Genealogia dos Heróis da Amazônia.
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Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caros amigos da genealogia portuguesa
Muitas vezes comentamos as nossas derrotas históricas quando tivemos excepcionais vitórias históricas. Uma das mais importantes vitórias estratégicas da cultura luso-brasileira foi a ocupação da Amazônia. Derrotamos os holandeses, franceses, ingleses e espanhóis na região no século XVII.
Abro um tópico versando sobre os heróis conquistadores da Amazônia. Foram os responsáveis pela implantação do Império Português na maior bacia equatorial do mundo. A soberania brasileira na região é a sua continuação.
Quem sabe se algum pesquisador não tem informações sobre os heróis da Amazônia :
PEDRO TEIXEIRA
Pedro Teixeira nasceu na Vila de Cantanhede, situada a cerca de 20 km ao Nordeste de Coimbra – Portugal, em 1587. Pouco se conhece sobre sua família e primeiros anos de vida. Sabe-se que desde criança foi muito forte, adquirindo na fase adulta uma compleição invejável que o tornou talhado para a vida agreste.
Após a expulsão dos franceses do Maranhão em fins de 1615, o governo português determina o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar sua posse sobre a região. A força expedicionária lusa foi constituída por três companhias. Como subalterno de uma delas, seguia o então alferes Pedro Teixeira.
A 12 de janeiro de 1616, a tropa entrou na Baía de Guajará. Desembarcou numa ponta de terra firme, onde desde logo foram iniciadas as obras de instalação e defesa. Em local bem selecionado, foi erguido o Forte que tomou o nome de Presépio, origem da atual cidade de Belém.
O destemido desbravador prossegue prestando inestimáveis serviços à coroa portuguesa. Combate holandeses e ingleses em muitas refregas, bem como realiza várias entradas de exploração dos sertões amazônicos.
A maior de todas as suas façanhas teria início em outubro de 1639. À frente de 2.500 pessoas, entre militares, índios e familiares, empreende viagem de exploração da calha do rio Amazonas, partindo de Belém. Empregando cerca de 50 grandes canoas, atinge Quito, no Equador, e regressa a Belém depois de haver percorrido mais de 10.000 km de rios e trilhas. Com esse feito – um dos maiores de nossa história – contribuiria para assegurar a posse de vasta porção da bacia amazônica por parte de Portugal.
Como reconhecimento pelos seus 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal, Pedro Teixeira foi nomeado para o cargo de Capitão-Mor do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640. Infelizmente, sua gestão foi curta, durando até maio de 1641. A 4 de julho desse ano faleceu na mesma Belém que auxiliou a fundar e consolidar.
Mais de três séculos após sua morte, os empreendimentos de Pedro Teixeira ainda nos causam admiração. As lutas travadas contra os invasores estrangeiros e a exploração da bacia amazônica fizeram-no um dos maiores heróis da então Colônia no século XVII.
Por isso, sua figura deve representar o símbolo da luta pela preservação da soberania brasileira sobre a Amazônia.
Fonte : Página do Exército Brasileiro
Capitão-Mor Pedro Teixeira - O conquistador da Amazônia
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Muito obrigado por esta página da História Luso-Brasileira e também de Belem do Pará terra de naturalidade da minha Avó materna e que se orgulhava muito disso. Alguém me fêz chegar uma foto do interior da Sé onde ela foi baptizada e que muito me penhorou.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira,
Também lhe agradeço e espero que mais participantes tragam aqui outros episódios da nossa história comum, para elevação dos muitos que lêem este Fórum.
Como meu sogro nasceu em Belém do Pará (1919), tomo a liberdade de aproveitar este espaço para lhe pedir auxílio para o seguinte:
O meu sogro era filho de uma senhora brasileira, de uma família a que uma pouco segura tradição familiar diz ser judia, descendente de judeus portugueses originários da Holanda, país onde se teriam acolhido depois da expulsão de Portugal no séc. XVI.
Chamava-se esta senhora, ANTÓNIA SOBREIRA PIRES CARDOSO, e já não era viva em 1924. Seu marido, António de Bessa Lopes, era um cidadão português que emigrou para o Brasil no último quartel do séc. XIX, tendo-se aí fixado. Este casal teve dois filhos, um dos quais o pai de minha mulher que veio para Portugal com dois anos de idade, ao cuidado de sua avó, após a viuvez de seu pai.
O quase nada que sabemos de Antónia Pires Cardoso é que era natural do Ceará e era filha de Raimundo Pires Cardoso e de Ana Sobreira.
Será como “procurar agulha num palheiro” mas, mesmo assim, não custa tentar…
Agradecendo antecipadamente o interesse que o assunto lhe possa merecer, apresento os meus melhores cumprimentos,
António Maria Fevereiro
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro António Maria Fevereiro,
É bem possível que a ascendência judia venha do lado Bessa, que uma minha "pouco segura tradição familiar diz ser judia". Conheci no Brasil uma Teresa Bessa, judia Holandesa, e possivelmente de raizes portuguesas.
Melhores cumprimentos
António Bessa Ribas
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro António Maria Fevereiro
O caminho da investigação passa pela recuperação da certidão de nascimento e do batismo do seu sogro. O pessoal da LDS recentemente microfilmou os arquivos em Belém. Irei lhe passar a página no seu endereço.
Melhores cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
MANOEL DA GAMA LOBO D'ALMADA
No distante ano de 1784, quando estavam em curso as atividades de demarcação das fronteiras brasileiras, por força do Tratado de Santo Ildefonso (1777), o importante Comando Militar do Alto Rio Negro foi confiado ao coronel engenheiro Manoel da Gama Lobo D’Almada, português nascido em Mazagão, na África.
Lobo D’Almada recebeu a incumbência de realizar explorações geográficas em sua área de responsabilidade, promover o povoamento e a defesa do território e estabelecer contato com a população indígena. Durante dois anos ele se empenhou nessas tarefas, desvendando a floresta, singrando rios, enfrentando tribos hostis. Certa vez, em meio a dificuldades, afirmou dando mostras de sua abnegação: "Eu mesmo vou pessoalmente a todas as expedições. Não permito que meus companheiros passem por trabalhos ou perigos em que eu não seja o primeiro a dar-lhes o exemplo, pois todo sangue que corre a serviço da Pátria é nobre".
O trabalho empreendido por Lobo D’Almada resultou em um minucioso levantamento cartográfico do Vale do Rio Branco.
Ao regressar de Barcelos, em 1786, Lobo D’Almada foi escolhido para governar a Capitania de São José do Rio Negro, cargo no qual foi empossado no ano seguinte. Foi ele quem, posteriormente, transferiu a capital estabelecida em Barcelos para Manaus. Ainda sofrendo os efeitos nocivos da malária, enfermidade contraída durante suas expedições, veio a falecer em 1799.
