O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
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O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros Senhores,
Descendo de Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, Morgado de Agra de Freimas, através duma linha bastarda. Acontece que o arquivo da Casa perdeu-se por completo. Segundo me contou minha avó, falecida em 1969, o dito arquivo foi consumido pelo fogo, provocado por um escudeiro de sua mãe, já velho e decrépito, que mantinha relações próximas com o alcoól e, para além de tudo isto, tinha o péssimo hábito de fumar na enxovia onde pernoitava. Assim desapareceu todo o arquivo dos Silos, dos Benevides e dos Barbudas.
Têm estes Benevides parentesco com os Asseca?
Agradeço aos Ilustres estudiosos frequentadores do fórum qualquer pista.
Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Carlos Calixto de Barbuda
Meu Pai, qDt, falava se bem me recordo, corria o ano de 1973, que o arquivo do solar de Caçarelhos, depois da separação judicial ocorrida entre Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, e sua mulher D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgada de Travanca,nunca tinha chegado a vir (por pirraça da pobre senhora) do solar de Caçarelhos para Lisboa.
Resta assim a hipótese de que o arquivo queimado fossem documentos de pouco tamanho e relevo, e entre a descendência natural de Lopo de Gamboa com sua prima em epígrafe se encontre a documentação que lhe poderá devolver os informes da sua prosápia.
O meu pesar, é que entre os papéis da rua de S. João dos Bem Casados terá ardido certamente aquela terrivel arma genealógica que imprudentemente o Deputado legitimista ousou esgrimir perante a recente nobreza liberal presente nos Passos Perdidos. É tradição na minha família que a fonte de informação para esse in-folio ardido relativo a todas as quebras de sangue velho, bastardias e traições se encontrava no mesmo códice depois estruturado sob o nome «Livro Negro do Padre Diniz», o qual infelizmente para a História e a bem do sossego de muito nobres casas do termo de Miranda, levou sumiço também.
Melhores cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Senhor Alexandre Tavares Festas,
Muito me interessam os elementos que aporta. Sabe se este meu ramo da família tinha brasão, ou o Dom?
A minha avó dizia que sim, mas sempre a conheci idosa e não sei aquilo que me transmitiu terá algum fundamento.
Dizia ela que o pai de Calixto Elói, que usava também Calisto, era Cavaleiro Fidalgo, e que sua mãe D. Basilissa Escolástica, procedia dos Silos, altas dignidades da igreja e comendatários, de limpo sangue e que já era linhagem velha no tempo de D. Afonso Henriques.
Para mim tudo é penumbra perdida nos confins da história.
Dedico-me agora à história deste meu ramo da família, por ter entrado na pré-reforma ao cabo de 32 anos nos serviços de água da Câmara de Lisboa.
Melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Calixto de Barbuda
Penso que os morgados da Agra de Freimas se jactavam de anteceder a formação do Reino em sua nobreza. Sua prosápia era tamanha que desdenharam tomar foro na Casa Real, ou adonar-se em sua linhagem. O mencionado «Livro Negro das Linhagens de Portugal», e não do Padre Diniz como por lapso antes referi, era da autoria de um tio avô do seu antepassado, de nome Marcos de Barbuda Tenazes de Lacerda Falcão, o qual gastara sessenta dos seus oitenta anos de vida a coligir, segundo afirmou o último morgado da Agra em documento salvo da destruição daquela casa pela governanta Tomásia, "... borrões, travessias, mancebias, adultérios, coitos danados e incestos de muitas famílias, em satânicas costaneiras" (sic). Que famílias seriam essas? Penso que se o tivesse revelado, perderia o poder de uma arma que se tornaria gasta... Fez bem, calou-se.
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Sr. Barbuda,
Dou-lhe as boas-vindas a este Forum, pois creio ser esta a primeira vez que aqui topo com o seu nome.
É realmente de lamentar que se tenha perdido tão rico espólio da sua família, tanto mais que a nobre terra de Trás-os-Montes não é das mais exaustivamente cobertas pelos nobiliários e bibliografia afim, excepção feita a obras tão notáveis como "Fidalgos de Vila Real e seu Termo".
Ocorre-me agora que noutro tópico neste nosso Forum, salvo erro com o título de "Famílias de Trás-os-Montes", está a ser tratado o inesgotável manancial das famílias transmontanas, e pode ser que daí lhe advenha alguma ajuda.
Posso, no entanto, dar-lhe uma singela pista: como certamente saberá, alguns nomes sofreram alterações ao longo dos séculos, isto para além de alguns nossos antepassados medievais serem conhecidos por mais de um nome, como, por exemplo, Rui Vasques de Sousa, também conhecido por Rui Vasques de Panóias. Vem isto a propósito do facto de, folheando o "Nobiliário das Gerações de Entre-Douro-e-Minho" de Manuel de Souza da Silva, no seu 1º volume, Título 20º, "Em que se trata da geração de Botelhos e outras", §-2º, 5, a páginas 548, surgir um Martim Vasquez Barba, filho de D. Vasco Martins Mogudo que "viveo pelo tempo em que reinarão D. Sancho e D. Afonso 2º". Pode muito bem dar-se o caso de "Barba" e "Barbuda" serem uma só família.
Outra achega lhe posso facultar, pois consultando o "Dicionário das Famílias Portuguesas" de D. Luís de Lancastre e Távora, podemos ler no título de Barbuda, que cito com a devida vénia:
"Alguns autores dão como raíz a este nome uma peça da armadura que assim se designava (isto anularia a hipótese que referi de os "Barba" e os "Barbuda" serem a mesma família). Outros há que o dizem derivar da moeda que também se designava "barbuda". Mas o mais provável é que ele tenha origens toponímicas e o facto é que nas Beiras foi este apelido bastante usado desde a era de Quinhentos. São armas da família que o usa: de ouro, nove lisonjas de vieiros de prata e vermelho, apontadas e firmadas nos bordos do escudo. Timbre: um galgo sainte de negro, entre duas plumas de pavão de sua cor."
Esta última informação satisfá-lo-á, decerto, dada a sua pergunta sobre o assunto ao nosso confrade Dr.Tavares Festas.
Quanto à ligação que aventa com os Benevides dos Viscondes de Asseca, caso ela se confirme ficaremos a saber que somos parentes, pois descendo do 3º Visconde de Asseca, Diogo Correia de Sá e Benevides Velasco. Nem calcula a quantidade de parentes de cuja existência nem suspeitava que já pude descobrir graças a este Forum! Mas sobre o tema de Assecas, é habitual frequentador do Forum o Dr. José Tomaz de Mello Breyner, o qual descende do 6º Visconde de Asseca, e estando assim sanguiniamente mais próximo daquela família que este seu correspondente, quiçá terá informação mais concreta.
É também referida numa das mensagens deste Forum a carreira parlamentar de seu antepassado Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, Morgado da Agra de Freimas. Embora me não tenha resultado claro em que época concreta do constitucionalismo monárquico Barbuda foi deputado, desde já lhe sugiro a consulta do "Dicionário do Vintismo e do Primeiro Cartismo (1821-23 e 1826-28)" de Zília Osório de Castro, Isabel Cluny e Sara Marques Pereira.
Resta-me esperar que estas suas investigações sejam proveitosas. Pelo menos a experiência profissional que refere decerto evitará que as mesmas lhe ponham a "cabeça em água", se me permite o à-vontade.
Com os meus melhores cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Senhor Alexandre Burmester,
Agradeço as boas vindas a este espaço, de facto esta é a minha primeira participação. Tirei apontamento da copiosa bibliografia que sugere, que tentarei consultar na Biblioteca Nacional já amanhã pela manhã.
Também sei que meu 3º avô Calixto Elói foi Deputado e tenho algumas das suas comunicações no Parlamento, das quais se depreende ser um feroz Miguelista e um original nas suas posições, que causaram brados na época.
Por esta altura envolveu-se com uma senhora brasileira e pouco mais sei.
