Malheiro Pereira Coelho Arriscado
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Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caríssimos
Deparei com uma Maria Isabel, n. a 31.7.1876 em Santo Ildefonso, Porto, filha de pai incógnito e de Maria Amélia Malheiro Pereira Arriscado, esta de Vila Nova de Cerveira e filha de João Malheiro Pereira Coelho e Maria Isabel Leite de Lacerda (para trás não sei mais nada). Alguem sabe alguma coisa sobre esta gente?
abraços,
Rodrigo Ortigão de Oliveira
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caro Rodrigo Ortigão de Oliveira:
Sei identificar a mãe dessa Maria Isabel, pois é uma descendente da família Arriscado de Lacerda, de Barcelos, que estudei. A notícia que tinha porém era a de que D. Maria Amélia Malheiro Pereira Arriscado tinha casado com Miguel Maria Monteiro de Magalhães, director do Colégio de Santa Catarina, no Porto e não tinha deixado descendência. Por isso essa filha natural é para mim uma total novidade.
Aí vai um resumo do que sei sobre esta família:
D. Maria Amélia Malheiro Pereira Arriscado, foi casada com Miguel Maria Monteiro de Magalhães, director do Colégio de Santa Catarina, no Porto, de quem não teve geração.
Era filha de
João Joaquim Malheiro Teixeira Coelho, senhor da Casa do Souto, em Cornes, Vila Nova de Cerveira, o qual sucedeu na casa de seus pais e completou a sua ruína vendendo todos os bens
e de
D. Maria Isabel Leite Arriscado de Lacerda, natural de Deucriste, Viana do Castelo (a quem seu pai fez dote para se casar)
Neta paterna de
Bernardino José Malheiro de Magalhães, senhor da referida Casa do Souto
e de
D. Maria Vitória Teixeira Coelho
Neta materna de
Dr. João Regueira da Costa, nascido a 10/2/1778 em Deucriste, Viana do Castelo, Médico formado em Edimburgo, para onde fugiu de Coimbra por razões políticas durante as lutas liberais, foi Médico do partido em Barcelos. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Veio a falecer a 16/7/1845, em Deucriste, tendo feito testamento, no qual legitimou três dos quatro filhos havidos em
D. Luísa Casimira Arriscado Leite Correia de Lacerda, nascida a 16/9/1785, na Casa do morgado do Bárrio, em Roriz, Barcelos e falecida a 22/10/1852, na Casa dos Arriscados de Lacerda, na Rua do Terreiro, em Barcelos, solteira.
Bisneta paterna de
(por seu avô)
José António Malheiro de Magalhães, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Monteiro Mór de Vila Nova de Cerveira
e de
D. Antónia Maria Pita da Silva
e
(por sua avó) de
José Luís Teixeira Coelho de Castro Bacelar, senhor da Casa da Silva, em Valença e dos vínculos de Santa Rosa e Sabadim
e de
D. Jerónima de Antas Bacelar
Bisneta materna de
(por seu avô)
João Regueira da Costa, natural de Deucriste “lavrador que veio a ser rico pella herança de hum Irmão que veyo do Brazil” (ADB, Inq . de Genere). Faleceu a 17/4/1795, em Deucriste
e de sua mulher (com quem se casou a 9/1/1768, em Couto de Capareiros)
D. Joana Maria de Miranda, nascida a 5/6/1737, no lugar da Feira, S. Pedro de Couto de Capareiros, Viana do Castelo. Faleceu a 21/1/1831, em Deucriste, com testamento.
e
(por sua avó) de
Manuel Leite Arriscado de Lacerda, nascido a 19/1/1759, na Casa do Bárrio, em Roriz, do qual morgado foi senhor. Felgueiras Gayo diz que “foi Sr. Da Casa de seu Pay porem por pençar elle cazasse contra sua vontade lhe tirou o que pôde”. Veio a falecer a 27/6/1824, em Barcelos “atacado de hua debilidade nervosa de parilizia que o privou do juízo” e doi sepultado no Convento de S. Francisco.
e de sua mulher (com quem se casou a 16/1/1792, na Capela de Nossa Senhora da Misericordia, na quinta do Bárrio, em Roriz)
D. Ana Joaquina da Costa Mendanha e Vasconcelos, nascida em 1766, na Casa dos Costa Chaves, na Rua dos Açougues, em Barcelos. Veio a falecer a 15/2/1841, viúva, pobre, na casa da rua do Terreiro, em Barcelos.
