Uma "informação de filiação, limpeza e nobreza"
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Uma "informação de filiação, limpeza e nobreza"
Leonel de Abreu de Vasconcelos e Sotomayor justificou a sua nobreza e limpeza de sangue, em 1757 (vide “Linages Galicianos” de Pablo Pérez Costanti, ed. completa e ampliada de Eduardo Pardo de Guevara y Valdés, ed. 1998 Ara Solis_consorcio de Santiago), provando ser bisneto em varonia de Don Juan de Benevides y Abreu de Sequeiros y Sotomayor, sendo este filho de Don Rodrigo de Sequeiros Benevides y Sotomayor, e de sua 2ª mulher (segundo aquela “informacion de filiación, limpieza y nobleza”) Doña Beatriz de Abreu.
Era, pois, parente muito próximo dos Condes de Priegue, não sendo por acaso que serviram de testemunhas deste justificação de nobreza, Don Juan Antonio Ozores Silva Sequeiros Sotomayor y Aguiar, Conde de Priegue, Visconde de Santo Tomé, Regedor perpétuo da cidade de Santiago de Compostela, Don Juan Antonio González de Benavides, Don Félix Manuel Pérez de Porrúa e Don Matias Moscoso y Romay.
Este Leonel de Abreu Vasconcelos e Sotomayor foi autor genealógico, conservando-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo três tratados genealógicos, (indicados por Francisco de Vasconcelos numa sua obra “Paço de Sequeiros: uma Casa que completa 600 anos”, in “Arquivo de Ponte de Lima”Vol. VI, 1985, pág. 64, nota 107): “Famílias Bracarenses ou Memórias genealógicas de algumas famílias do Minho e Trás-os-Montes” e “Sequeiros e Pereiras” (manuscritos 21.E.20 e 21 e S. 16, nº 109).
Aponta-se este Don Juan de Benevides y Abreu de Sequeiros y Sotomayor como filho do Don Rodrigo de Sequeiros, o velho.
Acontece que vários autores genealógicos (nomeadamente Francisco de Vasconcelos, no seus interessantes e valiosos escritos sobre os Sequeiros, publicados no “Arquivo de Ponte de Lima”, em 1984, 1985 e 1992) dizem ser este Don Juan sobrinho (ainda que não deixe de manifestar o conhecimento de que tal tratamento de "sobrinho" era, muitas vezes, apenas coincidente com o de um primo mais novo) de Frei Don António de Sotomayor (personalidade bem conhecida e respeitada no país vizinho, dada a a sua condição de confessor do rei Filipe IV, da rainha D. Isabel de Bourbon, do príncipe Don Baltazar Carlos e dos infantes Don Carlos e Don Fernando, Arcebispo titular de Damasco, membro do Conselho de Estado e da Guerra, membro do Conselho da Santa Inquisição, Comissário Geral da Bula da Santa Cruzada e abade das abadias de Santander e Alcalá La Real, Inquisidor Geral de Espanha, etc.).
Ora atendendo às datas que possuimos, temos que: este Juan de Benevides herdou o morgadio fundado em 1625 por Francisco Soares de Abreu. Seu filho Francisco de Araújo de Azevedo terá nascido cerca de 1590, já que o neto, Manuel de Araújo da Vasconcelos e Sotomayor nasceu em 1623.
Atendendo ao facto de dois filhos do velho Don Rodrigo de Sequeiros e de sua mulher Briolanja Pereira da Silva terem tomado ordens sacras em Braga em 21/3/1531 (Tristão e Baltazar), parece-nos muito dificil, cronologicamente, conciliar estas datas com o nascimento de Juan em 1560/70.
Afigura-se-nos mais verosimil este ser antes seu bisneto (o que, de resto, também defendia, com algumas hesitações, embora, Felgueiras Gaio), filho de outro Don Rodrigo de Sequeiros, casado com Doña Madalena de Faria y Acebedo, e como tal, irmão do 1º conde de Priegue e 1º visconde de Santo Tomé.
E a ser assim, também melhor se compreenderia o apelido usado por sua descendente D. Josefa Antónia de Sotomayor Osório de Menezes e Vasconcelos (ainda que devesse ser Ozores, apelido da presumivel avó paterna de Don Juan, Doña Isabel de Ozores y Sotomayor).
Atente-se no facto de outro filho de Don Rodrigo e de sua mulher Doña Madalena, Don Diego (que foi Bispo de Orense e Zamora), ter nascido em Santo Tomé de Freijeiro em 1564.
