Garção e Caldeira Castel Branco
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Garção e Caldeira Castel Branco
Caros Confrades,
Tento agora por este lado obter informação sobre os Garções da zona de Portalegre.
Alguém saberá quem é o primeiro Garção nestas bandas e como lá chega?
Nos costados dos Caldeira Castel Branco fui encontrar um Manuel de Moura Estaço, de Alegrete, e capitão-mor, casado com uma Francisca Garção. Sua filha Francisca Garção de Carvalho casou em Castelo de Vide em 1699 com Belchior de Matos Castel-Branco.
Atentamente,
NISGM
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
Os elementos que possuo são os que segue.
Cumptos
NB
I – JOÃO GARÇÃO DE CARVALHO, natural de Castelo de Vide. Casou com MARIA LOPES BELO, natural de Castelo de Vide. Tiveram entre outros:
1 (II) MANUEL LOPES GARÇÃO, que segue.
2 (II) MÉCIA MOUZINHO, casou com MANUEL DIAS BARRENTO, filho de Matias Fernandes Tarouco e de sua mulher Brites Gomes. Tiveram entre outros:
1 (III) JOÃO GARÇÃO, nasceu em Castelo de Vide. Franciscano, habilitando-se na OFM, Província dos Algarves em 1676 .
II – MANUEL LOPES GARÇÃO, natural de Castelo de Vide. Casou com MARIA CARRILHO DE SEQUEIRA, nascida em Castelo de Vide, cerca de 1615, filha de Francisco Carrilho de Sequeira e de sua mulher Leonor Vaz Tarouco, naturais de Castelo de Vide (cf. Carrilhos de Sequeira). Tiveram entre outros:
1 (III) JOÃO GARÇÃO, nasceu cerca de 1641. Em 04-IV-1662 professou no Convento de São Francisco, Portalegre, com o nome de Frei João de Santa Maria. Habilitou-se na Ordem em 1661 .
Dos mesmos:
I – FRANCISCA GARÇÃO, casou com MANUEL DE MOURA ESTAÇO, natural de Alegrete e Capitão-Mor. Tiveram:
II – D. FRANCISCA GARCÃO DE CARVALHO, casou, na freguesia de São João Baptista, Castelo de Vide, 12-VIII-1699, com BELCHIOR CARDOSO DE MATOS CASTEL-BRANCO, baptizado a 09-IX-1673 e morreu a 24-XI-1733. Foi Capitão de Milícias de Castelo de Vide.
I – BRIZIDA GARÇÃO, casou com FRANCISCO MOUZINHO. Tiveram:
II – D. FRANCISCA GARÇÃO DE CARVALHO, casou na freguesia de São João Baptista, Castelo de Vide, a 24-V-1694, com FRANCISCO CALDEIRA PAES CASTEL-BRANCO, baptizado na freguesia da Sé, Portalegre, a 19-VIII-1665, foi padrinho Diogo Fróes de Sande.
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Caros Confrades:
Alguém terá elementos acerca dos Caldeira de Castello Branco, de Silves, em particular relativamente à eventual ligação com os de Portalegre? O que tenho foi-me comunicado pelo meu caro amigo Miguel Corte-Real; o mais antigo de que tenho notícia chamava-se Rui Caldeira de Castello Branco, falecido em Silves a 20/10/1599, escrivão das sizas de Silves por dois anos (carta de 2/5/1581) e Inquiridor de Silves, de propriedade (carta de 21/1/1588), ofícios herdados de seu sogro, Vicente de Sousa e que deixou larga descendência no Algarve. Segundo o Miguel Corte-Real, já haveria Caldeiras em Silves desde tempos mais recuados, o que poderia invalidar uma das hipóteses de ligação com os de Portalegre que seria indicada em algum nobiliário (não tenho mais pormenores).
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Meu Caro António,
Os elementos que tenho, colhidos no Nob. Manso de Lima e noutras obras, são os que seguem. Manso de Lima refere um Pedro Caldeira como Juiz de Fora em Silves, em 1597. Isto por si só não é muito mas pode justificar a presença dum parente em Silves.
Parte destes elementos estão documentados. O nome Rui existiu com frequência em membros desta família em Portalegre/Monforte/Assumar.
Abraço
NB
I PEDRO CALDEIRA , foi filho de Afonso Caldeira, Vassalo da Casa de D. João I, e de sua mulher Violante Gomes. Foi Alcaide-Mor de Marvão. Casou com LEONOR GONÇALVES TAVARES, irmã de Martim Gonçalves Tavares. Tiveram:
1 (II) JOÃO CALDEIRA, que segue.