Se estiver eventualmente interessado em mais informações sobre os antepassados do Dr. João Regueira da Costa ou de D. Luísa Casimira Arriscado Leite Correia de Lacerda basta pedir, pois estudei bem esta família na sua raiz barcelense.
Cumprimentos amigos
António Júlio Limpo Trigueiros
trigueiros@unigre.it
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caro António Trigueiros
Muito, muito obrigado pelas informações, estou sem palavras.
Entrarei em contacto consigo caso necessite de mais informações, o que é bem provavel.
cumrpimentos,
Rodrigo Ortigão de Oliveira
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caro Senhor Pe. António Júlio Limpo Trigueiros,
Desculpe a intromissão mas fiquei interessado pela ascendência paterna de D. Maria Amélia Malheiro Pereira Arriscado. Isto por duas razões; pela Quinta do Souto, de seu Pai, e pelos Bacelares.
Passo a explicar:
Julgo ter uma antepassada, D. Domingas Ribeiro, Senhora da Casa de Ribeira de Faia, da Quinta do Souto e do Morgado do Paço, c.c. Giraldo Falcão Magalhães, que tiveram, pelo menos, Gonçalo Ribeiro Falcão, Senhor da Quinta do Souto. Este, por sua vez, c.c. D. Clara de Abreu Bacelar, filha de Baltasar de Abreu Bacelar, Abade de Cornes (ca. 1580) e de Maria Eça da Rocha.
Seis gerações depois uma descendente de Domingas Ribeiro e de Giraldo Falcão Magalhães, Angélica Rosa de Abreu Caldas Bacelar veio a casar com Rosendo de Abreu Leite Pereira da Silva Coelho, de S. Pedro de Alvite.
A minha curiosidade vem dos apelidos Bacelar, Coelho, Magalhães. Gostaria de saber se a gente que deu origem a este tópico tem a ver com os que acima refiro.
Melhores cumprimentos,
António Maria Fevereiro
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caro António Maria Fevereiro:
Infelizmente sobre esse ramo não poderei ser de grande ajuda. Conheço apenas estes dados porque se ligam a uma família barcelense por casamento que estudei. Conheço pouco fora da minha "comarca"...
No entanto encontrará a ascendência desta Casa nos "Costados ...", do Canaes de Figueiredo e parte da descendência nas "Últimas Gerações de Entre Douro e Minho", de José de Sousa Machado e certamente também no Gayo. Mas certamente já conhece estas obras...
Disponha sempre!
Cumprimentos amigos
António Júlio Limpo Trigueiros
ajtrig@hotmail.com
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Meu Caro António Maria:
A sua "avó" D. Domingas Ribeiro está no Gayo, ttº "Ribeiros", § 28 nº 9 e, consequentemente, aí se pode ver a sua ascendência.
Se precisar, já sabe... é só dizer.
Também tenho as "Últimas Gerações", ao seu dispor.
Um grande abraço do
João
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caro Senhor Pe. António Júlio Limpo Trigueiros,
Agradeço imenso o seu interesse.
Conheço as obras que citou mas só tenho as “Últimas Gerações ...”
Creio que, um dia, abusarei de sua disponibilidade para lhe pedir auxílio em relação aos meus Avós da, há muito desaparecida, Casa da Bagoeira na sua “comarca”.
Saudações cordiais do
António Maria (Faria Machado) Fevereiro
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RE: Malheiro Pereira Coelho Arriscado
Caríssimo João,
Anotei a localização da avó Domingas no Gayo para consulta quando me fôr possível. Agora ando à pesca em águas menos profundas, por Vila Nova de Famalicão.
Um grato abraço por todo o auxílio que me tem prestado.
António Maria
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Casa da Bagoeira e Quinta de Pedregais (Barcelos)
Caro António Maria Fevereiro:
Junto lhe envio algumas notas sobre a Casa de Pedregais e a sua torre que foi demolida e sobre a desaparecida Casa da Bagoeira, em Barcelos. Estas notas são fruto das minhas pesquisas, e contém algumas informações que talvez ignore, pois são inéditas, como é o caso da escritura de venda de Pedregais.
