Quintas de Camarate - Como saber mais?
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Quintas de Camarate - Como saber mais?
Gostaría de saber como poderei traçar a história de uma Quinta da qual apenas sei o nome (Quinta do Guarda-Mor) e sua localização (Camarate).
Agradecia tabém que me explicassem em que casos um proprietário de uma Quinta seria referido como "Senhor da Quinta de ta"l e não apenas como "Proprietário"
Agradeço antecipadamente,
GML
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
Caro GML,
Sugiro-lhe que consulte, entre outras as seguintes obras, entre muitas outras:
- Quintas e Palácios nos arredeores de Lisboa, por Anne de Stoop (1986);
- A antiga freguesia dos Olivais, por Ralph Delgado (1969);
- Lisboa e o seu termo, pela Associação dos Arqueologos Portugueses (1958) ;
- Roteiro das ruas de Lisboa, e concelho de Loures, por Eduardo Queiroz de Vellozo (1888);
- Peregrinações em Lisboa, por Norberto de Araujo ;
- Portugal Antigo e Moderno, por Pinho Leal;
- Guia de Portugal - Lisboa e Arredores ;
- etc.
Sugiro ainda que tente o "118", pois pode ser que a quinta ainda exista, e se for o caso, é mais fácil de refazer a sua história.
Quanto à segunda parte da sua questão, ao dizer-se que Fulano é Sr da Quinta X, é o mesmo que proprietário.
Espero poder ter contribuído para a sua pesquisa.
Cumprimentos
LPG
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
O Gabinete de Estudos Olisiponenses (GEO) é um serviço da Câmara Municipal de Lisboa que lhe poderá fornecer elementos para o estudo que pretende, pois uma das suas vocações é a história local e urbana.
O GEO funciona na Estrada de Bemfica, na Quinta do Beau Sejour.
Cumprimentos e boas pesquisas
António
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
Agradeço a ambos a vossa preciosa ajuda, prometendo comunicar-lhes os progressos da minha pesquisa.
Com os melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
Caro Gui Maia de Loureiro
Já dei uma vista de olhos ao “Quintas e Palácios nos arredores de Lisboa” de Anne de Stoop, mas não encontrei nada. É claro que esta não será uma obra exaustiva no que toca à lista de Quintas assinaláveis nessa zona. Em www.monumentos.pt, também, nada. Pergunta inocente: por acaso não haverá qualquer confusão com o imponente Palácio do Correio-mor, em Loures (embora este fique na própria freg. de Loures)?
Quanto ao Senhor, julgo que, após o Liberalismo, será pacífico que é o mesmo que proprietário. Em épocas anteriores é que já poderá haver “variantes”. Nomeadamente, em relação a vínculos (mais ligados ao conceito de administrador); prazos (que ainda implicava o pagamento de algum tributo); senhorios “tipo feudal” em que o Senhor da Terra X seria muito diferente de proprietário da mesma. Mas não me sinto minimamente especialista nisto. É a minha ideia pessoal quanto ao assunto. De certeza que no fórum há que dê resposta mais exacta.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
Caro Vasco Jácome,
Antes de mais agradeço a sua atenção. Também procurei, sem sucesso, a Quinta do Guarda Mor nos livros sobre os arredores de Lisboa.
O meu trisavô possuía duas Quintas em Camarate, que hoje já não são pertença da família. Consta que pelo menos uma foi vendida para a construção do aeroporto, se bem que não tenhamos a certeza disto. Nunca tive qualquer outra informação sobre estas propriedades até ontem, quando recebi uma descrição genealógica da parte da família que as herdou. Foi pois uma prima minha, neta do último proprietário, que mencionou o nome de Quinta do Guarda Mor. Vou tentar verificar se não houve algum engano!
Mas há uma coincidência (penso que não passará disso, mas não deixa de ser interessante) de realçar. Na linha varonil desse meu trisavô, há vários Manoel Domingos da Maia, dos quais não tenho muitas informações para além de que terão nascido em Viseu e no Porto. Ora, tanto quanto sei, o famoso Engº Manuel da Maia (que se pensa ter nascido em Lisboa) terá sido Guarda Mor da Torre do Tombo!! O que é que acha disto? :-)
Agradeço uma vez mais a sua ajuda.
Com os melhores cumprimentos,
Gui
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RE: Quintas de Camarate - Como saber mais?
Caro Gui Maia de Loureiro
Pelo que me diz, a hipótese de confusão com o Correio-mor parece descartada, pois este palácio foi residência dos Mata Sousa Coutinho, que foram Condes e Marqueses de Penafiel.
De qualquer modo, faz sentido que se esse Manuel da Maia era Guarda-Mor da Torre do Tombo e tinha uma quinta, ela ficasse conhecida por essa designação. Aliás, no livro de Anne de Stoop também refere uma Quinta do Inquisidor-mor; em Lisboa há o Palácio do Monteiro-Mor, enfim, parece até ter sido moda aí pelo séc. XVIII este tipo de designação (pelo que entendi, esse Manuel da Maia terá sido interveniente após 1755?).
Infelizmente, por agora, nada mais lhe sei dizer.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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Quintas de Camarate - Como saber mais?
Caro GML,
A Quinta da Queimada, vulgarmente chamada de Quinta do Guarda-mor foi dos meus tios-trisavós, os Morgados João Miguel Rolim Tavares Pereira d`Azambuja e sua mulher D. Gertrudes da Conceição Borges de Lemos d`Azambuja.
Este meu tio-trisavô João Miguel Rolim Tavares Pereira d`Azambuja foi fidalgo de geração, Chefe de Nome e Armas, herdou uma importante Casa Vinculada fundada em 1529 pelo Alcaide-mor do Barreiro e foi o primogénito do Guarda-mor do Tabaco José Bento Pereira d`Azambuja cujo irmão Jacob Frederico Torlades d`Azambuja foi Encarregado de Negócios do rei D. Miguel em Washington, Conselheiro de Estado e tirou Carta de Armas em 1826.
O antedito meu tio João Miguel foi afilhado do rei D. João VI e casou em S. Tiago de Alcácer do Sal, a 11.4.1853, com a irmã do meu trisavô, por varonia, D. Gertrudes da Conceição Borges de Lemos, sem geração.
Um dos palácios mais bonitos e mais antigos e que ainda existe, ao Príncipe Real, era do trisavô, por varonia, deste meu tio, o designado Palácio Castilho sito na Rua da Escola Politécnica, à época designada Cotovia.
Cumprimentos,
PBL
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