Catarina Lopes de Faria abt. 1540
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Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Segundo o Livro, "Barcelos Histórico Monumental e Artistico" pag 285, Catarina Lopes de Faria era filha de Diogo de Faria e de D. Costança do Lago de Vila do Conde.
Será este Diogo de Faria o mesmo referido por Souza da Silva a pag 342 do Vol. II? §6 nº9
Será que ele casou em segundas nupcias com uma Constança do Lago?
Face ás datas, este é o unico Diogo de Faria que aparece no livro, possivel de ser o Pai de Catarina Lopes de Faria.
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro José Maya
Vendo melhor o Felgueiras Gayo, a resposta é negativa. Essa Catarina e o seu pai Diogo encontram-se no ttº de Farias §122 N8 e N9. Aí diz-se que a m.er deste Diogo de Faria era Constança de Lugo (e não Lago). Relativamente a esta filha Catarina, Gayo diz não ter mais notícia, mas os promotores da 1ª Edição fazem uma nota em que dizem que foi casada com João Machado Carmona. Este, naturalmente, é o do ttº de Machados §21 N21 e já referido por si noutra mensagem.
Comparando com Souza da Silva, o elemento mais próximo deste Diogo que encontra é D. Catarina Afonso de Faria (ttº de Farias §19 N6 do Gayo), ao cimo da pág. 346 do Vol. II. Esta casou com Martin Rodrigues ou Fernandes de Araújo. Foram pais, entre outros, de Bráz de Faria, sr. da Quinta de Pedregal, cc Catarina Afonso Coelho (ttº de Farias §22 N7 do Gayo), pais de, entre outros, Diogo de Faria.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
O nome Faria, nos Machados de Faria e Maya, vem segundo a carta de titulo de Brazão concedido por D. João V a 22 Dezembro de 1724, a meu 9 avô, por via de duas Catharinas de Faria. Uma Catherina e outra Catharina.
Gaspar Machado foi casado com uma Catharina de Faria e seu filho João Machado Carmona casou com Catherina de Faria.
Estes são os nomes que estão na carta acima referida e que posso mostrar.
Não consigo ligar nenhuma destas duas Catharinas de Faria com os ramos Faria apresentados por Souza da Silva.
A pg 343 do Vol II §8 - 9 aparece um António Frade de Faria que segundo diz teve uma filha,10 Catharina de Faria que casou duas vezes.
Será esta a Catharina de Faria que casou com o Gaspar Machado?
Pelas datas poderia parecer que sim, mas...
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro José Maya
Tenho estes apontamentos sobre a família Machado de Faria e Maya, que talvez o ajudem:
No segundo quartel do século XVI, pouco depois do terramoto de Vila Franca (1522), dirigiu-se do Continente para San Miguel uma nova corrente de "povoadores-colonizadores:alguns pertencentes a famílias antigas e nobres do ~:e 1 no, acompanhados de mulheres e filhos gentes de trabalho.
Um deles foi António Lopes de Faria, de Vila do Conde, que veio solteiro e chegou a Miguel no final da primeira metade daquele século, ali obtendo "dadas" de terra para c adquirindo propriedades. Pertencia a um dos ramos da família "Faria" que entre Douro e Minho se individualizara e distinguira e cujo elemento mais ilustre foi o célebre Alcaide do Faria, tronco das várias gerações do mesmo nome.
Estabeleceu-se na Vila da Lagoa onde teve casa de moradia e suas dependências etc.) no canto leste-sul do Rosário, ao lado da igreja.
Diz Frutuoso, que foi seu contemporâneo e conhecido, e dá o inventário dos bens que possui "muitas rendas e propriedades": lavoura e currais de gado, terras de cereal e de pomares, matas e matos, em várias partes da ilha, mas sobretudo nos Concelhos da L Ribeira Grande e Ponta Delgada, valendo a sua fazenda (no dizer do Cronista) 60 mil cruzados. Conta Frutuoso que ele foi na Lagoa "como pai de toda a Vila" por suas virtudes e actos caridade, o que aliás se depreende também do texto do seu testamento e das cláusulas vinculo que constituiu.
