Paroquiais da região de Montalegre
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Paroquiais da região de Montalegre
Caros amigos
A maioria dos registos paroquiais das freguesias da região de Montalegre datam de época posterior a 1800.O meu interesse vai para Tourém no extremo norte, pequena localidade incluída no antigo Couto Misto, extinto cerca de 1860 e onde os naturais não pertenciam nem a Espanha nem a Portugal, podendo escolher livremente a nacionalidade.Procuro um registo de óbito do século XVII.De uma jovem supostamente morta por um lince (?), acontecimento relatado num manuscrito que encontrei e que tenho interesse em investigar. Acontece que na época esta região estava dependente do Bispado de Ourense na Galiza. É provável, portanto, que os registos anteriores a 1800 estejam algures naquela região. Alguem sabe informar sobre o assunto?Talvez os nossos amigos da Galiza!
Cumprimentos
Miguel Brandão Pimenta
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caríssimo Miguel,
Também eu tenho imenso interesse em pesquisar Montalegre, no meu caso a freguesia de Viade de Baixo, donde é natural minha avó Ricardina Afonso Branco.Como refere chego a 1800 e não há registos anteriores.
Depois..encontro um Afonso Branco, também de Viade, Perafita, comissário da fazenda para o Brazil, cerca de 1700, mas já numa pesquisa dos FSO.
Penso que se o Miguel falasse com o Dr. Manuel da Silva Gonçalves, director do Arquivo de Vila Real, excelente profissional e muito conhecedor, talvez ele lhe desse algumas pistas, ou então o Dr. Barroso da Fonte ou o Padre Fontes, de Vilar de Perdizes...
Um abraço
José António Reis
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro José António
Obrigado pelas sugestões.Provavelmente o Padre Fontes é a pessoa indicada.
Um grande abraço
Miguel Pimenta
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João de Azevedo Roxas região de Montalegre
Caro Miguel Brandão Pimenta
Tenho um antepassado, o Lº João de
Azevedo Roxas (ou Roxão), batizado na freguesia de São Salvador, termo de Monte Alegre junto a Chaves e assistente no Rio de Janeiro, na freguesia da Candelária onde foi
batizada sua mulher Antónia do Amaral e ambos jazem sepultados. O João de Azevedo Roxas deve ter nascido por volta da virada do século XVI para o XVII ou no início do XVII. Se os nomes forem conhecidos dos pesquisadores da região, fica a mensagem e o meu interesse, se é que seja a mesma paróquia.
Encontro muitos registros de pessoas mortas por animais no Brasil antigo. Já vi de tudo, cobras (muitos óbitos), "tigres" (onças), aranhas e até mesmo espinhas de peixe !
Um abraço
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: João de Azevedo Roxas região de Montalegre
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Se eu encontrar o dado pretendido não me esquecerei de si.Mas quero também dizer-lhe que, normalmente, não costumo pesquisar a região de Montalegre.Não tenho antepassados nessa região.
O óbito que eu procuro tem a ver, sobretudo, com uma outra investigação que ando a fazer:a antiga distribuição de alguns elementos da fauna selvagem na região norte de Portugal. Por sorte encontrei um manuscrito, de 1758, que refere precisamente a morte de uma jovem na região de Tourém. Pessoalmente não acredito que um lince (que existiu nesta região até ao inicio do século XVIII) possa matar alguém. No entanto bem gostaria de encontrar o óbito.
Aproveito para lhe dizer que vi a IG de Torcato Andrade Almada.Não adianta rigorosamente nada (três folhas)para além do nome dos pais.Procurei na base de dados a IG do Licenciado Manuel de Andrade e Almada (na IG de Torcato, fala-se deste irmão) mas pelo nome não a encontrei.Tem o número do processo?
Se tiver tanto melhor!
Cumprimentos
Miguel Pimenta
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RE: João de Azevedo Roxas região de Montalegre
Caro Miguel Pimenta
Muito agradeço o favor. Parece que os irmãos do Torcato não constam na base de dados na internet do ADBraga. Tentei localizá-los e nada encontrei. Ou os processos não estão cadastrados ou se extraviaram. Não demos sorte nessa ! Em outra oportunidade solicitarei o favor do colega espiar outros processos no ADB.
