Britos de Loriga/Vide
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Britos de Loriga/Vide
Caros Confrades
Onde entroncar os Britos de Loriga/Vide?
Tenho como grande probabilidade que esta família vai entroncar em Álvaro de Cáceres, como exemplifico abaixo. No entanto existe a dúvida na ligação do nº 4. João de Brito que viveu na Vide com Catarina Martins. Seria filho dos pais que vão abaixo ou de um outro João de Brito que no GENEA vem casado com Maria Duarte? O processo do padre José de Brito Sarafana prestaria informações valiosas. Poderia explicar o uso de Sarafana que leva a pensar na ligação destes Britos aos da Beira Baixa.
Alguém tem informações que possa prestar?
1. Álvaro de Cáceres CC Joana Mendes da Fonseca, fª de Diogo da Fonseca Coutinho e Brites Godins de Brito
...2. Diogo Fernandes de Cáceres CC Leonor Afonso
........3. Diogo Fernandes de Cáceres CC Maria Simões (cc 1560)
............4. Bach. António Cáceres de Brito fam. Stº Ofício (nasc. 1562-Loriga)
............4. Pedro de Cáceres Casou várias vezes, com geração
........3. Maria Fernandes CC António Aparício, fº de João Aparício e Catarina Gonçalves
............4. Inês Gonçalves CC António Aparício (nasc. c. 1568-Loriga;fal, 1638)
................5. Pedro Aparício CC Águeda de Gouveia, fª de Luís de Gouveia e Ana Fernandes
....................6. Pedro Aparício de Gouveia (Fam. Stº Ofº)
................5. António Aparício (Fam. Stº Ofº) CC Maria da Fonseca
................5. Diogo Fernandes CC Maria da Silva
................5. João de Brito CC Maria João
............4. João de Brito CC Catarina Martins, viveram na Vide. Tiveram, entre outros que casaram e tiveram geração:
................5. Beatriz Marques C 15.08.1634 com João de Abrantes (nasc. Bef 1622-Vide;;fal, 6 01 1681)
................5. Ana de Brito CC João Marques
................5. Padre José de Brito Sarafana
................5. Daniel de Brito CC Águeda João Marques
.........? 4. João de Brito CC Maria Duarte
................5. Catarina de Brito (fal, 29 11 1649-Loriga) CC Domingos Anes
.....................6. Catarina de Brito CC Lázaro Gonçalves (cc 12 08 1663)
................5. Maria de Brito CC Manuel-João Gomes
....................6. Manuel Gomes CC Isabel Cristóvão
............4. Águeda Aparício (fal, 21 07 1633-Loriga) Deixou como herdeiro o irmão João de Brito.
Com os melhores cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Confrade G. Santos:
O tópico que abriu e as informações que disponibilizou despertam-me enorme interesse, uma vez que alguns Britos de Loriga são ascendentes da minha Avó paterna, tendo o meu Pai ainda usado esse apelido. A ascendência desta minha Avó que até agora consegui apurar já foi praticamente toda incluída aqui no GP, partindo de:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=116849
A respectiva ascendência paterna (tanto quanto sei) é toda de Loriga, Alvôco da Serra e, apenas um casal, de Sandomil; já aqui se tratou de assuntos relacionados no tópico “Mendes Castelo Branco de Loriga”:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=38630
onde muitos confrades incluiram extensas contribuições. Farei o possível por colaborar na exploração da hipótese que levanta; vou consultar os meus apontamentos para confrontar com as suas informações. Já tentou encontrar o processo do Padre José de Brito Sarafana no Arquivo da Universidade de Coimbra? fiz em tempos uma busca por Britos e anotei os que encontrei de Loriga, mas poderá estar em Sarafana...
Outra questão que me suscitam as suas informações é a repetição do nome “Diogo Fernandes”; com efeito é este o nome do mais antigo ascendente por varonia que encontrei da minha referida Avó (pode ver-se aqui no Genea). Como já ficou referido no tópico “Mendes Castelo Branco de Loriga”, Amaro Luís e Catarina Aparício (quintos-avós por varonia do meu bisavô José Luís de Brito e também tetravós por varonia da sua Mãe) tiveram um filho chamado Manuel Aparício de Morais (o que eu totalmente ignorava, antes da informação prestada pelo confrade Eduardo Osório), sogro do meu múltiplo antepassado Manuel João (descendo diversas vezes do primeiro casamento com Catarina de Brito). Este aparecimento do apelido Morais é um novo mistério pois os pais de Amaro Luís e Catarina Aparício não o usam (chamam-se Diogo Fernandes e Ana Gomes, Fernando Dias e Isabel Aparício, respectivamente, esta última filha de Manuel Aparício “O Velho”). Será que este “Morais” aparece em algum sítio ligado Cáceres? Haverá alguma hipótese de ligar estre “meu” Diogo Fernandes aos Diogos Fernandes de Cáceres que refere?
Se encontrar informações relevantes não deixarei de as incluir neste tópico; entretanto, se quiser contactar-me por e-mail, o meu é:
abivar arroba sapo ponto pt
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro confrade António Bivar
Há largas dezenas de anos que deixei de frequentar a TT por graves problemas de visão. Nunca percorri os corredores do novo edifício do Campo Grande. Por isso alguns dos meus dados podem estar imbuídos de erros. No entanto são os que possuo e sobreviveram a este "exílio".
Assim, nos meus apontamentos sobre Loriga tenho como pais de Amaro Luís a Diogo Fernandes e Ana Gomes, mercadores de Sabugal. Amaro Luís c. 19.8.1666, Loriga, com Catarina Aparício. O apelido de Morais surgiu com o filho Manuel Aparício de Morais cc Maria Pinto (Castelo Branco), fª de Manuel Marques da Silva (Vasquesteves) e Isabel Pinto Castelo Branco (dos Castelo Branco de Loriga).
Não pesquisei em profundidade os livros de Sabugal pelo que não sei se existe alguma ligação entre este Diogo Fernandes e Diogo Fernandes de Cáceres. Devido à época em que viveram não podem ser o mesmo. Nada impedem que fossem pai e filho. Loriga esteve sempre ligada à rota da lã e lanifícios. Terra de indústria de lanifícios e de pastoreio, com transumância para a zona de Penamacor, Idanha e Alentejo, a ligação entre famílias era um facto vulgar. Normal é encontrar casamentos de gente de Alvoco e Loriga nestas zonas fronteiriças e Alentejo.
No entanto, Morais, que não foi usado por nenhum outro descendente, parece ser uma deturpação do nome Amaro.
A consulta dos Arquivos da U. Coimbra, até ao momento, não estão no meu âmbito por questões de saúde visual e habitação (banda sul do Tejo, ou seja, Seixal). A minha deslocação a Coimbra só se justificaria com um âmbito maior de consulta. O que vou tentar construir.
Com os melhores cumprimentos
Gabriel santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos:
Acaba de me dar mais uma informação preciosa; ignorava totalemente que Diogo Fernandes, Pai de Amaro Luís, fosse mercador e de Sabugal, o que abre novas perspectivas de investigação; tem possibilidade de me indicar onde encontrou essa referência? Procurarei logo que possível fazer uma busca nos livros de Sabugal; infelizmente, de acordo com os índices, da freguesia de Sabugal propriamente dita só existem livros desde 1799. Resta a esperança de que Diogo Fernandes tivesse casado em alguma outra freguesia do Concelho de Sabugal uma vez que em algumas existem livros desde a segunda metade do século XVI.
