Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
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Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Caros confrades,
Isto é, por ora, mais uma prospecção do que um pedido: será viável localizar um eventual ttº do supracitado Francisco Frazão?
O que sei:
- que casou (2ª vez) no Rio (Sé, 4.3.1642) com Maria Barbosa de Alvarenga;
- que deve ter nascido ca. 1600 (entre 1595 e 1605)
- que as três filha mais novas (Bárbara, Mariana e Natália) casaram no Rio (Irajá: 2, fl.4v, 27.11.1677) com 3 irmãos
(Manuel da Fonseca Varela (?), Gaspar dos Reis e Frutuosos da Fonseca Varela) — seria Francisco Frazão ainda
vivo a esta data?
Antecipadamente agradecido,
João Amaral Frazão
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RE: Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Hélas, meu Caro, parece que este seu apelo sobre o nosso avôzinho ainda não encontrou qualquer eco !...
Resolvi fazer este comentário, para tornar este tópico outra vez mais visível...
Abraço,
Jorge
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RE: Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Et boilà, Jorge, ganhou nova visibilidade!:-) Aproveito para acrescentar que o dito FFS e sua descendência nos brasis vem a páginas 186 a 191 do Rheingantz.Do assento de casamento das últimas filhas talvez conste se era então vivo ou morto, que permitiria estreitar futuras buscas.
Um abraço,
João
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RE: Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Pois é, meu Caro Primo, este tópico parece não ter futuro !...
Novo abraço,
Jorge
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RE: Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Viva Jorge,
Agora julguei que, sonâmbulo, tinha escrito uma mesg! É que não recebi o costumeiro aviso aqui na caixa do correio.:-)
O tópico não tem tido grande fortuna é certo (já parecemos os Dupond e Dupont…), mas há uma esperança dos Brasis. Eu é que ainda não fiz o contacto.
Um abraço,
João
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RE: Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Então, aguardemos, caro João...
Abraço,
Jorge
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Francisco Frazão de Sousa - ttº no Rio(?)
Encontrei essas antigas notas arquivadas há muitos anos no meu programa de genealogia. Não lembro o nome do autor das pesquisas.
A descendência do Francisco Frazão de Sousa aqui no Brasil é bem conhecida e consta no livro "Primeiras Famílias do Rio de Janeiro (Séculos XVI e XVII)" de Carlos G. Rheingantz.
I — FRANCISCO FERNANDES FRAZÃO, graneleiro de trigo e de pastel. C.c.N… Teve:
1(ii). Francisco Frazão, n. ca. 1558, que segue
2(ii). Miguel Pinheiro Frazão, padre, beneficiado da Igreja de Santa Cruz da vila de Lagoa, onde morreu a 15-6-1633. Foi testamenteiro de seu irmão Francisco, a quem comprou, a 10-6-1628, umas casas na freguesia de S.Pedro de Ponta Delgada.
3(ii). Isabel Pinheiro cc
4(ii). Catarina Fernandes cc
5(ii). (?) António Pinheiro Frazão que foi padrº na Matriz PDL, a 1 Set. 1590 (Lv 1, fl. 137vº) -
II — FRANCISCO FRAZÃO, CFCR, escrivão dos Resíduos da ilha de S.Miguel (1603), natural de Ponta Delgada, morreu em S.Pedro a 27-VIII-1628 com 70 anos de idade. Casou com D.MARIA DE MEDEIROS, filha de Rui Vaz de Medeiros , capitão dos aventureiros da cidade de Ponta Delgada, e de sua 2ª mulher, D.Beatriz Camelo Pereira. Tiveram:
1(iii). D.Maria, n. ca. 1597, morreu, em S. Pedro, a 10-VIII-1619, com 22 anos;
2(iii). D.Isabel de Medeiros, n. ca. 1598, morreu, em S. Pedro, a 17-VIII-1628, com ca. 30 anos;
3(iii). Francisco Frazão de Sousa, que segue;
4(iii). D.Beatriz de Medeiros Frazão casou em S.Pedro, a 29-V-1631, com Vasco Caldeira da Fonseca (+ em S.José, Ponta Delgada, em 1650), escrivão do Judicial de Ponta Delgada, filho de Sebastião Caldeira da Fonseca e de sua mulher Francisca de Melo Vasconcelos; neto paterno de Vasco Caldeira Moniz e de sua mulher, D.Mécia da Fonseca.