A 1ª Brigada de Infantaria de Selva tem como patrono Lobo D’Almada. Em seguida, transcreve-se o estandarte da brigada, cujos motes evocam a epopéia do heróico desbravador da selva amazônica:
"Forma retangular, tipo bandeira universal, franjado em ouro. Campo de verde, cor representativa da Arma de Infantaria. Em abismo, um escudo peninsular português filetado em ouro, chefe de branco, carregado de uma Cruz de Cristo, em vermelho, vazada, símbolo de fronteira. Campo em vermelho, carregado de uma onça em ouro, rajada de negro, envolvida por uma coroa de espinhos, em cor negra, simbolizando a árdua missão conferida a Manoel da Gama Lobo D’Almada no desbravamento da selva amazônica, com o sacrifício da própria vida. Envolvendo todo o conjunto, a denominação histórica "Brigada Lobo D’Almada" em arco e em ouro. Laço militar com as cores nacionais, tendo inscrito em caracteres em ouro a designação militar: 1ª Bda Inf Sl."
Fonte: Página do Exército Brasileiro
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro António Bessa Ribas,
Agradeço o seu interesse.
Neste caso, de quem se diz ser de ascendência judaica é a família brasileira Pires Cardoso. António Bessa nascera em Portugal (* 9-02-1886 Silvares, Lousada).
Melhores cumprimentos
António Maria Fevereiro
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo Costa de Oliveira,
Muito agradeço o seu interesse e acuso recepção dos dados dos microfilmes de Belém.
Acontece que tenho a certidão de nascimento de meu sogro, passada no Consulado de Portugal no Pará, onde seu pai exercia as funções de secretário. Infelizmente a certidão não diz a paróquia de baptismo, referindo somente que seu pai era morador na "Rua 28 de Setembro, casa número cento e noventa e quatro", não dando mais precisões quanto ao local de origem de sua mãe, no Ceará.
De todo o modo, embora seja tarefa morosa, com a sua preciosa ajuda poderei ir pedindo os microfilmes e ir eliminando as várias paróquias.
Numa busca feita na net encontrei, na página pessoal de um seu compatriota, uns Pires Cardoso naturais de Russas, Ceará, na 2ª metade do séc. XVIII. Já lhe enviei um mail e aguardo resposta. Seria uma enorme sorte se fossem antepassados dos que procuro.
Renovados agradecimentos e melhores cumprimentos,
António Maria Fevereiro
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro confrade
Os seus artigos sobre os heróis da Amazónia têm o maior interesse e espero que nos dê mais informação. Li há pouco tempo sobre Pedro Teixeira na obra "o Império Luso-Brasileiro" publicada pela Universidade Nova de Lisboa em três volumes e por isso apreciei especialmente o texto que difundiu no fórum.
Se por acaso obtiver alguma informação relativa a indivíduos de apelido Sodré ou Sodré Pereira ou Rangel na Amazónia agradecia que enviasse para aqui, pois vou continuar a visitar a "Genealogia dos Heróis do Amazonas". Já agora posso informá-lo de que se visitar o tema "Duarte Sodré - biografia" lerá o que sei sobre o antepassado de quase todos os Sodrés brasileiros. O seu neto foi o primeiro Sodré Pereira e o progenitor dos deste apelido no Brasil através de ramos secundogénitos que para aí foram.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Sérgio Sodré
Obrigado pela mensagem. O Dicionário das Famílias Brasileiras lista uns ramos dos Sodrés no Brasil desde o século XVII no Rio de Janeiro. Creio que o colega já leu o verbete.
Cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
O Colosso do Forte Príncipe da Beira
Corria o ano da graça de 1771. Sentado no seu gabinete em Lisboa, Sebastião José de Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, tomava a decisão de edificar a maior fortaleza portuguesa alguma vez construída no Brasil (o seu perímetro soma 970 metros e as muralhas têm 10 metros de altura). O objectivo era o de suster uma hipotética invasão da Amazónia pela Espanha, agastada com o avanço dos portugueses para Oeste, muito para além da divisória traçada no célebre Tratado de Tordesilhas. Vivia-se também o auge do Ciclo do Ouro e os espanhóis estavam obstinados em alcançar o Atlântico através dos grandes rios amazónicos.
O local, situado nos confins da Amazónia, nas margens do rio Guaporé - hoje, fronteira com a Bolívia -, distava mais de 3000 quilómetros do litoral. Os seus construtores foram obrigados a trazer por via fluvial, através dos rios Amazonas, Madeira, Paraguai e Jauru, grande parte do material necessário, nomeadamente, as pedras de cantaria. Desconhece-se quantos operários foram mobilizados e quantos pereceram durante a construção, em que foi necessário desbravar selva virgem. Ainda hoje, é um ponto de díficil acesso.(Fonte : Alexandre Coutinho)
A partir de 1645, foi concedida uma honraria ao herdeiro do trono português: “ Príncipe (ou Princesa) do Brasil”. Em 1734, D. João V outorgou o título de “Princesa da Beira” à sua neta, D. Maria, filha de D. José, Príncipe do Brasil, e segunda sucessora da Coroa. Passaram a existir, a partir de então, as honorificências de Príncipe “do Brasil” e “da Beira”, destinadas aos primeiro e segundo sucessores, respectivamente, do reino de Portugal. Quando D. João V faleceu, em 1750, o seu filho D. José foi coroado rei. Em 1761, nasceu o primeiro filho de D. Maria, também de nome José, em memória do avô. Pelas regras dinásticas, tornou-se o primeiro Príncipe da Beira (era o irmão mais velho de D. João VI), porém, ao falecer, em 1788, o trono passou para aquele monarca, tão nosso conhecido e que sucedeu à mãe, D. Maria I.
Em razão do Forte Príncipe da Beira (homenagem a D. José), a 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17ª Bda Inf Sl), criada em 1980 e oriunda do Comando de Fronteira Acre-Rondônia (1969) e do 3º Grupamento de Fronteira (1976), recebeu a atual denominação. O contorno gráfico do memorável sítio histórico, constante de seu estandarte, é o símbolo-mor de Rondônia.
A construção do “Real Forte Príncipe da Beira”, em região inóspita e pouco povoada, requereu ingentes esforços ao longo de sete anos. O capitão-general D. Luís de Albuquerque Mello Pereira e Cáceres (Patrono da 9ª Região Militar, "Região Mello e Cáceres") iniciou a construção, deixando registrada em ata, em 20 de junho de 1776, a seguinte mensagem: "A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei, nosso Senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalho que isso dê...é serviço de Portugal. E tem de se cumprir". A fortificação foi concluída pelo coronel Ricardo Franco patrono da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira e do Quadro de Engenheiros Militares.
