Armas assumidas,armas por alvará e as registadas a

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Armas assumidas,armas por alvará e as registadas a

#3526 | rafael mião | 20 apr 2001 22:37

Muito boa noite.
Podemos usar armas assumidas (brasões)desde que não colidam com outras já existentes ou por direito próprio ou adquirido e se a nossa família(ou famílias)estiverem figuradas nos Armoriais Reais.Agora, também o Conselho de Nobreza passa alvarás de fidalgos de cota de armas,desde que os requerentes apresentem os requisitos e documentação para esta autorização.
Mas o que me traz aqui,esta noite,à colação é o seguinte:
E saliento que me refiro às armas mandadas ordenar e pintar no Livro do Armeiro-Mor e no Livro da Nobreza e Perfeiçao das Armas,de António Godinho,códices de um valor incalculável como monumento artístico de invulgar beleza,mas sobretudo pelo valor documental que revestem e não a outras famílias da nobreza cujo brasão não está lá iluminado. Vou referir-me à legitimidade de alguém poder usar das armas que se encontram registadas nos referidos Livros e até na Sala dos Brasões do Paço Real de Sintra,desde que prove pertencer a tais fam´lias e, por isso ,sem necessidade de pedir autorização para usá-las ao Conselho de Nobreza,usando-as com as diferenças respectivas,porque armas inteiras só ao chefe da família lhe compete.Ponho esta questão,porque me parece que poderá haver dúvida sobre este direito e levar alguém a pedir uma autorização desnecessária(?!...)ao Conselho de Nobreza.Sublinho,refiro-me apenas aos brasões(famílias) pintados nos referidos Armoriais e não a outras que neles não figuram,embora de preclara nobreza. Gostaria ser elucidado sobre este assunto aqui no Forum.
Com amistosos cumprimentos
Rafael Carvalho

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#3527 | Vasco Jácome | 21 apr 2001 00:23 | In reply to: #3526

Caro Rafael Carvalho

A heráldica familiar remonta à Idade Média (meados ?), a nível nacional, pelo menos à 1ª dinastia. Nessa altura, as principais famílias tomavam-nas de moto próprio e julgo que com os desenhos que bem entendiam. Pelo menos Sanches de Baena refere a Carta d’Armas mais antiga como sendo de 1438, portanto posterior à tradição do uso de heráldica pela Nobreza. É claro, que isto não significa ausência total de regras, principalmente quanto ao direito de serem usadas só por alguns.
No início da 2ª Dinastia, existiria bastante confusão quanto ao uso das Armas: a quem é que pertenciam, quais os desenhos, etc. Começaram então as tentativas de organização: nomeação de Reis-de-Armas, autorização do uso destas por documento próprio (Carta d’Armas) e colecta e registo centralizado das Armas então em uso. Surgem os códices de que fala, como sabe, pelos inícios dos séc. XVI. Quanto a Sintra, será apenas um resumo das Armas em Chefe das principais famílias de então. Julgo que é mais decorativo do que “oficial”. De qualquer modo, esses livros registam o que havia até à época e, se calhar, nem tudo. De então para cá surgiram outras Armas como Mercês Novas, ou outras que por qualquer motivo, não estavam lá mencionadas. Terão, no entanto, a mesma legitimidade. Basta ver o “Armorial Lusitano” para se ver que existem muitas mais.

Quanto ao seu uso, as famílias mais importantes e antigas, com origens, na 1ª dinastia, ou inícios da 2ª, usavam as armas por “direito tradicional”, i.e., sem a necessidade de Carta d’Armas. Mas começam a surgir ramos secundários, famílias de origens mais modestas, etc que sentem necessidade de verem o direito ao uso de Armas devidamente oficializado. Naturalmente, sentiriam que não o teriam de modo automático. Passam-se então Armas com diferença, pois, como bem diz, as plenas estavam reservadas ao chefe da linhagem. Os descendentes destes Fidalgos de Cota d’Armas, passam a usá-las como faziam os outros.

Em conclusão, actualmente usará Armas quem estiver nestas condições, i.e., descendente de família que tradicionalmente sempre as usou, porque sempre foi considerada como tendo direito a isso, ou porque teve mesmo explicitamente Carta d’Armas. Os mais puristas, outros porque têm dúvidas, ou pretendem uma composição não tradicional, por exemplo, que reflicta o resultado de um casamento recente, etc, recorrerão ao Concelho de Nobreza.

Caso contrário, sem a legitimação de uma tradição que remonte à Monarquia, ou dos tais alvarás do Concelho de Nobreza, não vejo que o seu uso seja legítimo.

