Filhos/Netos de Padres
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filhos/netos de Padres
Agradecia informação sobre o seguinte: num assento de casamento de 1795, freguesia de São Tomé de Covelas , concelho de Baião, distrito do Porto, aparece um indivíduo com respectivos pais e avós, sendo que, como avô materno, surge Padre José Pinto". Já li e reli com lupa e sem lupa conferindo com outras letras e estou surpresa. Ficavam registados casos como estes? ou não decifrei bem esta palavra?
Cumprimentos.
Maria Pinto
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RE: filhos/netos de Padres
Cara Maria Pinto
Era, de facto, comum surgirem informações deste tipo nos assentos paroquiais.Eu própria possuo alguns casos destes que o meu pai recolheu em arquivos paroquiais.Segundo parece, eram factos mais ou menos aceites, sobretudo em meios pequenos.
Maria José Borges
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RE: filhos/netos de Padres
Também tenho dois casos de avós padres no sec xviii. No registo de baptismo dos filhos apenas aparece o nome da mãe.Porém, no registo dos netos surge o nome do avô padre. Penso que era louvável assumirem os filhos que curiosamente usavam,nos meus casos,os apelidos do pai padre.
Vera
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RE: filhos/netos de Padres
Efectivamente a existência, documentada, de filhos de Padres não é facto raro.
A título de curiosidade, por envolver um José Pinto - concerteza, sem nada a ver com o homónimo acima referido: José Pinto Mesquita, Padre (2933) teve de Serafina Violante Silva, solteira, não um mas dois filhos: Henrique e Caetano José Pinto Mesquita, eles mesmos ordenados (3687) (nº. proc. IG/BRAGA).
Cumprimentos,
Nuno de Sousa Pina
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RE: filhos/netos de Padres
Cara Vera
Após a queda da Monarquia, na 1.ª República muitos padres de aldeias do Baixo Alentejo deram o nome aos filhos(também acho muito bem) e faziam vida de casados,muito respeitada pelos paroquianos. Tenho casos desses ligados a minha família,que continuam a usar tais apelidos. Conheço até um caso em que as filhas,cantavam muito bem, sendo valiosos elementos nos cânticos religiosos, com grande satisfação do pai.
Cordiais saudações.
Rafael Carvalho
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RE: filhos/netos de Padres
Caros Confrades:
Tenho encontrado inúmeros assentos paroquiais referindo filhos de sacerdotes, em particular em freguesias de Monção e Melgaço e também em Trás-os-Montes. No Alto Minho a situação que encontrei no século XVII é paricularmente "surpreendente", pois quase se pode dizer que é raro encontrar um pároco que não tivesse filhos citados em paroquiais, tendo alguns filhos de diversas amantes e muitos requerendeo a legitimação de algum ou alguns dos filhos a Sua Magestade, como se pode ver nas Chancelarias. Notei o costume de não serem em geral os pais a baptizar e casar os próprios filhos mas haver certa "troca de serviços" entre colegas...
Em S. Julião de Badim encontrei uma verdadeira dinastia de párocos, passando a paróquia de Pai para filho e depois para sobrinho...
Lembro-me de um curioso assento de casamento em que os pais dos noivos eram já falecidos, mas enquanto um dos noivos é dito "filho/a de X, já falecido" o outro/a é dito "filho/a do Rev. Padre X que Deus tem na Sua Santa Glória".
É tema que mereceria estudo mais aprofundado, ligando se possível com a situação antes do Concílio de Trento que, neste aspecto, não parece ter tido grande influência nessa região...
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: filhos/netos de Padres
Caros Confrades
Confirmo as afirmações do António Bivar. No concelho de Monção, mas noutras freguesias, S.ta Eulália de Trute, por exemplo, há vários casos de padres que tiveram filhos, e passo a citar alguns:
Pe. Martim Lopes de Moure,
filho do L.do Lopo Gonçalves de Moure e de Constança Soares da Casa dos Soares Tangis teve, pelo menos dois filhos em moças solteiras, documentados nos paroquiais, consta logo no respectivo registo de casamento do filho e da filha.
Na mesma freguesia:
Pe António de Magalhães,
neto dos Padroeiros e Morgados do Bom Jesus de Brandar em Ponte de Lima e de Baltazar de Magalhães, Familiar do Santo Ofício, (FSO), da Casa dos Magalhães teve vários filhos.
Um neto deste mesmo padre,
Manuel de Magalhães Soares,
também foi padre, e quer no assento, quer mesmo na inquirição de genere é referido como neto paterno do padre supra citado, apontando a inquirição do neto para a do avô.
E este neto, voltou a ter farta descendencia.