Bandeira Brigada Príncipe da Beira
O 6º Batalhão de Infantaria de Selva (6º BIS), de Guajará-Mirim (RO), possui a denominação histórica de “Batalhão Forte Príncipe da Beira”, a qual, apesar da semelhança com a da 17ª Bda Inf Sl, muito contribui para reavivar o nosso orgulho histórico, em vista da existência daquele baluarte de mais de duzentos anos e que, majestático, testemunha a presença militar luso-brasileira em um local estratégico, à margem direita do rio Guaporé e próximo aos maiores cursos de água provenientes do interior boliviano. Ao 6º BIS cabe a missão da guarda e preservação do venerável Forte. Estandarte da 17ª Bda Inf Sl "Forma retangular, tipo bandeira universal. Campo em verde, representativo da arma de Infantaria. Em brocante e em abismo, o contorno planificado do Forte Príncipe da Beira, em ouro, tendo ao centro as Armas Reais do Príncipe da Beira nas suas cores. Encimando todo o conjunto, a denominação histórica "Brigada Príncipe da Beira “, em arco e em ouro. Franja em ouro em toda a volta do campo. Laço militar nas cores nacionais, tendo escrita, em caracteres de ouro, a designação militar da grande unidade." (Fonte : Exército Brasileiro)
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira,
Tenho que lhe dar os parabéns por esta iniciativa. Na verdade, são tópicos como este que nos enriquecem a todos. Contribuem de forma extraordinária para relançar os laços sanguíneos, e culturais, que nos unem.
Relevemos aquilo de bom se fez, faz, e fará.
Sem esquecer aspectos mais "sombrios", afastemos "fantasmas" e "acrimónias"!
Terei o maior gosto em participar neste tópico.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
A sua boa vontade leva-md a fazer-lhe um pedido:
Estou interessado na acção desenvolvida no Brasil pelo coronel Fernando da Gama Lobo Coelho, acaso encontre alguma coisa sobre este meu familiar agradeço-lhe o favor de me informar.
Com os melhores cumprimentos
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Existe um exemplar do Dicionário das Famílias Brasileiras na Torre do Tombo em Lisboa. Eu descendo dalguns dos Sodrés aí referidos por um ramo que passou no sec.XVIII do Rio para aos Açores e depois para Portugal continental. Na Torre do Tombo consegui estabelecer a ligação dos Sodrés referidos no fim do texto do DFB que tiveram carta-de-armas (Bento e Francisco, meus 5º e 4º avôs) com os que estão no corpo do artigo e penso vir a difundir a informação talvez através de um pequeno artigo sobre Sodrés no Rio de Janeiro. Também recebi em minha casa o fascículo III de Carlos G. Rheingantz "Primeiras Famílias do Rio de Janeiro", onde estão os Sodrés, que me foi enviado pelo Colégio Brasileiro de Genealogia, mas o autor também não faz a ligação que descobri, porque não estudou os secundogénitos.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Sérgio Sodré
Trata-se de uma boa contribuição. Espero ver o artigo pronto. Se eu conseguir outras informações lhe repasso.
Cumprimentos
Ricardo
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Sepúlveda.
O Coronel Fernando da Gama Lobo Coelho viveu em que período ? Existe o Arquivo Histórico do Exército com informações sobre todos os oficiais desde 1822. Talvez possa ajudá-lo com mais detalhes.
Melhores cumprimentos
Ricardo de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
RICARDO FRANCO DE ALMEIDA SERRA, português de nascimento (Lisboa - 1748), filho de José Franco, aportou no Brasil em 1780. Formado em Engenharia e Infantaria, esse engenheiro-soldado, cartógrafo, geógrafo e astrônomo tornou-se um dos expoentes do desbravamento e da defesa do imenso território brasileiro nas regiões Norte e Centro-Oeste, tendo feito desde o mapeamento dessas regiões a obras de engenharia.
Entre os séculos XVIII e XIX persistiam as disputas territoriais entre Portugal e Espanha, uma vez que não estavam definidas as fronteiras do Brasil com as colônias espanholas na América do Sul. Confrontos armados eram freqüentes e inevitáveis na disputa por expansão de terras. Era urgente assegurar nossa integridade territorial. Para isso, foi necessário desbravar e registrar a geografia do Brasil nas áreas fronteiriças e construir fortificações em pontos estratégicos para a manutenção do território conquistado e demarcado.
O coronel Ricardo Franco fez o levantamento de fronteiras, explorando mais de 50 rios das bacias do Amazonas e do Prata, e mapeou as capitanias do Grão-Pará, Piauí, de São José do Rio Negro e de Mato Grosso. Além disso, dirigiu trabalhos de construção de várias fortificações, entre as quais o Quartel dos Dragões de Vila Bela (no atual Mato Grosso) e o Forte Príncipe da Beira (em Rondônia).
Das obras de Ricardo Franco, sobressai a construção e defesa do Forte Coimbra, em pleno pantanal sul-matogrossense. Em fevereiro de 1782 chegou à Vila Bela (Mato Grosso); projetou e construiu o quartel de Dragões de Vila Bela em 1787; escreveu "Reflexões sobre a Capitania de Mato Grosso", em 1789; foi membro da Junta de Governo da Capitania de Mato Grosso, de 28 de fevereiro a 5 de novembro de 1796 e de 12 de dezembro de 1806 a 18 de novembro de 1807; ocupou o cargo de Comandante do Presídio de Coimbra e da fronteira sul de Mato Grosso, em julho de 1797; inicia a construção do Forte de Coimbra em 3 de novembro de 1797; escreveu "Memória geográfica do rio Tapajós", em 1799; escreveu "Memória sobre a Capitania de Mato Grosso", em 1800, para servir de base ao plano de defesa da Capitania; de 16 a 25 de setembro de 1801 resiste ao ataque de Lázaro de Ribeira, Governador do Paraguai, batendo este em retirada; em 1 de janeiro de 1802, em revide ao ataque castelhano a Coimbra, manda atacar e destruir o fortim de S. José do Apa. Em 11 de julho de 1803 é promovido a Coronel. A 28 de março de 1808, em conseqüência da evasão da Família Real para o Brasil e da grave situação do Rio da Prata, é designado, novamente, Comandante da Fronteira Sul e do Forte Coimbra.
Ele é o Patrono do Quadro de Engenheiros Militares do Exército Brasileiro.
Adoece e vem a falecer a 21 de janeiro de 1809, pelas duas e meia da tarde, contando trinta anos de serviços prestados penosa mas devotadamente ao Brasil. Ricardo Franco teve dois filhos com uma jovem e formosa índia da tribo Guaná, batizada com o nome de Mariana: Ricarda Manuela de Santa Rita e Augusto Martiniano.
Fonte : Página do Exército Brasileiro e Página de Hélio Mário de Arruda, pentaneto do Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra, com muito orgulho, pela ascendência materna .
A Guerra de 1801 na fronteira do Mato Grosso.