Dos parentes que fala nada ouvi. Consta que existiu um primo Conde do Reguengo, pelos Barbudas, mas neste sitio só aparece um Visconde do Reguengo e não faz uso do apelido Barbuda. Sei, pela minha avó, que este Conde do Reguengo era mui parente e nós seriamos os seus herdeiros, ainda que este tenha doado toda a sua fortuna a uma italiana, artista do São Carlos, eu seria o herdeiro do título.
Pode ser que o Dr. Tavares Festas ou outro frequentador deste espaço consiga mais elementos ou pistas.
Aceite os meus melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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Onofre de Benevides
Meu Caro Alexandre
Depois de consultar por aqui algumas águas passadas, perdão, papéis do passado, encontrei a referência que a deputação às Cortes pelo Partido Legitimista do Morgado da Agra de Freimas se deu no ano de 1865, ano em que consta ter o dito 49 anos de idade. Fica assim mais facil a consulta paroquial ao nosso confrade.
Curiosamente, penso ser atávica a predilecção pelas águas nesta família, pois sei que Calisto Elói de Silos estabelecia a zona da sua residência em função da qualidade dos fontanários aonde pudesse mandar ir a acartar a água que lhe era tão necessária. Esta a razão que o determinou a residir, em pleno tempo da Severa e da faca e alguidar, no Bairro de Alfama, dormindo ao som do fado. Mas ao notar a degenerescência das águas pútridas e do bairro, em breve compreendeu não mais poder ingerir líquido algum da capital, fazendo vir por almocreve privativo as necessárias cargas de chourição, ovos e néctar tinto de Caçarelhos até à casa dos futuros Buenos Ayres. Penso até que só o conhecimento com a carioca futura mãe de seus filhos, a linda viuva do General Ponce de Leão, D. Ifigénia, de obscuras mas belas origens, o fez retomar contacto com a água, mas da limpa, da de fora de Lisboa, já quando veraneava em Sintra durante as férias parlamentares.
Quanto à ligação aos Benevides, parece ter sido ela a única mancha, embora ligeira, na sua genealogia paterna: pois que D. Frei Bartolomeu dos Mártires admoestara santamente um seu colateral avoengo «grande femeeiro, beberrão e lambaz», peguntando-lhe que nome havia. E como quer que o padre respondesse Onofre de Benevides, lhe tornou o santo arcebispo que melhor dissera que se chamava de "Bene bibis e male vivis". Mas não seriam certamente estes os Benevides da Casa Asseca, decerto.
Um abraço do
Alexandre
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Confrade:
Dou-lhe as boasvindas a este forum.
A sua interessante questão, levou-me a reler dois artigos publicados n'"O Primeiro de Janeiro" por meu avô -o escritor D. João de Castro" -- em 20.9.1927 e 11.10.1927.
Como sabe, Calisto Eloi é a figura central d'"A Queda de um Anjo" de Camilo Castelo Branco".
Sobre isto meu avô escreveu, e transcrevo aqui alguns parágrafos;
"O figurino do deputado Calisto Eloi, da "Queda de um Anjo", foi um fidalgo muito conhecido em Braga, no meado do século findo. Chamava-se Domingos de Barros Teixeira da Mota, e era senhor da casa vincular da Cruz, na freguesia de Gagos, concelho de Celorico de Basto.
Como o Morgado de Agra de Freimas, era o morgado da Cruz um homem atilado, muito lido em cronicões, genealogias, alguns clássicos mais severos, velhas obras religiosas e históricas -- enfim, toda a ressequida flora bibliográfica que outrora, ainda no meu tempo, enchia, como manjericões petrificados, as bibliotecas das casas antigas da província.
Não sei se o pendor para os estudos da antiguidade o divorciou durante algum tempo, como o heroi do romance, dos usos e benefícios e extravagãncias da civilização. A sua passagem na sociedade aristocrática de Braga, em que muito se aprazia, assinala-se principalmente depois do largo contacto que teve com a vida de Lisboa, quando o elegeram deputado.
[.....]
A mulher do heroi do romance era sua prima D. Teodora de Figueirôa, morgada de Travanca [...] A que Domingos de Barros teve, na realidade, talvez não fosse estranha à sua família, visto que pertencia, por seu pai, à estirpe dos Barros. [...] chamava-se D.Senhorinha. [...] Unigénita, segundo parece, herdara uma das mais ricas casas dessa região."
Será que Calisto Eloi existiu ou é apenas um personagem de ficção? Aguardo com interesse os seus comentários.
Cumprimentos,
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Alexandre
Andas distraído...
Há muita mais bibliografia sobres os transmontanos para além da citada.
Acho q. deves consultar muito rapidamente o teu primo ROdO, ou (talvez melhor conselho) o Nuno da Académica.
Numa 1ª investida seria bom q. mercasses o Abade do Baçal, novamente reeditado há pouco. O título da obra, em 11 vols. - "Memórias Arqueológico Históricas do Distrito de Bragança", sendo talvez os mais consultados "Os Fidalgos" e os "Notáveis".
Ali encontras muita coisa q. te interessa.
Interessa-te igualmente a "Corografia Portugueza", do Pe. Carvalho da Costa, aqui muita vez citado. A "Ilustração Transmontana", bem como o "Guia de Portugal", "Armas & Troféus" e "R&M" onde o Gen. Galvão Borges iniciou o seu importante trabalho, infelizmente interrompido pela sua morte do muito esclarecido Autor.
Esta é um muito pequena mostra. O Nuno é bem capaz de te encher a casa, por troca de 2 ou 3 pipas de vinho...
Abraço
Manel
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caríssimo João
Deliciei-me com este seu texto!
Já tomei apontamento para o discutir com a minha Mãe, num próximo serão em Valinhas.
Tomei boa nota na D. Senhorinha, não achando ridículo, pretencioso ou de algum modo descabido tal tratamento.
Assim era de facto e não passava pela cabeça a ninguém outra forma de tratamento, quer às Senhoras casadas, quer às solteiras, de estirpe semelhante, no Minho, em Terras de Basto, em Trás-os-Montes e nas Beiras!
Gostei! Foi mais uma bela lição, agora através duma grata recordação do seu ilustre Avô.
cmptos.
Manuel M/
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Manuel Maria de Magalhães:
Obrigado pelo seu interesse. Fico a aguardar o resultado da seu serão em Valinhas.
Senhorinha não é tratamento -- é nome! Na região de Basto há inúmeras senhoras chamadas Senhorinha, em homenagem a Santa Senhorinha, filha do conde Ufo Ufes, freira beneditina no Convento de Vieira, que teria falecido em 982 (segundo nos conta Pinho Leal).
O assunto levantado pelo nosso Confrade é curioso, tanto mais que não me parece que Camilo tivesse alguma vez usado o nome de uma pessoa real para escrever um romance, ainda por cima contundente! E faz-me lembrar o Dom Tanas de Barbatanas do Tomaz de Figueiredo...
Um abraço do sempre admirador
João
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor,
Agradeço a sua resposta às minhas questões. Fui reler o Camilo, passados que foram mais de 50 anos, e de facto estamos perante um flagrante caso de homonimia ou, então, terei tomado o todo pela rama e fui levando ao engano, por uma avó já idosa e, pelo que começo a desconfiar, com alguma propenção para a brincadeira.
Acho melhor investigar, porque isto de me ufanar de fidalguias e outras nobrezas medievais, e consequentemente aparentar-me a outras pessoas distintas, sem conhecer quem foram os meus bisavós, pode evoluir e tornar-se num caso clinico. Espero trazer novidades dentro em breve.
Aceite os meus cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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Dona Senhorinha e as outras Donas
Caro João
Tem pois muita razão, e só por distracção dominical do nosso eminentíssissimo MMMMMMMMMMM lhe passou que se referia a nossas avós assim denominadas.