5(iii). Madre Ana, freira na Esperança.
6(iii). Pedro de Sousa Pereira, n. ca. 1610
III — FRANCISCO FRAZÃO DE SOUSA ou de Medeiros, n. ca. 1600? cc , antes de 1627, D.MARIA DE OLIVEIRA VASCONCELOS
1a(iv). D. Maria, que segue
2a(iv). Manuel n. Capelas 13-2-1630
3a(iv). D.Bárbara n. Capelas 20-5-1631
4a(iv). Martinho n. Capelas 29-10-1632
5a(iv). D.Ana n. Capelas 25-10-1633
6a(iv). D.Beatriz de Medeiros nasceu nas Capelas a 17-5-1635; casou Marcos Rebelo, filho de Simão da Cunha e de Maria Rebelo.
7a(iv). D.Luzia n. Capelas 15-12.1636
O mesmo Francisco Frazão de Sousa casou (2ª vez) no Brasil - Rio de Janeiro (Sé, 4.3.1642) com Maria Barbosa de Alvarenga:
1b(iv) Maria Barbosa - (a nossa linha segue por aqui)
2b(iV) Francisco Frazão de Sousa, padre jesuíta
3(biV) Antonio de Alvarenga Mariz
IV— D.MARIA PEREIRA morreu nos Fenais da Luz ca 17-12-1701. Casou a 5-8-1654 (??) com ANTÓNIO PINHEIRO RAPOSO, alferes, que fez testamento a 4-4-1681 (inventário aberto a 3 de Junho do mesmo ano). Tiveram:
1(v). D.Bárbara Pereira, n. ca. 1658 — com 23 anos em 1681. Madrinha nos Fenais em 1682, casou em 8-VII-1695 (??) com Manuel de Sousa Monte (? nos Fenais a 11-II-1724).
2(v). Francisco Frazão de Sousa, n. ca. 1660 — com 21 anos em 1681
3(v). D.Maria, n. ca. 1661 — com 20 anos em 1681; madrinha em 1675, identificada como filha de António Pinheiro e mulher de Gabriel de Almendrega, que morre nos Fenais em 1704.
4(v). D.Úrsula, n. ca. 1662 — com19 anos em 1681; madrinha em 28-IV-1680 e em 8-II-1693.
5(v). Padre António Pinheiro Pereira, n. ca. 1664 — com 17 anos em 1681; morreu nos Fenais a 24-III-1709. Aparece como padrinho em 1686 e 1693, sendo estudante; padroeiro de Nossa Senhotra do Amparo por testamento de seus pais a 4 de Abril de 1681.
6(v). Sebastião de Oliveira ou Sebastião Pinheiro, n. ca. 1667 — com14 anos em 1681; padrinho a 8-II-1693 junto com sua irmã Úrsula e em 5-II-1695.
V — FRANCISCO FRAZÃO DE SOUSA morreu nos Fenais a 29-IV-1706. Casou na mesma freguesia, a 7-VI-1692, com ISABEL DO AMARAL, filha de Manuel do Amaral (? nos Fenais a 9-I-1716 com 87 anos) e de Maria de Lima. Isabel do Amaral casou, segunda vez, nos Fenais, a 11-12-1706, com Manuel Tavares do Couto. Tiveram:
1(vi). D.Antónia, ? 5-4-1707
2(vi). D.Maria do Amaral Pereira, n. Fenais da Luz a 3-8-1700, casou nos Fenais da Luz, a 20-1-1721 com Gonçalo de Viveiros da Costa
3(vi). D.Isabel do Amaral casada em Rabo de Peixe, a 2-2-1726, com José Tavares Moniz
4(vi). Francisco Frazão de Sousa, n. Fenais da Luz a 14-11-1706. Casou, em 1725, com Maria da Conceição
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salvo melhor parecer:
© dr. Jorge Frazão de Mello-Manoel
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Boa noite,
Participo pouco do fórum, mas fiquei interessado em saber quem seria a pessoa que o Sr. nomeou.