Mais uma vez a guerra estourava na Europa. Como sempre as distantes fronteiras entre o Império Espanhol e o Português participavam dos conflitos. O Governador do Paraguai, D. Lázaro Ribera organiza um ataque ao Mato Grosso pelo Rio Paraguai. Os nossos estavam aliados aos guaicurus (uma fantástica etno-história caracteriza esse grupo de índios cavaleiros, que antes de formarem uma aliança com os nossos em 1791, nos causaram cerca de 4.000 mortos em décadas de ataques traiçoeiros na região de Mato Grosso. Os guaicurus se tatuavam inteiramente com curiosíssimas geometrias e escravizavam os outros povos indígenas da região. Eram hábeis cavaleiros e o terror de todos. Ricardo Franco escreveu que eles se negaram a acreditar na história de Adão e Eva “fato de tanta importância não aconteceria jamais, sem que a tribo fosse convidada). Os espanhóis estavam aliados aos paiaguás(outro povo interessantíssimo e famosos piratas canoeiros do Mato Grosso. Uma coluna fluvial castelhana cerca o Forte de Coimbra e exige a rendição dos nossos.
Manda o comandante espanhol a seguinte mensgem para o Corone Ricardo Franco :
“Ayer tarde tuve la honra de contestar el fuego que v.s. me hizo e habiendo reconocido en aquellas circunstancias, que las fuerzas con que inmediatamente voy atacar ese fuerte son muy superiores a las de v.s., no puedo dejar de hacer ver en este momento que los vasallos de s. m. catolica saben respetar las leys de la humanidad, aun en medio de la misma guerra. Por tanto yo requiero a v. s. se rienda prontamente a las armas de El-Rey mi amo, pues de lo contrario, el canon y la espada decidirán la suerte de Coimbra, sufriendo su desgraciada guarnición todas las extremidades de la guerra, de cuyos estragos se verá libre si v.s. convine en mi propuesta, contestando-me categóricamente en el termino de una hora. Bordo da la sumaca “Nuestra Señora del Carmen”, 17 septiembre 1801. — D. Lázaro Rivera”.
Formal, a réplica de Ricardo Franco, vale um caráter militar:
“Ilmo. e Exmo. Sr.
Tenho a honra de responder categoricamente a V. Ex. que a desigualdade de forças sempre foi um estimulo que animou os portugueses, por isso mesmo, a não desampararem os seus postos e a defendê-los até às duas extremidades: ou de repelir o inimigo, ou a sepultarem-se debaixo das ruínas dos fortes que se lhes confiaram e, nesta resolução se acham todos os defensores deste presídio, que têm a honra de verem em frente a excelsa pessoa de V. Ex. a quem Deus guarde por muitos anos. Coimbra, 17 de setembro de 1801.
Senr. D. Lázaro Ribeira.
Ricardo Franco de Almeida Serra”.
Fonte : Cesário Prado: Edição do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1954, pp. 59-65.
Após várias escaramuças com baixas espanholas e bombardeios sem resultados contra o Forte de Coimbra, os espanhóis se retiraram. No dia 1° de janeiro de 1802 os nossos partiram para o contra-ataque. Foi organizada uma vanguarda luso-brasileira com os guaicurus dirigida contra os castelhanos no Fortim de San José, nas margens do Rio Apa. O inimigo foi surpreendido e o pequeno forte espanhol foi destruído, garantindo a soberania brasileira sobre o Rio Apa. O Tenente Rodrigues do Prado, comandante luso-brasileiro da vitoriosa incursão declarou “ o ver tanto estrago aos meus semelhantes , tirou-me uma grande parte do prazer que me devia causar a vitória”. Arrasado o fortim , foi escrito em um grande cruzeiro : “ Viva Portugal ! Foi tomado este presídio no dia 1° de janeiro de 1802”. Assim acabava mais uma guerra naquelas distantes fronteiras.
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira,
Procurava na net dados sobre Villa Bela de Mato Grosso, onde morreu, em 1778, um meu 6º Avô, Ouvidor e Provedor das Fazendas dos Defuntos e Ausentes nessa Capitania, quando encontrei numa página brasileira um texto sobre o Forte Princípe da Beira que, pelo seu interesse, tomo a liberdade de transcrever.
Um abraço,
António Maria Fevereiro
"0 Forte Príncipe da Beira foi construído para, pela sua imponência, respeitabilidade e temor, manter os castelhanos afastados, o que seu antecessor, o Fortim Nossa Senhora da Conceição, soube fazê-lo por duas vezes contra forças também superiores ao seu potencial.
(…)
Como um atestado vivo de uma época, ergue-se à margem direita do Rio Guaporé o Forte que assegurou o domínio do Amazonas por muito tempo.
A falta de recursos, as Iongas distâncias, a proximidade dos espanhóis e toda sorte de dificuldades foram retratadas por D. Luiz de Albuquerque quando exclamou: "A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de EI-Rei nosso Senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalho que isso dê... é serviço de Portugal. E tem se se cumprir."
Começaram-se então os preparativos para construção da Fortaleza, e a 20 de junho de 1776 foi lançada a Pedra Fundamental.
Da cerimônia foi lavrada a Ata abaixo transcrita onde se conserva a forma etimológica:
"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e setenta e seis anos, aos vinte dias do corrente mez de junho, vindo o Ilmº e Exmº Senr Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres a este lugar, situado na Margem Oriental ou Direita do Rio Guaporé, desta Capitania em distância de mil braças pouco mais ou menos da antiga Fortaleza da Conceição; o qual Lugar tinha sido escolhido e aprovado pelo mesmo Senr depois de circunspesctamente o reconhecer, ouvindo a vários Engenheiros, com particularidade ao Ajudante de Infantaria com o dito exercício Domingos Samboceti, a quem, pela sua inteligência, tem cometido a direção principal das obras, para nele se fundar a outra nova Fortaleza que sua Majestade Ordenou, assim porque está livre das maiores excrescências do dito Rio, como porque o terreno hé naturalmente o mais sólido, e o mais acomodado em todos os sentidos que podia desejar-se; ahi por Sua Excia. foi pessoalmente lançada a primeira Pedra nos Alicerces, depois de se lhe gravar a Inscrição seguinte:
JOSEPHO I
LUSITANIAE ET BRAZILINE REGE FIDELISSIMO
LUDIVICUS ALBUQUERQUIUS A MELLO PERERIUS ET CACERES REGIAE MAJESTATIS A CONCILIUS AMPLISSIMAE HUJOS MATTO GROSSO PROVINCIAE GOVERNATOR AC DUX SUPREMUS IPSIUS FIDELISSIMI REGIS NUTU
SUB AUGUSTISSIMO BEIRENSIS PRINCIPIS NOMINE
SOLIDUM HUJOS ARCIS FUNDAMENTUM JACIENDUM CURAVIT ET PRIMUM LAPIDEM POSSUIT ANN0 CHRISTI MDCCLLXXVI DIE XX MENSIS JUNI"
(Esta inscrição encontra-se na lápide comemorativa vista sobre a entrada da Fortaleza).