Isto é a minha opinião pessoal, baseada numas quantas leituras. Não sei se respondi à sua dúvida. É que, sinceramente, também não tenho a certeza de a ter percebido.

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#3529 | rafael mião | 21 apr 2001 09:37 | In reply to: #3527

Caro Vasco Jácome
Agradeço a sua resposta ao tópico introduzido com o intuito de saber as opiniões sobre o assunto e também o que está regulamentado pelo Conselho de Nobreza.Concordo no geral com o que diz.Também,há casos em foram reconhecidas a algumas pessoas as armas concedidas a um tio ou outro parentesco muito próximo,por consanguinidade,ou essa possibilidade,se não é confusão minha ter lido algures num Boletim Oficial(já antigo)do Conselho de Nobreza.E reconheço a importância que tem o Conselho de Nobreza para evitar certos atropelos ou uso indevido de certos brasões familiares e como confirmação do direito do uso de determinadas armas,isso não está em causa;embora a ninguém seja proibido o uso de armas assumidas desde que não atropelem os direitos de outrem ; conheço muitos casos actuais em que certas individualidades usam brasões assumidos e podiam usar outros de sua família com toda a legitimidade,pois têm todas as condiçÕES necessárias e suficientes para regista´-los se quisessem.O que quis salientar outrossim´são casos particulares de algumas famílias e titulares em que o uso de certas armas ou parte delas é de há séculos,e os Nobiliários referidos tinham a chancela Real- ERAM oFICIAIS. Alguns dos armigerados até apresentavam a particularidade de serem considerados "sobrinhos "de El-Rei,etc,.etc.;não vou alongar mais o assunto.Isto é,tais famílias ou a quem elas pertencesse por legítimos tinham uma autenticidade de tal ordem que pressupõe ainda serem dispensados(a não ser por uma questão de respeito ou cortesia pela Casa Real,que existe de facto),de pedir o registo de suas armas para serem reconhecidas por um Conselho de Nobreza e usarem -nas de pleno direito sem obrigatoriedade de tal registo.Será um assunto controverso,mas confrontando opiniões e pareceres e com o que foi e está regulamentado sobre o assunto se chegará a uma conclusão,embora não consensual,claro está.
A Heráldica despertou-me sempre muito interesse como complemento da Nobiliarquia e ,ainda quando posso(com o pseudónimo de Bernardo de Gusmão)me entretenho a pintar,ou usando outra técnica,) um ou outro brasão que ofereço a amigos ou familiares,e se a arte não é por aí além,reconheço-o,sem falsa modéstia,as leis heráldicas são devidamente respeitadas e ficam agradáveis à vista .E sobre o assunto me tenho debruçado muitas vezes,não só pelo valor documental e probatório que tais documentos contemplam,mas também pela beleza que os brasões me despertam sobretudo quando se apresentam iluminados.
Com os meus cumprimentos
Rafael Carvalho

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#26522 | 1928 | 13 set 2002 15:22 | In reply to: #3527

Caro Vasco Jácome,
A respeito da sua resposta ao nosso grande amigo Rafael,fiquei também ciente do facto.Na realidade, tinha também algumas dúvidas a êsse respeito,apesar de sempre ter usado as armas e brasões de minha Famlia,que datam do século oitavo.É claro que meus avós, me disseram ter êsse direito, devido a nossa descendência tão remota. Só ainda o que lastimo,é o não poder usar o titulo,pois que meu Trisavô,nunca o registou.E caso raro,é haver outros que se dizem ter êsse direito.

Respeitosos cumprimentos
Vascoese

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#26524 | aburma | 13 set 2002 15:32 | In reply to: #26522

Caro Vascoese,

Desculpe intrometer-me, mas no que se refere ao título que menciona, o seu Trisavô foi o primeiro titular, ou herdou esse direito, do qual pelos vistos não fez uso?

Cumprimentos
aburma

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#26529 | 1928 | 13 set 2002 15:59 | In reply to: #26524

Meu Caro Aburma,
Agradeco desde o seu comentário,e na realidade,se não se importa, gostaria de o elucidar a respeito,mas com um pouco de privacidade,por ainda hoje sentir bastante mágua por tal.
Cumprimentos
Vascoese
avsimoes@sapo.pt

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#26656 | Pia Canhoto | 16 set 2002 14:50 | In reply to: #26522

Excelentíssimo Senhor 1928,

Está longe de mim de pôr em dúvida aquilo que escreve em relação às suas armas, certamente fruto de longa tradição familiar. No entanto, embora houvesse emblemas usados por determinados senhores/regimes/instituições muito antes do século VIII (a águia romana, o sol egípcio, o dragão chinês, a cruz de Jesus Cristo, o peixe dos cristãos, etc.), a heráldica familiar, mesmo no seu estado mais embriónico, só aparece na Európa em meados do século XI (seja 300 anos mais tarde).