Jorge de Faria Machado Vieira de Sampaio a pp. 194-195 do seu “Subsidios para a Genealogia dos Farias Machados” publicado em 19??, no Arquivo Histórico de Portugal relata o seguinte sobre esta casa:
“ António de Faria Machado da Cunha Gusmão e seu filho João de Faria Machado de Miranda Pereira da Cunha e Gusmão intitulavam-se senhores da tôrre e Castelo de Faria, na freguesia de Faria designação que se refere, sem dúvida ao Morgado de Pedregais, cuja velha torre, junto á casa nobre de habitação lhe originaria o nome de castelo, que lhe deram os camponeses do sítio.”
E em nota, na página 195 descreve esta casa:
“ A quinta, depois morgado, de Pedregais, fica situada no logar do Cruzeiro, da freguesia de Santa Maria de Faria, do concelho de Barcelos, e a cerca de sete quilómetros desta cidade. Antiquíssima, andou nos descendentes do gloriozo Alcaide, possuindo-a, na primeira metade do século XVIII, António de Faria Machado, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Abade de Touguinhó, que a vinculou no sobrinho António de Faria Machado da Cunha Gusmão da Rocha Tinoco, Senhor do Morgado da Bagoeira e da Casa das Hortas. Na geração deste continuou até que, nos meados do século XIX, passou a estranhos, por venda a Miguel da Silva Pereira, proprietário da freguesia de Rio Côvo, que a deixou a seu sobrinho, o Dr. Miguel Pereira da Silva, Conservador em Barcelos. Desmembrado já de importantes glebas, vendeu-a êste, por dois contos de reis, a José Ferreira Barroso, natural da freguesia de Faria, como se verifica da escritura lavrada em 4 de Agosto de 1873 (Ninharias, página 53), pelo notário de Barcelos Manuel Francisco da Silva, e na posse de Joaquim José Ferreira Barroso, da família do último comprador, se conservava há poucos anos. Mudou, recentemente, de dono, segundo julgamos. Desmoronadas, no fim do século passado, a casa nobre de habitação e a velha tôrre junta, das antigas edificações resta apenas hoje o lindo portal D. João V, talvez único, no género, mandado construir, como supomos, pelo referido abade de Touguinhó, instituidor do vínculo. Encimam o portal as armas dos Farias, sem mistura. No pé do escudo, nota-se um ondado, que se não encontra nos livros de armas e cujo significado conhecemos. Como o castelo do brasão representa o de Faria, talvez quem mandou lavrar a pedra quisesse representar o rio Cávado, a que o histórico castelo fica sobranceiro. Ou seria simples ornamento para preencher a parte interior e vazia do escudo? Portas rasgadas nas faces dos torreões, voltadas para a quinta, dão acesso a escadas de caracol, que conduzem à parte superior, da qual se avistam os montes em que se erguem a Capela de Nossa Senhora da Franqueira e as ruínas do castelo de Faria. “
De facto nas Memórias Paroquiais de 1758, na freguesia de Santa Maria de Faria o seu vigário João Gomes Ribeiro refere:
“ Tem esta freguesia no meo huma torre antigua dizem ser do tempo dos Romanos, por nome o Castello de Faria”
A minha descoberta, quase por acaso, no Arquivo Distrital de Braga, foi a da escritura de venda em 1850 por seu 4º avô, João de Faria Machado Pinto Roby (1807/1851), um ano antes da sua morte, desta Casa de Pedregais, denominada “Quinta do Castelo de Faria”. Nessa escritura a casa aparece descrita e especialmente a Torre medieval que ainda estava de pé ainda que muito arruinada.
No livro de Notas 2598 do Cartório Notarial de Barcelos, acha-se a escritura de 4 de Março de 1850, do Tabelião Azevedo da:
“Compra que faz Miguel da Silva Pereira, residente na cidade da Bahia, Império do Brazil aos Ill.mos João de Faria Machado Pinto Roby e mulher desta villa”
“...compareceram de huma parte António Gonçalves Barrozo como mandatário de Miguel da Silva Pereira, natural da freguesia de Santa Eulália de Rio Côvo deste Julgado e residente na cidade da Bahia, Império do Brasil e da outra parte o Illustrissimo João de Faria Machado Pinto Roby e sua mulher Dona Maria do Carmo de Faria Machado Schiappa Roby, residentes nesta villa e bem assim mais doutra parte Bernardino Joze da Cruz, da freguesia de Barcelinhos, como Procurador dos Ex.mos Barão de Massarelos e Baroneza de Villar...”