Eu próprio sou quarto neto (ou quinto?) de uma senhora D. Senhorinha, sra. se não me engano da Casa de Pedraça, em Cabeceiras de Basto. Foi a mãe (ou avó?) de minha Trisavó Dona Maria Isabel de Carvalho Magalhães e Araujo, baronesa de Salvaterra pelo seu casamento, que embora nascida em Lx. na Terra de Basto tinha suas origens.
Desculpará o João que em público me refira eu pessoalmente a algumas minhas avós como Donas, mas confesso que sempre eu estivera antes habituado a que como tal fossem respeitadas, e reservado exclusivamente à família o direito à intimidade, pelo que resolvi desta forma pelo menos eu respeitá-las em público tal como foram, embora sem precisarem para isso nem de «ordens régias» em república, nem de consentimentos ou indicações de privados conselhos de Nobreza. A boa educação bastava.
Um abraço do
Alexandre Tavares Festas
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Meu Caro Alexandre:
Se referir as nossas antepassadas por "Dona" -- quando o são -- é pecado, então também sou pecador...
Senhorinha é um nome bem simpático. Também tenho algumas na minha ascendência. Lembro-me agora de D. Senhorinha Falcão de Andrade, da Casa da Covilhã, em Faia, de D. Senhorinha Bernarda da Silva Vaz, da Quinta de Quintã, em Gandarela (Vizela) e de D. Senhorinha de Magalhães, mãe de D. Maria de Magalhães Ribeiro, senhora da quinta das Terças. E outras mais... Todas avoengas da minha trisavó D. Maria Augusta Leite Pereira de Abreu e Sousa, da Casa do Arrabalde, em Basto.
De facto, em Cabeceiras de Basto o nome era quase obrigatório para uma das filhas...
E já agora... a sua sugestão de alterar o Assunto/Tópico foi excelente. Vou ver se não me esqueço...
Um grande abraço,
João
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Meu Caro João
Ora parece à primeira vista que a minha Avó Dona Senhorinha e a sua Avó homónima Dona Senhorinha de Magalhães deveriam ser parentes... pelo menos na geografia e no Magalhães, que é pista que não deve falhar. Infelizmente, esses papéis de meu Avô José onde tudo isso consta ainda os não fui buscar aonde param, de maneira a avamçar-lhe mais dados nessa evental junção. Mas não perde pela demora, e não fica o assunto esquecido...
Um grande abraço também para si do
Alexandre Tavares Festas
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Meu caro João de Mello Tovisqueira
Não me expliquei, partindo dum presuposto errado.
Sequer estava distraído como pretendeu o nosso historiador ATF/Portuguez...
Como saberão as famílias Teixeira de Barros, Teixeira Coelho e Teixeira da Mota estão muito ligadas por casamentos entre si, muitos dos quais ao nível de co-irmãos.
Para o facto há várias explicações e tentativas das mesmas que não vem a lume neste momento.
Saberão que o meu Avô materno se chamava António Maria de Meirelles Teixeira Coelho, legítimo neto primogénito do último Administrador do Morgado de Nª Sª da Abadia, na Casa do Campo, Molares, Celorico de Basto.
É portanto natural que conheça mimimamente os antepassados desse meu muito querido Avô e, razoavelmente, grande parte das muitas ligações familiares.
Assim, fácil é que conheça o nome Senhorinha.
É tb. muito natural que troque impressões com a minha Mãe sobre o assunto q. levou o meu Caro João a escrecer o seu texto e q. tanto apreciei. É uma Senhora de grande conhecimento e cultura. Fez um Curso Superior de Línguas,na Suissa, especializando-se depois em Literatura e Filosofia francesa, leccionando durante largos anos.
Saberá que, nestes nossos entretimentos de carácter genealógico, bem apesar de não estar longe dos 90 anos, ainda é capaz de ensinar muita coisa a muitos "sábios", aqui, ali e acolá...
Naturalmente, sempre q. posso, procuro aproveitar os seus muitos ensinamentos.
Terei sido mais claro agora?
Cmptos, do seu fiel admirador
Manuel M/
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Meu Caro Manuel Maria:
Também eu não fui claro, porque me pareceu que se estava a interpretar a "D. Senhorinha", no texto que para aqui copiei, como sendo uma liberdade literária do meu avô. Não -- a senhora em questão seria mesmo assim chamada!
Mas depois entrei em divagações onomásticas até porque aquele nome sempre me atraiu... e intrigou.
E congratulo-me por saber que tem o privilégio, que eu há muito perdi, de ouvir de sua ilustre Mãe histórias que o tempo apaga.
Não as perca...e registe-as, para a sua neta um dia se deliciar com elas (e nós também)!
Grande abraço e obrigado,
João
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Manel,
Realmente poderia ter citado mais algumas obras sobre o tema. Agora, quanto a adquiri-las, nomeadamente o muito enaltecido "Abade do Baçal", para além de decerto ir incorrer em avultada despesa, difícil seria encaixar tanto volume na minha já muito atascada - no sentido castelhano da palavra - biblioteca.
Mas como sem dúvida dispões de vários, se não mesmo de todos, dos livros que referes, bem poderias ter tentado ajudar o nosso nóvel confrade Sr. Barbuda, o qual muito desiludido parece ter ficado com a atenta e interessantíssima intervenção do nosso ilustre confrade João de Castro e Mello Trovisqueira. Mas convenhamos que algo de verdadeiro, no meio das brumas da sua provecta idade, a avó do Sr. Barbuda lhe terá revelado.
Um abraço
Alexandre
PS Ao menos dá-me referências para as minhas buscas sobre "Casa do Poço", embora esteja actualmente mais imerso nas Ilhas.
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Carlos Barbuda.
Depois de ler todas as respostas enviadas a este seu tópico, algumas delas de cariz camiliano, venho comunicar-lhe que depois de aturadas buscas e até telefonemas para amigos e familiares, nada encontrei sobre semelhante sobre D. Calixto Elói de Barbuda e que em nehuma listagem tirada dos nobliários a que tive acesso , vem citada alguma Dona Basilissa.
Existiu sim uma Santa Basilissa , festejada a 30 de Setembro, irmã das santas Germana, Eufémia, Quitéria, Marciana, Marinha , Liberata, Genoveva e Vitória. Todas estas Santas são nascidas em Braga e poderá confirmar isto na História Eclesiástica de Braga, Parte 1, Capítulo 24, Nº1.
Parece-me que se tem a certeza de ter uma antepasada com esse nome deve ficar orgulhoso pela originalidade dele e talvez possa obter no ADB alguma refeência a Freguesia ou Capela onde a citada Santa seja venerada.
Caso encontre, fico-lhe muito grato se me indicar esse local para meu registo.
Fico a aguardar as suas notícias.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Caro João
Curiosamente a avó paterna do meu avô materno era referida pelos netos e bisnetos( que não a conheceram)como avó D. Ana e nunca avó Ana. As outras bisa e avós eram simplesmente referidas com avó..nome de baptismo.
Os actuais descendentes ainda hoje se referem à trisa com Avó D. Ana
Um grande abraço
Vasco
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Meu muito caro e estimado Primo,
Nobre Chanceler-Mor
Num outro tópico deste Fórum, explicou o nosso amigo Carlos Silva, ainda q. não directamente, a remota razão da simpatia e bom relacionamento do meu filho filósofo, contigo.
Fiquei a saber que os dois são parentes do Chico S.C., numas não longínquas costeletas minhótas!
Se calhar essa tua displicencia, esse teu menor conhecimento da bibliografia transmontana...
Logo tu, filho do Pioneiro Aéreo nas terras frias do distrito brigantino! Que desde pequeno conheces Vilar d'Ossos, lá no "cú de Judas"!
Ai se a Tia Ignez te ouvisse...
Em relação à nossa querida Casa do Poço, para além de muito simpáticamente citada nas deliciosa memórias Memórias do Marquez de Fronteira, é referida em todos o manuais da especialidade, parafrasenado outro não menos simpático Marquez, o 6º de Lavradio, que tantas vezes me lembra.