A tradução ao pé da letra seria a seguinte:
"Sendo José I, Rei Fidelíssimo de Portugal e do Brasil, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, por escolha da Majestade Real, Governador e Capitão-General desta vastíssima Província de Mato Grosso, planejou para ser construída a sólida fundação desta Fortaleza com o Argutíssimo nome do Príncipe da Beira com o consentimento daquele Rei Fidelíssimo e colocou a primeira pedra no dia 20 do mês de junho do ano de Cristo de 1776."
"Cuja Pedra foi com effeito posta no Alicerce do Angulo flanqueado no Baluarte, em que de presente se trabalha, cujo Angulo, com pequena differença, olha para o Poente; e determinou o dito Senhor, que a mesma Fortaleza de hoje em diante se denominasse - REAL FORTE DO PRÍNCIPE DA BEIRA - consagrando-se os quatro Baluartes em que há de consistir, a saber: A Nossa Senhora da Conceição, o referido em que se trabalha com direção Geral do Poente; a Santa Bárbara, o outro que vira para o Sul, ambos adjacentes ao Rio; e a Santo Antônio de Pádua e a Santo André Avelino, os outros dois que devem corresponder-lhes; o que tudo se faz sendo presentes o Capitão de Dragões da Capitania de Goyas José de Mello e Castro de Vilhena; referido Engenheiro Domingos Samboceti; o Tenente de dragões Joséph Manoel Cardoso da Cunha; o Tenente em Segundo de Artilharia Thomé José de Azevedo; o Alferes de Dragões Joaquim Pereyra de Albuquerque; o Capitão Joaquim Lopes Poupino, Intendente das obras, de que se fez Auto com mais quatro copias em que o dito Senhor Governador e Capitão General assignou, e da mesma forma os sobreditos, com as Pessoas que abaixo constam ;e eu Antônio Ferreira Coelho, Escrivão da Fazenda Real que o escrevy - Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres."
Foi assim a Ata da Fundação do Real Forte do Príncipe da Beira. São hoje decorridos duzentos anos dessa data histórica e a velha Fortaleza se mantém de pé, como se fosse um desafio lançado pelos nossos antepassados para que possamos defendê-la e preservá-la com a mesma audácia e determinação que conseguiram conquistá-la e mantê-la.
Os termos em que a missão foi dada fazem-nos meditar sobre a elevada compreensão que aqueles homens tinham do cumprimento do dever. A distância em que se encontraram do centro de decisão e as enormes dificuldades a sarem enfrentadas durante os trabalhos não podiam constituir motivos para quaisquer desfalecimentos ou não cumprimento das ordens reais.
A missão teria que ser cumprida a qualquer custo.
Foram tiradas quatro cópias do Termo de Fundação e a mesa onde foi lavrado e assinado encontra-se em Vila Bela, antiga Capital da Província de Mato Grosso, pertencendo à Câmara Municipal. Segundo consta, apoiada numa portaria do Governador do Estado, a Câmara não admitirá a saída dessa histórica mesa para qualquer lugar fora do Estado de Mato Grosso, impedindo assim, que passe a fazer parte do acervo da velha Fortaleza.
0 Forte teve sua construção concluída em agosto de 1783, sendo o seu primeiro comandante o Capitão de Dragões José de Mello da Silva e Vilhena, exilado em Mato Grosso, que o ocupou com a guarnição do Fortim Conceição.
Sobre a construção do Forte Príncipe da Beira surgem multas perguntas a quem o visita: Como foi possível construir há duzentos anos, naquelas paragens, tão portentoso empreendimento ? As pedras que compõem a Fortaleza foram trazidas de onde e por que meio, tendo em vista as dezenove cachoeiras entre Guajará Mirim e Porto Velho ? 0 Fosso existente no centro do pátio interno do Forte para que servia ? Rota de fuga ? Depósito de munição ? Há notícias sobre a guarnição do Forte durante o século XIX ? Porque foi abandonado logo após a Proclamação da República ?
Essa monumental obra se afigura muito mais audaciosa quando se pensa nas distâncias verdadeiramente continentais que separam aquele ponto da nossa fronteira ocidental, da única via de comunicação então existente, o Oceano Atlântico. Além dessa distância, outra séria dificuldade existia e existe até hoje para quem deseja atingir aquela área por via fluvial, são as corredeiras do Rio Madeira que impedem a navegação em um longo trecho de seu curso.
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0 Real Forte Príncipe da Beira é um quadrado, de conformidade com o sistema Vaubam ou de praças, que utiliza principalmente a fortificação de bastiões, de 970 metros de perímetro, com muralhas de 10 metros de altura, quatro 'baluartes armados cada um delas com quatorze canhoneiras.
Em torno do Forte existia um longo e profundo fosso que permitia somente o ingresso através da ponte levadiça que conduzia à monumental e única porta, com cerca de 3 metros de altura, aberta na muralha norte.
Em seu interior existiam quatorze residências destinadas ao comandante e demais oficiais, além da capela, armazém e depósitos.
Segundo consta, a pedra necessária à obra vaio inicialmente de Belém, por via fluvial, através dos rios Amazonas e Madeira. Posteriormente, passou a vir de Albuquerque ou de Corumbá, em Mato Grosso, subindo o Rio Paraguai até o Jauru e daí, por terra até a margem do Guaporé em. uma distância de cerca de 1500 quil0metros.
A mão-de-obra especializada já era um problema sério naquela época. Pedreiros, carpinteiros e artífices diversos foram trazidos do Rio de Janeiro e de Belém. Mais de duzentos homens trabalharam nessa obra e dizem que um efetivo de mil escravos auxiliou a sua construção, cujo término somente ocorreu seis anos após, em agosto de 1783.0 engenheiro Domingos Samboceti, falecido durante os trabalhos, foi substituído pelo Capitão de Engenheiros Ricardo Franco de Almeida e Serra, que concluiu a obra, vindo mais tarde a se destacar como herói de Coimbra, onde resistiu vitoriosamente a investida espanhola comandada por Dom Lázaro de Ribeira, contra aquele ponto fronteiriço."
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
À atenção de AMTF e Ricardo de Oliveira
Não sou genealogista mas interessado na História Militar Luso-Brasileira. Se fosse um forum de História poderia desenvolver alguns pontos apresentados. Mas sendo de Genealogia, limito-me a alguns aspectos polémicos ou menos correctos. Assim, Ricardo Franco teve uma actuação extraordinária mas só episodicamente terá tido intervenção na construção do Forte do Príncipe da Beira que, tal como o Forte de Coimbra, tive o privilégio de visitar. Samboceti faleceu em Março de 1777, sucedendo-lhe José Pinheiro de Lacerda, engenheiro militar formado na Aula de Fortificação de Belém pelo sargento-mor engenheiro Manuel Álvares Calheiros. Não houve Universidades no Brasil Colonial mas houve formação de engenheiros em várias Capitanias.