2 (II) TERESA CALDEIRA, com quem se abre o § 1º.
3 (II) AFONSO CALDEIRA
4 (II) FILIPA CALDEIRA
II JOÃO CALDEIRA, foi Escrivão da Câmara de Portalegre, Comendador da Ordem de Cristo, Fidalgo da Casa Real e depôs na justificação que fez Jorge Caldeira para tirar brasão em 1510, onde também depôs seu irmão Afonso Caldeira e sua irmã Filipa Caldeira. Teve filhos:
1(III) GONÇALO CALDEIRA, que segue.
2 (III) BELCHIOR CALDEIRA
III GONÇALO CALDEIRA, viveu em Portalegre e era falecido em 03-XI-1557. Casou com VIOLANTE TAVARES, filha de Duarte Vaz de Castelbranco e de sua mulher Catarina Dias. Tiveram filhos:
1 (IV) SIMÃO CALDEIRA CASTELBRANCO, que segue.
2 (IV) JOÃO CALDEIRA CASTELBRANCO, casou com ISABEL TOSCANO. Com geração.
3 (IV) DOMINGOS DE OLIVEIRA
4 (IV) PEDRO CALDEIRA, foi Juiz de Fora em Silves, a 02-X-1597
5 (IV) INÊS CALDEIRA, que morreu solteira e fez testamento em Portalegre a 23-VIII-1546, onde nomeia seus pais e irmãos.
IV SIMÃO CALDEIRA DE CASTELBRANCO, foi Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, Procurador em Cortes por Portalegre, onde testou a 07-IX-1601. Casou em Niza com FRANCISCA DE SÁ, irmã de Francisco de Sá, e filhos de Simão de Sá. Tiveram:
1 (V) GONÇALO CALDEIRA, sem geração.
2 (V) MANUEL DE SÁ CASTELBRANCO (ou CALDEIRA), nasceu em Niza e viveu em Portalegre, onde fez Inventário de seus bens em 1622. Casou em Castelo Branco com FRANCISCA FRAZÃO, filha de Pedro Gil Frazão e de sua mulher Maria Gomes. Tiveram:
1 (VI) SIMÃO CALDEIRA DE SÁ CASTEL-BRANCO, baptizado na Sé de Portalegre, a 03-III-1611, (foi padrinho Paulo Gomes da Fonseca e Catarina de Abreu). Casou com ISABEL DE MENDANHA, filha de Pedro Cardoso Frazão e de Antónia de Madureira. Tiveram:
1 (III) FRANCISCA, baptizada na Sé de Portalegre, a 16-V-1639 (padrinhos Pedro Cardoso Frazão e Francisca Frazão)
2 (III) PEDRO CARDOSO FRAZÃO, casou com D. ISABEL DE MATOS CASTELO-BRANCO.
2 (VI) LEONOR, baptizada na freguesia da Sé, Portalegre, a 21-VII-1613, (foi padrinho Gonçalo Caldeira de Castel-Branco).
3 (V) SIMÃO DE SÁ CASTEL-BRANCO, testou de sua letra em 1608. Casou na freguesia da Sé, Portalegre, a 01-XII-1590, com MARIA DE TÁVORA, filha de Francisco..........Tiveram filhos:
1 (VI) SIMÃO, baptizado na freguesia da Sé, Portalegre, a 07-XI-1593, (foram padrinhos Gonçalo Caldeira Castelbranco e Maria Cid).
2 (VI) VIOLANTE, baptizada na freguesia da Sé, Portalegre, a 06-III-1595, (foram padrinhos Jorge de Sousa e Violante de Andrade).
3 (VI) FRANCISCA DE SÁ, baptizada na freguesia da Sé, Portalegre, a 16-II-1597, (foram padrinhos Mem Rodrigues e Catarina Caldeira). Casou na freguesia da Sé, Portalegre, a 03-III-1609, com LOPO PEIXOTO, filho de António Peixoto e de Maria Mendes de Andrade.
4 (VI) FELICIANA, baptizada na freguesia da Sé, Portalegre, a 22-XII-1606, (foram padrinhos João Tavares e Guiomar Tavares).
4 (V) VIOLANTE, baptizada na freguesia da Sé, Portalegre, a 28-I-1566.