Aí na mão tens a "História do Bispado e Cidade de Lamego", do Revº Pe. Gonçalves Costa, que tanta coisa conta e um óptimo começo é.
Quanto ao apontamento da sua varonia, está descansado q. não me esqueci. Recebê-lo às brevemente por e-mail. Vou também copiar o q. diz Allão de Moraes, que enviarei tb.
O "Theatro Genealógico" de D. Tivisco e o Canaes de Figueiredo tb. a referem em mais do q. um costado.
Abraços
Manel
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Caro Vasco:
Já alguém disse que uma pessoa só morre quando o seu nome é pronunciado pela última vez. Julgo que, em quase todas as famílias, há uma matriarca, entre todas, que permanece na memória dos seus descendentes -- que nunca a conheceram -- mas que dela falam, com um misto de respeito e admiração, como se viva fosse.
As razões podem nem ser evidentes, mas o facto, por si só, é significativo e reconfortante.
Presumo que seja o caso carismático que relata e que tem paralelo na minha família (Outra tetravó que só "conhecemos" através de um retrato miniatura e de alguns papeis por ela assinados...)
Um abraço,
João
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Casa do Poço, Lamego
Nobre Primo Raiano,
Interessantíssima realmente a descoberta do nosso ilustre confrade Carlos Silva do meu parentesco com FSC via Serpa Pinto, e mais ainda a de nova consanguinidade com teus filhos, nomeadamente o tão prezado filósofo!
Realmente em termos nordestinos não sou digno do pioneiro que referes, mas isso não encerra qualquer desprezo por essas paragens, obviamente! Só que nem sempre se pode chegar a tudo e neste momento os meus mais facilmente pesquisáveis costados açoreanos (os mais volumosos de todos) estão a ocupar-me o tempo em matéria genealógica.
Desde já agradeço a ajuda que prometes em relação à venerável Casa do Poço, nosso tronco comum mais próximo. Da "História de Lamego" só tenho excertos. Canes e Tivisco fazem parte da minha biblioteca, mas este último nem sempre é considerado muito fidedigno.
Renovado abraço
Alexandre
PS Onde nos levou o Morgado da Agra de Freimas!
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Caro João
É mesmo isso.
Até deixaram regras e tradições que hoje ainda se seguem.
Um abraço
Vasco
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Vasco, meu caro
Tenho estado a seguir com atenção essas vossas considerações acerca das Donas nas nossas famílias, bem Riba Mondego, pois em relação aos costumes abaixo, não posso pronunciar-me com grande conhecimento da causa.
Mas, creio bem que os nossos familiares residentes e até aquleles há muito radicados no vale do Tejo, Alentejo e Algarve, praticam exactamente os mesmos usos e costumes que nós aqui, mais "arreigados e acostumbrados" na vivencia quotidiana (que eu chamo) galaico-douriense...
Aqui mesmo neste Fórum tenho encontrado, alfacinhas de gema, mouros sulistas, marroquinos, forasteiros estrangeirados e quejandos, que dialogam duma forma em tudo idêntica à nossa. Têm até vocábulos e expressões, tão nossas que até parecem nados e criados aqui no Porto, Braga, ou Vila Real. Intencionalmente omito Ribeira de Péna, Terras de Basto, Montalegre, Vinhais e Bragança, porque aí pia mais fino, para além de que o meu amigo Amiel Bragança Miranda, não me admite "misturas"...
Mas o que queria dizer, Vasco, é q. me parece esntarmos no exagêro.
Acho q. nunca tratámos as senhoras nossas familiares directas, avós e tias por donas!
A menos q. seja naquele sentido q. lembrou JCMT, de preservar uma memória muito querida duma Avó, ou duma Tia muito especial, pelo seu carinho, pelo especial tratamento q. dava aos netos ou sobrinhos. Nunca pela sua maior fidalguia, ou mais relevante linhagem.
E mesmo assim, creio não era vulgar, muito menos costumeiro.
Talvez aqui se devesse consultar J. Leite de Vasconcelos, o que seria um tanto difícil dado o volume da sua obra...
Mas, lembrou-me agora que uns primos de Lamego, falando do meu Avô João (tio deles) o referiam como Tio Conde, referindo já um outro, como Tio Conde de Ariz... ora este tratamento, como um outro de "prima Condessa" (...) era já troçado há 3 gerações atrás, tido como extremamente provinciano!
Costume velho era a recordação duns avós, ou bisavós, muito estimados relacionando-os com a residência habitual. "Os Avósinhos da Foz", "do Paraizo", do Campo, etc.
Nos Meirelles Leite, de Basto, sem dúvida que a Senhora mais fidalga era a Trisavó Maria da Dores Teixeira Coelho Freire de Andrade. Pois nunca ouvi nenhum descendente referir-se a ela como Dona Maria das Dores, mas como a avózinha de São Braz, ou de Vila Real.
Esses tratamentos de Dona, com todo o respeito, eram dados pelos clérigos, vizinhos e conhecidos, pelos antigos genealogistas, uma vez q. os novos são mais ávaros nessa questão, e (porque não dizê-lo?) mais benevolentes noutras...
Grande abraço
Manuel M/
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RE: D. Teodora Barbuda de Figueiroa, morgª de Travanca
Caro Senhor Vasco Briteiros,
Estive hoje, logo pela manhãnzinha, na Biblioteca Nacional. Fui às referências, gente simpática, que me indicaram alguns espécimes genealógicos, coisa de tomo, que não consegui ler, quer por dificuldades quer pela magnitude das ditas obras.
Mas, falando e por indicação dum doutor responsável da sala dos leitores, acho melhor começar a investigar esta minha gente, através de registos paroquiais, testamentos e outra documentação que o referido senhor doutor me indicou e que posso colocar aqui no fórum.
Sinto que a minha nobreza começa a claudicar, os reposteiros com os brasões dos BARBUDAS que tenho na minha casa devem ser obra deste século, fruto da mente fértil de minha avó.
Vou investigar melhor quem sou e donde venho, antes de incomodar os pacientes leitores deste espaço.
Com os Melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Caro Manel
Não me parece que neste caso que citei, ocorra qualquer vaidade humana, nunca percebi este tratamento e nem encontro qq justificação.
Se lhe pusessem um véu branco, ficava exactamente o retrato clássico da Raínha Victoria
Ficou viúva muito nova e só com dois filhos ; creio que nunca terá dado um beijo a um neto.
No entanto no testamento pede um funeral muito simples.
Enfim coisas dos antepassados dificeis de interpretar.
Um abraço
Vasco
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RE: Dona Senhorinha e as outras Donas
Manel
Mas estas "Donas" afastaram o tema do tópico. Esta Morgada de Travanca quem terá sido? Tens alguma pista? Pelos vistos houve mais uma "Casa Queimada" desta vez em Travanca. Tenho muita curiosidade em conhecer esta genealogia travanquenha.
Vasco
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros Senhores,
Dos documentos que colhi ontem na Biblioteca Nacional, entre nobiliários e obras históricas, apareceu um documento que só agora consegui decifrar e que deixo aos interessados. Diz o mesmo:
El el-rei faço saber aos que este meu alvará virem, que atendendo aos serviços que me fizeram Vasco Eanes de Barbuda e João Fagundes Camisam, que me conduziram o docel, à arreta, na batalha que se deu nos campos de Toro, lhes faço mercê de tomá-los meus pagens de lança. Almeirim, 21 de Dezembro de 1476. Rei.
Em notas à margem refere-se que o João Fagundes desentendeu-se com um dos Conselheiros do rei e rumou para Castela, onde serviu os Reis Católicos e mais tarde rumou às américas com Hernán Cortez, aparecendo também numa expedição de Pizarro ao interior dos sertões.
Vou lançar um tópico só dedicado a documentação dos Barbudas, Barbas e Barbudos, que me parecem ser todos da mesma família, ou pelo menos têm a mesma origem.
Os melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Escrevi arreta, por má leitura do documento. Vendo melhor a palavra é "arreata", que deve ser o msmo que rédea.