Muito obrigado,
Flávio.
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Corrigindo e complementando:
O mesmo Francisco Frazão de Sousa, n. em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, por volta de 1612, casou (2ª vez) no Brasil - Rio de Janeiro (Sé, 4.3.1642) com Maria Barbosa de Alvarenga, n. no Rio, bat. 03/11/1626, filha de Antônio de Alvarenga Mariz e de Isabel Barbosa.:
1b(iv) Francisco Frazão de Sousa, padre jesuíta, n. ap. 1643
2b(iV) Sebastião, n. no Rio, bat. 29/01/1645
3b(iV) Antonio de Alvarenga Mariz, padre jesuíta, n. no Rio, bat. 11/3/1646
4b(iv) Tomé, n. no Rio, bat. 11/06/1647
5b(iv) Maria Barbosa, n. no Rio, bat. 24/07/1648
6b(iv) Isabel Barbosa, n. no Rio, bat. 15/01/1650
7b(iv) Manuel, n. no Rio, bat. 08/06/1651
8b(iv) Ascenço, n. no Rio, bat. 28/08/1652
9b(iv) Bárbara, n. no Rio, bat. 29/12/1653
10b(iv) Mariana de Alvarenga, n. ap. 1656, no Rio
11b(iv) Natália de Jesus, n. no Rio, bat. 08/01/1658
12b(iv) uma filha, nome ilegível, casada no Rio a 27/11/1677 com Manoel da Fonseca Varela
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JMM, é, entre outras ocupações, genealogista, vive em ponta Delgada, intervém neste foro, nomeadamente neste neste tópico e está aqui na base de dados do Geneall.
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Agradeço a informação, embora já a tivesse.
Em meados do século passado, Adalberto Brito Cabral de Mello compilou do fichário do Colégio Brasileiro de Genealogia informação sobre a descendência de Francisco Frazão de Sousa e sua segunda mulher, dados que enviou ao meu tio, José Frazão de Vasconcelos.
Esta informação só cá deve ter chegado depois da publicação, pelo referido meu tio,de um trabalho sobre a descedência de Francisco Fernandes Frazão, que só listava os filhos Maria Barbosa, Francisco Frazão de Sousa e António de Alvarenga Mariz. A responsabilidade desta lista truncada não é pois de JMM, deve tê-la obtido noutro sítio.
Acrescento que Francisco Frazão de Sousa, documentadamente já casado em fevereiro de 1627 com Maria de Oliveira ou de Vasconcelos, era em 1639, o que também se documenta, o filho mais velho de Francisco Frazão e Maria de Medeiros. Pedro de Sousa Pererira, provavelmente o filho mais novo, é que deve ter nascido por 1610.
Cumprimentos,
JAF
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Prezados Confrades,
consultando os arquivos de ponta delgada em 10 de agosto de 1619 quem falece aos 22 anos é uma filha de Francisco Frazão solteira,espero estar contribuindo , cumprimentos confrades em especial meu primo Flavio Mario dev Carvalho.
atenciosamente Renato Carlos Azevedo Moraes.
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Agradeço muito as informações prestadas pelo prezado Sr. João Amaral Frazão e pelo estimado primo Renato Carlos Azevedo Moraes.
Eu li, num site de genealogia, informações sobre as CBA de dois indivíduos nomeados Francisco Frazão, mas o autor referia que faltavam informações para identificá-los com segurança. Os senhores teriam maiores informações a respeito se esses Frazões portavam alguma representação heráldica documentada ?