A pedra para a construção do forte, um conglomerado avermelhado devido ao minério de ferro, veio em canoas pelo Guaporé de uma distância da ordem dos 6 Km. Só a cal veio de Belém até se encontrar calcáreo na região de Cuiabá. O troço do Madeira-Mamoré era um tormento. Em cada cachoeira havia que descarregar as canoas, abrir um trilho na selva e transportar canoas e cargas por terra.
Manuel da Gama Lobo de Almada, natural de Lisboa, era filho de António Lobo da Gama (ver este nome no Genea Portugal) que "faleceu enviado de V. Maj. na Corte de Madrid". Não era Embaixador e estou procurando saber quem era de facto. Manuel da Gama, a pesar dos seus conhecimentos, não seria formalmente engenheiro. Tenciono fazer uma comunicação na Academia Portuguesa da História desenvolvendo, sobretudo, o período anterior à sua actuação na Capitania do Rio Negro que é menos conhecido. Sobre esta pode consultar-se Arthur Cezar Ferreira Reis, "Lobo d'Almada um estadista colonial", Manaus, 1940.
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Camisão no RJ
Caro Artur Camisão Soares
Passo-lhe dados sobre um Camisão no Rio de Janeiro. Sei que voces colecionam pessoas com esse nome :
O Jornal do Commercio publicava nas edições de 26 e 27 de outubro de 1829
CHAVES perdidas
"Joaquim Moraes Camisão perdeu na noite de 20 do corrente, quando "pegava a fresca" andando próximo à sua casa, umas poucas chaves de gavetas presas a um argolão sem valor; quem as achou, querendo restituir que o faça, pois não servem para outras gavetas que não as próprias. Deve dirigir-se à Rua da Alfândega nº 141, onde achará quem procura e que gratificará o achador com 4 mil réis de alvíssaras". (Pegar a fresca era hábito antigo nas velhas cidades e até hoje em cidades do interior, por causa do calor abafado que faz no interior das casas mal ventiladas. Os moradores colocam cadeiras e bancos à porta, sentam-se conversando e refrescam-se com a brisa ou com o vento que passa. Às vezes, andam de porta em porta, abanando-se. Alvíssaras é dar gratificação, pagar agradecido por um favor ou devolução de algo perdido.)
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caros Odaruc e António Fevereiro
Obrigado. Não tinha conseguido localizá-lo porque aparece com o nome abreviado. Aqui está :
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=199031
A genealogia só faz sentido com a história e a história militar é importantíssima para as nossas pesquisas.
Um abraço
Ricardo
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RE: Camisão no RJ
Caro Ricardo de Oliveira,
Desde já, obrigado!
Curiosa a notícia. É mais um dado complementar para a nossa base de dados.
Engraçada a expressão "colecção". É, verdadeiramente, nosso propósito obter dados respeitantes à nossa parentela: alguns, verdadeiros "cromos raros"...!!
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Camisão no RJ
Caro Artur,
Este Joaquim de Moraes Camisão, é "só" o pai do Coronel Carlos de Moraes Camisão, e filho de José Caetano de Moraes Camisão.
Ora em 1829, ele tinha 40 anos, e 14 de casamento com Alexandrina Rosa de Barros.
Um abraço
Luis
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RE: Camisão no RJ
Caro Luís,
Exactamente. Por isso é que eu falo em "cromos raros"!
Um abraço
Artur
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Agradeço a sua mensagem. Apenas sei que meu parente estava no Brasil no último quartel do séc. XVIII.
De qualquer modo agradeço a sua boa vontade.
Cumprimentos
A. de Sepúlveda
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Fernando da Gama Lobo Coelho
Caro A. de Sepúlveda
Existe uma biografia do Coronel Fernando da Gama Lobo Coelho e de seu filho o Brigadeiro José da Gama Lobo Coelho D'Eça. Por Manuel Joaquim de Almeida Coelho. Rio de Janeiro, Tipografia de F. de Paula Brito, 1859. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
O Coronel Fernando da Gama Lobo Coelho estava em 1777 na Ilha de Santa Catarina e não se rendeu para os espanhóis durante a grande invasão daquele ano. Também encontrei um Alvará de Escudeiro e Cavaleiro Fidalgo de um Fernando da Gama Lobo em 1745. Anais da BN-RJ (V. 54, pg 16).
Cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Fernando da Gama Lobo Coelho
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Estou-lhe muito grato pelas informações que me prestou. Quanto à biografia do Coronel Fernando da Gama Lobo Coelho, tio e padrinho de baptismo de m/trisavó, foi tentar adquirit o livro.
Será muito incómodo transcrever-me o Alvará de Escudeiro e Fidalgo deste meu tio/Avô.
o meu e-mail é sepulveda@netcabo.pt
Creia-me seu devedor muito grato.
Com os melhores cumprimentos.
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Homenagem aos luso-brasileiros heróis do Amapá.
A fronteira Portugal-Brasil com a França-Guiana
Aqui nos confrontávamos com uma potência européia bem maior e o resultado sempre nos foi favorável. Desde o século XVI a nossa gente conseguiu em sucessivas guerras derrotar os franceses, na pirataria litorânea no século XVI e na tomada do Rio de Janeiro, no Maranhão, nas ações do século XVII e ao Norte das Bocas do Amazonas. Sempre que necessário defendemos do século XVII ao XX o que é hoje o Estado do Amapá.
Em 26 de maio de 1640 Bento Maciel Parente estabeleceu as nossas bases no Cabo do Norte, território do futuro Amapá e sua capital Macapá.
Em novembro de 1678 os franceses de Luís XIV receberam dos espanhóis os direitos pelo Cabo do Norte e acharam que era só ir chegando e batendo. O Marquês de Ferroles, Governador da Guiana Francesa, ordenou a invasão dos nossos fortes de Paru e de Cumaú(no que será a cidade de Macapá). A nossa resposta sempre foi imediata. O Capitão Francisco de Souza com 160 soldados e 150 índios retomou o forte de Cumaú, tomado aos nossos pelos franceses anteriormente. D. Pedro II teve que ceder aos franceses de Luís XIV e a região foi neutralizada. A nossa gente nunca ligou muito para os papéis assinados na Europa e sempre decidimos com as nossas próprias mãos os nossos destinos e voltamos a ocupar a região. Em outra conjuntura, muito mais favorável para Portugal com o ouro do Brasil e com D. João V, o Tratado de Utrecht de 1713 reconheceria a nossa posse na região. A Coroa sempre se preocupou com a região. Pombal transferiria em 1770/1771 a gente de guerra da praça de Mazagão, 163 famílias, para uma localidade ao sul de Macapá. Uma imponente fortaleza também era necessária. “O Forte de São José de Macapá foi considerado o mais belo, o mais imponente e o mais sólido monumento militar do Brasil no período colonial. Possui formato de estrela com quatro pontas,bem delimitadas. A fortaleza foi iniciada em 29 de junho de 1764 e inaugurada em 19 de março de 1782. Foi construída para evitar incursões estrangeiras. Edificada em estilo Vauban, possui em seu interior, um paiol de pólvora, um hospital, uma praça de armas, uma capela, armazéns e quartinas”.O Forte de São José foi construído sob a direção do Sargento-Mor Manuel de Azevedo Fortes e pelo Engenheiro-Mor do Reino Miguel Luis Alves. Mais uma vez o Império Português assentava a cultura portuguesa em pedra sólida, destinada a durar.