Cumprimentos,
CCB
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Corcel
Caro Carlos Calixto de Barbuda
Aonde pôs dorsel , suponho fosse corcel? Um dossel á arreata, penso que nem o da Casa do Poço do meu parente Alpendurada, puxado embora que fosse por quatro mulas ajaezadas.
Saudações
Alexandre Tavares Festas
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Carlos Calixto de Barbuda
Creio que a designação desses cavaleiros seria seguida da terra da naturalidade dos mesmos.
Esse João parece-me de Viana do Castelo. Será?
Que mais mercês terão recebido estes cavaleiros? Provavelmente tiveram armas novas os acrescentos. Quais?
São perguntas pertinentes para um acto como esse.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Corcel
Alexandre
Então o nosso Gram-Meestre anda em leituras do Rev. Pe. M. Gonçalves Costa?
Não te falta ali material, documentação soberba!
É obra q. trato com o maior carinho, pois pelo q. ouvi, o Autor não recebeu qualquer subsídio, e para a colocar nas nossas prateleiras, perdeu toda a sua fazenda...
Pessoas assim, não haverá muitas.
Pois olha q. tb. ando em busca de Barbudos. Tenho uma vaga idéia do JAR e GVS terem referido este título, não sei já relacionado com quem.
Seria com os de Baião? Penaventosa?
Abraço
Manuel M/
PS-O meu Avô João A. foi o último a nascer na Casa do Poço, mas por ali já não havia Páleos, em 1876...
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Barba, Borba, Barbudo e Barbudas
Manuel
Tenho andado aqui tentando ajudar o nóvel confrade, mas isto é bicudo... penso os autores todos baralham Barbas Borbas Barbudos e Barbudas, o que convirás não é exactamente a mesma cousa...
Salve
ATF
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RE: Corcel
Caro Senhor Tavares Festas,
Efectivamente assim é. Não consegui ler o termo corcel, posteriormente levei o documento em causa a um estudioso de letras antigas, que me disse ser corcel e por vezes também aparece rocim, que eram cavalgaduras de formas finas. Por este último termo é conhecido o cavalo de Don Quijote (Rocinante).
Continuo a recolher informação sobre Barbudas, mas os fundos genealógicos e históricos na Biblioteca Nacional são imensos.
Já pedi um cartão nesta biblioteca e agora posso entrar sem problemas, se precisar de qualquer esclarecimento nesta matéria estou à disposição.
Aceite os melhores cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor Vasco Briteiros,
Informaram-me que outros documentos podem existir na Torre do Tombo, mas ainda não sei ler papéis antigos pelo que entendo ser uma perda de tempo lá ir investigar.
o brasão que aqui tenho, nos já referidos reposteiros, é como que uma cabeça de preto por barbear, com uma toalha na cabeça. Em cima tem um capacete.
O reposteiro já está muito coçado e mais não vejo digno de realce.
Falei hoje com um primo que também tem investigado os Barbudas. Diz-me ele que vieram de Inglaterra, que foram nas cruzadas e daí a cabeça do dito preto no brasão. Mas ele sabe pouco destas coisas e inventa outro tanto.
Aceite os meus melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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Génese de Barbudos e Barbudas
Caro Calixto de Barbuda
Aproveitando a sua generosa oferta, caso por lá descubra as distintas raizes de Barbudos e Barbudas, fico-lhe grato se mas comunicar.
Alguns autores ligam essas origens de ambas as famílias aos Barba (de Meneses), e estes a Borba, mas confesso que estou em dúvida.
Gratos cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Sr.Carlos de Barbuda:
Sou um estudioso das antigas civilizações Inca e Azteca, as quais continuam a constituir um verdadeiro mistério, em muitos dos seus aspectos. Para além dos mistérios relativos à sua História, para mim o maior deles é por que razão não tinham descoberto a roda. Por certo que não seria tão fácil quanto o ovo de Colombo, passe o trocadilho e a quase coincidência histórica!
Mas vem isto a propósito, e perdoe-me esta minha intempestiva entrada no Forum e no tópico, do nome que refere de João Fagundes Camisam, pois creio já ter visto este nome efectivamente associado à conquista do Perú. Lamentavelmente, talvez devido à minha já avançada idade, há documentos e livros que já não estou certo se tenho ou se tive de vender (estive uns anos no exílio mas isso não vem ao caso). Mas dizia eu que, se a memória me não falha, li realmente algo relacionado com um Juan Camison (creio que será castelhanização do seu vero nome luso) que faria parte dos exércitos de Pizarro. Dizia a tradição que teria desposado uma filha de Cuamatchoc, rei dos Incas, e teria dado origem a uma linhagem miscigenada mas tratada como Grandes pelos conquistadores espanhóis. Actualmente há ainda no Perú e países vizinhos da América do Sul, quem use o nome Camison e diga descender desse fidalgo "castelhano", mas as mais das vezes, por assim dizer, os pobres coitados nem o nome do bisavô sabem, o que lhes faz assaz espinhosa a tarefa de se entroncarem em tão recuado e nobre ancestro.
O que eu ignorava era que Juan Camison havia sido feito pagem de lança por D. Afonso V (essa baralha do Toro recorda-nos aliás um dos grandes heróis da nossa História, tão mal tratada nos tempos que correm, D. Duarte de Almeida, O Decepado). E o que muitos decerto ignorarão também é onde fica Toro. Se me perdoar a pretensão de cultura geográfica - são manias da velhice - fica em Espanha, não longe de Tordesilhas, e por lá passa o bravo rio Douro, por aquelas paragens mais parecido com o pachorrento Mondego.
Irei tentar descortinar mais elementos sobre a figura curiosa de Juan Camisom e se algum cavalheiro que acaso faça o obséquio de me ler dele souber algo ou da família, muito grato ficarei.
Aceite V. Exa os meus respeitos
Alberto Ávila
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor Alberto Ávila,
Eu de estudos genealógicos pouco sei, já que comecei agora com as investigações da minha árvore genealógica. Tenho uns papéis antigos cá em casa, mas não me ligam ao Calixto Elói ou a outro qualquer Barbuda conhecido. E hoje fiquei deveras preocupado com o seguinte. Disseram-me que aqui em Lisboa, nas igrejas, aconteceu algumas pessoas terem sido baptizadas como, por exemplo, Pedro de Lencastre, por serem escravos de pessoas com este nome. Não sei o que pensar. A minha avó nasceu a bordo dum navio e no seu assento de casamento, que possuo, não aparece a naturalidade dos pais. Só aparece a palavra Portugal. Contou-me ela que os pais estiveram na África do Sul e morreram durante a guerra dos Boers(?).
As ligações à América do Sul da pessoa que consta na carta do Vasco Eanes de Barbuda não conheço, mas todos os elementos que fôr logrando nestas minhas andanças (entrei agora na pré-reforma e tenho muito tempo livre), colocá-las-ei neste espaço.
Com os melhores Cumprimentos,
Carlos Calixto de Barbuda
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Meu caro Alberto Ávila
Quanto a João Fagundes Camisam, estou intrigado!
Relativamente a Juan Camisom, confesso-lhe que fiquei surpreendido. Uma coisa lhe digo: nunca tinha ouvido falar desse nome.
Quanto a ser uma "castelhanização", lembro-lhe que os Camisões são oriundos da Andalúcia: em Espanha a grafia mais antiga é "Camisson", derivando para o "Camison" dos tempos modernos.
Poder-se-á tratar de outra família!
Com os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Calixto de Barbuda
O brasão que descreve é realmente muito estranho. Por outro lado como só tem um símbolo é uma reprentação em pleno. Deve no mínimo conseguir descobrir um pouco a cor do fundo do brasão.Tente tirar uns fios do tecido e observar com uma lupa. Não aparece uma referência ao outro nome Camisan ? Não terá uma bordadura com 8 estrelas ?