Já vi noutro tópico um confrade oferecer-se para fazer algumas buscas nos índices do Arquivo de Coimbra; talvez se consiga saber se existe o processo de José de Brito Sarafana.
Nunca me tinha ocorrido a semelhança entre Amaro e “de Morais”; no entanto, a menos que seja má leitura, custa-me a acreditar que existisse essa confusão quando se referiam simultaneamente os dois nomes em determinado assento. A adopção do apelido por semelhança também me parece estranha; em qualquer caso será bom continuar alerta para encontrar outra explicação mais plausível. É de notar que, segundo uma tese recente do nosso confrade Manuel Abranches de Soveral (julgo não estar a ser indiscreto pois já foi referida noutro tópico, embora ainda não tenha sido publicada), os Castelos Brancos de Loriga proviriam de um Aparício Rodrigues (filho de uma Castelo Branco entroncada), cujos descendentes durante algumas gerações usaram o patronímico Aparício como apelido, tendo depois recuperado o Castelo Branco, em alguns casos. Poderia o “Morais” ter tido pior sorte e ter sido abandonado após uma “ressureição” pontual. Na descendência por varonia destes Fernandes – Amaros Luíses – Luíses Amaros encontrei tardiamente um José Luís Amaro de Castro cujo “Castro” não sei explicar mas que se transmitiu aos descendentes, sem que exista em nenhum dos ascendentes que determinei (e tenho a ascendência completa por muitas gerações)..
Se pretender alguma ajuda no ANTT (em qualquer assunto do seu interesse) diga-me que terei muito gosto em colaborar no que puder.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
Desde já o meu Obrigado pelo seu oferecimento de ajuda e elementos que comunicou.
Segundo os meus apontamentos a naturalidade e profissão de Diogo Fernandes aparece no registo do casamento do filho Amaro Luís com Catarina Aparício (1666). Atendendo à distância entre Sabugal e Loriga pensei ser má leitura minha por Sabugueiro. Na altura pesquisei os livros do Sabugueiro e nada encontrei sobre esta família.
Todavia não se estranha a distância ao pensarmos que eram mercadores e havia muita correlação entre Loriga e Covilhã. Por outro lado, a chamada estrada velha ou da lã, que no Verão subia a Serra do Açor, no Inverno usava um caminho inferior, por Alvoco e Pedras Lavradas. Foi, aliás, ao fugir por esta estrada inferior, num dos episódios da luta entre os duques de Bragança e Coimbra, que o 1º duque ficou com o pescoço rígido para toda a vida.
Concordo que é um pouco forçado ir buscar o apelido a Amaro, principalmente quando este nome próprio foi usado como apelido por outros familiares do Morais. Terá o Morais vindo de algum padrinho? Em Loriga casou em 1677 um Manuel Cota de Morais, de Cravalhal Redondo. Só vendo o registo de nascimento!
Já o uso por um ramo da família do apelido Castro não é exemplo único na região. José João Garcia de Castro, fam. Stº Ofº, da Vide, não tem nos registos paroquiais os pais e avós, ambos Manuel João, como Castros. Já o bisavós paternos, por onde veio o Castro, se chamavam Marcos Pires e Ana João, de Lameiras, Oliveira de Fazemão. Será que eram irmãos do casal António Pires/Isabel João, antepassados de José Luís Amaro de Castro? Como mera hipótese de trabalho ...
Quanto à hipótese da origem dos Castelo Branco de Loriga tenho-a como costuma ser enunciada através de processos do Stº Ofº e de cartas de brasão. Isto pode levar a erros pois os interessados, por vezes, manipulavam as suas origens.
Em determinada altura pensei que os Aparício poderiam vir de um Aparício Rodrigues avô de Maria Rodrigues de Macedo c. antes de 1568 com Mateus de Abranches. As datas concordavam. Actualmente penso que seja diferente. Já c. 1500 aparecem Aparícios com alguma projecção social na Covilhã, aparecendo depois espalhados pelas povoações a Oeste da cidade dos lanifícios. A consulta do Arquivo da Covilhã poderá oferecer outros dados. No entanto fico aguardando que o confrade Manuel Abranches de Soveral publique dados concretos.
Com os melhores cumprimentos
Gabriel Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos:
Esta sua mensagem abre mais uma série de caminhos promissores para futuras investigações, além de revelar o vasto conhecimento que o confrade tem deste assunto; importa-se que chame a atenção do confrade Manuel Abranches de Soveral para as suas intervenções neste tópico? estou certo que seria muito profícua uma troca de informações, mas não quero intrometer-me indevidamente no trabalho que ambos parecem ter adiantado, eventualmente com importantes pontos de contacto.
Quando refere a linha por onde viria o apelido Castro, há alguma indicação no referido processo do S. O. que permita adiantar alguma coisa acerca dessa questão? Também fiquei obviamente curioso quanto à questão da origem dos Aparícios...
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
Obrigado pelas palavras, que julgo não merecer. No entanto, não me oponho à ideia do contacto com Manuel Abranches de Soveral. Se o meu fraco préstimo for de alguma utilidade terei prazer em ajudar. Como não tenho no meu âmbito próximo publicar os meus dados de genealogia, não tenho dúvidas em os partilhar.
Quanto à origem dos Castros, o que tenho a dizer é que na altura não aprofundei a origem dos Castros de José João Garcia de Castro, que é personagem colateral à minha família.
Um outro caminho a ser seguido (mas que levaria a uma origem longínqua, os Castros da Covilhã) seria através do antepassado de José Luís Amaro de Castro de nome Pedro Luís CC Domingas Marques (ver GENEA). Este Pedro Luís de Gouveia (assim chamado várias vezes nos registo de Alvoco, mas só o filho Domingos Luís de Gouveia seguiu o apelido) era filho de Domingos Gonçalves e Isabel João e descendia do Luís de Gouveia da Vide (cá temos Luís fixo como apelido devido à origem) que suponho, como Manuel Rosado Marques de Camões e Vasconcelos, ser neto de João Fernandes Cabral e D. Joana de Castro.
No entanto, no Forum já vi negar esta hipótese de Manuel Rosado, não sei com que fundamentos.
Com os melhores cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel:
Não posso deixar de verificar que até agora todas as suas mensagens têm acrescentado substancialmente o meu conhecimento acerca destes meus antepassados de Loriga e arredores, pelo que seria injusto da minha parte não o salientar. Mais uma vez me transmite preciosas informações que eu totalmente desconhecia; quando fiz a investigação (ainda na antiga Torre do Tombo...) cujo resultado está agora no Genea não encontrei nenhum assento que me permitisse descobrir quais os pais de Pedro Luís e Domingas Marques, provavelmente por inexperiência. Não quero abusar da sua generosidade, mas tudo o que tenha acerca desta ascendência obviamente me interessa... em particular as referências à filiação de Pedro Luís e Mulher, a ligação com Luís de Gouveia da Vide e a própria “teoria” de Manuel Rosado (e respectiva discussão). É claro que estou ao seu dispor para qualquer colaboração que lhe possa dar nas suas investigações.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel:
Fazendo uma busca nos meus apontamentos, encontrei finalmente o que tirei do assento de casamento de Amaro Luís com Catarina Aparício (19/8/1666, 1-M, Loriga); de facto li: Diogo Fenandes e Ana Gomes “moradores no lugar de Sabugueiro freg. de S. João Baptista”, o que coincide em parte com a sua primeira leitura. Não seria de facto “moradores” em vez de “mercadores”? na primeira oportunidade procurarei reler este assento; como o orago de Sabugueiro é de facto S. João Baptista, tudo indica que, de facto, seria esta freguesia.
