesas que, com algumas variantes é certo, descendem limpidamente dos Senhores da Biscaia , dos Senhores de Mendibil e de casas Regias, aqui e além tropeço na minha ignorância.
No genea encontra-se uma linha, seguramente diversa, que, brota modestamente dum Afonso Furtado de Frielas,Loures, que não deve ter tido carreira, visto que não tem notas biográficas., mas precisa-se que casou com uma Senhora, por nome Maria de Mendonça,
https://geneall.net/pt/nome/532036/maria-de-mendonca/
cujos marcos biográficos são apontados
* 1391 *1469
Talvez o próprio Genea disponha num dos seus Tombos do Guarda- Mór as informações referidas que tanto me ajudariam a encaixar esta Maria de Mendonça, nas duas mulheres de Afonso Furtado perfeitamente conhecidas e documentadas em fontes primárias relativamente abundantes.
Se alguém tivesse a paciência de me ajudar de me ajudar a encaixar esta 3,ª mulher ficaria imensamente grato
Manuel Lamas de Mendonça
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