Aguardo a sua resposta.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor Artur Camisão Soares,
Que interessante coincidência esta, a de surgir neste debate uma pessoa com o nome Camisão! Porventura o senhor será já um habitual frequentador deste tão interessante Forum, mas eu, como novato por estas bandas, ignorava o facto.
Desconhecia a informação que me dá da origem andaluza do nome Camison e que muito agradeço. Coloca-se então uma questão: o Juan Camison, companheiro de Pizarro, Cavaleiro que, conforme referi em minha anterior mensagem, terá deixado prole pela América do Sul, seria um desses, decerto que nobres, andaluzes e até muito provavelmente Grandes de Espanha, ou seria o tal João Fagundes Camisam da batalha de Toro?
Será que o meu nobre amigo dispõe de elementos genealógicos de sua tão ilustre família, recuando até aos tempos de Pizarro? Sem dúvida que seria interessantíssimo tentarmos apurar se alguma ligação haverá com Juan Camison.
Penso brevemente deslocar-me à terra natal de minha mãe, por ocasião dos 100 anos - imagine só! - de minha querida madrinha e esta, pese embora a sua avançada idade, é um verdadeiro tesouro neste campo da História das Civilizações Pré-Colombianas das Américas. Foi dela, aliás, que herdei o "bichinho".
Quanto a João Fagundes Camisam, como poderá verificar, foi o Sr. Carlos Barbuda que encontrou a referência ao nome, salvo erro em documentos da Biblioteca Nacional. Talvez ele nos possa dar mais alguma ajuda neste campo.
Sou, como já disse, um estudioso da História Inca e Azteca, e não um genealogista, mas a genealogia é um ramo muito útil ao estudo da História.
Foi um grato prazer trocar estas linhas com V.Exa.e fico a aguardar o favor das suas notícias.
Aceite os meus respeitosos cumprimentos
Alberto Ávila
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caríssimo Alberto Ávila
Os dados que possuo sobre os Camisões remontam a Cristóvão Gomes Camisão (aqui no Genea).
Sobre estes relevantes dados, terei que proceder a uma investigação.
Renovados cumprimentos
Artur Camisão Soares
P.S. Pode-me tratar de maneira mais informal. É, aliás, "costume" aqui no Genea.
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor Artur Camisão Soares,
Poderia, caso o entenda, facultar-me a sua ligação a Cristóvão Gomes Camisão? Ando a investigar os meus antepassados e poderá dar-se a coincidência de existirem parentes comuns.
Estou maravilhado com este fórum, que permite a troca online de informações da máxima relevância histórica.
Sou um usuário recente, fiz o registo dia 7 de Fevereiro, mas tenho andado a navegar pelo que aqui foi escrito e vejo que o Senhor é um dos mais notáveis colaboradores deste espaço, sem desprimôr para os restantes usuários, possuidor de vasta cultura genealógica e que deve, por certo, proceder a aturadas investigações e ser proprietário de vasta bibliografia histórico-genealógica.
Tenho tirado algumas fotocópias e nessa base tem assentado a minha investigação. Se me quiser ajudar seria para mim uma subida Honra.
Com os melhores cumprimentos, sempre a considerá-lo,
Carlos de Barbuda
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Carlos de Barbuda
Alguns dados encontra aqui no Genea: até Roque Landeiro Camisão Pereira e Sousa e seu irmão José António Pereira de Araújo e Sousa, ambos meus antepassados. Outros dados poderei facultar-lhe por e-mail:
arturcamisaoarrobanetcabopontopt
Honra-me muito com as suas palavras, meu caro amigo. Mas, creia que ainda me falta muito que saber!
Estou, inteiramente, ao seu dispor para troca de dados.
Com os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Carlos Barbuda.
Na freguesia dos meus antepassados Briteiros, encontrei dois tipos de Camisão(=Camisan=Camisom) que tiraram IG e assim temos:
1º grupo - Bento José Silva Camisão
Proc.31728/1410 em 1778.12.06
António José Silva Camisão
Proc. 7738/354 em 1777.06.27
José António Silva Camisão
Proc. 22544/1016 em 1777.08.02
Todos filhos de José Silva Almeida e
Ana Maria Teresa Joaquina.
Segundo apontamentos encontrados que referem um Cam. não autorizado a casar com uma Briteiros, julgo que deve ter sido um destes Cam(isão) porque não encontrei na freguesia nenhum outro nome que encaixasse na abreviatura citada. Desconheço a razão porque a nota não refere. Tambem não encontrei mais nada sobre este grupo até à data.
2º- grupo António José Araujo Camisão
Proc. 7263/328 em 1754.11.19
Filho de Santos Araujo Silva e
Ana Maria Carvalho.
deste ainda não encontrei nada, mas o nome próprio "Santos" é muito estranho. Ainda não sei nada.
Espero que estes elementos lhe sejam úteis e se for parente dos 1ºs não leve a mal o meu Avoengo não ter permitido o casório(devia ser coisa de dinheiro!)
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor Vasco Briteiros,
Trago hoje mais umas novidades. Estive nos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e a coisa começou por correr mal. À entrada tive experiência deveras desagradável com a porteira, foi necessário apresentação de BI, motivo da entrada, etc. Algo mais difícil que entrar em 1987 no Cinciberlant, em Oeiras, quando ali me desloquei para reparação de condutas.
Vamos ao que interessa. Na Torre do Tombo, com magníficas instalações, existem uns computadores onde se metem um nome, carrega-se e ... et voilá!!! Aparece tudo.
Vi na Inquisição e apareceram-me vários Barbudas e Barbudos, condenados por essa santa, douta e por vezes inoperante instituição. Dizem que padeciam de "rumor". O que é isto? sabe? Eram judeus?
Diga-me, Senhor Vasco Briteiros, o que acha disto. A informação que estou a recolher é tanta que não sei como tratá-la.
Aceite os Cumprimentos Amigos do
Carlos de Barbuda
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RE: Barba, Borba, Barbudo e Barbudas
Caro Alexandre
Estou mesmo a ficar um pouquito encarquilhado... não na barriga, cuja volumetria continua em progresso, graças à vitela, porco e sobretudo ao Tintol...
Imagina tu q. andava afanosamente a calcorrear página a página, o "Portugaliae Monumenta Histórica", dispondo-me a seguir para todos o Cronicões q. tenho aí à mão e daí talvez seguir para os 14 volumes da HGCRP, marchando depois, heróica e estóicamente para os sequentes 12, não menos grossos volumes, das "Provas", quando sopro amigo me disse para não procurar mais, pois laborava em forte confusão.
Confusão essa, no tempo e no espaço...
Afinal a Barbuda que conheci foi há relativamente pouco tempo (ainda q. no passado século), no Estoril, frente ao Tamariz, vendendo aqueles saborosos gelados do Santini...
Não será por aí q. começa tão velha e distinta linhagem.
Mas nunca se sabe. As modernas "ténicas" são bem capazes de tudo, até de dar cabo do Tintol!
Estou em pedir mil perdões às gentes de Baião do séc. 13...
Que Allah te cubra de bençãos, caso tenhas ido a Meca. Eu não fui porque os meus pézes tem andado muito bravos e não tenho tido tempo para afiar a cimitarra, quanto mais a adaga...
Para o ano irei, incha Allah!
Sallam salamalé
Emmanuel M/
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Prezado Artur Camisão Soares,
Espero não me tenha levado a mal a porventura excessiva formalidade que usei, mas, sabe, sou pessoa de outros tempos, onde o respeito e a educação imperavam, e por vezes esqueço-me que o trato é de hoje em dia mais informal, sem que isso reflita menos educação.
Estou em contacto com a secção cultural da Embaixada do Perú em Madrid, onde fui em tempos muito gentilmente recebido, dado o meu interesse na História daquele país. O adido cultural encontrava-se ausente mas ficaram de me dar a orientação possível para tentar chegar a elementos concretos sobre o seu presumível antepassado Juan Camison. Estou certo que brevemente poderemos ter avanços de tomo neste campo!