Também encontrei um assento de baptismo em Loriga (1-M, fls. 23, 14/10/1618) em que é referido como padrinho “o britos (sic) da vide”, e madrinha Maria Cristóvão (infelizmente não copiei o nome da criança e respectivos pais). A filiação proposta para Maria de Brito, casada com João Gomes, e Catarina de Brito, casada com Domingos Anes (que suponho filhas de João de Brito e Maria Duarte, moradores em Loriga) não é dada directamente, mas deduzida de uma série de indícios concordantes. Um João de Britos (sic) tem filhos baptisados a 21/4/1612 (Isabel), 13/2/1615 (João), 1/12/1617 (Manuel), podendo o baptismo de Catarina e Maria ser anterior ao mais antigo assento de baptismo subsistente (1610), uma vez que estas têm filhos na década de 30 (também aparece um “António de Britos filho de João de Britos” padrinho a 16/12/1638); a madrinha de uma filha Maria de Catarina de Brito (e Domingos Anes) é “Maria filha de João de Brito” (prova de que um João de Brito teve uma filha Maria, a qual poderia ser evidentemente irmã da mãe da afilhada), o padriho da filha Catarina do mesmo casal é “João de Britos” (o qual suponho ser o João filho de João de Brito) e finalmente Catarina de Brito é madrinha (juntamente com João do Amaral) de Lourenço, filho de João de Brito (que suponho ser seu irmão e filho de João de Brito). O nome da mulher do João de Brito mais antigo não consta dos assentos de baptismo que encontrei de filhos do casal, mas aparece uma Maria Duarte, mulher de João de Brito, madrinha a 19/12/1622, o que me leva a supor que seja a mãe dos seus filhos, uma vez que não encontrei nenhum casamento de João de Brito (começam em 1614); estas hipóteses parecem-me bastante sustentáveis, ainda que, evidentemente, deva subsistir alguma dúvida metódica.
Finalmente encontrei referência a um “Joam de Brito da Barriosa”, padrinho em fins de 1635, princípios de 1636 (só tirei a referência do nº da folha – 51 vº – mas o assento é depois de 28/12/1635 e antes de 28/2/1636); não sei se será um terceiro João de Brito (ou quarto, contado com o “da Vide”, se for João) ou simplesmente um dos dois moradores em Loriga (pai e filho).
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
A construção do "mosaico" genealógico que é a formação da ascendência de alguém é um jogo apaixonante. Todavia, ao aumentar o número de peças elas começam a não "encaixar bem" sujeitas que estão a suspeições, dúvidas, hipóteses. Os registos são mais anémicos, quanto mais atrás mais poupanças há de palavras. Por outro lado, a repetição de nomes, se indicia parentescos, causa problemas de identificação. O que acontece com estes Britos.
O João de Brito da Vide (Baloquinhas), aparece casado com uma Catarina que ora é Martins, ora Nunes. O 1º filho que lhe encontrei na Vide foi Domingos, bap. em 1.4.1618.
Ora aparece outro João de Brito (ou será o mesmo?) casado com Catarina Nunes, moradores no Vinhó, cuja filha casou (4.2.1697) na Vide com Pedro Gonçalves, do Cide, sendo padrinhos o Pe. José de Brito, Luís e Daniel de Brito, filhos do 1º João. Temos de concordar que é um casamento tardio no caso de ser fª do 1º.
Entre outros Britos da Vide consta Maria (+ 28.10.1634) CC Francisco Lourenço, com geração no Cide.
Já a indicação que nos dá da expressão "o britos da Vide" indica conhecimento bastante da personalidade, dispensando o uso do nome.
Outros João de Brito:
- João de Brito (+ 2.10.1640, Loriga), herdeiro da irmã Águeda Aparício (+ 21.7.1633). Seria pai de
- João de Brito cc Maria Jorge, pais de, entre outros casados em Loriga:
- João de Brito c. 13.11.1679, Tortosendo, com Isabel de Andrade, fª de Gaspar de Melo Cabral e Maria Feio
Este João de Brito herdeiro de Águeda Aparício faz a ligação entre os Britos e Aparícios. Esta ligação vê-se melhor com Pedro Aparício (+ 14.2.1659 Loriga) C. na Vide com Águeda de Gouveia, fª de Luís de Gouveia e Ana Fernandes, neta de Luís de Gouveia (? Luís Álvares de Gouveia que cedeu bens à Misericórdia da Covilhã c. 1580) aquele que Manuel Rosado afirmava ser fº de Pedro da Costa de Gouveia, não recordo em que obra, pois não tenho esses dados à mão. Pedro Aparício era irmão do Fam. Stº Ofº António Aparício. Pedro Aparício (+ 14.2.1659, Loriga) era parente próximo do João de Brito da Vide, tendo igualmente vivido em Baloquinhas. E na altura Baloquinhas não teria assim tantos casais.
Ora entre os filhos deste casal podemos ver Catarina de Brito cc Manuel Antunes, testamenteiro do sogro. Tiveram, entre outros:
- Guiomar da Fonseca b. 4.1.1640
- Catarina de Brito b. 15.12.1651
Os apelidos Fonseca e Brito só podem vir através de Maria Fernandes (de Cáceres)
O Casal Manuel Gomes/Isabel Cristóvão creio ser o casal Manuel de Brito/Isabel Cristóvão cuja fª Maria Cristóvão casou em Alvoco a 14.8.1703 com Manuel Francisco, fº de Cosme Francisco e Isabel Cristóvão, solteiros. Na realidade os nossos antepassados não tinha o "privilégio" das telenovelas como alfobre de nomes.
Posteriormente falarei da ascendência da mulher de Pedro Luís de Gouveia
Com os melhores cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caros Confrades:
Apenas duas sugestões:vêr os Gouveias do saudoso António Pedro de Sousa Leite no artigo que publicou sobre a dinastia dos Gouveias humanistas,do ramo dos Senhores da Póvoa de Papízios;e vêr os Morais da Cunha ,ramo bastardo dos Senhores de Santar,quwe teve assento em Carvalhal Redondo.Quem mais elementos deverá ter sobre estes, neste momento é o Dr.Manuel Abranches de Soveral e podiamos suplicar-lhe quer publicasse,pois fazem falta a muito boa gente.O Cotta de Morais é desses.Já o verifiquei.
Cumprimentos.
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
Pedro Luís de Gouveia casou com Domingas Marques fª de Gonçalo da Silva e Domingas Marques, de Vasquesteves.