Flávio de Carvalho.
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Boa noite, Flávio de Carvalho
Não vislumbro razão, nomeadamente cronológica, para identificar qualquer dos armoriados que refere com Francisco Fernandes Frazão — de que só se conhece o nome e ofício (graneleirode trigo e de pastel) pela dispensa obtida em 1640 por Pedro de Sousa Pereira, de quem era avô paterno, para ingressar na Ordem de Cristo.
Contudo, Pedro de Sousa Pereira, em certidão de serviços passada no Rio de Janeiro, a 6.12.1641, ao capitão Francisco da Fonseca Falcão, diz ir ela (certidão) “por mim assinada e selada com o selo de minhas armas"; as armas do referido selo parecem ser as dos Frazões — a menos que sejam as dos Aranhas, o que, dado o tipo de documento, é indecidível, ou que tudo seja Photoshop ...
É tudo o que de heraldicamente relevante me ocorre dizer.
Os meus cumprimentos,
João A. Frazão
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Como sempre, estão muito fundamentadas e substanciosas as suas considerações Sr. João A. Frazão
Gostaria de especular o seguinte: uma vez que Pedro de Sousa Pereira era o filho mais novo e se essas armas fossem provenientes de tradição familiar imagino que deveria usá-las com uma diferença ou combinadas com as de sua mãe. Se eram armas novas, em teoria, não deveria imitar o desenho da antiga família Frazão. Mas eu ignoro se no sec. XVII o mau costume de copiar vetustos brasões sem qualquer comprovação genealógica já estava em prática.
Atenciosamente,
Flávio de Carvalho.
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Prezados:
Os senhores sabem se é possível adquirir a obra: "Elementos para a História Genealógica Bio-Bibliográfica dos Frazões da Ilha de S. Miguel" por J.A. de Amaral Frazão de Vasconcelos ?
Tenho interesse em me aprofundar no assunto.
Atenciosamente,
Flávio de Carvalho.
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Algumas novidades (ao menos para mim) trazidas pelo estimado primo e pesquisador Renato Carlos Azevedo Moraes:
1- Pedro de Sousa Pereira, n. ca. 1610 na I. São Miguel, casou com Ana Correa de Sá, nat. do Rio de Janeiro, e tiveram o filho: Tomé de Sousa Correa, nat. do Rio de Janeiro, que casado com Cecília Gregória de Benevides Mendonça, nat. da Vila de Linhares, (filha de Pedro de Benevides y Mendonça e de Cecília de Torres e Portugal) tiveram o neto: Pedro de Sousa Correa Benevides cuja habilitação à Ordem de Cristo permitiu a coleta dessas informações.
2- Registro de batismo em S. Pedro, I. de São Miguel, de Catarina datado de 29 ?/11/1574 filha de Francisco Frazão e de Ana Miranda, foram padrinhos: Nuno Frazão, meirinho, e Brites(?) Coelha.
3- Registro de batismo de maio/1575 de Isabel filha de Francisco Frazão e Maria Fernandez(?).
Atte,
Flávio de Carvalho.
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No livro do Rheingantz, tomo I, página 376 e 377 traz os ancestrais e descendentes de Ana Correia, n.ca. 1628 e Pedro de Sousa Pereira (ca. 1610 - 1673).
Atte,
Flávio de Carvalho.
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Segundo Rheingantz, a descendência do filho mais jovem do casal, FRANCISCO FRAZÃO e MARIA DE MEDEIROS, vindo para o Rio de Janeiro:
III.2 - PEDRO DE SOUSA PEREIRA, Capitão e Provedor da Fazenda Real.