Melhores cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel Brandão Pimenta,
História extraordinária. Em Vilar de Perdizes contava-se que uma das morgadas foi morta por uma pantera que se encontrava no Paço de Vilar de Perdizes. Curiosamente, descobri que uma das morgadas - esquecidas pelos nobiliários - pode ter sido assassinada... precisamente no século XVII! Quem sabe se não será uma deturpação dessa história!
Nos registos paroquais de Vilar de Perdizes não encontrei nada.
Com os melhores cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto Bettencourt
A região de Montalegre é fertil em histórias deste tipo. Talvez pelo seu isolamento, talvez pela paisagem. Da região do Barroso, dizia Frei Luis de Sousa " tem um sitio tão intratavel de serras e penedias, quase sempre cobertas de neve, de picos que se vão ás nuvens, de brenhas temerosas, de vales profundíssimos e passos perigosos que mais parece morada de feras e selvagens que de homens capazes de razão e juízo". Pessoalmente considero este "pedaço de terra ...de áspera montanha e mui crespa penedia" uma das mais interessantes do nosso país, pelos seus costumes, pela sua cultura e sobretudo pela extraordinária beleza da paisagem.
Cumprimentos
Miguel Brandão Pimenta
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel Brandão Pimenta,
Não podia concordar mais consigo. Quem vê a serra do Larouco, ganha uma percepção diferente da dimensão humana. Infelizmente, uma outra dimensão humana avizinha-se, com o parque eólico que alguns pretendem instalar na serra.
Um abraço,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto Bettencourt
Também aí? Sempre vai para a frente? Já viu a quantidade de "árvores de ferro" que andam a plantar por todo o lado? A primeira foi para os lados de Tourém, na Portela do Grito. Houve uma tentativa de um segundo parque eólico, mas foi chumbado. Ficava na Rede Natura, coisa que não sucede no Larouco. No vizinho Gerês tentaram várias vezes, felizmente sem sucesso. Até quando não sei!
Um abraço
Miguel Pimenta
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel Pimenta,
No Gerês tem sido mais fácil, por causa do parque. Já o Larouco, apesar de pertencer à REN, e do interesse que a serra assume para o EcoMuseu da iniciativa da Câmara, cheira-me que vai ser decretado o interesse público do parque eólico e que as obras vão para a frente. Ou talvez não...
Um abraço,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto Bettencourt,
suponho que terá ligações a vilar de Perdizes. Já agora, sabe alguma coisa mais da Avó Beatriz Agostinha Yebra y Oca? o que encontro é escasso. obrigado
Manuel Morais Sarmento Pizarro
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Manuel Morais Sarmento Pizarro,
Tenho, de facto, ligações a Vilar de Perdizes, por onde presumo sermos primos afastados, através da casa de Bóbeda.
Quanto ao ramo galego, tenho feito algumas investigações. Os dados estão aqui no forum, em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=29926.
Um abraço,
Jacinto Bettencourt
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Obrigado pelas informações. De facto, o meu Pai é dos Pizarros de Bóbeda. já agora, por onde se liga a nós?
um abraço
Manuel de M. Sarmento Pizarro
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Manuel de Morais Sarmento Pizarro,
Uma filha de Alexandre de Sousa Pereira Coutinho, morgado de Vilar de Perdizes, casa com o senhor da casa de Samaiões, cuja filha, por seu turno, casa com o morgado de Bóbeda.
Um abraço,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel Brandão Pimenta,
Por acaso não obteve mais nenhuma informação sobre este assunto? Podia indicar-me o manuscrito que consultou onde se refere a morte da tal jovem? O manuscrito não refere o nome?