O nome uso do nome Gonçalo indica forte parentesco entre os familiares daquela povoação, na altura única, hoje desdobrada em Vasquesteves de Cima e Vasquesteves de Baixo. Julgo não errarmos ao afirmar que todos os Silvas de Vasquesteves eram da mesma família.
Vejamos o que aparece nos livros de Alvoco sobre estes Silvas.
1. Francisco da Silva (+15 02 1691)pai, pelo menos, de Fernando da Silva, instituidor de uma capela liberada no tempo de D. José por um descendente de Fernando. Note-se que Francisco podia ser pai de Fernando pelos dados que actualmente possuo.
...2 Fernando da Silva CC Margarida Fernandes de Gouveia
......3. Gonçalo da Silva CC Maria da Serra, de Unhais da Serra, com dispensa de 4ºgrau de consanguinidade, fª de Domingos Folgado e Isabel da Serra
...2. Isabel da Silva, que parece ser filha de Francisco CC João Marques. Um neto, Manuel da Silva Castelo Branco era licenciado e Padre
......3. João Marques CC Ana Jorge
..........4. Gonçalo da Silva C. 27.12.1723 C. Ana da Silva
...2. Gonçalo da Silva CC Domingas Marques
.......3 Domingas Marques CC Pedro Luís de Gouveia
Também é certo Fernando da Silva ter como antepassado alguém de apelido Serra, dos Serras da Covilhã. Um seu neto de Alvoco usa o apelido Serra e o filho Gonçalo casou com Maria da Serra com dispensa de 4º grau de consanguinidade.
Não nos repugna a hipótese de Francisco da Silva ter casado com uma senhora de apelido Folgado (Maria Folgado a velha? Aparece em Alvoco uma senhora Maria Folgado a Nova, casada com João Manuel, o que pressupõe a Velha) sabendo que estes Folgados de Unhais da Serra estavam ligados aos Serras (houve mais Folgados em Alvoco ligados a gente de Tortosendo/Unhais da Serra),
Estes Folgados aparecem nos livros de Paúl referentes a Unhais da Serra (30.4.1565 Afonso Folgado CC Maria Gonçalves) ligados posteriormente aos Serras. Estes Serras da Covilhã são descendentes de Ana Fernandes e Lucas Dias, da Covilhã, sendo Ana Fernandes irmã de Manuel Fernandes vigário geral do bispado da Guarda.
Estes Silvas vão indicados como hipótese, assim como os Gouveias que seguem. Mas a hipótese é o primeiro caminho para a verdade.
Pedro Luís de Gouveia
Fº de Domingos Gonçalves e Isabel João
Np Domingos Gonçalves e Maria de Gouveia (hipótese)
Bm de Pedro de Gouveia (+ 12.12.1677, Vasquesteves)
3º nm de Luís de Gouveia Margarida Domingues, Goundufo
4º nm de Luís de Gouveia e Ana Fernandes, da Vide
Com os melhores cumprimentos
Gabriel dos Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel:
Mais uma vez lhe agradeço as novas informações. Hoje consegui dar uma escapadela até á Torre do Tombo e apesar do pouco tempo (agora fecha às 5h30 e só consegui chegar depois das 3...) ainda consegui alguma coisa:
1) Confirmei o teor do assento de casamento de Amaro Luís com Catarina Aparício (a 19/8/1666) e os pais de Amaro Luís, Diogo Fernandes e Ana Gomes, são de facto ditos “moradores no lugar do Sabugueiro fregª de Saõ Joam bautista”.
2) Nos assentos do Sabugueiro (livro 1-M) encontrei a folhas 5-v (da parte “antiga” do livro que começa com assentos muito posteriores, pelo menos no microfilme) o baptismo de Domingos, filho de Diogo Fernandes e Ana Gomes, a 21/9/1635, pelo que são estes certamente os pais de Amaro Luís; curiosamente os padrinhos são Francisco Luis e Guimar (sic). Não encontrei ainda o baptismo de Amaro Luis, mas não tive muito tempo para procurar.
3) Surpreendentemente encontrei outro casal contemporâneo do anterior, também no Sabugueiro, quase homónimo: Diogo Fernandes e Ana Gil; mas o mais interessante é que no assento de baptismo do filho Diogo deste casal (a 24/1/1635, fls. 11v) o pai é chamado Diogo Fernandes Morais! seria grande a tentação de identificar os dois casais, o que explicaria o Manuel Aparício de Morais filho de Amaro Luís e Catarina Aparício (portanto neto paterno de Diogo Fernandes), mas não julgo ser possível. A grande pressa com que vi estes assentos não me deixa ter certezas pois posso ter visto mal alguma data; estes assentos encontram-se bastante desordenados e misturados com outros muito posteriores, pelo que terei de rever com cuidado as datas, mas tenho pelo menos a certeza de ter visto baptismos de filhos dos dois casais na mesma página, julgo que em datas incompatíveis com a identificação (já as anteriores distam apenas de 8 meses...). Em qualquer caso parece que existiam Morais no Sabugueiro na primeira metade do séc. XVII.
4) Encontrei uma lista de crismados em Loriga (1-M, fls. 101/110 e seguintes – tem duas numerações) em que parece ficar muito reforçada a filiação de Catarina e Maria de Brito; com efeito aparece o crisma de quatro filhos de João de Britos (sic): Caterina, Maria, João e António.
Consegui ainda outras informações marginais a estes nossos assuntos, nomeadamente as listas de filhos crismados de outras personagens de Loriga (Manuel Aparício, Gaspar Fernandes o Velho e o Moço, António Aparício o Velho, etc.); também vou abrir outro tópico a pedido do António Mattos e Silva, que encontrei hoje na Torre, acerca de um “Homem de Cáceres” de Loriga.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Meu Caro:
Muito obrigado pelas "dicas". Onde está o artigo dos Gouveias humanistas? Abraços.
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RE: Britos de Loriga/Vide
Me Caro Primo:
Acho que é uma separata de uma revista editada pelo SNI,do tempo da outra senhora.Eu tenho o exemplar que era do meu avô.Se quiseres fotocopio.
Abraços.
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
Grato pelas indicações dadas.
A dúvida sobre a origem dos Amaros estar no Sabugueiro julgo ficar esclarecida.
Se os Morais estãoligados aos de Carvalhal Redondo/Santar, (pista fornecida pelo confrade Conde, a qual agradeço) não tenho dados concretos. Na obra que possuo de A. Botelho da Costa Veiga, Apontamentos para ...Famílias Originárias da Beira, é aflorada a origem dos Morais da Cunha de Carvalhal Redondo e arredores. Nela não encontro qualquer pista que os ligue aos Amaro.