Nascido em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, c.a. 1610 e fal. em 1673. Casou c.a. 1628 com Ana Correa, filha de Manuel Correia, nascido na Quinta de Penaboa e fal. no Rio, (c.a.1585 - 8/1/1648) e de Maria de Alvarenga (c.a.1597 - 6/6/1649), neta paterna de Gonçalo Correia (da Costa) e Maria Ramires, e neta materna de Tomé de Alvarenga e Maria de Mariz.
Pedro de Sousa Pereira e Ana Correa tiveram os filhos nascidos no Rio de Janeiro:
1(iv) Pedro de Sousa Pereira (ou Correia) bat. 22/05/1643 e fal. no Rio em 1687, solteiro
2(iV) João, bat. 4/8/1644, frade beneditino
3(iv) Antônio, bat. 28/1/1646
4(iv) Salvador, bat. 13/4/1647
5(iv) Manuel de Sousa Correia, n. c.a. 1648 e fal. 6/2/1668, solteiro
6(iv) Tomé de Sousa Correia, bat. 10/3/1650, casado no Rio a 18/6/1676 com Cecília de Benevides, filha de D. Pedro de Benevides y Mendonça e Cecília de Torres Portugal.
6(iv) Clara, bat. 24/4/1630
Alguns desses personagens protagonizaram fatos marcantes na história colonial da cidade do Rio de Janeiro. Tentarei resumi-los, em breve, de acordo com as fontes de que disponho.
Flávio de Carvalho.
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A biografia abaixo foi adaptada da obra "ALFÂNDEGA DO RIO DE JANEIRO" de José Eduardo Pimentel de Godoy, Auditor-Fiscal da Receita Federal e membro do Instituto Genealógico Brasileiro e da Academia Amparense de Letras. Inseri alguns textos do "DICIONÁRIO DE BANDEIRANTES E SERTANISTAS DO BRASIL" de Francisco de Assis Carvalho Franco e também algumas linhas retiradas do livro "O Rio de Janeiro no Século XVII" de Vivaldo Coaracy.
PEDRO DE SOUSA PEREIRA -
Nascido em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, por volta de 1610, foi fidalgo da Casa Real e cavaleiro de Cristo por mercê de 11 de julho de 1639, tendo exercido o posto de capitão de infantaria em Mazagão e servido como capitão-mor em várias armadas do Brasil.
Parente por afinidade de Salvador Correia de Sá e Benevides, pois casara por volta de 1628 com Ana Correa (prima de Salvador), foi por este nomeado para o ofício de Provedor da Fazenda Real e Juiz da Alfândega do Rio de Janeiro aproximadamente em 1640, para o que depuseram Domingos Correia, legítimo ocupante do cargo. É verdade que uma carta régia, de 20 de julho de 1639, nomeava Pedro para esse ofício, mas ele deveria aguardar o término do mandato do titular. Após alguns incidentes, matou um juiz de órfãos, fugiu para Castela e foi preso ao retornar.
Em 1644, já absolvido, alegou que exercia a provedoria há 20 anos (sic), pelo que desejava renunciar o cargo em favor de seu filho Tomé Correia de Sousa. Ficou efetivamente afastado do cargo por algum tempo. (Tem um erro aqui pois nessa data esse filho ainda não era nascido. Talvez o autor queria dizer que a renúncia foi em favor do cunhado Tomé Correia de Alvarenga, este nascido no Rio e batizado em 8/12/1618).
Em 1648 é beneficiado por novo ajuste de partilha das terras de Campos dos Goitacazes por iniciativa e mando de Salvador Correia de Sá e Benevides, o maior interessado e aquinhoado. No ano seguinte, em 1649, Pedro já retomara novamente o cargo de provedor.
Em carta de 24/05/1652 foi nomeado Administrador Geral das Minas da Repartição do Sul, com ampla jurisdição em São Paulo e Paranaguá, para onde se deslocou. Quando saiu do Rio de Janeiro deixou como seu substituto na provedoria da Fazenda Real o seu cunhado Tomé Correia de Alvarenga.