Os franceses napoleônicos vencedores na Europa no início do século XIX voltaram a sua cobiça para a região e forçaram o Tratado de Amiens em 1802, fixando a fronteira pelo rio Araquari. Os nossos ignoraram as disposições desse tratado.
O Bom D. João chegou no Brasil em 1808 e ordenou a tomada da Guiana Francesa e o restabelecimento da fronteira no rio Oiapoque. Se na Europa Portugal era pequeno e fraco, na América do Sul somos os maiores e resolvemos ensinar os franceses a nos respeitarem de novo.
Comandou a força terrestre o Tenente-Coronel Manuel Marques D’Elvas Portugal com duas companhias de granadeiros, duas de caçadores e uma de artilharia. A força naval era composta pela corveta britânica Confiance, comandada pelo Capitão James Lucas Yeo, pelo brigue Voador,Capitão José Antonio Salgado, brigue Infante D. Pedro, Capitão Luís da Cunha Moreira, futuro Almirante e Visconde de Cabo Frio, escuna General Magalhães e cuters Vingança e Leão, mais 3 barcas-canhoeiras e 3 barcas de transporte. Participavam tropas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e do Pará. A nossa força saiu do Pará em 3 de dezembro de 1808 e logo retomou a nossa linha no Oiapoque. A 15 de dezembro tomou o fortim Apronague. A 7 de janeiro houve o desembarque no Mahuri, sobre a costa oriental da ilha de Caiena. A bateria do Diamant foi tomada com a morte do comandante, Capitão Chevreuil. O major Joaquim Manuel Pinto, com 140 brasileiros, conquistou em violenta luta a bateria Degras-des-Cannes. O Chefe da Expedição, Tenente-Coronel Manuel Marques, desembarcou 350 soldados brasileiros e começou o ataque à central bateria Trió. Somente às seis horas os nossos tomaram mais aquele ponto. Um contra-ataque francês, dirigido pelo Governador francês Victor Hughes, foi repelido na mesma noite. No dia seguinte, 8 de janeiro de 1809, prosseguiu o intenso combate junto ao canal Torcy. A expedição avançou para Legrand Beau-Regard ao longo do dia e praticamente selou o destino militar de Caiena. No dia 12 de janeiro de 1809 os remanescentes franceses capitularam. A Guiana Francesa era um território submetido ao Príncipe-Regente D. João.
O Tratado de Viena, em 1815, estipulou a devolução da colônia aos franceses. A Guiana Francesa seria devolvida à administração francesa somente em 8 de novembro de 1818, sendo Governador da Conquista o brasileiro de Mariana, João Severiano Maciel da Costa, futuro Marquês de Queluz. Fonte : História do Exército Brasileiro.
Ainda outra vez, em 1895, os franceses tentaram tomar o território e como sempre foram repelidos com vários mortos, inclusive o comandante francês Lunier. Vale a pena conhecer mais essa história dos Heróis da Amazônia :
“O Contestado Franco-Brasileiro
No dia 01 de maio de 1895, na então pequena vila de Amapá, Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, rechaçou uma invasão francesa ao comando do capitão Lunier. Este fato foi o mais radical da questão do Contestado do Amapá, que foi resolvido somente cinco anos mais tarde, através de arbitragem internacional.Os franceses comandados por Lunier chegaram para obedecer às ordens do governador de Caiena, Mr. Charvein, que queria a prisão imediata de Cabralzinho caso este não colocasse em liberdade o "delegado" francês Trajano, que havia sido feito prisioneiro do Exército Defensor do Amapá, uma força paramilitar comandada por Cabralzinho.Por ter defendido a vila de Amapá, Cabralzinho foi consagrado herói nacional pelas Forças Armadas, que lhe deram o título de General Honorário do Exército Brasileiro, e pela Maçonaria, a qual Cabralzinho era membro. Eis sua história: Forma-se o TriunviratoNo tempo da Cabanagem, os franceses construíram uma fortificação nas imediações de Amapá, mais precisamente numa localidade banhada pelo lago Ramudo Essa guarnição francesa foi descoberta pelo capitão Harris que, imediatamente comunicou o fato ao governo imperial do Brasil. Assumindo o Segundo Império, D. Pedro II resolveu, com o seu colega de França, Napoleão III, neutralizar a região disputada pelos dois países, hoje a área situada entre os rios Oiapoque e Araguary.Assim, a área passou a se chamar Contestado Franco-Brasileiro, com um representante no Brasil morando em Belém, e outro da França morando em Caiena. O local-sede do contestado era então a vila do Espírito Santo do Amapá. A descoberta do ouro no rio Calçoene, em 1894 (há autores que mencionam 1893), pelos garimpeiros paraenses naturais de Curuçá, Germano e Firmino, veio despertar maior interesse da França e do Brasil na posse definitiva do Contestado. Do lado francês é nomeado Trajano, escravo fugitivo de Cametá (no Pará) que passou a atuar em Cunani como delegado francês. Em Amapá (àquela época vila) quem representava os interesses da França era Eugene Voissien, que veio mais tarde proibir o acesso de brasileiros à área aurífera, franqueando o direito apenas aos "crioulos" de Caiena.Com a situação criada por Voissien, os amaparinos começaram a reagir e o primeiro passo foi cassar os direitos do representante francês. Assim, reunida em 26 de dezembro de 1894, a população depôs Voissien e criou um governo triúnviro, do qual assumiram o cônego Domingos Maltez na presidência, tendo como vices Francisco Xavier da Veiga Cabral e Desidério Antonio Coelho. A sugestão do Triunvirato foi de Desidério que, escolhido no dia 10 do mesmo mês para ser o líder de um governo independente em Amapá, sugeriu uma nova reunião para que a administração passasse a ser exercida por três pessoas. No dia seguinte é criado o Exército Defensor do Amapá, para tentar garantir a ordem no local. A formação do governo triúnviro é comunicada em seguida a Belém.Trajano é preso em CunaniNa vila de Cunani, que já foi república independente por duas vezes (1889 a 1902), Trajano continuava com suas atitudes de perseguição aos brasileiros que se fixassem por lá, chegando até mesmo a rasgar a bandeira brasileira e, em seu lugar, fazer tremular a francesa, sob os acordes de Marselha.O cônego Domingos