Um abraço e obrigado,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto
Neste momento não tenho comigo o manuscrito, mas posso dar uma vista de olhos na próxima segunda -feira. Trata-se de um manuscrito relativo á freguesia de Parada (Montalegre) com data mais ou menos de 1750, feito pelo padre da localidade e que fala também de Tourém. É um manuscrito com muitas páginas descrevendo a paisagem , os costumes, a flora e a fauna locais. A certa altura refere a morte da jovem, em Tourém, degolada por um lince. Que havia linces na região, no século XVIII, não existem dúvidas. Creio no entanto que a história não deve passar de uma lenda. O lince ibérico, tal como o lobo, não ataca seres humanos. As eólicas do Larouco sempre vão para a frente? Espero que não!
Um abraço
Miguel Pimenta
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel,
Agradecia-lhe muito se me desse uma vista de olhos. Esse manuscrito por acaso não está disponível apra consulta algures?
As eólicas avançaram na parte de baixo. Mas no alto da serra verificou-se um avanço do lado espanhol; existem, agora, mais de 30 eólicas no horizonte...
É uma pena.
Um abraço,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel Pimenta
Tambem estou a fazer pesquisas do apelido MIRANDA. A procuro os pais da minha avó que nasceu em Outeiro no ano de 1893. Diga-me se tambem posso consultar esse livro, porque em breve vou ai passar as minhas ferias.
Um Abraco
Manuel Miranda
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto, ´
Ao rever algumas das mensagens anteriores reparei que ainda não tinha dado resposta ao seu pedido. As minhas desculpas. O manuscrito não está publicado mas encontrei-o na confusão dos meus papéis.
Dar-lhe-ei notícias dentro de duas semanas aproximadamente
Abraço
Miguel Brandão Pimenta
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro confrades deste tópico,
Vim a saber há dias que Montalegre, foi o local de nascimentos do bisavô de minha mulher, de nome:
- SEVERINO DIAS, de profissão escriturário e filho de
- JOSÉ DIAS DA COSTA (escrivão de Direito) e de
- D. GUILHERMINA AUGUSTA MAGALHÃES CALDAS.
SEVERINO DIAS, terá nascido por volta de 1871-76
casou com D. Maria da Conceição Teixeira, natural da freguesia de Stª Leocádea, comcelho de Chaves por volta de 1896.
Não sei quais as paróquias de Montalegre aonde teriam sido baptisados e casados.
Alguns dos senhores terá amabilidade de ver nos seus dados algo que possa ser esclarecedor e juntar aos meus dados familiares que são só estes?
Antecipadamente grato.
Cumprimentos
António Coelho
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Miguel,
Muito obrigado pela resposta. E não se preocupe que eu sou bem mais distraído nas respostas.
Um abraço,
Jacinto
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RE: Paroquiais da região de Montalegre
Caro Jacinto,
Aí vai o prometido.
Trata-se de um manuscrito redigido por João Álvares de Azevedo, abade da igreja de Sam Thomé de Parada do Gerês em 3 de Março de 1758. Refere o seguinte «... e ha no ditto Gerês Lobos Cervaes q. bem se lhes pode chamar Onças pois perseguidas dos caçadores sobem as arvores devorão a gente como fizerão ha poucos annos a huma rapariga da villa de Tourem e no rebanho de gado miudo em que entrão ainda q. conste de grande numero e a todos degola...»
Embora nesta região o lince tenha subsistido provavelmente até finais do século dezanove (casualmente até à primeira metade do século vinte) pessoalmente não acredito que possa matar um ser humano. Não tem esse hábito e não tem, provavelmente, capacidade. Bem gostaria de encontrar o registo de óbito que deve remontar a qualquer coisa como 1750. Terá morrido por outros motivos ou tratar-se-á de uma lenda.
Curiosamente o abade chama-lhe Onça (nestas coisa há sempre uma certa disposição para o exagero - tenho uma descrição de um lince morto em 1805 identificado pelos abades com sendo um tigre).
Ora, as designações de onça e pantera (como a que supostamente matou a morgada) confundem-se. A onça (Panthera pardus) na sua variante melânica é designada habitualmente por pantera. O abade chama-lhe onça (= a pantera) e a morgada é morta por uma pantera. As histórias poderão estar relacionadas!
De quando é a morte da morgada?
abraço
Miguel
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