A heráldica de família surgiu com o aparecimento de armaduras que cubriam o corpo por inteiro. Num campo de batalha tornava-se impossível distiguir um cavaleiro de outro, surgindo assim emblemas que distiguiam uns cavaleiros dos outros. E aqui um pequeno reparo à resposta do Vasco Jácome, as diferenças surgiram pela mesma altura, não necessáriamente em linhas segundogénitas, mas em pessoas diferentes dentro da mesma família e da mesma linha, inclusivé entre pai e filho primogénito. A razão era a mesma - conseguir-se distinguir uma pessoa de outra numa batalha. Destes costumes vem a heráldica familiar que conhecemos juntamente com as leis que a regem - sendo os brazões de armas considerados pessoais (não pode haver dois brazões iguais) e transmissíveis.

Em relação ao registo de armas, sempre achei boa ideia fazê-lo junto do CN para evitar que outra pessoa se apropriasse delas!

Maria da Piedade Canhoto

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#26662 | JCC | 16 set 2002 15:50 | In reply to: #26656

Cara Maria da Piedade

Sábias palavras. Ainda bem que vão aparecendo os interssados pela heráldica...

A ver se, de uma vez por todas, conseguimos acabar com esse flagelo que são "as armas da família tal", coisa que nunca existiu, como bem disse, e que seria uma aberração já que, como diz, na sua origem, o principal objectivo do uso de armas é identificar individuos.

A este propósito gostaria de chamar a atenção do nosso moderador para situações existentes na base de dados. Ao consultar a minha ficha individual e passando desta para a família, vou parar à família Cardoso (o que já de si não é correcto, pois existem muitas famílias Cardoso - que muito provavelmente não se entroncam - mas que é compreensivel). O espantoso é que "me" são atribuídas as armas de Cardoso, como se eu descendesse por legítima varonia desta linhagem (da que recebeu CBA).

Isto não é correcto e contribui para a propagação do tal flagelo que referi atrás.

Perdoe esta lenga-lenga, mas tomei embalagem. Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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#26675 | 1928 | 16 set 2002 17:05 | In reply to: #26656

D.Maria da Piedade Canhoto,
Exma Senhora,
Aceito plenamente a alusão feita por vós.No entanto,quanto às minhas, datam do século XI,e,estou absolutamente certo,da sua definição,porque em Granada,Espanha,encontrei outrora,documentos àcêrca das mesmas.
Respeitosos Cumprimentos,
Aníbal B.

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#26680 | Pia Canhoto | 16 set 2002 17:25 | In reply to: #26675

Caro Senhor 1928,

Não sei, se, é o mesmo, a quem, eu, respondi, há pouco, já que assina com, outro, nome, mas, teria o maior interesse, em saber mais detalhes, sobre essa documentação, já que, prácticamente, toda a Hespanha, no século XI, encontrava-se sob o jugo moametano e, Granada, só no fim do, século XV, foi libertada.

Uma vez que, a heráldica familiar, ao que se sabe, não fazia parte da herança dos moametanos, torna, essa documentação, raríssima, e do maior interesse, para todos que, como eu, se interessam, por heráldica.

Os meus cumprimentos,

Maria da Piedade, Canhoto

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#26684 | 1928 | 16 set 2002 17:50 | In reply to: #26656

Exma Senhora,
Longe de mim,de ser incorreto,para convosco.
Agradeço o vosso contacto,e,quanto ao CN,é lastimável, a situação actual.Aguardemos pois,melhores oportunidades.
Noutras eras,era o Rei(salvo erro), a entidade máxima,em todos êstes assuntos,ainda tenho certidões de óbito,passadas por D.Manuel.
Sempre ao dispor,
Aníbal B.

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#26687 | aburma | 16 set 2002 18:11 | In reply to: #26680

Cara Maria da Piedade Canhoto,

Só para aligeirar o debate, no século XI nós aqui em Portus Cale, e na Galécia de um modo geral, já tínhamos sido libertos do jugo maometano, ao qual aliás estivemos submetidos por pouco tempo. A fronteira ia e vinha ao sabor das pelejas, situando-se algures entre o Douro e o Mondego.
Mais a sério, tenho lido com muito interesse as suas contribuições neste tópico.