António Lopes de Faria foi: Cavaleiro Fidalgo, Professo na Ordem de San Memposteiro-Mór dos Cativos em toda a ilha, Juiz da Alfândega e Mar, Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada e das pessoas de mais relevo social no seu tempo. também "Capitão de Ordenança" tendo "mais de 300 homens de peleja".
Casou na Lagoa com Maria da Costa ("nobre. virtuosa e caritativa mulher", na informação de Frutuoso) neta de Álvaro Lopes, do Vulcão (ou Remédios) - "homem muito rico" e dos principais na Ilha - que veio do Continente entre l497 e 1502.
António Lopes de Faria testou e instituiu um vinculo em 3 de Janeiro de 1583 e dois dias depois. Esse documento, bastante extenso, é dos mais curiosos no seu género como expressivo do carácter e condição do seu autor, mas também por conter informações interessantes a respeito da sociedade do seu tempo.
Como não tivesse filhos, deixou, além de legados, pensões e dadivas a muita necessitada, às Confrarias e às Misericórdias, o grosso de sua fortuna, em vinculo, a dois sobrinhos, Pedro e António de Faria, que chamara do Continente para virem tomar posse conta da Casa que em San Miguel fundara. Nas "Saudades da Terra" esses dois irmãos tratados como "nobres irmãos grandiosos e poderosos".
Pedro (que foi o lº Morgado) casou com Isabel Tavares, filha e neta dos "Botelho'1 Gonçalo Vaz Botelho, o Grande) e dos "Tavares" (de Rui Tavares, dos primeiros "Tavares que apareceram em San Miguel).
Como estes não tivessem tido descendência, a administração do vinculo passou ao dito irmão, António, (2º Morgado).
Este, que o cronista distingue com a expressão: "discreto e de grandes espíritos"1 Capitão de uma Bandeira na Vila da Lagoa, no tempo em que a Ilha era acometida, e algumas vezes invadida, ou por piratas argelinos ou por corsários ingleses e franceses.
Casou com Isabel Monis, filha de Álvaro Lopes Furtado, (deste descendem igualmente por outro lado de Rui Vaz de Medeiros - tanto o l.º Marquês da Praia como o Doutor Caetano d'Andrade Albuquerque, que deixaram nome na história micaelense do tempo).
António de Faria morreu na Lagoa a 28 de Março de 1629, "de paralisa que lhe deu 5 dias antes da morte" e fez testamento que tem interesse.
Não tendo também descendentes. chamou de Barcelos para San Miguel, um sobrinho, António Lopes de Faria, o "Moço". (assim chamado paira se distinguir de seu tio-avô, o l.º António Lopes de Faria). Este veio a ser o 3º Morgado. Foi baptizado em Alvito (termo de Barcelos) em 19 de Maio e era filho de Catarina de Faria (irmã e sobrinha dos três Farias atrás mencionados) e de João Machado Carmona que, por seus pais, descendia não só dos Carmonas mas também dos" Machados" e "Mayas" (não usou este nome) de Entre Douro e Minho. Os pais foram das pessoas principais de Vila do Conde, a avaliar pelas funções exercidas por João Machado Carmona
António Lopes de Faria, o Môço. veio para San Miguel com 20 anos, e ali foi Capitão da Lagoa. Alguns documentos e crónicas se lhe referem.
Casou em 4de Junho de 1601, em Ponta Delgada, com Ana Pimentel, filha do Licenciado Sebastião Pimentel ("homem de muitas letras e virtudes ) de origem algarvia, e de Ana Cabral, da família de Gonçalo Velho Cabral.
Tiveram 5 filhos: alem do primogénito António de Faria e Maya a que adiante se faz referência, - Maria que casou com Francisco de Rego e Sá, tendo ambos sido tronco da família do Rego Botelho da Terceira; Inez, Catarina e Braz de Faria.
Ana de Pimentel morreu na Lagoa em 6 de Dezemhro de 163 1 e António Lopes de Faria, o , em 27 de Agosto de 1640 (também na Lagoa) tendo testado dez dias antes. Parte da sua fortuna não vinculada foi parar. por via da filha Maria, aos "Rego Botelho" da Terceira.
