Angola

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Angola

#26581 | Filomena | 15 set 2002 18:00

Olá a todos
saberia a genea ou alguem me dizer como posso adquirir certidões em Angola? Atualmente moro no Brasil.
No mapa da genea de Angola já deveria ter as localidades como distritos etc, como tem no mapa de Portugal, afinal são paises irmãos. Inclusive os endereços das conservatorias.

Cumprimentos
Filomena

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RE: Angola

#26644 | joaquimreis | 16 set 2002 13:44 | In reply to: #26581

Cara Filomena:
É necessário saber a que zona se refere, pois durante a "Campanha de Libertação do Dr. Savimbi" foram incendidadas maior parte das Conservatórias, e os registos tiveram de ser efectuados de novo. Posso dizer-lhe desde já, que a melhor forma é pedir a alguem que resida em Angola, pois os pedidos por correio ou através das embaixadas chegam a demorar anos e é se chegarem a ser respondidos. No entanto existem regiões de Angola (as que sempre estiveram sob o controle do governo de Luanda) onde os registos foram preservados e é mais fácil.
Se lhe poder ser útil em mais algo

Joaquim Reis

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RE: Angola

#26658 | Filomena | 16 set 2002 15:08 | In reply to: #26644

Caro
Joaquim Reis
Muito lhe agradeço por me responder. A região que me interessa é Luanda e Nóqui ( norte de angola)
Obrigada
Cumprimentos
Filomena

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RE: Angola

#26660 | artur41 | 16 set 2002 15:25 | In reply to: #26644

Caro Joaquim


Com é que as tropas da Unita incendiaram a "maior parte" das Conservatórias, se o MPLA sempre controlou a "maior parte" do território??


Melhores cumprimentos

Artur João

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RE: Angola

#26916 | joaquimreis | 19 set 2002 16:09 | In reply to: #26658

Cara Filomena
De Luanda não será muito dificil em termos de localizar os documentos, basta ter alguem conhecido ou tentar solicitar os bons préstimos da embaixada de Portugal ou do Brasil em Luanda (às vezes com um pouco de sorte e boa vontade de quem lá está,consegue-se) Quanto a Nóqui, não sabe o nome dessa povoação (durante a administração portuguesa) ou a que Distrito ou Provincia pertence?

Cumprimentos

Joaquim Reis

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RE: Angola

#26979 | magalp | 20 set 2002 10:27 | In reply to: #26916

Meus caros

Noqui é no Norte de Angola, sobre o Rio Zaire. Delá saiu com muita precipitação o então Major Ramalho Eanes para tentar (e conseguir) desfazer a bagunça em q. se encontrava o MFA.

Tinha um Hospital Distrital e o seu último Director foi o Dr. José Manuel Oliveira Ferraz, distinto médico aqui no Porto. Por esse facto, creio q. Noqui era sede administrativa, tendo portanto conservatória do registo civil.

Att Artur - o domínio efectivo do MPLA foi durante muito tempo Luanda e arredores. Valerá a pena ler os impressionantes relatos de Reis Ventura.

cmptos.
MMM

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RE: Angola

#27286 | Filomena | 25 set 2002 12:34 | In reply to: #26979

Caro sr. Magalp

Saberia o sr. o endereço ou telefone da conservatoria do registo civil de Noqui?
O ano da certidão a que me refiro é de 1909.
Desde já obrigada pela sua atenção.
Cumprimentos
Filomena

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RE: Angola

#27391 | artur41 | 26 set 2002 16:28 | In reply to: #26979

Caro Manuel Maria


Estou ciente do que afirma. Direi mais, por aquilo que sei o MPLA era o movimento que tinha maior número de profissionais especializados: a grande concentração dava-se, efectivamente, em Luanda e arredores.

No entanto, a Guerra Civil Angolana teve várias fases; a pergunta que eu fiz ao Joaquim Reis não teve resposta.
Desmandos existiram de parte a parte, sendo díficil se saber quem destruíu mais.

Lembro-me de há anos atrás ter convivido, durante uns dias, com um missionário português, de confissão protestante: disse-me que as FALA não respeitavam ninguêm. Enquanto que as FAPLA revelavam mais decência no relacionamento com membros das O.N.G.!
Enfim, tenho ouvido variadíssemos relatos.

Após contacto com o Patriarcado de Lisboa, soube que tem sido feito um enorme esforço para a reconstituição dos arquivos e registos. Como as Igrejas foram saqueadas, muitos assentos paroquiais se perderam.