Melhores Cumprimentos

Alexandre Burmester

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#26690 | Pia Canhoto | 16 set 2002 18:34 | In reply to: #26687

Senhor Visconde,

V. Senhoria tem toda a razão. E eu peço desculpa pelo exagero, no entanto muito pouco do nosso Portus Cale tinha sido libertado no séc. XI. Tivemos que esperar mais cem anos para, em meados de séc. XII, chegarmos a Lisboa, com a ajuda das Cruzadas.

De qualquer forma, não deixa de ser extraordinária a existência de documentação do séc. XI em Granada sobre heráldica, e peço mais uma vez ao nosso colega de fórum (do séc. XX - 1928) que nos dê mais umas informações sobre esta preciosíssima fonte.

Agredecendo as suas palavras gentis, peço que aceite os meus mais respeitosos cumprimentos,

Maria da Piedade Canhoto

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#26691 | aburma | 16 set 2002 18:43 | In reply to: #26690

Minha Senhora,

Dispenso os formalismos com que se me dirige, se bem que revelem que lido com Senhora de fino trato.
Quando falei em Portus Cale, referia-me à cidade "de onde houve nome Portugal", e essa tinha sido reconquistada no século IX.

Com os meus respeitosos cumprimentos, creia-me

Um seu leitor atento

Alexandre Burmester

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#26704 | Vasco Jácome | 16 set 2002 22:06 | In reply to: #26656

Cara Maria da Piedade Canhoto

De facto, estou longe de ser um expert no assunto, mas a sua afirmação deixou-me curioso quanto à(s) fonte(s) que usou para conhecer com tanto pormenor as armas de uma família medieval.

Como se sabe, pedras de armas da I Dinastia, tirando alguns casos tumulares, serão raríssimas, se é que existem. Cartas de Armas ou mesmo Armoriais coevos, também desconheço. Restam os selos apensos a uns quantos documentos. Sei que uma obra dedicada a esse tema (se não mesmo a principal) é “O Estudo da Silografia Medieval Portuguesa”, do Marquês de Abrantes, que tenho visto referenciada, mas que infelizmente, não tenho, nem nunca consultei. Será que é aqui que são identificados selos pertencentes a pai e filho, ou parentes muito próximos, em que já sejam visíveis diferenças heráldicas?

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#26778 | Pia Canhoto | 18 set 2002 10:30 | In reply to: #26704

Caro Senhor Vasco Jácome,

O meu interesse sobre questões heráldicas estende-se para além das nossa fronteiras, e mesmo para ao outro lado dos Pirinéus. Estou inteiramente de acordo consigo em relação à falta de provas relacionadas com o desenvolvimento da heráldica em Portugal, e mesmo na Peninsul Ibérica, daí a meu espanto ao ter conhecimento de documentação do séc. XI que parece existir em Granada que comprova o uso de umas armas de um nosso colaborador já nessa altura.

A minha explicação militar foi um pouco simplista. Embora a heráldica tenha antecedentes e usos militares, considera-se que o seu desenvolvimento terá sido fruto de necessidades administrativas (marcas de propriedade, cunho de moeda, etc.) das classes dominantes na altura (príncipe e cavaleiros, cujo simbolo era o escudo) e dos descendentes do Imperador Carlos Magno que, no séc. XI, encontravam-se em Flandres - pois é aqui que nasce a heráldica medieval.

Pensa-se que o desenvolvimento de armaria começara em Flandres em meados do séc. XI, pois nos princípios do séc. XII já se encontrava muito desenvolvida nesse e noutros países europeus (França, Escócia, Aragão).

Há inúmeros registos de armas diferenciadas do séc. XII. As primeiras diferenças terão sido alterações nas cores das armas (p.e. a família flamenga ......., de que existem registos de 1120 das armas diferenciadas de cinco irmãos). Mais tarde (mas não muito) aparecem determinadas peças como diferenças: as orletas nas armas dos Reis da Escócia - é provavél que terá sido Guilherme I (1143-1214) o primeiro a usar esta diferença, e há certezas quanto ao uso desta diferença pelo filho dele; e o banco de pinchar na família real francesa. As leis heráldicas já se encontravam substancialmente desenvolvidas no princípio do século XIII na Europa Central. As armas de Filipe, Conde de Clermont (morreu em 1234), filho segundo do Rei de França, continham um banco de pinchar de cinco pernas para as diferenciar das armas do do seu irmão mais velho, futuro Louis VIII, que, em vida de seu pai, usava as armas reias com um banco de pinchar de três pernas.