O 4ºMorgado foi António de Faria e Maia. nascido em Ponta Delgada em 27 de Setembro Foi o l.º Capitão-Mór da Vila da Lagoa; Provedor da Misericórdia de Ponta Delgada e da Fazenda Real; Vereador da Câmara Municipal de Ponta Delgada; e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Por ocasião do terramoto e da erupção vulcânica do Pico de João Ramos, foi, além de N.S.ª do Rosário, o único habitante da Lagoa que se manteve na Vila para fazer salvamentos e chamar o povo à calma.
Casou duas vezes: a lª, em 08.05.1623. com Margarida Moniz (neta de Gonçalo Moniz das Asturias, descendente de Egas Moniz que foi aio de D. Afonso Henriques), e a 2ª em 30.3.1644, com Luiza do Canto (neta de Pedro Anes do Canto, Cavaleiro d'África, em e lº Provedor dos Armamentos, na Terceira).
Do 1º casamento teve um filho (Francisco Machado de Faria e Maya, referido diante) e 3 filhas e do 2º teve 1 filho e 5 filhas. Uma destas Isabel do Canto e Faria, tendo casado com André Dias de Medeiros foi trisavó do Dr. Ernesto do Canto. Por via dela é que passaram aos "Cantos"a quinta e ermida de Sta. Bárbara. António de Faria e Maya faleceu em 19 de Abril de 1657. O solar da familia era então, e continuou a sê-lo até final do Século XVII, na casa da Rocha Quebrada.
O 5º administrador do vinculo foi Francisco Machado de Faria e Maya, nascido em 1624. Capitão-Mór da Vila da Lagoa e Capitão de uma Companhia de Ordenanças em Ponta Delgada. Cordeiro na "História Insulana" diz dele: "tem muitos filhos e hé uma das principais, casas em Ponta Delgada".
Casou em Ponta Delgada em 21 de Outubro de 1652, com D. Mariana Cabral de Melo descendente da irmã de Gonçalo Velho Cabral e parente de algumas das principais famílias açoreanas. Ambos fizeram testamento em comum em 23 de Março de 1688 e tiveram 9 filhos (entre os quais 2 filhas).
A todos os filhos mandou estudar em Coimbra, entre os anos de 1681 a 1687. Três doutores em Cânones e dois licenciados. Os primeiros, sobretudo, distinguiram-se pela e acção na hierarquia eclesiástica: Dr. António de Faria Machado - Vigário nas Capelas e Delgada, Ouvidor Eclesiástico, Cónego da Sé de Angra e distinguido com o cargo 'Comissário da Bula"; Dr. Manuel Pacheco de MelIo e Faria - Cónego da Sé de Angra, ~ Geral no Arquipélago, teve a dignidade de "Mestre Escola da Santa Sé": Dr. João Faria Machado - Vigário da Matriz de Ponta Delgada, Cónego da Sé de Angra e Vigário ( Estes e os outros três (José, Ignacio e Lourenço) formaram e deixaram em morgado ao sobrinho uma biblioteca e vincularam bens destinados a estudos na Universidade de Coimbra. A biblioteca, de que ainda se conhecem restos, compunha-se de obras teológicas, filosóficas e de medicina, em latim e dos melhores autores portugueses e alguns estrangeiros (espanhóis e franceses).
Francisco Machado de Faria e Maya morreu em 7 de Maio de 1688 sucedendo na administração dos vínculos o filho primogénito, do mesmo nome Francisco Machado de Faria e Maya, 6º Morgado e 3º Capitão-mor da Vila, nasceu em 14 de Janeiro de 1657 e morreu em 5 de Maio de 1730. Fez-se, tratou-se e agiu na lei da nobreza" como provam os vários documentos e processos que deixou.
Fez a sua instrução militar na Praça de Cascais, na Companhia de que era Comandante Mestre de Campo o Marquês de Marialva. Em 1672 foi "voluntário à sua custa e com luzimento na Armada Real, comandada pelo 1º Duque de Cadaval, que foi a VilIe Franche como de trazer para Portugal o Duque de Sabóia, Victor Amadeu que deveria casar com a D. Isabel, então herdeira da Côroa. De 1685 a 1691 serviu em San Miguel, tendo tomado parte nos "rebates".