Um abraço

Artur João

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RE: Angola

#27429 | magalp | 26 set 2002 22:12 | In reply to: #27286

Minha Senhora

Só hoje pude encontrar o Dr. José Ferraz para ter a informação q. pretende.
Assim, em 1974, Noqui era já uma velha povoação na fronteira do Rio Zaire, Quanza Norte. Então um tanto despovoada por necessidades operacionais (militares), mantinha ainda um posto administrativo, que foi posteriormente transferido para a cidade mais próxima, São Salvador.
É portanto nesta cidade que estarão os assentos de nascimento, casamento ou óbito, q. pretende. Infelizmente não pode o Dr. J. Ferraz dar-lhe o endereço da conservatória de registo civil, suspeitando no entanto, que a mesma seja na respectiva sede do Municipio. Sugeriria que tentasse um contacto por carta com o Municipio de São Salvador, ou então, como já foi dito, contactar a Embaixada de Angola, em Lisboa.
Os melhores cumprimentos,
Manuel Maria Magalhães

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RE: Angola

#27437 | aburma | 26 set 2002 23:12 | In reply to: #27391

Caros Artur e Manuel,

Estive a trabalhar em Angola, na extinta Diamang, nos anos de 1979/80. Graças a Deus não tomei contacto com a guerra, pois a mesma na altura se resumia a ataques do "Chefe da Estação" (nome de código entre alguns portugueses para o Dr. Savimbi) ao caminho-de-ferro de Benguela. Na altura a UNITA estava em reagrupamento, e a aguardar uma viragem política em Washington, onde na altura reinava o triste Jimmy Carter. A zona da Lunda, mais de 1000 km distante de Luanda, registava na altura um ambiente de paz e tranquilidade, o que infelizmente se não veio a verificar mais tarde (ouvi relatos assustadores de ex-colegas de trabalho). Quanto ao controlo ou não de território, não devemos esquecermo que a UNITA era essencialmente um movimento de guerrilha, e embora possa ter chegado a controlar vastas áreas do território, penso que nunca teve uma estrutura suficientemente forte para esse domínio ser efectivo. A sua principal força residia, não na extensão de território que ocupava, mas no apoio da tribo dos Ovimbundos, a maior etnia de Angola.

Abraços

Alexandre

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RE: Angola

#27441 | magalp | 27 set 2002 00:36 | In reply to: #27437

Artur e Alexandre

Infelizmente nunca puz os meus pés naquela bela e riquíssima terra que é Angola e q. tanto nos diz.
Estive para ir lá em 7o, mas um forte ataque de malária fez-me perder o avião de Bissau para Luanda. Na viagem de núpcias, projectámos uma ida a Angola e a Moçambique, ao encontro de irmãos e muitos primos, mas optámos (mal) pela ida ao Rio, onde não estivemos com um único familiar...
Agora, é hipótese q. não ponho, a visita como vulgar turista a qualquer ponto do nosso Ultramar. Nego-me terminantemente a isso, por muitas e variadas razões que não vem ao caso. Todavia, confesso que compreendi e cheguei a sentir o q. nos representava Portugal Pluricontinental e Multiracial...
Não foi Salazar nem Caetano que me ensinaram isso. Tampouco foi Spínola, Carlos Azeredo, Saraiva, Alpoim Galvão, Carlos Fabião, Marcelino, ou qualquer outro brioso, honesto, valente e competente militar da "velha guarda" que por lá conheci e muito respeitei, pelo seu notável comportamento.
pois foi com os Guinéus, Mandincas, Fulas, Futa-Fulas e Fulas-Forros, Balantas, Manjacos, Papéis e sobretudo os Felupes de Suzana, aqueles "barrotes-queimados" maioritariamente analfabetos, mas muito desejosos de aprender a ler e escrever, sobretudo a ler, para lerem Camões que alguns poucos recitavam de cor enormes estrofes, exactamente com o mesmo entusiasmo que alguns (poucos...) dos nossos companheiros recitavam com 13 ou 14 anos aqui nos liceus metropolitanos! Pois essa rapaziada negra como carvão (excepto os Fulas e Fulas-Forros, lá de Nova Lamego) jovens de idade incerta, que faziam parte dos Pelotões de Caçadores Nativos, tinham verdadeiro ódio ao comunismo (Conakri), desprezo pelo francesismo de Dakar e algum respeito pelos ingleses da Gambia. Sentiam-se diferentes por serem da Guiné, sentiam-se diferentes por serem de Portugal! Tinham vaidade por pertencerem a um pequeno país que não se atemorizava, sequer vacilava, diante da fenomenal potencia q. era a União Soviética de então!
Digo e repito, foram eles q. me fizeram então sentir isso...
Mas começamos por Angola, a bela e querida terra de eleição do meu Avô António Meirelles; para onde seguiu "rapidamente e em força" o meu querido primo Chico Meirelles (q. mais tarde tmbaria na Guiné) como tantos outros familiares e desconhecidos, para enfrentarem a peito descoberto aqueles miseráveis chefiados por Holden Roberto, a soldo de muitos aliados nossos, na Europa e na América... Era a cobiça da "tua" Diamang, o petróleo e outras imensas riquezas que tornaram o actual PR uma das maiores fortunas do Globo!!!
segundo os especialistas em Angola, tocaste com o dedo na ferida, na já velha ferida. Os Ovimbundos...
Não bastará neutralizar, eliminar, destruir e assassinar o Dr. Savimbi. Para um completo sossego é preciso exterminar todo o seu povo. Afinal é só mais um genocídio... a imensa riqueza de Angola justifica. Acabará por ser bom para todos nós e isso é o q. realmente importa. Para que, não tardará muito, possamos meter gasolina a 3 dollars por litro nos nossos depósitos, naturalmente e sem qualquer preocupação, sem quaisquer remorsos... Votaremos nuns palermas quaisquer que nos façam alargar o cinto, nos deixem beber whisky velho, comer lagosta e colherões de caviar...

