Sebastião da Fonseca-Familia Bívar
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Sebastião da Fonseca-Familia Bívar
No jornal diário intitulado "Diário de Leiria" saiu com uma revista sobre a freguesia de Maceira concelho de Leiria; onde faz referencia a este fidalgo de nome Sebastião da Fonseca. Este era enfiteuta da Quinta da Maceira e mais tarde seus donos; por volta de 1517 o rei deu-lhe carta de armas da familia e linhagem dos BÍVAR.
Foi ele responsável pelos acrescentamentos daquela que viria a ser a igreja paroquial da Maceira.
Seu filho Francisco da Fonseca construiu uma capela ao lado desta igreja com o brasão de armas.Aquinta permaneceu na familia até há poucos anos tendo sido vendida a varias pessoas.
A minha curiosidade prende-se no facto de usar o apelido Fonseca.
Alguém pode dar mais informações?
Cumprimentos,
Daniel da Fonseca Monteiro.
NOTA: Enfiteuta deverá ser administrador, mas sem certezas. Vou investigar.
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RE: Sebastião da Fonseca-Familia Bívar
Caro Confrade,
Enfiteuta é o mesmo que foreiro; é alguém que paga (ou melhor pagava, pois os forso foram extintos) um foro por lhe ter sido transmitido o domínio útil de uma propriedade pelo seu legítimo proprietário.
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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RE: Sebastião da Fonseca-Familia Bívar
Caro Daniel:
De acordo com Luís de Bivar Guerra na sua obra “Bivares em Portugal”, trata-se de um ramo de Bivares “desentroncados”, mas que o autor considera como prováveis descendentes dos de Porto de Mós, com origem num Rui Fernandes de Bivar, biscaínho, que teria vindo para Portugal no século XV. Não é conhecida origem comum destes com os “de Lisboa” (de quem descendo), alegadamente descendentes de um Afonso de Bivar, oriundo de Castela, também chegado a Portugal no século XV, ainda que os diversos Bivares usem as mesmas armas. Transcrevo o que se diz na referida obra acerca destes “Fonsecas de Bivar” (pp. 214–215):
“É a Chancelaria de D. João III que nos dá o conhecimento desta família na fl. 14 v da Livro 4.° onde figura a carta dada em Évora a 20 de Janeiro de 1524 por El-Rei D. João III a favor do licenciado Sebastião da Fonseca, concedendo-lhe um brasão de armas. Nela se diz que Sebastião da Fonseca pertencia ao Desembargo de El-Rei e era descendente de «Cid Ruy Dias de Bivar» como se vira pelas inquirições assinadas pelo Bispo do Funchal na sua qualidade de Desembargador das provisões do Paço e por Diogo Velho, escrivão da corte. O brasão concedido é o das conhecidas armas dos Bivares, com uma brica azul e nela uma estrela de prata; subscreveu-a o Rei d'Armas, bacharel António Rodrigues sendo Pero d'Evora o escrivão da nobreza.
De sua mullher Catarina Botelha teve o licenciado Sebastião da Fonseca dois filhos que tiveram o foro de Escudeiros Fidalgos concedido por D. João III. Foi um deles António da Fonseca de Bivar e o outro Francisco da Fonseca de Bivar, que foi à Índia em 1538.
Mais nenhuma notícia nos foi possível obter sobre estes três varões e suas descendências, no entanto o nosso amigo Dr. Henrique Bustorf da Costa Ferreira, numa carta que nos dirigiu há anos, informava-nos que tinha encontrado referência documental a Sebastião da Fonseca como sendo, em 1517, Desembargador e Ouvidor das Terras do Mestrado da Ordem de Cristo e possuindo, com sua mulher Catarina Botelha, muita fazenda no lugar da Valada, termo de Condeixa. Mais apurou que em 1523 possuía bens no dito lugar o já mencionado Francisco da Fonseca. É, aquele nosso amigo, de opinião que descendem deste Sebastião da Fonseca e de sua mulher uns Botelhos de Vila Nova de Ourém acerca dos quais obteve, pelos livros dos assentos paroquiais, as seguintes informações:
«Carlos Teixeira de Morais Botelho, filho de Francisco Botelho e sua mulher Maria de Oliveira, de Villa Nova de Ourém, casou a 31 de Março de 1682 com Arcângela Brianda filha do licenciado Francisco Simões Briando e sua mulher Maria Sarinha. De ambos foi filha Perpétua Maria Josefa de Morais, que veio a casar em 10 de Abril de 1712 [Nota: o nosso informador não diz com quem.] e teve descendentes.»”
Julgo que “enfiteuta” era o mesmo que “emprazador” ou “foreiro”, ou seja, alguém que tomava de arrendamento uma propriedade; se não me engano estes “prazos” tinham algum carácter hereditário, como aliás acontece ainda com alguns arrendamentos na actualidade.
Finalmente chamo a atenção para a grafia do apelido “Bivar” que não tem, nem nunca teve, acento (sendo a pronúncia correcta Bivár, grafia que encontrei em documentos do século XVII e XIX), apesar de figurar com acento no “i”, erradamente, em diversos locais (até a lista telefónica me “corrigiu” o nome – assim como a outros meus familiares – acrescentando o malfadado assento, sendo difícil lutar contra a corrente...).
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Fonseca e Botelho - Quinta de Maceira
Caro António Bivar e demais confrades interessados neste tópico;
Passados quase seis anos desde a última mensagem, na qual "tropecei" hoje, aquando de uma pesquisa da Internet, gostaria de informar que me surgiram várias referências em fontes primárias a Francisco da Fonseca e sua viúva Joana Monteiro, com ligações a Maceira, à região do Sabugal e também à região de Soure.
Ainda não pude perceber totalmente a sequência de posse da dita Quinta da Maceira e o modo como andou em Botelhos (acusados de judaísmo no sec. XVII) e que relação de parentesco tinham estes Botelhos com outros da região de Leiria-Pombal. É este ponto que mais me interessa.
Cumprimentos
Francisco Queiroz
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RE: Fonseca e Botelho - Quinta de Maceira
Reforço o meu interesse na questão.
Cumprimentos
Francisco Queiroz
francisco[arroba]queirozportela[ponto]com
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