Doña Maria Sanchez de Benevides foi filha de Don Pedro Alvarez de Sotomayor (o famoso Pedro Madruga, Conde de Caminha, e de Doña Teresa de Benevides a qual, com o pai do Sotomayor, Don Fernão Anes de Sotomayor, possuia
uma casa em Ponte de Lima, que deixaram em dote a esta sua filha para casar com o Sequeiros (vide Francisco de Vasconcelos, “Paço de Sequeiros: uma Casa que completa 600 anos”, in “Arquivo de Ponte de Lima”Vol. VI, 1985, pág. 64, nota 107).
Como me parece que este documento e as implicações que ele traz sobre a provável ascendência dos Abreus Vasconcelos de Sotomayor, da Torre da Grade, interesserá a muita gente, deixo aqui estas ponderações sobre ele, com vista a que os estimados confrades se manifestem sobre a matéria.
Um forte abraço para todos.
Fernando de Sá Monteiro
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informação da Minas
Meu caro amigo Fernando,
Peço-lhe desculpar por contactá-lo pelo forum Genea. Ocorre que seguidos e-mails enviados para os que de você possuo voltaram. Não sabendo eu que tenha, eventualmente, tido acesso a algum deles.
Sobre os nossos primos comuns Herédias de Sá tenho alguma notícia, não de fontes primárias, mas mui interessantes e que, tenho certeza, irão lhe agradar.
Por favor, contacte-me quando lhe for possível.
O meu saudoso abraço
José Roberto Vasconcelos
vasconcelos@genealogias.org ou vasconcelos@levygasparian.com.br
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RE: informação da Minas
Caríssimo José Roberto:
Já lhe respondi por e-mail, esperando agora não haver mais problemas com os contactos.
Um forte abraço amigo do parente portguês.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: informação da Minas
Acerca de Leonel de Abreu Vasconcelos de Sotomayor, convirá acrescentar que é ascendente de famílias como os condes de Paço Vitorino, condes de Vilas-Boas, Moreiras de Sá Brandão Sotomayor e Menezes, e outras.
Curiosamente, um dos seus filhos, usou o nome Manuel Vasconcelos de Sequeiros e Abreu, sendo, segundo creio e pela documentação que possuo, o único a rebuscar o apelido Sequeiros dos seus ascendentes.
Muito curioso, nomeadamente, o teor do testamento de Leonel de Abreu Vasconcelos de Sotomayor, que possuo na íntegra, bem como os autos de partilhas ocorridos pelo falecimento do genro e filha, Valentim Brandão Coelho e Abreu e D. Luisa Maria Xavier de Vasconcelos e Menezes de Sotomayor.
Tais autos, que não constam mais na Conservatória de Registo Civil dos Arcos de Vasdevez, nem no Tribunal, onde os procurei, existem na biblioteca da Casa de Sá.
Leonel de Abreu Vasconcelos de Sotomayor casou 3 vezes:
a 1ª, na cidade de Braga, freguesia de S. Vitor, a 1/2/1708, com D. Mariana Luisa Ferreira Barbosa, fª de de Sebastião Barbosa e de sua mulher Leonor Ferreira (irmã do Dr. Jerónimo Barbosa, provisor em Braga e abade de S. Cosme do Vale, no concelho dos Arcos de Valdevez).
Deste casamento não houve geração.
Casou 2ª vez, a 31/8/1712, em S. Paio dos Arcos de Valdevez, com sua parente D. Luisa Maria de Sousa e Castro de Araújo de Azevedo, filha do capitão de cavalos Francisco de Sousa de Castro, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, tesoureiro-mor da Santa Casa de Misericórdia dos Arcos, e de sua mulher D. Ana Maria de Araújo de Azevedo, dos morgadios de Morilhões e Rego de Azar e Solar da Portagem de Lobos.
Deste casamento desecenderam todos os referidos atrás, pois que os filhos havidos do 3º casamento, como referiremos, não houveram geração.
Casou em 3ªs núpcias com D. Francisca Teresa de Paiva Coimbra, filha de Manuel Barbosa Machado, administrador do Morgadio das Quintãs e da Torre de Faria, em Barcelos, Familiar do Santo Ofício, vereador da Câmara e Provedor da Misericórdia, de Barcelos, e de sua mulher D. Isabel de Coimbra e Andrade, do Morgadio dos Coimbras, em Braga.
Deste casamento ficaram-lhe dois filhos, José Lourenço de Abreu Vasconcelos de Sotomayor, herdeiro da mãe e dos prazos do pai, e D. Maria Isabel, os quais não deixaram sucessão.