Foi Juiz Contador da Real Fazenda e obteve três especiais distinções só concedidas ( não frequentemente) a membros da nobreza: nomeado Familiar do Santo Ofício em 1685 .Padroeiro do Convento da Graça em 1688; e teve Carta de Brasão d'Armas em 20 de Dezembro de 1724, por D. João V.
Casou 2 vezes: a lª, em 12 de Nov. 1685, com D. Mariana de Faria Victória (Francisco Femandes Victória e de D. Bernarda de Sá e sobrinha do Padre Manuel Victória que lhe deixou a ela e ao marido, em vinculo, o prazo. casa e ermida de N.Sª da Victória). A 2ª vez, em 6-8-1702, com D. Maria de Pimentel, filha de António do Rego Faria (dos "Rêgo Botelho Baldaia", depois Condes do Rêgo Botelho, da Terceira). Do primeiro casamento teve: António Francisco de Faria Machado e duas filhas (Mariana e Margarida, freiras em St0 André ), e do segundo casamento outras duas filhas (Rosa Maria que casou com seu primo António Francisco do Rêgo de Faria, e Margarida Francisca que casou com José Caetano Cymbron ).
Do final do século XVII até ao fim do século XVIII o solar da família foi na casa do Largo da Matriz de Ponta Delgada onde está hoje o Clube Micaelense.
O 7º administrador do vínculo foi o dito António Francisco de Faria Machado que nasceu em 6 de Agosto de 1690 e faleceu (novo, com 40 anos) em 4 de Set. de 1730, sobrevivendo ao pai apenas 4 meses. Tinha casado em 8 de Agosto de 1717 com D. Felícia Teresa de Medeiros Albuquerque da Câmara (dos "Câmaras" Donatários, Condes de Vila Franca e da Ribeira Grande).Tiveram além de um filho demente, um outro que sucedeu na casa de seus Avós, Francisco Machado de Faria e Maya (20-V-I7l9).
O facto de ter morrido relativamente novo e de pouco ter sobrevindo ao pai, fez com que o Francisco não tivesse chegado a exercer qualquer função que mereça referência. No entanto ocupou no meio social da época um lugar tal e tinha tal prestigio que uma visita dele e sua mulher ao Convento da Esperança para verem o corpo da Venerável Madre Francisca do Livramento deu motivo a uma descriçao especial na obra biográfica daquela Venerável e da de Frei Manuel de São Luís.
0 8º administrador do vínculo foi o dito Francisco Machado de Faria e Maya. (Vd. no final, sobre Francisco Machado de Faria e Maia nascido em Ponta Delgada em 2Ode maio de 1719). Fez a sua educação na Côrte. em Lisboa, onde conheceu uma Senhora da alta sociedade, Helena Máxima da Cunha d'Eça e Noronha, filha de Junipero da Cunha d'Eça e de D. Francisca -de Macedo. Casou com ela em 3 de Julho de 1747 na Ermida da Quinta do Portinho, em(Arrábida?). Tendo vindo a 5. Miguel, aqui tiveram dois filhos: José Ignácio e António, e uma filha., Mariana.
Voltou depois para a Côrte onde teve, pelo menos duas residências: uma na Rua da Caldeira e outra na Rua do Machadinho. Foi o tipo de fidalgo rico no estilo do século XVIII. Morreu em Lisboa a 27 de Março de 1761.
Os seus dois filhos acima citados. distinguiram -se e deles existem muitas referências.
O primogénito e 9º administrador vincular, José Ignácio Machado de Faria e Maya, nascido em Ponta Delgada em 12 de Fevereiro de 1744, fez os seus estudos em Inglaterra onde cursou a Academia Militar de Chelsea cujo director lhe passou um certificado em que diz:
'Behaved during that time at my Military Accademy agreable to the character of a Gentleman has performed every branch of the Military duty attending this Accademy with that alacrity, so much the distinguished character as a true Voluntear". Demorou-se em Inglaterra de 1771 a 1774.