Apesar de acidentado por uma queda no Caminho do Mar, que o prendeu ao leito por três meses, estimulou o bandeirismo minerador, inclusive organizando a expedição de Álvaro Rodrigues do Prado e transferindo a Casa de Fundição de Paranaguá para Iguape. Permaneceu na administração das minas até 1658. Por esta época foi acusado de mais um assassinato: o do mineiro espanhol D. Jaime Comere, que teria sido jogado do alto de uma cata em Paranaguá. Foi acusado ainda da morte do ex-provedor do Rio de Janeiro, Francisco da Costa Barros, ocorrida em 28 de abril de 1658. O assassinato teria sido perpetrado com dois tiros de espingarda por Pedro de Sousa Pereira e Tomé Correia de Alvarenga. As imputações que lhe eram feitas, nesse período, tinham como autor Domingos Correia, inimigo de Salvador Benevides e antigo provedor da Fazenda Real do Rio de Janeiro. Pedro foi preso e teve os seus bens sequestrados, mas foi-lhe permitido renunciar o seu cargo num de seus filhos. A provisão régia de 11/03/1659 especificava que o seu filho, Manuel de Sousa Correia, seria o seu substituto em todos os seus impedimentos (Esse filho teria 11 anos de idade??).
Neste mesmo ano de 1659, Salvador Correia de Sá e Benevides retorna ao Rio de Janeiro como governador com poderes ampliados sobre as capitanias do sul, separadas do governo-geral da Bahia por provisão da rainha regente de 17 de setembro de 1658. Pedro de Sousa Pereira livra-se então de todas as acusações para mais adiante envolver-se em novo conflito.
Devido ao decreto de novos impostos pelo governador Benevides, o povo do Rio de Janeiro amotinou-se. Em 1661, durante a rebelião de Jerônimo de Barbalho Bezerra, Pedro de Sousa Pereira foi preso pelos rebeldes e logo remetido para o reino num patacho que carregava para a Ilha da Madeira.. Tomé de Alvarenga, junto com seus irmãos postos a ferros, foram enviados mais tarde. Os procuradores do povo enviaram à corte um parrudo relatório com dezenas de capítulos de acusações pormenorizadas e precisas contra a administração dos Correia de Sá e auxiliares.
Pedro retornou depois, mas ao que parece, não conseguiu voltar logo à provedoria e à alfândega, substituído que foi em 1663 pela nomeação de Diogo Carneiro Fontoura e depois João Correia de Faria para o cargo. Reassumiu em 1672, mas faleceu antes de 19 de novembro desse ano ou, segundo outros autores, logo em 1673. O seu filho, Tomé de Sousa Correia, foi nomeado para seu substituto efetivo por provisão de 3/02/1674, dando-se a posse em 24/04/1675.
Flávio de Carvalho.
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Prezado Sr. João Amaral Frazão:
Ainda não descobri o testamento do Francisco de Sousa Frazão, mas no livro "Geografia histórica do Rio de Janeiro," do autor Maurício de Almeida Abreu, está escrito que os jesuítas compraram de Francisco Frazão de Sousa e sua mulher Maria Barbosa de Alvarenga, em 13 de maio de 1656, a extensa sesmaria de seis léguas em quadra que estes haviam herdado, que se estendia das cabeceiras das terras dos Monteiros até Marapicu e finalizava além dos altos da serra do Mar.
Essa sesmaria fora doada por Gonçalo Correia de Sá em 08/06/1618 a Manoel Correia Vasques (meio irmão do pai de Gonçalo) e aos irmãos da esposa ( Maria de Mariz de Alvarenga) desse Manoel, Antônio de Alvarenga Mariz e Francisco de Alvarenga, estes, filhos de Tomé de Alvarenga.
A herança chegou por via de Maria Barbosa de Alvarenga, casada com o nosso FFS, pois era filha do Antônio de Alvarenga Mariz.
Então o FFS deve ter falecido após a data da compra jesuítica.
Atte,
Flávio.
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