Com os melhores cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel:
Mais uma passagem pela Torre deu alguns frutos; o livro 1-M do Sabugueiro contém uma série de assentos trancritos em 1722, por ordem de um visitador, de livros mais antigos deteriorados, o que em parte explica a desordem em que se encontram espalhados pelo livro. O bom do pároco que fez este meritório trabalho (a ele devemos a sobrevivência de assentos desde a primeira metade do século XVII) parecia relativamente competente pois até indica quando não consegue ler algum nome, apesar de não ter arrumado as transcrições com grande critério, antes parecendo aproveitar zonas em branco de um livro já preenchido mas salteado. Há no entanto um facto mais perturbador: a certa altura começa a repetir alguns assentos, mantendo o dia e o mês mas alterando o ano (de 1666 para 1681, de 1667 para 1682, de 1669 para 1683, etc.); ainda pensei tratar-se de homónimos mas confirmei depois sem margem para dúvidas tratar-se dos mesmíssimos assentos (só detectei repetições em óbitos), o que lança alguma dúvida quanto ao discernimento do pároco. Feita esta advertência, julgo que, apesar de tudo se pode confiar na generalidade dos assentos transcritos; os números de página adiante indicados começam com uma numeração nova a meio do livro. Temos assim:
1) Uma lista de filhos de Diogo Fernandes e Ana Gomes, a começar com o nosso Amaro (b. 22/1/1632, fls. 4), seguido de Ana (b. 7/4/1633, fls. 5), Maria (b. 14/1/1635, fls. 5v), Domingos (b. 21/9/1635, fls. 5v), Manuel (b. 1/1/1637, fls. 6v), Isabel (b. 2/1/1639). O assento de Amaro apresenta a particularidade de ter os nomes dele e dos pais sublinhados, caso único nestes assentos do séc. XVII transcritos em 1722; alguém terá já andado a fazer “a mesma” busca no livro não sei em que época. O assento de Isabel é particularmente importante pois aí se diz ser filha de “Diogo Fernandes genrro (sic) do Verde”; ora a madrinha é Maria, filha do Verde, e na mesma página aparece como madrinha de outro baptismo “Maria filha de António Rodrigues Verde” (madrinha de Luisa filha do meirinho António Gonçalves e de Margarida Barcelos, a 21/12/1638). Acho que podemos concluir sem grande maregem para dúvida que Ana Gomes seria também filha de um António Rodrigues Verde.
2) Uma lista de filhos de Diogo Fernandes Morais e Ana Gil: Brás (b. 15/2/1635, fls. 5v), Manuel (b. 19/1/1637, fls. 6v, no mesmo mês e folha que o Manuel filho do outro Diogo Fernandes), Maria (b. 19/6/1639, fls. 8v), Marta (b. 20/1/1642, fls. 10), Diogo (b. 24/1/1645, fls. 11v), Gil (b. 1/11/1657, fls. 32).
3) Mais apelidos “misteriosos” na família que deu os Amaros Luises; com efeito aparece uma Ana Gomes dita filha de “Diogo Fernandes e Maria (sic) Gomes” madrinha algumas vezes pelos anos 60 do século XVII. Suponho que o nome Maria dado à mãe (em dois assentos seguidos) terá sido confusão do pároco que escreveu o original ou do que transcreveu o assento, pois na época certa não encontrei nenhum casal “Diogo Fernandes – Maria Gomes” mas apenas “Diogo Fernandes – Ana Gomes” (no primeiro baptismo, fls. 36v, a mãe da criança era Maria Gomes, o que poderá ter dado origem à confusão). O mais curioso é que no segundo baptismo (26/3/1666, fls. 37, de Marta, filha de Miguel Fernandes e Maria Morais) esta Ana (filha dos mesmos pais) é chamada Ana Botelha; mais tarde (16/2/1669, fls. 39, baptismo de Pelonia, filha dos mesmos Miguel Fernandes e Maria Morais) aparece Ana Gomes, mulher de Manuel Fernandes Morais. Ora, de facto, encontrei o casamento de Manuel Fernandes Morais (filho de Diogo Fernandes Morais e Ana Gil) com Ana Gomes (filha de Diogo Fernandes e Ana Gomes), a fls. 88, 8/7/1668! assim se cruzou o sangue dos dois Diogos Fernandes. Ainda encontrei o casamento de Diogo Fernandes Morais com Ana Gil (fls. 78v, a 3/7/1633), mas não dão pais, dizendo-se do noivo “que veio de Coia”, a noiva de Sabugueiro; curiosamento no óbito deste Diogo Fernandes Morais (a fls. 128v, 12/3/1677) dizem-no “natural deste lugar [do Sabugueiro]”, a menos que fosse o filho homónimo, mas não me parece, pois deixa missas pela sua Mulher “que Deus tem”, e, de facto, Ana Gil morre a 25/9/1666 (o assento aparece transcrito a fls. 122v com esta data e a fls. 132 com a data 25/9/1681!!).
3) Ainda encontrei o óbito (fls. 120, 24/12/1665) de uma Isabel Biscaia (“Bisquaija” ou “Bisquaya”), casada com Amaro Luís, o que explica o casamento algo tardio deste em Loriga, a 19/8/1666, com Catarina Aparício (tinha já 34 anos).
4) Outros óbitos “interessantes” são os de António Rodrigues Verde (presumível pai de Ana Gomes, mulher de Diogo Fernandes), a 25/5/1649 (fls. 103v) e de um Francisco Morais, falecido “em o Alemtejo em Villa Nova abintestado” (fls. 109v, sem data, mas deve ser por volta de 1623, pelos assentos contíguos); encontrei óbitos de dois Diogos Fernandes, para além do Morais (13/9/1658, fls. 117v e 15/3/1669, fls. 124v, repetido a fls. 133v com a data 15/3/1683!!) e de duas Anas Gomes (6/11/1672, fls. 123, 10/6/1676, fls. 128v).
Por hoje é tudo,
Um abraço,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Só mais um pormenor intreressante: Num rol de crismados sem data mas que, pelo nome do pároco, deve ser cerca de 1644, aparecem “Diogo Fernandes e sua molher Anna de Sobral e sua irmam Maria”, “Manuel Rodrigues e sua molher Marta de Morais e seu cunhado Domingos”, “Maria Gomes molher de Manoel de Morais” e finalmente “os filhos de Diogo Fernandes”; fica-se sem saber quem é este ou estes Diogos Fernandes. Seria Ana de Sobral uma das Anas casadas com os Diogos Fernandes já “nossos conhecidos” (Ana Gil ou Ana Gomes)? como aparece também a irmã e o Diogo Fernandes Morais é dito “de Coia” (Coja?) no casamento, talvez fosse o outro, para ter a irmã Maria a viver em Sabugueiro, a menos que fosse a irmã de “Ana de Sobral” (nesse caso também era coerente com o par de irmãs Ana e Maria Gomes “filhas do Verde”)... Em qualquer caso ficamos a saber da existência de diversos Morais adultos a viver no Sabugueiro cerca de 1644.
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Primo Conde:
Se tiveres paciência, muito te agradeço! Abraços
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RE: Britos de Loriga/Vide
Ainda uma conjectura para a filiação de Diogo Fernandes e Ana Gomes; os padrinhos de Amaro Luís são António Fernandes e Catarina Gomes. Ora uma Guiomar Rodrigues, mulher de António Fernandes aparece como madrinha de Ana, Maria, Domingos e Manuel (todos irmão de Amaro Luís). Não me espantaria nada que António Fernandes e Guiomar Rodrigues fossem os pais de Diogo Fernandes e que Catarina Gomes fosse mulher de António Rodrigues Verde e mãe de Ana Gomes (assim os padrinhos do filho primogénito seriam o avô paterno e a avó materna, sendo a avó paterna madrinha dos outros filhos todos...). Um Francisco Luís aparece a apadrinhar Maria e Domingos; talvez fosse tio das crianças, resta saber por que lado, mas como aparece a par de Guiomar Rodrigues, eventual avó paterna, talvez fosse pelo lado materno... Ficamos sem saber de que lado viria os eventuais Morais, Botelho, Sobral (?) que vemos usado pela descendência ou por um dos membros próprio casal (?).