Neste último ano veio a 5. Miguel provavelmente com o fim de tomar conta da administração da Casa, muito abandonada com a ausência do pai e dêle próprio. Mas pouco da sua chegada a Ponta Delgada passava por ali a fragata "Nossa Senhora da Graça" que sob o comando do Capitão de Mar e Guerra Smerkel ia participar nas campanhas da chamada " Guerra do Sul ", no Brasil, entre Portugal e a Espanha, por causa da "Colónia do Sacramento" que no século seguinte se transformou na República do Uruguay. José Ignácio resolveu alistar-se e embarcar como voluntário. A campanha durou até Abril de 1776 terminando com a reconquista, pelos portuguêses, dos territórios da margem Sul do Rio Grande.
Uma "Atestação" da "Capitania General da Armada" diz que José Ignácio "serviu de Voluntário todo o tempo que durou esta Campanha aplicando-se a todos os exercícios da Marinha durante a navegação que fizemos para diferentes portos da América na Guerra do Sul, até desembarcarmos no Porto de Lisboa) em 1776, mostrando sempre grande actividade e zelo para o serviço".
Este desinteresse pela administração da Casa e a continuada ausência de José Ignácio. de S.Miguel, comprometendo a dita administração, e divergências que teve com o irmão .
No entretanto, José Ignacio "assentou" em San Miguel vivendo ora na Casa da brada, ora na da Arquinha que passou a ser Solar da Familia.
Em 12 de Maio de 1777 casou com D. Jacinta Flora Paim da Câmara e Montojos Marramaque Pamplona Côrte Real, das primeiras famílias da Terceira, Fayal e San Miguel isso aparentada com muita gente de nome conhecido na história.
José Ignacio foi nomeado "Mestre de Campo" em 5. Miguel, patente que, na hierarquia militar, vinha a seguir à dos "Governadores Generais" dos exércitos e à dos "Governadores de Fortalezas". A par destas funções ocupou lugar de destaque na sociedade do seu tempo. Ficou célebre, por exemplo, uma festa com músicas, cavalgadas e fogo de artifício que ofereceu e organizou no campo de San Francisco, em 1793, para comemorar o nascimento da primeira filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina.
Apesar de contratempos e ausências que teve deixou uma grande fortuna e nome prestigiado. Morreu em Ponta Delgada em 4 de Abril de 1796.
Ao mestre de Campo José Ignacio Machado de Faria e Maya sucedeu sua única Helena Victória Machado de Faria e Maya - 10ª e última administradora do vínculo ;Nasceu na Casa da Arquinha em 18 de Março de 1778 e ali morreu em 28 de Novembro de1867, com 89 anos.
Tinha casado (aos 16 anos) com Bernardo António Cymbron Borges de Sousa (irmão do morgado Cymbron), e como era ela a Morgada, toda a família tomou o nome Machado Faria e Maya."(Pequeno engano: D. Helena Victória casou pela primeira vez com 14 apenas!)
(Aqui termina a nota do Embaixador Martim Machado de Faria e Maia).
Cumprimentos,
José Duarte da Camara Falcão Valado Arnaud
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro José Maya
Voltando a recorrer ao Felgueiras Gayo, no seu ttº de Machados §21 N20 este dá como mulher de Gaspar Machado Carmona, Inês de Barros filha de Lopo de Barros e m.er Isabel Dias Vilasboas (parece haver dúvidas nesta filiação), da Casa de Real, em S. Jerónimo de Real, junto a Braga. Assim seguem os autores do “Barcelos Histórico Monumental e Artístico”. Continuando com o Gayo, estes Barros estão no seu ttº de Barros §47 N8 e também no ttº de Vilasboas §35 N12. Neste título, Gayo volta a referir-se às dúvidas que existem quanto à filiação da Inês de Barros e diz que José Freire Monterroyo a faz filha de Lopo de Barros, Sr. da Casa de Real e sua m.er Isabel de Almeida. Aliás, é esta última versão que o próprio Gayo segue no seu ttº de Barros. Os Editores da 1ª edição do “Nobiliário” de Felgueiras Gayo introduziram uma nota de rodapé em que dizem que Monterroyo é que tem razão. Ora, sabendo-se que um destes Editores foi o Dr. Domingos de Araújo Affonso, é natural que este tenha estudado os Barros de Real, não sei mesmo se os não terá publicado nalgum artigo das “Famílias Ilustres de Braga e do seu Termo” (eventualmente, numa “Bracara Augusta”).
