Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
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Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Agradecia muito a alguém que frequente o Arquivo Distrital do Porto, se me pudesse consultar o assento de baptismo de Bertha Cardoso dos Santos Silva, nascida na freguesia da Sé da Cidade do Porto, a 1 de Dezembro de 1872; filha de Manuel dos Santos Silva e de Maria Isabel Cardoso Ribeiro.
Qualquer outra informação constante do referido assento seria benvinda!
Agradeço desde já a vossa atenção.
Gui Maia de Loureiro
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Caro Gui
Vou ver isso amanhã se tiver tempo.
abraços,
Rodrigo
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Meu caro Rodrigo,
Agradeço-te muito a disponibilidade para me ajudares nisto. Se precisares de alguma coisa de Lisboa, diz!
Um abraço,
Gui
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Caro Gui Maia de Loureiro,
Assento nº 433
Baptizada a 13.12.1872, pelo Padre José Maria Laranjeira, filha natural de Maria Isabel Cardoso Ribeiro, solteira e pai incógnito, natural da Sé, moradora na Rua do Corpo da Guarda e neta materna de José Cardoso Ribeiro e de Maria Vitória Cardoso Ribeiro.
Padrinho, Henrique dos Santos, irmão da baptizada, madrinha, Cecília de Moura, solteira, filha família, moradora na Rua Escura.
Receba os melhores cumprimentos
José António Reis
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Caro José António,
Agradeço muito a sua ajuda.
Está aqui um caso bicudo que se me dá licença passo a expôr!
Artur Francisco Espinheira dos Santos Silva (meu bisavô) nasceu em São Pedro da Bahía, Brasil; filho natural de Adélia Maria de Jesus Espinheira.
Sempre soubemos que o seu pai era Henrique dos Santos Silva, um personagem de algum destaque na vida social e cultural da Bahía de finais do Séc. XIX. No entanto, os únicos dados que tinhamos sobre ele eram uma fotografia, a data do seu óbito, idade que tinha na altura e algumas informações constantes numa notícia necronológica. Uma destas informações era que o finado era "de uma família de destaque do Porto" e filho de um cinzelador fornecedor da Casa Real.
Recentemente, um tio meu foi ao Brasil e com muito esforço conseguiu encontrar alguma documentação relativa a esta família.
O assento de óbito de Henrique dos Santos Silva (o irmão, de cinco anos, padrinho de Bertha) menciona os nomes dos seus pais como sendo Manoel dos Santos Silva e Maria Isabel dos Santos Silva.
Por outro lado, um documento de permissão de estadia no Brasil indica que Bertha vivia em casa de seu irmão Henrique e que a mãe de ambos seria Maria Isabel Cardoso Ribeiro. Ambos aparecem com o apelido Santos Silva, mas o nome do pai está em branco! Ainda não vi o assento de baptismo de Henrique mas parto agora do princípio que também seria filho natural e que terá havido um processo de legitimação. Pretendo apurar isto quando tiver oportunidade de ir ao Porto.
Henrique morreu solteiro mas com um filho legitimado de seu nome Emídio (de quem não se encontrou mais notícia) e um filho não legitimado, o meu bisavô Artur.
O mistério em torno de tanto filho natural interessa-me muito e estou cada vez mais tentado a fazer umas centenas de kms para tirar isto a limpo...tanto quanto possível.
Agradeço uma vez mais a sua ajuda e peço desculpa se me tiver alongado demais.
Coms os melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Caro Gui,
De qualquer modo já tirou a ascendencia da Maria Isabel Cardoso Ribeiro?
Sabe em que data partiu o Henrique para o Brasil?
E a Berta?
Com os cumprimentos
José António Reis
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RE: Peço pequena ajuda no ADPorto - Santos Silva
Caro José António,
Agradeço a sua mensagem. Como lhe disse, o estudo deste costado tem estado a ser dificultado pela quase inexistência de dados que me permitissem recuar nas gerações. Por isso não tenho absolutamente nada mais para trás em qualquer dos ramos!
Não sei em que data Henrique terá ido para o Brasil, mas terá ido muito jovem. Passo a transcrever a notícia necronológica que tenho em meu poder mas cuja fonte não conheço:
"HENRIQUE DOS SANTOS SILVA - Realizou-se hontem no quadro dos irmãos da V. O. 3ª de S. Francisco, o sepultamento do pranteado Sr. Henrique dos Santos Silva, um dos mais antigos negociantes da nossa praça.