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro António Bivar
Interessantes as revelações que vem fazendo sobre Sabugueiro. Apesar de não se vislumbrar ligação aos Morais da Cunha, pelos dados constantes da obra que indiquei, alguns indícios são de assinalar:
1. O nome Ana de Sobral - Houve ligação entre os Sobral e os Morais da Cunha. Aliás, os dados constantes da obra de A. Costa Veiga sofrem de um hiato de de 2 (?) gerações na descedência de Catarina de Morais, fª de Francisca, c. com António de Abrantes, por cujo ramo há uma ligação aos Sobral;
2. Marta de Morais é homónima da mulher de Marcos de Abranches, dos Morais de Carvalhal Redondo;
3. Francisca de Morais, a presumível fª bastarda de D. Luís da Cunha e progenitora dos Morais da Cunha de que se fala, casou com Manuel Fernandes.
Esta família foi infamada por mulatisse. Por isso, as habilitações para o Stº Ofício (e houve várias) se prolongavam por muitos anos e estavam carregadas de informações genealógicas. A sua consulta permitiria aprofundar as ligações familiares.
Com os melhores cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel
Mais algumas conclusões depois de nova consulta aos enigmáticos assentos do Sabugueiro:
1) Diogo Fernandes e Ana de Sobral constituem casal diferente dos outros Diogos Fernandes - Anas (Gil e Gomes); com efeito têm filho Luís a nascer a 18/4/1679, portanto uns quarenta anos depois dos outros. Fui enganado pela presumida data dos crismas do primeiro casal, pois o Padre Manuel João que assina os crismas aparece a assinar um assento de 1644, isolado no meio de outros posteriores, com outro padre. Ora apareceu-me agora também a assinar assentos cerca de 1679/81 (incluindo o baptismo do tal Luís); o outro assento mais “antigo” talvez tenha a data errada, o que não me espanta, atendendo ao que acima dizia acerca dos assentos duplicados...
2) Devemos acrescentar mais uma filha a Diogo Fernandes e Ana Gomes, descoberta feita através do assento de casamento respectivo; trata-se de Juliana Gomes filha dos ditos (já falecidos), que casa a 30/6/1680 com António Marques, filho de Pedro Marques, já falecido, e Maria Francisca, moradores em São Romão (Sabugueiro, 1-M, fls. 3-V, do princípio do livro). Esta descoberta acabou por trazer novos elementos para a filiação de Diogo Fernandes, já que eu tinha encontrado o baptismo de Juliana a fls. 12 (meio do livro), a 10/1/1646, mas não a tinha por filha segura do tal casal porque só se diz ser filha de Diogo Fernandes Torado (sic), sem se nomear a mãe; ora existe um António Fernandes Torrado (sic) que poderia bem ser o António Fernandes marido de Guiomar Rodrigues e padrinho de Amaro Luís (sendo Guiomar madrinha de pelo menos quatro filhos de Diogo Fernandes e Ana Gomes), possível pai de Diogo Fernandes. Como a vida é sempre mais complicada do que o desejado, aparece o óbito de António Fernandes Torrado a fls. 111v, a 12/1/1629, portanto antes do baptismo de Amaro Luís (22/1/1632)! seriam dois homónimos, um avô e outro pai de Diogo Fernandes, por exemplo? ou estará enganado o ano do óbito (não sei se este está duplicado...)?
3) Como mera curiosidade, a pobre Juliana Gomes morre a 15/1/1683 (fls. 4), concerteza em consequência de parto, entre o baptismo de dois filhos (sem dúvida gémeos), Amaro, b. 14/1/1683 (na véspera da morte da mãe) e Manuel, b. 28/2/1683. Também o óbito de Juliana Gomes se encontra duplicado, tendo o segundo assento data de 15/1/1684!
Ficar-lhe-ia mais uma vez muito agradecido se me indicasse quais os processos de HSO que existem para os tais Morais da Cunha. Também fico curioso quanto aos Cáceres; não consegui encontrar nos índices de HSO o nome de António de Cáceres de Brito. Se tiver referências documentais quanto a estas ligações familiares (Cáceres, Britos, Aparícios, etc.) e eventuais habilitações, etc. também gostaria de as conhecer, se não for abusar demais da sua paciência...
Um abraço,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos:
Este novo tópico que colocou no Fórum, e a que só agora tenho oportunidade de responder, interessa-me por várias razões. A acreditar em Felgueiras Gayo, eu descendo de Diogo da Fonseca Coutinho e Brites Godins de Brito por via de seu filho Francisco da Fonseca Coutinho, bispo de Tripoli. Por outro lado, tenho ascendência Aparício, se bem que desentroncada das pessoas citadas neste tópico.
Outra eventual ligação prende-se com a família Cáceres. Tenho um ascendente, Diogo Lopes de Cáceres, com fama de cristão-novo, provavelmente nascido ceca de 1550, que viveu no Baixo Alentejo (Mértola) mas era originário da província da Beira. Casou ainda na Beira com Mécia Pestana e do casal nasceram os seguintes filhos: Lourenço Fernandes Pestana, Leonor Fernandes de Cáceres, Ana Lopes e Isabel dos Reis Gramaxo.
Não tenho elementos seguros quanto à naturalidade ou ascendência de Diogo Lopes de Cáceres, embora pareça plausível um entroncamento nos senhores de Algodres, Fornos e Pena Verde. Uma das hipóteses está nos Cáceres de Loriga. De memória, posso informar (estes dados serão provavelmente já do seu conhecimento) que existe uma mercê de tabelião em Loriga a Diogo Fernandes de Cáceres, provavelmente um dos que refere, e um processo da Inquisição relativo a um Pe. Cáceres, de Loriga, morador nos Açores, que não pude consultar por se encontrar em mau estado.
Tenho muito interesse em quaisquer elementos que possam contribuir para validar ou refutar este possível parentesco de Diogo Lopes de Cáceres com os Cáceres de Loriga.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Anatónio Bivar
Não é abuso. É um prazer poder prestar a minha colaboração. O pouco que sei e que veio de longas investigações na TT e nos Reservados da BN se não forem divulgados, perder-se-ão. O que equivale a dizer que essas longas horas seriam em vão.
Quanto aos processos de habilitações do Stº Ofº fiz um longa pesquisa mas restrita a duas áreas: concelho de Seia e distrito de Castelo Branco. Por isso não tenho dados concretos (só lista de nomes retirada da obra que já citei) dos processoos mais a norte.
Em todo o caso envio esta lista referente a gente ligada a Loriga e S. Romão. Não é exaustiva, ficaram ainda alguns por consultar (não está informatizada). Julgo que foi proveitosa pois cá aparece o casal Diogo Fernandes e Ana do Sobral. Os dados foram retirados dos índices, não cheguei a consultar o processo.