Uma tia paterna de Leonel de Abreu Vasconcelos de Sotomayor, D. Maria de Araújo de Vasconcelos, casou a 21/9/1636, na freguesia de Oliveira, Arcos, com Dom Duarte de Lima, senhor da Quinta de Barreiros, filho de Dom Francisco de Lima e de sua mulher D. Maria de Barros.
Assistiram a este casamento como testemunhas Dom João de Lima, irmão do 2º conde dos Arcos (e mais tarde Marquês de Tenório, pelo seu casamento com Doña Francisca de Sotomayor, 4ª Condessa de Crescente, e pais do 1º Duque de Sotomayor), António de Menezes, Senhor da Ponte da Barca e Dom Lourenço de Lima, 2º Conde dos Arcos (filho de Dom Luís de Lima, 1º Conde dos Arcos, e de sua mulher a Condessa D. Vitória de Cardaillac e Bourbon).
Deste casamento ficou geração na família Abreu e Lima.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: informação da Minas
Onde andam os ilustres Vasco Jácome e Eduardo Albuquerque? Esperava que, pelo menos eles, tivessem algo a acrescentar a este tópico. Seria uma ajuda bem desejada para uma matéria sobre a qual, estou seguro, terão algo a dizer.
Um forte abraço.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Sequeiros
Caros Confrades,
Segundo as minhas notas:
SEQUEIROS
SEQUEIROS - RAMO DA GALIZA
1. João de Sequeiros , fronteiro-mór da Galiza. Casou com D. Maria de Benevides
Sottomayor, filha (b.) herdeira de D. Pedro Álvares de Sottomayor (o célebre "Pedro
Madruga"), senhor do Pazo de La Pastora ou de Santhomé, em Vigo. Tiveram um único filho:
2. D. Rodrigo de Sequeiros Benevides Sottomayor, Cavaleiro de Sant'Iago. Casou com D. Briolanja Pereira da Silva, senhora da Casa da Torre de Silva, solar dos Silvas, filha de
João Pereira do Lago, neta de Ruy Gomes da Silva e de D. Branca da Silva (esta irmã do
1º Conde de Portalegre). D. Rodrigo e D. Briolanja fundaram o Morgado de Santhomé em
1543. Faleceu em 1628 e sua mulher em 1640. Tiveram 12 filhos , mas o sucessor foi:
3. Balthasar de Sequeiros Benevides Sottomayor da Silva. Sucedeu na casa de seus pais e foi senhor da Torre da Silva. Casou com D. Isabel Ozores de Sottomayor, irmã de D.
Vasco Ozores. Tiveram os seguintes filhos:
a) D. Rodrigo, que se segue.
b) D. Frei António de Sottomayor (*1548 +1648) , Arcebispo de Damasco, confessor de
El-Rei D. Filipe IV e da Raínha D. Isabel; Inquisidor Geral de toda a Espanha, do Conselho de Estado e da Guerra; Comissário da Santa Cruzada, e eleito cardeal quando morreu.
c) D. Frei Francisco, Arcebispo de Las Charcas, na Índia.
d) D. Frei Álvaro de Sottomayor- Geral da Ordem Beneditina
e) D. Isabel Ozores Sottomayor, c.c.g
f) D. Gomes Corrêa de Sottomayor, foi Inquisidor em Madrid
g) D. Ayres da Silva, mestre de campo na Flandres.
h) D. Briolanja, monja.
4. D. Rodrigo de Sequeiros Benevides Sottomayor, acima, senhor da casa de seus pais, Cavaleiro de Sant'Iago, Governador de Bayona. Casou 1º com D. Magdalena Lopes de
Azevedo , senhora de Moreira, bisneta de D. Martins Lopes de Azevedo, senhor da mesma casa. Teve:
a) D. Balthasar de Sequeiros Sottomayor Zuñiga e Silva, que segue:
b) D. Jerónima, s.g.
c) D. Diego de Zuñiga, Bispo de Orense;
d) Gomes da Silva, cavaleiro de Sant'Iago, s.g.
e) Plácido de Sequeiros, cavaleiro de SantÍago, casado com D. Filipa da Gama, c.g.
f) João de Benevides e Abreu. Segu no § 1º
g) D. Ana de Zuñiga, mulher de Afonso Corrêa, da Quinta do Perulhal, freguesia de
Salceda, na Galiza, c.c.g.
h) Isabel Ozores Sottomayor, mulher de Abel Troncoso, c.g.
5. D. Balthasar de Sequeiros Sottomayor Zuñiga e Silva, Conde de Priègue (Real Despacho
de Filipe IV, em 24.8.1643), mestre de campo de Infantaria, e depois Capitão-Geral de Cavalaria. Senhor da Casa e Morgado de Santhomé (Freixieiro, Vigo) e da Vila de Priègue (Pontevedra)..