“...disserão os Ill.mos segundos outorgantes e insolidum que elles herão Senhores e possuidores da sua quinta do Castello de Faria sita na freguesia deste nome e que se compoem de huma Caza Torre ao feitio d’um Turrião antigo muito arruinada com sua entrada de Portal fronha formando por cima do Portal hum Castello com suas armas de Pedra nova, Eira de Pedra e Cobertos, Cortes e Adega solhada de pedra, cobertos de despejos e junto e unido terras lavradias e de Hortas, hum pomar de fructos e lameiro com arvores de vinho e mais fruto, latas com suas agoas de lima e rega que veem das Fontes das Anoninhas e todas as vertentes que veem no tempo da fartura das agoas das propriedades de Vilar de Figos, excepto as dos consortes que já são Senhores, tudo tapado sobre si por muros e paredes que confronta do Sul com o caminho que vai para a Igreja – Norte com João Manuel da Fonseca, com o Passal do Parocho e com Bento José da Igreja =....”
De notar o facto curioso de os vendedores serem residentes na vila de Barcelos, e a sê-lo só o poderiam ser na Casa da Bagoeira. Devem ter sido pois estes seus 4.os avós os últimos membros da família a habitar na velha quinta da Bagoeira. A casa em 1867, ano em que o Abade do Louro, publica a sua “Memória Histórica da Villa de Barcellos..” já se achava bastante arruinada. E de facto foi vendida em 30/7/1888, pelo Dr. José Borges Pacheco Pereira de Faria e mulher, residentes no Porto, por 10.000.000 reis a Gonçalo Alfredo Alves Pereira (1851/1925). A casa deve ter sido demolida ainda em vida deste Gonçalo Pereira e a Quinta acabou por perder o topónimo, e é hoje conhecida por Quinta do Aparício, pelo facto de ter ficado por morte de Gonçalo Pereira, para seu sobrinho Aparício Gomes Pereira, que acabou por urbanizá-la, sendo hoje ocupada pelo Palácio da Justiça e por vários prédios adjacentes. O topónimo apenas sobreviveu no afamado restaurante Bagoeira, que ocupa uma casa que nada tem a ver com o local do velho solar, embora muita gente pense o contrário...
Segundo me informou gente antiga de Barcelos que ainda recordava as ruínas da casa, a mesma deveria ficar localizada onde hoje se acha a casa dos magistrados, por detrás do actual palácio da Justiça, o que concorda com uma planta de Barcelos de 1808, que tenho comigo, onde se pode ver um edifício grande de planta em L, não longe do Passeio dos Assentos ou Jardim das Barrocas (miradouro construído no século XVIII, que rematava a velha praça da Calçada (hoje Largo da Porta Nova).
Tenho igualmente fotocópia de um artigo dos anos 40 do “Diário do Norte” salvo erro, da autoria de António Felgueiras Gayo Alvares da Silva, o conhecido jornalista local e fotografo “Toneco Silva”, sobre as Invasões Francesas e a permanência do General Lorges em Barcelos, na invasão de Soult. Aí é referido o facto de a casa da Bagoeira ter sido utilizada, por ocupação francesa, como quartel general do exército napoleónico e a cerca do Convento de S. Francisco (actual hospital) como cavalariça. Nesse artigo vê-se uma fotografia do jardim das Barrocas, onde se pode vislumbrar ao longe, por entre os dois obeliscos centrais, uma casa com uma pequena torre que é seguramente a Bagoeira.
È tudo o que sei sobre estas duas antiquíssimas casas barcelenses dos Faria Machados, infelizmente hoje desaparecidas.
Se eu vier a escrever um dia, um segundo volume do “Barcelos Histórico Monumental e Artístico” como tenho sonhado, farei sem dúvida a história destas duas casas...
Disponha sempre!
Cumprimentos amigos
António Júlio de Faria (também eu!!) Limpo Trigueiros
ajtrig@hotmail.com
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RE: Casa da Bagoeira e Quinta de Pedregais (Barcelos)
Caro Senhor Pe. António Júlio de Faria Limpo Trigueiros,
Fico com remorsos de lhe ter dado tanto trabalho com a minha pequena provocação!
Tenho o livro “Subsídios para a genealogia dos Farias Machados”, já que o seu autor era irmão de meu Avô materno, mas fico gratíssimo pelas informações que disponibilizou porque valorizam aquelas que já tinha acerca destas Casas de meus avós.
Faço votos que concretize seu sonho para ter o prazer de o ler no segundo volume do “Barcelos Histórico Monumental e Artístico”.
Amistosos cumprimentos do
António Maria Fevereiro
fevereiros@netcabo.pt
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