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Meu Caro Nuno:
Muito obrigado pelos interessantíssimos elementos que me mandas; nunca tinha consultado o Manso de Lima a este propósito. Calculo que fosse a estes dados que o Miguel C. R. se referia quando me pôs de sobreaviso quanto à existência "antiga" de Caldeiras em Silves. Seria tentador considerar o Rui C. C. B., Inquiridor (de propriedade, cargo que foi sendo herdado pelos sucessores até ao séc. XIX), escrivão das sizas e Juíz dos direitos Reais em Silves (tinha-me esquecido deste cargo, também por dois anos), como irmão do Pedro Caldeira, Juíz de fora na mesma cidade; mas se existiam Caldeiras mais antigos em Silves fica-se com mais dúvidas...
Uma questão importante, a este propósito, será saber se se conhecem ligações Caldeiras - Castelo Brancos em Portalegre anteriores à que transcreves e que pudessem justificar uma migração mais antiga para o Algarve de gente com essa dupla ascendência. Na descendência próxima daquele Rui aparece um Luís e depois outro Rui; não sei se o nome Luís será em memória de CCBs ou de Sousas...
Um abraço,
António
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
Caro Nuno Borrego,
A ver se entendi esta numeração:
João Garção de Carvalho casou com Maria Lopes Belo e tiveram Manuel Lopes Garção e Mécia Mouzinho (esta casou com Manuel Dias Barrento e tiveram o franciscano João Garção que se habilitou na OFM, Província dos Algarves, em 1676).
Manuel Lopes Garção casou com Maria CArrilho de Sequeira e tiveram Francisca Garção (que casou com Manuel de Moura Estaço -aqui no genea existem aparentemente dois indíviduos com este nome e ambos de Alegrete e capitães-mores. só que um é casado com uma tal Vicência de Melo e Lacerda- e que tiveram Francisca Garção de Carvalho que casou com o capitão de mílicias Belchior de Matos Castel Branco)e Brízida Garção (que casou com Francisco Mouzinho e tal como consta no genea tiveram Francisco Caldeira Paes Castel-Branco).
É isto?
atentamente,
nuno magalhães
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Caro António,
A ligação dos Caldeiras aos Castelo-Brancos que indico parece-me ser a mais antiga na região de Portalegre. Posteriormente existiu outra, que ainda hoje usa estes dois apelidos, os de Alter.
Recordo-me do M.C.R, me ter falado em tempos nestes Caldeiras Castelo-Branco.
O tal Nuno Caldeira, pode ter nascido por volta de 1530, atendendo à data da morte de seu pai. Não confirmei se este Nuno foi de facto Juiz de Fora, o Manso de Lima normalmente é certo, mas numa 1.ª oportunidade vou espreitar as Chancelarias, as cartas de nomeação de cargos/ofícios por vezes trazem surpresas variadas. Assim que tenha novos dados informo-te.
Um Abraço
Nuno
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
Caro Nuno,
A Francisca Garção, c.c. Manuel de Moura Estaço não sei de quem é filha, penso que será dos mesmos de João Garção de Carvalho.
Esta foi a 1.ª mulher do Manuel de Moura Estaço, a 2.ª a Violante de Melo Lacerda, tendo casado, ainda, uma 3.ª vez.
A Brizida Garção também não sei de quem é filha, quando escrevi dos mesmos queria dizer desentroncados, ou por entrocar. São apontamentos soltos.
Cumprimentos
NB
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Caro Nuno:
Mais uma vez, obrigado. Seria de facto uma grande coincidência haver uma ligação independente Caldeiras - Castelo Brancos em Silves, anterior a essa mais antiga conhecida de Portalegre, ainda que essas coincidências, às vezes, tenham lugar... Seria o Pedro (Nuno?) Caldeira do Manso de Lima o próprio Rui, com o nome trocado? Os cargos que teve poderiam prestar-se a confusão; já a troca de nomes custa mais a acreditar! No entanto, sabemos bem que muitos dos títulos dos nobiliários eram compostos com base em informações de descendentes de um dos ramos tratados, ficando em geral mais “defeituosos” os ramos colaterais (neste caso, eventualmente, o dos “emigrantes” para o Algarve).
Na primeira oportunidade volto a falar com o MCR; acho que ele já deve ter explorado diversas possibilidades e, em particular, gostaria de ter mais pormenores dos tais Caldeiras antigos de Silves. Do que descobrir também te darei conta.
Um abraço,
António
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RE: Caldeira Castel Branco de Silves
Caro António,
O M. de L. chama-lhe Pedro, não Nuno que foi confusão minha no post anterior.