Também conheço pessoalmente um lente de História pré-Colombiana na Universidade de Guayaquil, o qual irei contactar com o mesmo propósito.
A respeito ainda do insigne Juan Camison, devo dizer-lhe que existe em Lima, capital do Perú, uma Calle Juan Camison, o que bem atesta da importância histórica daquele Cavaleiro!
Renovados cumprimentos para si também
Alberto Ávila
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Alberto Ávila,
Em nome de mais um Camizão, neste caso, primo do Artur, obrigado pela sua disponibilidade!
Cumprimentos
Luís Camizão
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Alberto Ávila,
Apenas uma questão, pouco relacionada com este tópico.
Será o senhor natural dos Açores, mais propriamente de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira)
Coloco esta questão, não só devido ao nome no tópico (Angrense54), mas também pelo facto de eu ter familiares, se bem que não directos, em Angra, que curiosamente também estiveram exilados, neste caso no Brasil.
Renovados cumprimentos
Luís Camizão
mail: camisaosessentacincoarrobahotmailpontocom
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Prezado Luís Camisão,
Sou de facto natural dos Açores e da Terceira, mas da Praia da Vitória e não de Angra. Como vivi até aos meus 17 anos nesta última cidade, considero-me um angrense. Já não tenho ocasião de visitar os Açores, aliás, há mais de trinta anos!
Os anos de exílio - para o qual parti por razões que prefiro esquecer - passei-os na Suíça.
Oe meus melhores cumprimentos
Alberto Ávila
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros colegas
Gostaria de saber uma coisa: o que existe "de verdadeiro" neste tópico??
"Pombas" (para não usar outra palavra)...
Melhores cumprimentos
Ártur Camisão Soares
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros colegas,
No meio desta trapalhada imaginativa, que proporcionaram, gostava de saber se o " o Barbuda " tem mesmo barba, ou penugem de galinha.
Em todo o caso, valeu a brincadeira, que espero que fique por aqui.
Caso contrário, e parafreseando o meu primo Artur, está aberta a caça, não ás pombas, mas sim ás rôlas.
Melhores cumprimentos, com um soriso
Luis Camizão
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Meus Prezados Amigos,
Fico francamente incrédulo com a vossa suspeita, se bem que plena de bonomia.
E logo agora que eu me aprestava a transcrever aqui alguns belos trechos de Pedro Cieza de León (1518-1560) na sua "Crónica del Peru" e de Garcilaso de la Vega (1539-1616), e dar-vos a conhecer algumas reminiscências das minhas visitas às ruínas de Machu Picchu e à vizinha cidade de Cuzco, capital do Império Inca, e narrar-vos episódios da conquista do Perú, envolvendo Francisco Pizarro, Diego de Almagro e o rei Atahualpa!
Mas, meus amigos, não vos levo a mal, pois também pude reparar que não há acinte nas vossas palavras. Só acho que fosteis algo indelicados com o Sr. Carlos de Barbuda.
Até uma próxima oportunidade neste Forum, pois creio que fiquei cliente.
Os meus respeitosos cumprimentos
Alberto Ávila
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Alberto Ávila
Eu não estou a acusar alguém!
Sei, de fonte segura, que houve brincadeira: só quero saber até que ponto!?
Com os meus melhores cumprimentos,
Camison
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Santini, de Humberto II de Itália
Caro Manuel Maria
Este ano, não sei porquê, mas parece-me, que terás tu cumprido a obrigação de ir a Meca como lídimo descendente de Abunazar... Diz-me o meu dedo mindinho.
Mas respondo apenas para te desenganar sobre o Santini, que nunca vendeu gelados na rua, que eu saiba, e muito menos no Tamariz. A célebre loja que tanto marcou as nossas infâncias de mouros era e é em Cascais, na Av. Conde de Valbom, curiosamente mesmo em frente á casa dos meus Bisavós aonde nasceu minha Avó Dona Leonor Corrêa, e aonde casaram pelo civil que precedia o religioso na Iª República meus avós maternos. As filas de espera eram e são tão grandes sempre, lá dentro, que permitem admirar os muitos diplomas e fotografias encaixilhados nas paredes, aonde constava snme entre muitas outras uma patente de fornecedor oficial do rei Humberto II de Itália, também cascarejo por adopção, e que sei pessoalmente ter sido grande apreciador de gelados caseiros de primeiríssima qualidade. Tenho até a receita do semifrio que ele mais gabou e apreciava, e caso estejas interessado forneço-ta com todo o gosto para apoio das tuas incursões aos tórridos desertos arábicos.
Um abraço
Alexandre
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RE: Barba, Borba, Barbudo e Barbudas
Manel
Distrai-me, e quero acrescentar o que ficou omisso: no remoto ano que mencionas, ainda o Santini era num minúsculo r/c do cinema S. José em Cascais, só depois se mudou para o pé da estação.
ATF
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RE: Santini, de Humberto II de Itália
Caro Alexandre,
O "velho" Santini abriu a primeira "fábrica" e loja de gelados com um empréstimo do próprio Rei Humberto, segundo me contou o Príncipe Vitor Emanuel que quando vem a Portugal gosta de matar saudades dos gelados de infância :-) O "Porto de Santa Maria", passo a publicidade, serve-os todo o ano :-)
Abraço
Lourenço
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Camison
Realmente só falta no grande salão
junto ao velho reposteiro
já gasto e brasonado
um velho brigadeiro
sentado
olhando a mesa onde velhas fotografias
iluminadas por uma luz amarelecida pelo tempo,
lhe fazem recordar os avós, bisavós e tias
dançando no salão.
É tudo mentira? E então?
E o velho brigadeiro
fecha lentamente os olhos
caindo num longo sono,
como folha cadente
numa tarde de outono!
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Manuel Estevam
Obrigado pelo poema.
Forte abraço
Artur João
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RE: Santini, de Humberto II de Itália
Meus caros
Não creio que as nossas diferenças de idade justifiquem este "conhecimento". Creio antes que a memória vos vai atraiçoando... :-)
Nos alvores da minha meninice, quando íamos passar férias aos Estoris (Cascais incluída), saindo de Évora por três meses, carregados de arcazes e baús com roupas, loiças e móveis, tínhamos várias obrigações. E uma delas era, sem dúvida, comer gelados no Santini (outras eram *nunca* ir à praia de Cascais ao Domingo, ir comer queijadas a Sintra, fazer pique-niques nos pinhais, etc).
De então para cá tenho mantido a tradição (dos gelados, que não das férias em Cascais...) e a actual gelataria, Na Av. Conde Valbom, é já a terceira que frequento.
A primeira foi, de facto, no Tamariz, a segunda no então Cinema S. José, junto à entrada, do lado direito e a terceira onde a conhecemos presentemente.
E para que o rigor histórico do que afirmo :-) se possa confirmar bastará verificar que, nas múltiplas fotografias existentes na actual loja, há fotografias, pelo menos, do Tamariz.
Um abraço (gelado ...)
João Cordovil Cardoso
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RE: Santini, de Humberto II de Itália
João, Caríssimo!
Muito obrigado pela ajuda!
Pelas certezas expressas do Alexandre e do Lourenço, já estava a pensar que a minha memória me pregava partidas...
Mas lembrava-me bem de ter ido tomar uma banhoca ao Tamariz, na véspera de embarcar para a Guiné, em 1968, acompanhado pelos dois camaradas d'armas e de infortunio, Martinho, da Régua e Gaspar, de Castelo Branco (creio).
Foi uma espécie de "último mergulho" não fosse o diabo tecê-las e toparmos com uma mina lá nos matos da Guiné, que depois nos viesse a impedir de dar umas braçadas e mergulhos, para todo o sempre...
Pois assim fizémos. Tomámos a nossa banhoca, demos os nossos mergulhos e até fizémos uns (pouco recomendáveis) conhecimentos e, ao fim da tarde, cada um saboreou o seu gelado Santini, servidos por uma simpática funcionária de cara escanhoada, dando indícios de ter a barba bem mais cerrada do que as nossas!!!