Comparando com Manuel de Souza da Silva, este Lopo de Barros só pode ser o N9 do §5 do ttº de Barros, pág. 295 do Vol. II. Só que as versões em vez de concordarem, discordam mais ainda: não só este autor não lhe dá esta filha Inês (mas é visível que esta obra é incompleta em ramos laterais), como lhe dá outra mulher, D. Ana de Moura.
Resumindo: o que parece certo é que a m.er de Gaspar Machado Carmona é Inês de Barros, descendente dos de Real. Nada de Catarinas. Dessa filha de António Frade de Faria, também Gayo não tem mais notícia.
Julgo que a sua ligação a Farias é aquela que está no Gayo e que já mencionei. Os nomes José Inácio Machado de Faria e Maia e seu irmão António Machado, Governador de Cabo Verde, não lhe dizem nada? Estão no fim do ttº de Machados do Gayo (§171 N26) e são os elementos mais recentes que este autor escreve. Mas pode somente ter perdido o rasto à possível descendência destes.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro Vasco Jácome,
A confusão deve advir de haver repetição de nomes nas familias. A carta de atribuição de Brazão escrita em 1724 deverá em principio estar correcta, e esta diz sic.
"....terceiro neto de João Machado Carmona, natural da Villa de Barcellos, e de sua mulher Catherina de Faria; quarto neto de Gaspar Machado, e de sua mulher Catharina de Faria; quinto neto de Gaspar Machado e de sua mulher Ignez de Barros; sexto neto de João Carmona, e de sua mulher Leonor Machado, filha de Lopo Machado de Goes, e de sua mulher Brites Vasques da Maya, filha de Vasques Gonçalves da Maya, e neta de Fernão Alves da Maya, Senhor de Trofa, e de sua mulher Dona Guiomar de Sá...."
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro José Maya
Grande ajuda dada por José Duarte Arnaud! Obviamente, o autor citado teve muito mais notícias (além de actualizadas) do que o Felgueiras Gayo. O que também é natural. Na época, fazer genealogias Açoreanas a partir de Barcelos não seria fácil concerteza... De qualquer modo, no que se interceptam, as duas versões são concordantes na sua essência.
Quanto à Carta d’Armas, parece-me claro que quem escreveu o seu texto se confundiu e inventou outra geração com o homem da anterior e a m.er da posterior!
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro Vasco Jácome,
José Inácio Machado de Faria e Maia foi casado com Jacinta Flora Paym da Câmara e foi o 9º Morgado de Faria. A sua descendência, tanto quanto a de seu irmão António e de sua irmã Mariana são bem conhecidas até hoje.
Ele foi o meu 5º avô paterno.
Cumprimentos,
Jose de Faria e Maia
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro José Faria e Maya:
Tive hoje acesso, através de umas genealogias açoreanas que me chegaram à mão, a uma outra filiação de Catarina Lopes de Faria, mulher de João Machado Carmona, que contraria aquela que está no "Barcelos Histórico Monumental e Artístico" e que era baseada nos escritos de Leopoldo Carmona, da Casa do Apoio. Segundo ela, Catarina Lopes de Faria seria filha de João Afonso Pais e de sua mulher Ana Lopes de Faria (esta última senhora, por sua vez, irmã de António Lopes de Faria " O Velho")
Se necessitar de mais informações sobre este assunto não hesite em contactar-me.
Cumprimentos amigos
António Júlio Limpo Trigueiros
ajtrig@hotmail.com
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RE: Catarina Lopes de Faria abt. 1540
Caro António Júlio Limpo Trigueiros,
Até que ponto será de confiar mais nos seus elementos do que nos do "Barcelos Histórico?"
Qual o grau de fiabilidade que lhes dá?
De qualquer modo a diferença não é grande, pois a Catarina Lopes de Faria seria filha de Diogo de Faria e de Constança de Lugo ou de Ana Lopes de Faria e João Afonso Pais.
A Ana Lopes de Faria é irmã de Diogo de Faria ambos filhos de Brás de Faria e Catarina Afonso Coelho.
Assim o Faria ou viria pelo lado do Pai ou da mãe!
Cumprimentos,
Jose de Faria e Maia
jdmfm@netcabo.pt
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