Pertencia a uma família de destaque social na cidade do Porto sendo seu pae o fundador e chefe da importante ourivesaria Santos Silva, fornecedora da Real Casa de Portugal , ao tempo do Rei d. Carlos. Com a morte daquelle famoso cinzelador portuguez succedeu-lhe a sua viúva sob a razão de viúva Santos Silva & Cia. O sr. Henrique dos Santos Silva veio muitto jovem para a Bahia, aos cuidados do comm. Manoel Joaquim de Souza Vianna, da extincta loja "Aguia de Ouro", de onde passou para a casa de c______ (ilegível - deverá ser "comércio") da firma Silva Souza & ALves. Ahi fez carreira succedendo áquella firma e denominando o estabelecimento de "O Monumento", por tel-o inaugurado exactamente quando se levantou o da Independência ao Campo Grande e na mesma data.
Intelligencia viva, estudioso, foi o primeiro divulgador entre nós, da gravação dos cylindros de phonographo, obtendo pleno exito, com os concertos da velha banda do 1º Corpo de Policia, dos recitaes de Bibiano Campos, Rudolph Shell, Weber e outros artistas bahianos.
Fundou o Cicle Club Bahiano e iniciou por esse meio o turismo na Bahia, tendo por companheiros José Alves, Viriato Bittencourt Leite, George Léfevre e outros.
Viajou á Europa donde trouxe lindos albuns e collecções. Era dilettanti da musica, tendo estudado violino com Weber e Trantloff e theoria de musica com Guilherme Mello.
Sua casa era um conservatório de musica, possuindo farta biblioteca dos autores clássicos. Pertenceu a numerosas instituições sendo por cinco annos director da Associação Commercial que lhe deve serviços; benemerito da Associação dos Empregados no Commercio, da V. O. 3ª de S. Francisco e fundou a Escola Dactylographica Royal.
Falleceu aos 67 annos de edade, tendo comparecido ao seu enterro representantes das autorudades das corporações a que pertencia e numerosas pessoas.
Sobre a sepultura ficaram as seguintes:
COROAS PALMAS E FLORES:
COROAS: Ao presado e sempre lembrado amigo, sr. Henrique dos Santos Silva, Zulmira e Izaura Silvany, muito penalizadas, enviam um sincero e agradecido adeus; lembrança de seus sócios e amigos: Julio Telles e Almiro Silvany; ao bom padrinho e amigo, eterna dôr de Judith Mello; Saudosa lembrança de Dorea, Emilio e Alidea Santos Silva (deverão estes ser o seu filho Emílio e a mãe deste e de seu outro filho, Adélia); Ao compadre padrinho e amigo Henrique dos Santos Silva, saudosa lembrança de Maria da Gloria, padre Affonso e Gabriel C_______ (ilegível); Ao amigo Henrique, última lembrança de José Monteiro Novaes e familia; Lembrança de Judith, Americo e Carlos; Ao seu ex.director Henrique Santos Silva.Homenagem da Associação Commercial da Bahia; Lembradan. da de Semirames Passos da Silva; Lembranças de sua irmã Bertha e netos; Ao amigo Henrique dos Santos Silva, homenagem da Casa Milano;
PALMAS E CRUZES: - Sentido pezar de Carlos e família; Ao Henrique Silva, Saudosa lembrança de Jõão Pedro da Cruz e familia; Lembrança da familia Joaquim Sampaio; Lembrança de Antoninha Sampaio; Ao Henrique Santos Silva saudosa lembranças de Arlindo Farias e familia ; Homenagem da Associação dos Empregados do Commercio da Bahia, ao seu ex.director e socio benemerito distincto Henrique dos Santos Silva; Saudosa lembrança de Bernardo Castro e Sinhá; A Henrique Santos Silva, sentida homenagem de Alfredo Amorim e familia;
FLORES: - A Santinho lembrança de Dóca; Ao bom amigo sr. Henrique Santos Silva recordação de Agar e filhos; De Lyra Novaes, de Beatriz Costa (que minha avó dizia tratar-se da "nossa" Beatriz Costa), de Maria José de Carvalho de Judith e Americo."
Aqui vai com a grafia original.
O documento de entrada de Bertha diz que chegou ao Brasil vinda de "Leixões onde embarcou em 14 de Dezembro de 1931 a bordo do paquete brasileiro Pagé com destino à Bahia, aqui chegando a 28 do mesmo mês." Tinha o passaporte n.º 1279 emitido pelo Governo Civil do Porto a 16 de Dezembro de 1931. Seria ainda solteira pelo que não deixa de ser curioso que dois anos depois (1933) tenha netos :-)!
Melhores cumprimentos,
Gui
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