Habilitações para o Stº Ofº de gente ligada a Loriga, de alguns dos quais se falou já no Forum :
João António Simões Geraldes, de Monforte, Castelo Branco, avô materno de Loriga (Lourenço Fernandes Marques), Carta de f. de 25.1.1765, M 128, nº 1989
António de Abreu da Fonseca, Prov. de Comissário de 1.6.1689. M 25, nº 705
Capitão Jorge da Fonseca Galvão, Hab. Incompletas, m 3 nº 32. Nas inquirições ti..6radas em Covas é testemunha o familiar Manuel de Abreu cc Maria de Abrantes. Seria parente do avô Jorge Luís que também usou do apelido Abreu.
Diogo Madeira, de S. Romão, era bisneto de um Diogo Fernandes. Prov de Notário a 15.6.1730, M 10, nº 218
Pe. José Mendes de Abreu, Prov de Com. 23.10.1764, M 99, nº 1418. Pede também pelo irmão Manuel Fernandes de Figueiredo
António de Gouveia Biscaia, C. Fam. 19.1703, M 41, nº 962. Neto materno de Manuel de Gouveia e Maria Aparício, de Loriga
Lucas da Cunha Lobo, C Fam 10.7.1731 M 1 nº 15.Nat. de S. Gião, era neto pat de Silvestre Lourenço e Páscoa Rodrigues. Nas minhas notas não estão com sendo de Loriga mas um filho António (Geraldo ? ) Lopes casou em Loriga com Maria de Gouveia, fª de Domingos de Gouveia e Isabel Gonçalves
Manuel Homem de Abreu, C Fam. 17.12.1684, M 33 726, de Gouveia, mor. em Midões. Sua mulher D. Maria da Costa Godinho, de Midões, era n. pat de Manuel da Costa Godinho (Midões) e de Antónia de Morais da Cunha (Carvalhos, Canas de Senhorim)
José Viegas de Almeida Preto, C Fam 1.5.1749, M 60, nº 927. CC Maria Paula de Oliveira Castelo Branco, neta pat de Paulo de Gouveia e Pina (através de José Mendes Castelo Branco)
Manuel Henriques de Jesus, Paúl, C Fam 23.7.1773, M 237, nº 1410. A mãe, Maria Henriques de Jesus foi b. em Loriga a 6.18.1727. Era n mat dre Manuel Jorge da Fonseca e Isabel da Fonseca, de Loriga
António de Cáceres de Brito, Prov. Com. Em 1607, M 2 nº 99 (Tinha 45 anos). Bach em Cânones, Vigário de S. Sebastião de Ponta Delgada.
Daniel Rodrigues da Fonseca, C Fam 26.3.1695. M 1 nº 1. Tem apensas as diligências do seu fº natural Luís, tido em Isabel Francisca da Vide, fª de António Domingues, Vide e Maria Domingues, Gondufo
António Mendes Ferreira, S. Romão, C fam 6.7.1639, M 87 nº 1644. Poderá ter algumas testemunhas que sejam familiares, visto sua mer. Eufémia Mendes ser também de S. Romão
José João Garcia de Castro, Vide, C Fam 15.2.1785 M 153, nº 2956
Manuel Mendes Castelo Branco, C Fam 23.11.1703 M 56 nº 1190. Valezim. A avó mat. Agueda Mendes de C. B. era de Loriga
José Fernandes Ferrão, C Fam 4.4.1769 M 116, nº 2583. De S. Romão. Com o houve fama sobre a mulher pode haver testemunhos de interesse.
José de Abranches de Magalhães C Fam 21.1.1774 M 141 nº 2797. Processo complicado. Genealogia ligada aos Cáceres e aos Abranches de Maceira (e da Vide, João de Abranches)
António Mendes Castelo Branco, C Fam 26.9.1659 M 11 nº 415. Loriga, fº de Domingos Mendes C B e Catarina de Pomares
António Mendes Castelo Branco C Fam 1696 M 28, nº 758. Valezim. Neto mat do Domingos M C B atrás
João Pinto Pereira Castelo Branco, Bach. Prior do Teixoso, n pat do 2º casam. Do 1º António M C B, acima Prov. Com 26.11.1754 m 26.11.1754 M 105 nº 1733
Idem o irmão António José Pinto de Fig. Cast. B.
Luís Francisco da Cunha Magalhães C Fam 28.2.1766 M 32 nº 561. A sua mer. era n mat de Bento Nunes e Cristina de Figueiredo. Será má leitura minha (Bento por Brás) a Cristina que em outro local dei como casada com Pedro de Cáceres?
Pedro Aparício de Gouveia, C fam 6.12.1663, M 5 nº 178. Loriga, mor em Maceira. Dos Gouveias da Vide e Aparícios de Loriga.
António Aparício, C Fam 1643 M 6 nº 267 Loriga
Jerónimo Álvares C Fam 17.10.1724, M 6, nº 109 A mer. Isabel Mendes era de Loriga - Cast. Bran. E Aparícios
Manuel Francisco Mendes Bordalo, Loriga. Nunca encontrei o processo. É citado como familiar no processo de Francisco Metelo de Matos, de Valezim (1769, M 105 nº 1673) que casou com a viúva do Bordalo, Filipa Martins de Santiago
Francisco Marques, S. Romão C Fam 1.9.1672 M 15 nº 442. Apensas as diligências da duas mulhers (cuja ascendência não copiei.) Além dos testemunhos os apelidos da mãe e avô mat eram Fernandes
Manuel José, de Azenha, Soure, C Fam 23.5.1752, M 148 nº 1507. A mer. Era Maria Joaquina de S. José, BINGOOOOOO, de Loriga fª de José Fernandes (Tondela) e Maria Manuel, Loriga; n pat de Diogo Fernandes, Sabugueiro, e Ana do Sobral, Tondela, n mat de Manuel Pires (fº do Cap. António Pires Galvão) e Mariana Manuel, ambos de Loriga.
Caso quera que veja os outros processos diga. Poderei demorar um pouco a responder pois a partir do dia 4 Agosto vou ter obras em casa, grande remodelação, obrigando ao empacotamento de muita papelada. Mas alguma escapará
Um abraço
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Rui Pereira
Os Cáceres tiveram fama de Cristãos Novos. Podemos fazer uma destrinça entre os senhores de Penaverde, cuja descendência se espalhou pela Beira e os outros Cáceres. Não significa que os senhores de Penaverde não tivessem sangue judeu. Na altura não era impedimento gfrande, como veio a ser mais tarde. Muitos Cáceres serão originários da agora cidade espanhola Cáceres, onde teriam ido buscar o nome.
Pelos processos de habilitações houve vários que decorreram por vários anos antes da aprovação, só por constarem ter sangue de Cáceres. Alguns serviram para esboçar boas (não significa fidedignas)genealogias.
Há igualmente vários(as) sanbenitados de apelido Cáceres na zona envolvente da Serra da Estrela (aquela que mais estudei em relação a este ponto): Covilhã, Gouveia, Seia.