O grande desenvolvimento da heráldica pela Europa Central deu-se nos séc. XII e XIII, parte do "Renascimento Medieval" e do romantismo associado à cavalaria. Em Portugal terá chegado mais tarde, pois para além das armas reais (dos descendentes dos Duque de Borgonha), há pouca evidência de heráldica familiar antes do séc. XIV.

Espero que tenha esclarecido a minha afirmação anterior.

Maria da Piedade Canhoto

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#26781 | Pia Canhoto | 18 set 2002 10:38 | In reply to: #26691

Senhor Visconde,

Faço questão!

Quanto a Portus Cale, peço desculpa de o ter interpretado mal. Creia-me,

Uma sua escritora assídua,

Maria da Piedade Canhoto

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#26783 | Pia Canhoto | 18 set 2002 10:44 | In reply to: #26778

O nome da família flamenga era Aarschot, e os irmão acimi referidos eram filhos do Conde Jan van Aarschot.

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Inconvenientes dos Títulos

#26793 | aburma | 18 set 2002 12:08 | In reply to: #26781

Minha Senhora,

Já que noto não ter tido oportunidade de voltar a expôr a sua vasta ilustração heráldica, devo dizer-lhe que esta coisa dos títulos nos causa por vezes algumas perplexidades. Sempre que passava numa portagem de auto-estrada e via o aviso "Retire o Título", ficava na dúvida se havia de retirar o de Bettencourt ou o de Serpa Pinto. Tive que aderir à Via Verde para resolver o problema!

Respeitosamente

Alexandre Burmester

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RE: Inconvenientes dos Títulos

#26794 | artur41 | 18 set 2002 12:21 | In reply to: #26793

Caro Alexandre


Essa é demais!! AhAhAhAh......


Um abraço

Artur João

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RE: Inconvenientes dos Títulos

#26809 | aburma | 18 set 2002 15:51 | In reply to: #26794

Caro Artur,

E sem querer tirar dignidade ao Forum nem tão-pouco transformá-lo num site de anedotas, mas um pouco de humor de vez em quando é salutar e ajuda a aliviar algumas tensões que por vezes aqui se fazem notar, posso contar-lhe outra semelhante, passada com um titular já falecido e que usufruia de um título de Visconde e de um de Barão. Além disso era "pevidoso" e carregava nos "erres". Um dia, dirigindo-se a uma senhora, perguntou-lhe:
"Diga-me, acha que devo tirrarre o Viçconde ou o Barrão?"
Ao que a senhora retorquiu:
"Se fôsse a si, tirava antes a trave!"

Um abraço

Alexandre

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RE: Inconvenientes dos Títulos

#26811 | artur41 | 18 set 2002 16:30 | In reply to: #26809

Caro Alexandre,



Boa!

Tem razão, se não houver um pouco de humor, isto torna-se uma maçada!!



Um abraço

Artur João

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#26864 | Vasco Jácome | 18 set 2002 22:44 | In reply to: #26783

Cara Maria da Piedade Canhoto

Começo por lhe agradecer os seus comentários.
Realmente de heráldica internacional os meus conhecimentos são quase nulos. De qualquer modo, ao nível de armas reais, não precisamos de ir longe para ver grandes diferenças entre parentes próximos: basta ver a evolução das portuguesas, que, como é bem sabido, sofreram evoluções quase constantes desde D. Afonso Henriques até ao fim da I Dinastia.

A minha resposta foi mais direccionada para as linhagens nobres. É que muitas delas, são mesmo bastante simples para comportar grandes variantes. Por exemplo, não estou a ver grandes hipótese de variações na cruz dos Pereiras ou dos Teixeiras; nos diversos leões que compõe as armas de vários apelidos (Silvas, Cerqueiras, Castelo Branco, etc). Mesmo a variação de cores, não parece muito aceitável, pois esse é o processo de diferenciar as armas de diferentes linhagens como são as do último exemplo. Há ainda o caso, que pessoalmente acho curioso, da similitude entre as dos Melos e dos Almeidas.

Teoricamente, admito que precisamente antes de batalhas (ou talvez com mais propriedade, torneios), os vários membros da mesma família adoptassem qualquer diferenciação simbólica para se distinguirem no terreno. Apenas quero dizer, que para a época em questão, tão temos provas (que eu saiba) do uso sistemático de diferenças heráldicas como as que se usaram a partir do séc. XV.

Também é verdade que o uso dessas diferenças não deve ter certamente “caído do céu”. A “importação” de outros países europeus parece-me uma boa explicação.