Angola ERA realmente nossa entre 61 e 74. Estou certo de que os angolanos já sentem pena de não serem hoje portugueses!

Abraços
Manel

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RE: Angola

#27444 | artur41 | 27 set 2002 07:16 | In reply to: #27441

Caros Manuel e Alexandre


A minha experiência de África não se pode comparar com a vossa: saí de Angola, com muita pena de minha mãe, porque o meu pai (na altura Capitão) aborreceu-se com o chefe da Repartição de Electrotécnia: tinha eu 6 anos, e decorria o ano de 1970.

Apesar de muito novo, nunca me esquecerei do Mateus, "impedido" do meu pai. Quimbundo de etnia, orgulhoso da sua raça, ensinou-me "coisas" únicas: a respeitar o mar e outros elementos da natureza; a não ter medo da raça negra numa altura, de guerra, em que os "turras" eram nossos inimigos!
Passados anos, na década de 90, voltei a encontrá-lo, em Portugal, era ele militante do M.P.L.A., e eu estava na Faculdade de Direito: olhámos um para o outro e abraçámo-nos com emoção. Parecia que tinha recuado no tempo, tinha voltado a encontrar o meu amigo Mateus.

Quanto ao mais, meus caros, só espero que Angola encontre, finalmente, o caminho para a paz, em democracia. O povo de Angola, terra maravilhosa, bem precisa e merece!!


No que diz respeito aos Ovimbundos: parem com as perseguições.


Forte abraço

Artur

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RE: Angola

#27447 | Filomena | 27 set 2002 08:43 | In reply to: #27429

Caro sr.Manuel Maria Magalhâes
Muito lhe agradeço pela informação.
Vou fazer o que me sugeriu
Cumprimentos
Filomena

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RE: Angola

#27501 | joaquimreis | 27 set 2002 17:33 | In reply to: #26660

Possivelmente incendiaram com fogo .....

Não quis de forma alguma arranjar neste tópico mais uma discussão acesa do tipo "casa de bragança sarl" e outros tópicos do género. Mas uma coisa é certa, como já começaram as estocadas, vamos a ver: O Dr. Savimbi ganhou as eleições em Angola, que havia bastante tempo eram reclamadas pelos terroristas do MPLA; O José Eduardo disse aceitar o outro como seu Presidente, mas depois deu o dito por não dito e começou outra vez a guerra de guerrilha. O Dr. Savimbi deu a oportunidade ao MPLA de unificar as tropas, mas estes ao sentirem armas nas mãos cedo se revoltaram contra a UNITA e começaram de novo outra guerra sem quartel. Parce-me que foi assim.
Quem destruiu mais talvez não tenha interesse, mas que houve apoios externos com interesses vários nos recursos angolanos, não há dúvida. Até os cubanos apoiaram os terroristas do MPLA contra o governo da UNITA, e se não fora os amigos dos EUA, Africa do Sul e Congo a apoiarem a causa angolana sem qualquer interesse.....................

O que interessa é que se possa caminhar para a paz.

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RE: Angola

#27511 | aburma | 27 set 2002 18:03 | In reply to: #27501

E, completando, o governo do Dr. Savimbi, após instalado em Luanda, massacrou a fina flor do MPLA, por "povo em armas" interposto, em Outubro de 1992.

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RE: Angola

#234414 | Amina | 17 lug 2009 12:57 | In reply to: #26916

Caro senhor,

Sabe dizer-me onde posso localizaqr a certidão de óbito do meu avó que era portugues, e morreu em angola, vivia em luanda, em 1970.

quero localizar a documentação dele, e como a minha mãe tinha apenas 15 anos não se lembra da cidade onde ele nasceu( portugal) pois ela quer a nacionalidade portuguesa e não possui nenhuma documentação do pai pois a mesma foi destraviada ao longo dos anos.

Que passos devo proceguir?

Obrigada

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RE: Angola

#234415 | Amina | 17 lug 2009 12:59 | In reply to: #234414

quero dizer que em 1970 foi o ano em que o meu avó morreu, isto em Luanda.

Obrigada

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