Estes Cáceres de Loriga não padeceriam deste labéu ou o Bac. António de Brito de Cáceres (seguramente o pe. de que fala e o qual citei mais acima )
Consultei o processo há muitos anos e então já não estava muito católico. Infelizmente as notas que tirei foram muito sintéticas.
Na altura pensava que o meu atepassado da Vide João de Brito tinha a ver com os Britos de S. Vicente da Beira devido ao nome do fº Pe. José de Brito Sarafana.
Era filho de Diogo Fernandes de Cáceres e Maria Simões; n p de Diogo Fernandes de Cáceres e Leonor Afonso; n m de Simão Loes e Leonor Afonso.
Ora o Diogo Lopes de Cáceres de que fala poderia ser irmão do Bach António de Brito de Cáceres. O avô mat. era Lopes. E não longe de Loriga (Seia) havia a família Pestana. As datas de nascimento António/Diogo são pr4óximas. Havia transumância de Loriga para o Alentejo. A mudança poderia ser natural, sem fuga. Caso ele seja mesmo de Loriga.
Ignorava a mercê de tabelião a Diogo Fernandes de Cáceres.
Nas Chancelarias poderá haver outras mercês a estes Cáceres, por vezes com indicação dos pais e avôs (ou tios) em cujos méritos se fundamentava a mercê.
Julgo de grande probabilidade que estes Cáceres vêm Brites Godins de Brito. Uma irmã do bispo de Tripoli, Joana Mendes da Fonseca, casou co Álvaro de Cáceres, fº de Manuel de Cáceres, dos Cáceres de Penaverde. Tiveram a :
2. Manuel da Fonseca com Brasão a 15-7-1535
2. Joana da Fonseca de Cáceres CC Manuel Cardoso de Melo, CG.
2. Diogo Fernandes de Cáceres CC Leonor Afonso
Hipótese a confirmar mas muito plausível
3. Diogo Fernandes de Cáceres e Maria Simões
3. Maria Fernandes CC António Aparício.
Sobre os Cáceres de Loriga (um irmão do Bacharel) já falei em outro tópico em fins de Julho.
Sobre Aparícios (que suponho originários da Covilhã onde já existiam cerca de 1500), os mais antigos que se encontram em Loriga são o pai do António Aparício acima, João Aparício e um presumível irmaão Pedro Aparício, que nasceriam cerca de 1520.
Com os melhores cumprimentos
Gabriel dos Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Rui Pereira
Peço desculpa pelas gralhas. A escrita apressada (e a visão já vai falhando bastante) concorre para isso. Como são várias e o texto não perdeu a compreensão, julgo serem releváveis.
Cumprimentos
G. Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos:
Muito obrigado pelos seus esclarecimentos quanto à família Cáceres.
Por lapso não referi anteriormente a causa da mudança de Diogo Lopes de Cáceres para o Alentejo, mas é conhecida: foi homiziado para Mértola. Já vivia nesta vila em 1585 e aí veio a falecer em 1612. Parece-me provável que pertencesse a uma família ilustre, pois assim se explicariam mais facilmente os bons casamentos das três filhas e descendência destas.
Felicito-o pela divulgação da lista das habilitações do Santo Ofício ligadas a Loriga e São Romão, cujo valor é inestimável para todos os que pesquisam esta região. Relativamente a São Romão, aproveito a oportunidade para lhe perguntar se tem alguma informação relativa ao meu único ramo de ascendência desta localidade. Refiro-me a António Mendes e Catarina Francisca, pais de Maria Mendes, que casou em São Romão a 4 de Outubro de 1714 com João Fernandes, filho de Manuel Fernandes e Domingas João, de Ázere. Foram testemunhas Manuel Luís e António Mendes Parente.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Rui Pereira
Numa rápida passagem de olhos pelas transcrições dos registos paroquiais que possuo não me aparecem os casais que cita. Todavia o nome de António Mendes Parente não me é estranho, seja de S. Romão, seja de Valezim. Vou tentar com a maior brevidade que me for possível (tenho a casa em total remodelação) verificar melhor, principalmente nos dados sobre o Stº Ofº.
Quanto a Diogo Lopes de Cáceres, acho muito provável que ele pertença aos de Loriga atendendo aos apelidos usados. Já a questão do homízio (diferente da condenação dos judaizantes) pode levar à conclusão da notoriedade social do condenado (ver a condenação às galés ou o degredo em África ou Brasil).
Penso que em alguma chancelaria virá a razão da pena, quiçá o perdão. Documento que poderá apontar para o local de origem ou mesmo paternidade.
Cumprimentos ,
Gabriel Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Rui Pereira
A propósito, consultei a obra de Bivar Guerra sobre os processos de Coimbra, a cuja Inquisição estava sujeita Loriga.
Não aparece ninguém com um nome parecido, embora se vejam alguns Cáceres.
Isto não invalida que o processo fosse remetido para Lisboa.
Mas, como disse atrás, não era costume chamar homízio ao degredo de algum condenado pela Santa Inquisição.
Os melhores cumprimentos
Gabriel Santos
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos:
Muito obrigado pelas suas informações. Peço desculpa por não me ter sido possível responder mais cedo.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel:
Desculpe só lhe voltar hoje a responder (e mais uma vez a agradecer), mas estive fora de Lisboa e “off line” até ontem. A sua fantástica lista de familiares do S. O. ligados a este tema abre mais uma vez amplas perpectivas para futuras investigações!
Entretanto põe-se-me a seguinte dúvida relativamente ao seu João de Brito da Vide; de acordo com o nosso confrade Pedro França, no processo de ordenação (ordens menores e património) do Pe. José de Brito Sarafana (de Baloquinhas, Vide, 1652, cxª 849, AUC) era este filho de João de Brito, de Baloquinhas/Vide, e de Catarina Nunes, de Gondufo/Vide, neto paterno de Cristóvão João e de Brites Álvares, do lugar de Baloquinhas, e neto materno de Manuel João e de Águeda Afonso, de Gondufo. Sendo assim parece tratar-se de outro João de Brito, uma vez que o seu seria filho de Diogo Fernandes de Cáceres e Maria Simões e não de Cristóvão João e Brites Álvares; talvez daí a referência a “duas mulheres” para João de Brito, da Vide, Catarina Martins e Catarina Nunes – tratar-se-ia afinal de casais distintos (?). Gostaria de conhecer a documentação relativa à ligação João de Brito – Diogo Fernandes de Cáceres, em particular para considerar a hipótese de ligação com os de Loriga; poderemos identificar seguramente qual o João de Brito que era filho do Cáceres? Para além da Habilitação do S.O. como podemos ligar o padre José de Brito Sarafana a um João de Brito da Vide?
Um abraço,
António Bivar
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RE: Britos de Loriga/Vide
Caro Gabriel Santos
João Gaspar, filho de João Gaspar e Ana de Gouveia, casou a 14.11.1684 com Ana Marques, filha de João Marques e Ana de Brito. ambos de Vide e dispensados em 4º grau de consaguinidade.
Este João Gaspar é irmão de um antepassado meu. Será que tem mais dados sobre a ascendencia do casal João Gaspar-Ana de Gouveia, da vila de Vide?
Desde já agradeço a atenção e qualquer ajuda
Cumprimentos
Edmundo Simões
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