A título de curiosidade... em Troviscoso, outra freguesia do concelho de monção... o L.do Ambrózio de Freitas Alvares, da Quinta da Sobreira, licenciado em cânomes pela universidade de coimbra, teve de Maria Eufrázia Ribeiro e Castro, moça solteira, um filho, Manuel José Caetano Ribeiro e Castro.
Recordo agora que tenho mais referencias a padres com descendencia em Trute, mas só consultando apontamentos.
Era prática comum e até aceite na zona e na época, chegando as ditas 'moças solteiras' por vezes a coabitarem como se casadas fossem, a "mulher do sr. padre" e outras vezes a casarem com pessoas que se tratavam à lei da nobreza, sem que o facto de terem filhos anteriores ao casamento nada impedisse.
Outros tempos...
Com os meus melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: filhos/netos de Padres
Caros confrades
Volto a lançar este tema na esperança de que alguém me elucide.
Sou bisneto de um padre. Nunca na família se colocou a questão de que assim não fosse. Aliás, segundo relatos da família, o meu bisavô nunca negou os seus descendentes.
No entanto, a certidão de nascimento do meu avô diz ser ele "filho de pai incógnito". Na certodão de óbito, não vem mencionado o nome do pai, o espaço está trancado. Também na certidão de casamento o pai não é mencionado.
Ainda assim, o meu avô ficou a chamar-se José Afonso Alferes, sendo o pai Afonso José Alferes. Todos os irmãos do meu avô têm o nome Alferes, como o pai.
A minha pergunta é a seguinte: Posso "legalmente" declarar-me bisneto de Afonso José Alferes? Ou por outra: Sou reconhecido como seu bisneto?
Atenciosamente
António Alferes Pereira
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RE: filhos/netos de Padres
Em relação à sua pergunta "Posso "legalmente" declarar-me bisneto de Afonso José Alferes? Ou por outra: Sou reconhecido como seu bisneto?" não sei responder. Apenas uma achega: Também eu sou trineto de um padre http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=559077 que teve duas filhas as quais sempre usaram o seu apelido Ferreira apesar de nos respectivos registos constar "pai desconhecido". No caso dos filhos da minha bisavó, http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=581282, consta neto materno de avô desconhecido; já no caso dos filhos da sua irmã consta de forma explicita o nome do avô (sem quaquer alusão ao facto de ser padre). Não sei se ajudei se "baralhei" mais ...
Cumprimentos
Luis Figueira
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RE: filhos/netos de Padres
Caro Luís Figueira
Obrigado pela sua resposta.
Claro que ajudou!
Estou à espera de ter mais certidões para ver se algo desse género se passa. Pode ser que o meu bisavô figure, mesmo sem a alusão a seu estado de sacerdote. Por mim, continuo a incluir na minha árvore esse ramo, tenha ele "legalidade" ou não.
Mais uma vez, obrigado pela sua resposta
António Alferes Pereira
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Legitimação de filhos/netos de Padres
Caro António Bivar,
A haver processos de legitimação dos filhos de Padres eles estarão na Torre do Tombo?
Cumprimentos,
Luís GMG
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RE: Legitimação de filhos/netos de Padres
Caro confrade:
Na Torre do Tombo pode encontrar pelo menos as legitimações régias nas Chancelarias, procurando nos índices de "Perdões e legitimações" dos diversos reinados. Os processos propriamente ditos não sei se estarão arquivados em algum lugar.
Cumprimentos,
António Bivar
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RE: Legitimação de filhos/netos de Padres
Caríssimo,
Muito obrigado pela sua dica. Estarão já na TT ONLINE?
Cumprimentos,
Luís GMG
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Legitimação de filhos de Padres [Torre Tombo]
Tem fácil acesso à Torre do Tombo?
Gostaria de saber se foi concedida alguma carta de legitimação de:
- JOSÉ ANTÓNIO PINHEIRO DA VEIGA, f.º do P.e António Pinheiro, de Vale de Telhas e de Maria José Ferro, de Lamalonga. Terá nascido entre 1760 - 1780
- MARIA FERNANDES COELHO, f.ª do P.e Francisco Coelho [Fontoura], de Alpande, Ervões, Valpaços e de Joana (ou Maria) Fernandes. Terá nascido entre 1720 - 1740.
Cumprimentos,
Luís GMG
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RE: filhos/netos de Padres
Bom dia a todos,
Também eu sou descendente de um padre da Família Cabral, informação essa que foi passando pelas 5 ou 6 gerações que nos separa. Sei que ele não aperfilhou os filhos legítimos e veio a perfilhar um ou mais filhos de outra senhora. Isto deve ter ocorrido no início do século 20, lá para 1900/1920 (?). Alguém me poderá dar informações sobre este assunto?.
Atenciosamente,
Maria
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