Casou e teve larga geração.
§ 1º
SEQUEIROS - OUTROS RAMOS
BOTELHO DE ABREU E VASCONCELLOS
1. João de Benevides e Abreu . Casou com D. Ana de Araújo e Azevedo, filha de D.
Simôa de Araújo e Azevedo, esta filha de Fernão Velho de Araújo e de D. Ana Nunes
Bezerra; aquela, filha de Tristão de Araújo e Azevedo e de D. Isabel Coelho, senhores da
Casa de Lóbeos. Tiveram os filhos seguintes:
a) Francisco de Araújo de Azevedo, que segue;
b) Manuel de Araújo, casado;
c) Diogo de Araújo, casado com D. Maria de Abreu;
d) D. Ana de Araújo.
2. Francisco de Araújo de Azevedo. Casou com D. Ângela Coelho de Vasconcellos, filha
de Jácome Coelho Pacheco de Vasconcelos e neta de Silvestre Borges Pacheco e de D.
Isabel Coelho de Vasconcellos, esta filha de Gonçalo Roiz de Araújo e de D. Brites
Mendes de Vasconcellos. A mãe de D. Ângela chamava-se D. Isabel de Barros Aranha,
filha de João de Barros Aranha e de Isabel (ou Maria) Barros Aranha. Tiveram os filhos
seguintes:
a) Manuel de Araújo de Vasconcellos, que segue:
b) D. Maria de Araújo de Vasconcellos segue no § 6º
3. Manuel de Araújo de Vasconcellos. Casou com D. Rufina de Abreu Soares ("D. Rufina da Grade"), filha de Gaspar Cerqueira de Barbosa e de D. Ana de Brito e Lyra. Tiveram os filhos seguintes:
a) D. Luísa Maria de Vasconcellos, casada; (Ver Gayo-"Araújos" § 265)
b) D. Teresa, freira em Monção;
c) LEONEL DE ABREU DE VASCONCELOS SOTTOMAYOR. Casou 3 vezes e teve geração.
d) D. Jerónima Teresa de Vasconcellos Sottomayor c.c.g.
Bibliografia e Notas
a) D. João de Castro - notas ms. (AVVC)
b) Francisco de Vasconcelos, "Três Lapsos de um Investigador sobre o Paço de Sequeiros" , Centro de Estudos Regionais , Viana do Castelo- 1995.
c) Francisco de Vasconcelos , "Os Vasconcelos de Vila do Conde", Boletim Cultural da C.M. de Vila do Conde - Nova série- n.os 1 e 2 , 1987/1988.
d) "Historia y Antiguidad del Palácio de Santhomé" , Obra não assinada, mas que se sabe ter sido escrita por D. Xavier Ozores Pedrosa, senhor de Santhomé- Vigo, 1950
e) Instituição de um Morgado em 1627 (AVVC ), feita por Francisco Soares de Abreu, filho de
Vasco de Sequeiros e Abreu e neto de Gonçalo de Sequeiros e Abreu, este irmão de Diogo
(nº 7 do § 1º).
Este documento autêntico menciona a ordem de sucessão na herança, de onde consta a descendência de Gonçalo de Sequeiros e Abreu e de João de Sequeiros (ramo da Galiza).
Ver também: Felgueiras Gaio - " Nobiliário de Famílias de Portugal" - Vol..XXVI, pg. 169 - Braga 1938. A ascendência de João de Sequeiros declarada nesta obra, enferma de vários erros, como se provou mais tarde, nomeadamente na obra mencionada nas investigações de F. Vasconcelos.
f) Sobre a sucessão (em Espanha) de D. Rodrigo de Sequeiros ver "Los Fundadores de la Casa de
Santhomé y sus Descendientes, Arbol Genealógico hecho por Jose Espinosa Rodriguez Cronista Oficial de Vigo en el Centenario de la Fundacion"
g) Francisco de Vasconcelos, "Um Neto de Ponte de Lima no Governo de Filipe IV", Arquivo de Ponte de Lima, 1992
h) Jaime de Bugallal y Vela, obra sobre "Familias Titulares da Galiza".
i) "Reportório dos Tempos" - Documento ms. com os "assentos de família dos Coelhos, dos Fagundes de Viana, dos Ferreiras Vilasboas, dos Dantas Puga, dos São Miguéis Couros/ Vaz Mogueimas, de Ponte de Lima " desde 1524 até 1853, transcrito na obra "Casas Armoriadas do Concelho dos Arcos de Valdevez"-
Vol.III, de que são autores Armando Barreiros Malheiro da Silva, Luís Pimenta de Castro Damásio e Guilherme Rego da Silva, ed. da C. M. dos Arcos de Valdevez, 1993.