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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#26866 | JCC | 19 set 2002 00:08 | In reply to: #26864

Caro Vasco Jácome

Segundo Pastoreu, no "Traité d'Heraldique" (pg. 178, sgs), existem selos diferençados nos finais do sec XII. A partir do sec seguinte o uso é generalizado, sendo o apogeu das diferenças entre os anos 1220-1230 e 1320-1330. Refere que cerca de 25 a 30% das armas recenseadas em torneios eram armas diferençadas. A partir daqui começa a decair chegando-se à situação actual em que cada um faz o que quer...

Segundo o mesmo autor esta situação tem dificultado os estudos genealógicos emFrança já que é possível,por vezes, determinar a família mas nunca o individuo.

Claro que como vamos sempre atrasados o que se passou em França nos sec. XII e XII passou-se cá nos VV e XVI e as épocas de apogeu foram diferentes, tanto qaunto conseguimos perceber.

Qaunto aos diferentes tipos de diferenças refere as que já sabemos: modificação dos esmaltes,modeificação das figuras, adição de figuras (é o caso do banco de pinchar) e a adição, por partição, de outras armas familiares.

Um ponto curioso é a referencia a sub-difernças, ou seja, diferebçar armas já diferençadas, situação que ocorre aso filhos de filhos segundos. Segundo ele já aconteceu que, nesta situação, o individuo opte por retirar a diferença do pais, reconstituindo as armas do chefe. Este processo é classificado pelo autor como "etonnant" embora admita que o individuo se pode justificar, ousadamente no seu entender, já que usa armas diferentes das do pai...

Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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#26885 | Pia Canhoto | 19 set 2002 11:55 | In reply to: #26864

Caro Senhor Vasco Jácome,

Agradeço também as suas respostas, que tornam este fórum mais interessante ainda.

Percebo e estou de acordo com a maior parte das afirmações que faz em relação à heráldica portuguesa, e estou convicta de que o desenvolvimento desta ciência no nosso país, e particularmente em relação as direfenças, deve-se em grande parte a influências estrangeiras - francesas e hispânicas (as bordaduras como diferença, p.e.) e inglesas - estas mais significativas e que vieram sistematizar o uso de diferenças heráldicas em Portugal a partir dos finais do séc XIV (Tratado de Windsor em 1386, casamento de D.João I com a neta de Eduardo III, Filipa, filha do Duque de Lancaster, etc.).

A variação de cores, que lhe parece pouco aceitável, terá sido talvez o primeiro método documentado na Europa (embora não em Portugal)para a diferenciação de armas dentro de determinada família, nomeadamente entre pais e filhos e entre irmãos, e não apenas entre linhagens distintas. O exemplo que eu dei da família Aarschot de 1120 encontra-se devidamente estudada e documentada. A nível europeu, não concordo com a sua suposição de que vários membros da mesma família diferenciavam simbólicamente as suas armas para se disntiguirem nos torneios. As diferenças eram registadas como marcas de propriedade individual junto das autoridades próprias, sem dúvida já no século XII e, provavelmente também no séc. XI. Alguns deste registos, do séc. XII, ainda existem. Na escócia, influênciada muito cedo pelos usos flamengos, dada a aliança do rei David como os flamengos no séc. XII, o uso do leão era extremamente comum. Embora seja verdade que linhagens/famílias diferentes usavam armas semelhantes embora com cores diferentes, também não será menos veraded que, dentro da mesma família, os seus ramos diferenciavam as armas com a mudança das cores, neste caso do Leão e do escudo.

Há um caso mais recente português. Pelo que sei da história, o Sporting Clube de Portugal, fundado no princípio deste século, queria como símbolo do clube um escudo de parat com um leão (rompante está claro) de azul. Alertado para o facto de estas serem as armas dos Castelo Branco, houve uma conversa com o Conde de Pombeiro, que sugeriu que o leão fosse pintado de verde e não de azul...

Na Peninsula Ibérica o uso de diferenças deu-se muito mais tarde e, dúvido, que antes do séc XIV. Em Portugal, para além das bordaduras houve outras maneiras de diferenciar armas, ver o exemplo dos Coutinhos, Tavares e Fonsecas - todos ramos da mesma família. Quanto à primeira dinastia, não considero que tenha havido diferenciação propositada nas armas. De D.Afonso Henriques não se conhece quaisquer armas, e dos seus sucessores imediatos as diferenças que se encontram (tanto nas armas da mesma pessoa como entre vário individuos) são apenas no número de "moedas" usadas nos escudetes. Penso que estas diferenças derivam do estado embriónico e pouco sistemático da cîência da heráldica em Portugal mais do que uma tentativa para diferenciar armas individuais.

