Clotilde Filemon - 1864
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Clotilde Filemon - 1864
Procuro a ascendência desta senhora, que deve ter morado em Lisboa - freguesia de Nossa Senhora dos Martires
Provavelmente de ascendencia suiça de Davos.
Agradeço qq informação
Vasco Briteiros
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Vasco Briteiros,
Uma senhora Anne Clotilde Filemont(é a ortografia que tenho num cartão escrito à mão)
viveu na Rua da Emenda durante uns anos em casa de uma amiga, Maria Emília Arrobas, viúva do médico Benjamim Arrobas. Posso tentar saber mais pormenores.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro José Berquó de Seabra.
E na época que citei? Obviamente que gostaria de saber algo sobre a Senhora. Possuo inclusivé uma foto tirada em Davos/CH.
Aguardo as suas notícias.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Zé,
Sabe mais alguma coisa sobre Maria Emília Corte Real Alves Arrobas? Era meia irmã do meu trisavô Júlio César Pereira Alves, ambos filhos de Joaquim José Pereira Alves, ele filho do 1º casamento (com D. Luísa Adelaide Barreto de Saldanha) e ela do 2º (com D. Maria da Glória Corte Real).
Todas as informações serão bem vindas.
Um abraço
Lourenço
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Lourenço,
Foi uma das grandes amigas dos meus Trisavós
José Monteiro e Camille de Varennes. Viveram na mesma época, de 1880 a 1903 no Campo de Santana e a sua Tia Emília e a filha dos meus Trisavós, Isabel, passavam horas a estudar piano. Mais tarde, ela foi viver para a Rua da Emenda, já viúva, e no Verão ia para Cascais para uma casa perto da nossa, onde almoçava todos os dias. Era presença constante em nossa casa. Morreu era eu muito pequeno, mas há retratos dela. Ruiva e sardenta, o Rei D. Carlos conhecia-a pelo Ovo de Codorniz. Muito simpática, surda, porte à antiga, muito elegante, de laço de veludo preto ao pescoço.
Há tantas histórias da Emília Arrobas, Lourenço...
Vou tentar reunir elementos e retratos e depois digo-lhe alguma coisa para o seu e-mail.
Um abraço
Zé
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Vasco Briteiros,
A época é a mesma, não sei se a "sua" Clotilde chega aos anos 30. Esta chegou.
Vou perguntar em casa dos meus Pais mais pormenores. Nunca a conheci, mas sei que era viúva, frequentava a Corte e de repente perdeu
uma renda que lhe vinha de França.
Tudo o que conseguir saber dir-lhe-ei.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro José Berquó de Seabra
Muito obrigado pela sua resposta. Não sei se a "minha" Clotide chegou aos anos 30. Ainda estou no inicio da investigação de um espólio fotográfico que herdei em Braga e procuro a razão da exixtência de certas fotografias, umas de familiares outras possivelmente de amigos. Curiosamente a maioria tem o nome no verso , mas sem indicação da ligação familiar ou de amizade e tudo anterior a 1935.
Fico a aguardar a sua informação.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Zé,
Muito, muito obrigado pelas suas informações. A minha Avó não é fácil de "pôr a falar" e já baralha um bocado as coisas, mas conheceu bem a tia-avó Emília.
Sabe a data de morte? A tia Emília era uma frequentadora assudua da vida mundana de Lisboa pois aparece muitas vezes referida na coluna "High Life" do "Diario Illustrado".
Além da tia Emília e do meu trisavô havia outro filho do 1º casamento, Joaquim Hilário Pereira Alves, Bacharel em Direito, advogado, que foi Deputado nos últimos anos da Monarquia e morreu solteiro em data que desconheço mas segundo a Avó cerca de 1930. Ao que parece foi a tia Emília a sua herdeira e tinha bastante... Quem herdou dela? Nunca me lembro de ter ouvido falar disto lá em casa...
Fico à espera de notícias e se me arranjasse cópia de uma fotografia ficava-lhe muito agradecido.
Abraço
Lourenço
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Vasco Briteiros,
O que consegui saber ontem foi que Anne Clotilde era da Alsácia, casada com um engenheiro belga que veio para Portugal com Olivier du Ponsard na altura da construção do elevador de Santa Justa. Belga, conquistador, deixou-a ao fim de viverem em Portugal oito meses. Divorciada, teve de ser mademoiselle em casa de várias famílias, até herdar de uma tia
umas propriedades perto da fronteira belga.
Foi como mademoiselle que frequentou a sociedade portuguesa da época. Mais tarde, voltou a casar com o marido, que morreu pouco tempos depois.
Sem filhos, viveu, como lhe disse em casa de Emília Arrobas na Rua da Emenda, tendo depois ido viver para casa de uma prima francesa no Porto, casada com o cônsul de França na referida cidade.
Uma vida difícil. E tudo isto sem datas, embora pela construção do elevador se possa ter uma ideia.
Vou confirmar se o nome de solteira é Meyric de Louvalot.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro José Berquó de Seabra.
Muito interessante a sua informação que agradeço. A fotografia de Clotilde aparece no espólio da mulher do principal impulsionador da construção do elevador do Bom Jesus do Monte em Braga (Revista "O Ocidente" , pág 101 de 1.5.1882). Provalvelmente o marido poderia estar relacionado com a construção do elevador
de Braga. Pelo meu lado vou ver melhor este assunto, pois o Ocidente não refere esse engenheiro. A foto que tenho diz simplesmente :
Clotilde Filemon ( em o t) amiga de D. Laura, nem sequer diz amiga intima como outras fotos.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Clotilde Filemon - 1864
Caro Vasco Briteiros,
O nome de solteira é o que lhe disse. O marido, engenheiro, fez parte da construção da Linha da Beira Alta e depois do divórcio foi viver para o Porto.
Há uma referência aos Dargent, que colaboraram com Olivier du Ponsard, e de quem sou muito amigo, pelo que posso investigar por esse lado.
Clotilde é de uma família francesa,protestante,
com ligações à Suiça pela mãe.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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