Geográficamente separados na Guiné, não mais nos encontrámos até hoje, pelo que seria difícil aclarar esta minha memória... mas sei q. regresaram sãos e salvos, 3 meses antes de mim, que por lá fiquei esquecido em S. Domingos!
Um grato e amigo abraço, preferindo agora Tintol a gelados, ainda q. famosos e recomendados por SM...
Manuel M/
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RE: Santini, de Humberto II de Itália
Caro Manel.
Estou espantado! Que geladeiros! Nem me lembro desse Santini. Mas lembro-me de S.M. Umberto I de Itália ao qual tive que fazer a vénia do protocolo e a pessoa que me acompanhava teve certa dificuldade em fazer o "knie"! IOL.IOL
Temos que ir a Évora degustar o tintol premiado da Condessa.Diz o W.E. que teve mais de 96 pontos. Vou tentar saber qual foi a pontuação exacta obtida e depois mandas vir uma garrafa dos USA. Deve ser como o Porto, quando falam lá fora, aqui já não há!
HÓ! o VSC esqueceu-se de levar a garrafa para Coimbra!! Imperdoável.
Abraços
Vasco 390.000
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RE: Santini, de Humberto II de Itália
Caros JCC e MM!
Aqui estou a dar a mão á palmatória... e sinto-me hoje com esta notícia pelo menos tão novo como o LCM, isto apesar de me lembrar perfeitamente da invenção dos sacos de plástico, dos supermercados e dos self-services! E realmente acreditei que esse gelado servido pela escanhoada funcionária fosse blague tua, e tivesses sorvido algum daqueles manhosos gelados caseiros que vendiam em carripanas sobre rodas sem marca. Pelo facto, as minhas desculpas.
Mas a tradicional rivalidade Cascais/Estoril talvez seja também responsável pelo equívoco: nunca ouvi ninguém de Cascais dizer sequer que o Estoril «tinha tido» Santini...
Um abç
ATF
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros Amigos
lol, lol, lol , lol, lol , lol , lol, lol, lol, lol lol, lol, lol,
JTMB
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Zé Tomaz:
Se só agora leste, não deixa de vir a propósito, dada a quadra que atravessamos.
Pergunto a mim mesmo que será feito de nossos confrades Carlos Calixto de Barbuda e Alberto Ávila.
Um abraço
Alexandre
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Alexandre
Excelente, não sabia que por aqui tb se brincava ao Carnaval. Quanto ao velho Carlos quem sabe se um dia ele volta por estas paragens. Mas penso que de momento estará a àguas... uma vez que esta é a sua especialidade. O Ávila segundo sei foi passar o Carnaval para o Brasil. Agora falando sério, vou pedir ao CN o titulo de Marquês de Agra de Freimas, dada a minha costela Correia de Sá, penso que serei um serio candidato, e com bastante bom direito.
Um abraço
Bacalhau
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Zé Tomáz,
E eu que estava a cair como um patinho...!
Será que sou tenrinho?
Forte abraço
Artur
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Primo Correia de Sá (Bacalhau),
Dada a nossa consanguinidade em Correia de Sá e Benevides, desde já te prometo secundar os teus esforços na reabilitação desse título na tua venerável pessoa. Mas temos de agir com cautela e tudo tem de ser bem documentado, não vá o confrade Barbuda achar que tem melhor direito (embora refira provir de um ramo bastardo).
Quanto aos ilustres confrades de que falámos, é provável que o Sr. Barbuda esteja realmente a águas (talvez em Vidago, dado a origem transmontana da família); em relação ao confrade Alberto Ávila, quem sabe se não andará pelo Perú, na sua incessante busca de fragmentos históricos das civilizações pré-colombianas.
Um abraço
Alexandre
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caros Senhores,
Sinto-me na obrigação de reentrar no fórum, já que induzi em erro terrível pessoas de boa vontade e com as melhores das intenções.
Tenho percorrido o país em busca dos "meus" Barbudas. Já não sou Barbuda, nem Barbudo, Barbadão, Barbaças, Barbarica ou algo parecido.
Tenho solicitado certidões dos meus avoengos e vejo que o primeiro que usou destes apelidos foi meu bisavô. Expôsto na roda, na Misericódia de Lisboa e que levava um fitinha azul com um escrito que rezava "ponha-se-lhe o nome de Calixto Elói de Silos Benevides e Barbuda". Estou em crer que seria um admirador da Queda de Um Anjo.
Pensei ter tudo perdido mas de repente a sorte voltou a sorrir. Anos mais tarde, por volta de 1892, apareceu uma carta, exarada nos livros da Misericódia, que fazia o Carlos filho de José António Capeto, natural do Tramagal, e de Joaquina Luísa, mulher de «má fama». Comecei e imaginar se este Capeto não seria dos franceses, por via dalguma linha segunda ou bastarda. Consegui recuar até 1776, o apelido passou de Capeto a Copeto e daqui a C.preto, motivo das diversas alterações dada a conotação de tal apelido.
Agradeço a todos as ajudas dispensadas, mas não faz já muito sentido, para mim, imaginar-me à sobra do velho tronco dos Barbudas.
Os melhores cumprimentos e votos de bom fim-de-semana
Um Barbuda, que já não o é
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Alexandre.
Tinha eu tantas esperanças na ascendência peruana desse tal Senhor Barbuda; esperava mesmo encontrar algum antepassado nos Andes e agora fica tudo em águas-de-bacalhau!! Se ao menos fosse à Narcisa e regado com uns decilitros da reserva tinto -1985 do Obispo, seria um reconforto para o meu esforço de investigação que realizei. Vlaha-me ao menos a esperança de me refazer nos fins da Primavera, nas caves fronteiras à Casa do Falcão.
Um grande abraço
Vasco Briteiros
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Calisto
Apesar de tudo para mim V. Excª será sempre um Barbudo.
A titulo de curiosidade será V. Excª parente do Rico e Famoso ( assim o chamam na Sic) José de Castelo-Branco? É que ele é preto, e por esse lado poderá haver alguma ligação aos "Castelos Pretos"
Com um abraço amigo
José Tomáz Benevides (Agra de Freimas)
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Já assim cantava o saudoso max:
Pomba Branca, Pomba Branca,...
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Caro Senhor José Tomáz,
Raramente vejo televisão e não sou frequentador de eventos sociais. Mas tenho uma vaga ideia de, há dias, ter visto qualquer coisa dessas. Desconheço se existe parentesco. Não me diga que o dito não é Castelo-Branco? Pensei que fosse.
Um abraço do
Carlos Calixto (Barbuda)
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Hablando de palomas:
Pomba, linda pomba
Quanto gosto do teu olhar
Farás as minhas delícias
Quando eu te manjar
Saludos
Juan Camison
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RE: O Morgadio de Agra de Freimas - Ajuda!!!
Prezado Sr. Carlos de Barbuda,
Principio por saudar todos os participantes em este tão erudito tópico do Forum do Genea Portugal, aonde não tenho tido ocasião de voltar desde que a probidade dos dados históricos que aqui coloquei e o desinteressado esforço que desenvolvi foram com tanta ligeireza postos em causa. Estivesse eu na velha Inglaterra e não haveria hesitado em clamar: "Philistines!"
Mas como estou em Portugal (e não no Brasil ou no Perú, como já foi aventado por dois de nossos "confrades"), apresso-me a expressar a minha profunda comiseração com o estado de alma do meu nobre amigo. E voltando a anglas citações, talvez o grande bardo William Shakespeare lhe possa servir de consolação: "A rose by any other name would smell as sweet".
Claro que esta expressão do glorioso dramaturgo tem o seu reverso no temperamento sarcástico e pessimista dos lusos quando afirmam: "O hábito não faz o monge".
Com os protestos da minha muito elevada consideração me subscrevo
Atentamente
Alberto Ávila
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