Já verifiquei, vezes bastantes, que os títulos que correm em nobiliários são por vezes meias verdades, não propositadas, aparecendo nomes trocados, apelidos a mais, confusão entre tios e sobrinhos, entre primos, etc., podendo também ser o cargo de Juiz de Fora em Silves um outro cargo que tenha escapado ao M. de L.
Não tenho visto tratados estes Caldeiras Castel-Branco em muitos trabalhos, para além dos do genealógico da Sertã, que vivendo no séc. XVIII pode ter recolhido informações junto da parentela de Portalegre, que não teria já nessa época avivada a memória duma hipotética linha transferida para o Algarve no séc. XVI.
Se este Pedro tivesse exercido o dito cargo não em Silves, mas Lagos ou Tavira, p.e., não me levaria a suspeitar que será o Pedro Caldeira de Castelo-Branco a mesma pessoa que o Rui, ou seu parente próximo. A data em que exerceu o ofício também pode não ser essa, consultei a cópia em stencil e mais de uma vez vi nela gralhas e erros, por má leitura de quem a organizou e outras razões.
Também será possível que esse apelido se tenha formado no Algarve, sem qualquer relação com esta gente do Alto Alentejo. Vamos ver o que se descobre :-)
Abraço
Nuno
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
sr.nuno magalhães:
-deixo estas informações à sua atenção, pode ser que sirva para alguma coisa.
tome nota:
- 1)manuel moura estaço,viúvo da dona francisca de albuquerque, com a pessoa de manuel cabreira de sousa seu cunhado em nome da dona vicência de melo e albuquerque natural da vila de estremoz contraindo matrimónio a 25/3/1689 em alegrete.
-nota:este manuel cabreira de sousa é casado com catarina de moura dona(?)a 20/6/1683 em alegrete.
- 2)manuel moura lacerda, viúvo da dona vicência e lacerda,casa 2ª vez a 13/8/1707 com a dona maria mouzinha tarouca a qual foi casada 1ª vez com manuel cabreira, foram testemunhas josé melo e lacerda (solteiro), francisco brito lacerda, padre:manuel saraiva leitão.
> óbitos:- manuel moura estaço (capitão môr)em 20/4/1711 é sepultado na sua capela na igreja de s.joão baptista em alegrete e deixa testamento.
- vicência de melo e lacerda em 29/4/1699,é sepultada na igreja de s.joão baptista em alegrete e desxa testamento.
- manuel cabreira de sousa em 9/10/1702, é sepultado na capela da srª do rosário em alegrete e deixa testamento.
- catarina moura dona(?) em 30/6/1683, é sepultada na igreja de s.joão baptista em alegrete.
até à próxima.
j.monteiro
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
Obrigado a Nuno Borrego e a J. Monteiro pelas informações deixadas. Deixo mais uma vez outra questão já que me é muito complicado deslocar até ao arquivo de portalegre para de forma sistemática tentar tirar por mim as dúvidas.
Bento Garção primeiro que se conhece deste apelido é enésimo-avô do poeta Correia Garção tronco dos Mayer Garção, Salema Garção, Stockler Garção e Garção de Carvalho.
Os Garção de Portalegre costumam andar com este apelido sozinho.
Também no que é hoje o distrito alguns ascendentes dos Mouzinho da Silveira, Mouzinhos de Albuquerque e Caldeira Castel Branco aparecem como Garção de Carvalho.
Nuno Borrego deixa aqui um Manuel Lopes Garção, nascido aparentemente por volta de 1615-pelo nascimento da mulher- e filho de um João Garção de Carvalho. Pela ordem das coisas o seu pai, nascido em Castelo de Vide, terá nascido à volta de 1580.
Ora o primeiro Garção de Carvalho- nos Garções mais estudados: os de Bento Garção e do poeta Correia Garção - é Luís Garção de Carvalho que terá eventualmente nascido em 1580, em Vila Franca de Xira -o seu pai, Rui Garção, era lá vereador e o seu filho, Manuel Garção de Carvalho nasceu lá.
Assim, este neto de Bento Garção-e filho de Rui Gração e de Filipa do Quintal de Carvalho- terá nascido em 1580, em VF de Xira e João Garção de Carvalho, pela mesma altura em Castelo de Vide.
Existe aqui parentesco? será Bento Garção tronco comum dos vários Garções de portalegre e dos do poeta?
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RE: Garção e Caldeira Castel Branco
Caro Nuno Magalhães,
Os pai do João Garção de Carvalho não sei quem sejam. Nessa zona (Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, etc.), existem Garções mais antigos do que os apontados. Pode ser que algum dia isto se desenrole.
Abç
NB
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