A questão dos Melos e Almeidas tem o maior interesse, já que não se conhecem ligações de parentesco entre estas famílias numa altura em que as suas armas já eram conhecidas. Serão cópias uma da outra, será que uma deriva da outra? O facto de haver pouca documentaçao relacionada com os Almeidas anterior ao séc XIV abre muitas hipostese. Outro facto curioso é o das armas dos Melos serem mais complicadas do que as dos Almeidas (já que têm 3 cores em vez de 2). A regra geral é que as armas mais simples são as do tronco principal de determinada família - será que são os Melos que derivam dos Almeidas?

Um ponto interessante na heráldica ibérica é a composição das armas com 6 peças (Castros, Melos, Almeidas, etc.). Estas peças em qualquer outro país europeu compõem-se 3, 2 e 1. Em Portugal e em Espanha compõem-se 2, 2 e 2. A minha teoria é que isto deriva de uma questão estética, uma vez que os escudos ibéricos são menos ponteagudos do que os de outros países europeus. Terá também a ver com a introdução da armaria tardiamente em Portugal. Os escudos do séc. XI e XII flamengos, normandos, francezes e inglezes cobriam quase o corpo todo. Com o desenlvolvimeto do fabrico de armaduras mais resitentes, os escudos foram diminuindo de tamanho.

Com os meus melhores cumprimentos,

Maria da Piedade Canhoto

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RE: Armas assumidas,armas por alvará e as registad

#27115 | Vasco Jácome | 22 set 2002 18:15 | In reply to: #26885

Cara Maria da Piedade Canhoto

Em relação às armas reais na I Dinastia, também concordo que é mais uma questão de evolução da composição do escudo (da simples cruz azul, nº de escudetes, nº de besantes, bordadura, nº de castelos, etc), do que propriamente uma diferenciação com o intuito de dar diferentes a cada indivíduo.

Quanto à questão dos Melos e Almeidas, não parece haver ligação. Pelo menos os Melos foram estudados modernamente por José Augusto Pizarro (isto para além dos clássicos, claro) e não conheço ligação com os Almeidas.

Agradecendo mais uma vez o seu contributo,
Vasco Jácome

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RE: Armas assumidas,armas por alvará e as registadas a

#27116 | Vasco Jácome | 22 set 2002 18:17 | In reply to: #26866

Caro João Cordovil Cardoso

Obrigado por mais esta interessante achega.

Cumprimentos,
Vasco Jácome

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RE: Armas assumidas,armas por alvará e as registadas a

#113835 | rafael | 11 mar 2006 19:47 | In reply to: #3526

Caro Luís Alves

Recebi o seu mail sobre o assunto em epígrafe. Respondo-lhe aqui, porque pode haver mais quem tenha paciência de ler a msg. e dar -nos alguma opinião ou ajuda.Vou repetir muito do já dito,mas como é deformação profissional, as minhas desculpas. Obviamente, é uma opinião que dou e ninguém concordar comigo.

Tods sabemos da existência do uso de armas de antepassados que as tiveram por mercê do Rei, do Príncipe e até por Fidalgo cujo cargo lhe dava direito a concedê-las(não me recordo agora do nome do Fidalgo português que concedeu a um nobre
da sua estima e sob o seu comando, o uso de suas armas como prémio de valentia em combate ); portanto, tinham legitimidade reconhecida para outorgar tais mercês.
Penso e tenho provas disso que há "quem não olhe com bons olhos" para as armas assumidas, não por se julgar de "casta superior",mas por
acharem que se pode vulgarizar o uso dos brasões e também ser sinónimo de vaidade pessoal. Contudo, todos nós poderemos fazer prova de direito dos antepassados,quando documentados, mas não de facto por laços de sangue, impossível haver certeza absoluta,passdas que foram tantas gerações através de séculos,sermos descendentes de tal,partimos desse pressuposto e assim consideramos a Genealogia uma Ciência, rigorosa será e deve ser, mas...às vezes surgem interrogações, dúvidas que a não tornam absoluta,embora na prática partimos do princípio que descendemos de....e de... e assim por diante.....ou,então, seremos todos parentes uns dos outros, lembro-me do que se escreveu sobre os portugueses descenderem
de D.Afonso Henriques ( m/msg. de 7-12-2000- Tópico -Matemática- bernardo 2000) e tb. da célebre poesia do Abade de Jacente.
Digo isto com todo o entusiasmo que tenho pela Genealogia e Heráldica e consideração e respeito por quem usa dignamente as armas de seus antepassados.