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Sequeiros
Caríssimo José Mello Trovisqueira:
Pedoe-me o meu ilustre amigo ter-me esquecido do seu nome, ao citar alguns dos prováveis interventores neste tópico.
Grato fico, porém, pelas prestimosas informações que aqui trouxe, ainda que se mantenham no meu espírito algumas sérias dúvidas acerca daquele João de Benevides e Abreu e sua filiação.
Na verdade, como saberá tão bem como eu, uma grande parte dos autores genealógicos galicianos, deverão ser lidos com serissimas reservas. A uma tend~encia enorme para ocultar bastardias e para entroncarem com certa "facilidade".
Independentemente disso, mantem-se uma dúvisa enorme. Segundo aquela "informação de limpeza e nobreza" de Leonel de Abreu, João de Benevides seria filho do Rodrigo de Sequeiros, o velho, e de uma 2ª mulher (que os nobiliários nem citam) Beatriz de Abreu.
Por outro lado, na sua transcrição, não sei se por lapso, diz-se que "D. Maria de Benevides
Sottomayor, filha (b.) herdeira de D. Pedro Álvares de Sottomayor (o célebre "Pedro
Madruga"), senhor do Pazo de La Pastora ou de Santhomé, em Vigo". Ora obviamente ela era filha não herdeira do Pedro Madruga, como bem sabe, sendo até filha bastarda.
Se João de Benevides era filho de Rodrigo de Sequeiros casado com D. Madalena, como também avancei, continua por esclarecer o motivo para o uso do apelido "Abreu". Que para mim só poderá ser justificado pela exigência imposta no Morgadio de Francisco Soares de Abreu, no qual teria sucedido. E, a ser assim, se justificará que a ele não tivesse direito senão por uma exig~encia clausular do morgadio.
Mas qual o motivo para aquela informção o fazer filho do velho Rodrigo de Sequeiros e de uma desconhecida 2ª mulher a justificar o apelido "Abreu"? Tanto mais que seria lógico considerar ser bem mais importante para o habilitando evocar um parenteso muito mais próximo com os Condes de Priegue e Viscondes de Plugue.
Aqui residem as minhas dúvidas acerca de toda esta ascend~encia, tanto mais que se trata de personalidade de quem descendo por minha 6ª avó, D. Josefa Antónia de Sotomayor Osório de Menezez de Vasconcelos, a qual herdou os Morgadios da quinta e torre do Outeiro, nas freguesias de Paçô e S. Paio dos Arcos, morgadios que lhe vinham pelo seu costado Aranha de Araújo, dos Arcos.
Agradeço-lhe as suas achegas a este tópico e aguardo com ansiedade outras intervenções suas.
Queira aceitar um respeitoso abraço.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Sequeiros
Perdoe-me o meu ilustre companheiro de investigação pela lamentável troca no seu nome. Terei que escrever João Paulo e não José.
Queira aceitar as minhas desculpas.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Sequeiros
Caro Fernando Sá Monteiro:
Agradeço os seus pertinentes comentários.
Para já, tenho que corrigir um lapso meu:
As datas de falecimento indicadas para Rodrigo de Sequeiros (I) e sua mulher, referem-se a Rodrigo (II) e D. Madalena de Azevedo (como é óbvio).
Quanto a Leonel de Abreu ser bisneto de Rodrigo, o Velho. parece ser, como muito bem diz, cronológicamente impossível. Todos sabemos que as justificações de nobreza enfermam, não raras vezes de erros absurdos.
Resta assim confirmar a verdadeira filiação de João de Benevides e Abreu. José Espinosa, autor que mencionei, omite-o entre os filhos de Rodrigo (II), mas isto, só por si, não é significativo, pois apenas se preocupa com as descendências espanholas.
Talvez só no arquivo do Paço de la Pastora se possa encontrar algo de mais firme.
Quanto ao apelido "Abreu", a hipótese que coloca de ser resultado da herança de um vínculo, não é para desprezar. Não estudei os costados de D. Madalena de Azevedo, que é filha de Manuel de Faria de Azevedo, Senhor do Casal de Guilharei; pode ser que, por aí, nasça alguma luz sobre o uso do apelido.
Enfim, os problemas habituais quando tratamos de gerações mais longínquas.
Cumprimentos,
João de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Uma "informação de filiação, limpeza e nobreza"
Caro Fernando de Sá Monteiro,
Encontrei Sequeiros em Brandara, Ponte de Lima.
Agradecia que visse o respectivo tópico e nele interviesse se o desejar.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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