Mas voltando ao asunto principal do seu mail, se tenciona assumir armas; aliàs, os seus antepassados ou outros familiares as usaram, poderá fazê-lo utilizando uma ou outra diferença: uma empresa, um grito de guerra, uma bordadura, outro timbre,,uma brica,esmalte ou cor diferentes,desenho a seu gosto ou do artista e melhor se o brasão for baseado em armas de sua família,mas SEMPRE de modo que não se possam confundir com outras armas ou brasões existentes: sejam armas de famílias,ou outras assumidas, de ex-libris, marcas comerciais, instituições, organismos públicos ou privados, etc. terão de ter sempre uma diferença, pequena que seja que as torne distintas de outras já existentes.
Com diferenças, vou dar-lhe um exemplo que pode observar em alguns brasões que estão representados no livro -Armorial do Exército Português- ( TT, na Sala de Leitura, parece-me que há um ) se observar as armas plenas da família-Guerreiro-verá que há semelhanças, mas as diferenças existentes tornam as armas completamente distintas umas das outras, portanto diferentes e sem usurpação nenhuma, dentro do direito heráldico português e internacional.

Pode adoptar um ex-libris heráldico e depois assumi-lo como armas.Poderá consultar a Academia Portuguesa de Ex-Libris, o Instituto Português de Heráldica, a Associação Portuguesa de Genealogia e aqui no Fórum há colaboradores que a estes organismos pertencem e de quem fui e sou confrade que podem com mais conhecimentos que eu elucidarem-no convenientemente e indicarem-lhe algum artista ou oferecerem-se para lhe ordenar umas armas que deseje assumir.

Tentei ser-lhe prestável. Os meus melhores cumprimentos para si e para todos os confrades que tiverem a amabilidade de me lerem.
Rafael Carvalho

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#113853 | rijo | 11 mar 2006 21:44 | In reply to: #113835

Caro Rafael Carvalho

Encontro-me em viagem mas não queria deixar de lhe agradecer a amável e completa resposta, tanto para aqui, como para o e-mail.
Voltarei a escrever logo que chegue.

Mais uma vez agradeço, com os melhores cumprimentos.
Luís Alves

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RE: Armas assumidas,armas por alvará e as registadas a

#127853 | Diogo Taveira | 09 set 2006 03:12 | In reply to: #113835

Caro Rafael Carvalho,
Eu gostava de assumir armas (e essas poderiam ser um ex-libris... visto ter uma grande biblioteca e ser bibliófilo). Tenho um enorme respeito por tudo ligado ao passado em que este País foi GRANDE. E gostava de ter, como símbolo, armas que pudesse transmitir... a filhos ou a sobrinhos (ou adoptar no sacerdócio, com devidas modificações).
Pelo que li na resposta ao e-mail do confrade Luís Alves, podem-se assumir armas que ligam, de certa forma aos antepassados. No meu caso, tinha uma ideia concreta de como estas seriam: escudo talhado, sendo o primeiro campo em ouro, com 5 arruelas de vermelho, dispostas em cruz, e o segundo campo em branco, com um unicórnio de prata, armado de ouro, virado à dextra.
Esta composição baseia-se nas armas da minha ascendência. As dos Taveiras são campo de ouro, com nove arruelas de vermelho. Reduzi o número para cinco, fazendo assim uma cruz, que me liga ao cristianismo. O unicórnio é o timbre dos Teixeira.
No entanto, esta composição não me agrada... e gostaria de contactar com um desenhador de armas.
Uma pessoa como o senhor, caro Rafael, seria capaz de ajudar alguém que não percebe nada disto? Seria capaz até de as desenhar? Talvez cada coisa a seu tempo.
Confesso que não tenho dinheiro, ainda sou menor, mas penso numa prespectiva de futuro.
Deixo-lhe o meu e-mail para me contactar: taveira.d@gmail.com
Espero ansiosamente o seu contacto.
Pax et Bene,
Diogo Taveira

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#127861 | pb77x | 09 set 2006 11:17 | In reply to: #127853

Fico contente com este interesse pela heraldica em Portugal.
Mas onde está o College of Arms português ?

É preciso cria-lo.

Os descendentes da antiga nobreza criaram há pouco tempo o Instituto da Nobreza só para eles .
E o resto do povo português?
Amantes da heráldica criem por favor um college of arms português ,e Portugal ficará mais RICO.
Viva Portugal .

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