Maltez, nos primeiros anos de 1895, deixa a presidência do Triunvirato e assume, em seu lugar, o vice, Cabralzinho. Uma das primeiras providências tomadas por Cabral foi atender a uma carta assinada pela população de Cunani relatando as atitudes de Trajano no local. Sem procurar instaurar qualquer inquérito, o que era de praxe nessas situações, Cabralzinho enviou uma guarnição a Cunani para mandar intimar e prender Trajano. Foi encarregado da missão o major Félix Antonio de Souza, que levou consigo uma proclamação oficial do Triunvirato aos brasileiros daquele distrito.Os franceses invadem a vilaEra uma quarta-feira, 15 de maio de 1895. A população adulta se encontrava nos seus afazeres diários, seja no centro da vila, seja no campo, tomando conta do gado ou das "tarefas da roça". Cabralzinho encontrava-se em sua casa descansando, próximo à Igreja, pois havia chegado de madrugada de uma viagem que fizera, para atender a uma criança doente na região dos Lagos.Os franceses desde cedo vinham subindo o rio Amapá Pequeno, a bordo da canhoneira Bengali, que era pilotada por um brasileiro de nome Evaristo Raimundo. O comando era do capitão-tenente Lunier e a missão tinha a finalidade de prender Cabralzinho se este resistisse à ordem de soltar Trajano. Após a prisão de Cabral, os gendarmes deveriam leva-lo para Caiena.Os invasores desembarcaram às 9 horas e foram logo em direção à residência de Veiga Cabral. A casa foi cercada por uma patrulha enquanto que outra vinha do outro lado, deixando um rastro de mortes entre velhos, mulheres e crianças amaparinas.As declarações do capitão Lunier foram ouvidas com bastante clareza. Diante da negativa de Cabralzinho, formou-se o combate. Com poucos minutos os amigos de Cabral começaram a vir, e oitenta homens, comandados pelo capitão Lunier, começaram a lutar descontroladamente, talvez por causa da morte de seu comandante, e preocupados também com a baixa da maré que provocaria, com certeza, o encalhe da embarcação, que tinha casco muito fundo.Se Cabralzinho matou ou não Lunier com a própria pistola do gendarme francês, agora o fato não interessa. A reação dos brasileiros e o massacre de amapaenses ocorrido na vila apressou de uma vez a resolução do conflito do Contestado, cujas conclusões saíram no dia 1º de dezembro de 1900, cinco anos depois, pelo presidente da Suíça, Walter Hauser, que fora escolhido como mediador da questão.Mas a repercussão dos acontecimentos ocorridos no Amapá foi de grande valia no cenário da imprensa internacional. No Brasil a Imprensa se movimenta com protestos contra a pretensão do governador de Caiena, Mr. Charvein, em pretender fuzilar os brasileiros levados prisioneiros pelos franceses. O próprio governador de Caiena coloca como prêmio de um milhão de francos a quem capturar vivo Cabralzinho.As relações diplomáticas entre o Brasil e a França necessitavam de providências urgentes. O governo francês reconheceu a responsabilidade de Mr. Charvein pelo massacre ocorrido em 15 de maio de 1895. O seu afastamento do comando de Caiena foi imediato, valendo-lhe, como "prêmio", uma aposentadoria compulsória.De 1896 a 1897, Cabralzinho percorre o sul do país como herói nacional e defensor da Pátria. Mas a imprensa francesa insiste em declarar Cabralzinho culpado. O fato só foi resolvido com o Laudo Suíço expedido pelo presidente Walter Hauser, em 1º de dezembro de 1900, em que dá ganho de causa ao Brasil na questão do Contestado.Vítimas da InvasãoO jornal paraense "Diário de Notícias", em edição de 12 de junho de 1895, quase um mês depois do ocorrido, publica a relação das vítimas do massacre, com indicação de nomes, idade e informações a respeito da morte:Brasileiros mortos
Nome Idade Como morreu
Joaquim Pracuúba 10 anos Queimado vivo em sua própria casa. Semi-paralítico, não tivera tempo de fugir às chamas;
Margarida de Freitas 32 anos Massacrada com o próprio filho ao colo;
Clemente Freitas 80 anos Morto com um tiro de fuzil quando se encontrava deitado em uma rede, no interior de sua residência;
José Rolandes Rosas 30 anos Morto a tiros;
Joaquim Rodrigues 37 anos Morto a tiros;
Manoel Joaquim Ferreira35 anos Morto a tiros;
Gertrudes de Macedo 30 anos Massacrada;
Ana Vieira Branco 37 anos Morta juntamente com seus quatro filhos menores, o último com quatro meses de idade. Era casada com Manoel Gomes Branco.
Solindo Vieira Massacrado
Joaquim (músico) 17 anos Massacrado.
Raimundo M. Siqueira 57 anos Massacrado
Maria Floripes do Amaral 45 anos Massacrada em sua casa;
Domingos Favacho 37 anos Morto a tiros;
Francisca Favacho 44 anos Massacrada;
Caetano Favacho 37 anos Morto a tiros;
Carolina 37 anos Morta a tiros;
Gemino de Morais 21 anos Morto a tiros;
José de Morais 15 anos Massacrado;
Maria Cooly 24 anos Massacrada;
Fabrício 1 ano Morto com a mãe, Maria Cooly
Leocádia Tambor 48 anos Massacrada em sua casa;
Manoel 7 anos Massacrado juntamente com a mãe
Alfrida Batista da Silva 13 anos Morta com a mãe;
Feliciano Ramos 65 anos Morto a tiros;
Pedro Chaves dos Santos 26 anos Morto a tiros;
Francisco Manoel Rodrigues 44 anos Massacrado(era português)
Rosa Xavier 16 anos Massacrada;
Antonio Bonifácio Belmiro 19 anos Serviu de guia aos franceses, sob prisão, e logo a seguir foi colocado à frente dos combatentes servindo de barricada. Morto em combate.
Cipriano Menor Filho de Manoel Domingos, massacrado;
Mateus Leite 30 anos Seu corpo não foi encontrado
Manuel dos Santos 49 anos Morto em fuga;
Raimundo Brasil 09 anos Massacrado (filho de Francelino Freitas)
João de Deus 42 anos Morto em casa de Bernardo da Silva
Feridos em combate Antonio Portugal
João (menor, filho de Domingos da Cruz)
Bernardo Silva, 8 anos Laurindo da Silva
Desidério Antonio Coelho Leandro Favacho
Eleriano dos Santos Pimentel Lucas Evangelista Pinheiro
Epifânio Pedro da Luz Manuel Favacho
Feliciano Costa Maria Josefina
Fernando Félder (holandês) Maximiano do Espírito Santo
Franklin Silva Sabino da Penha Leite
Geraldo Antonio Carvalho
O Diário de Notícias conta ainda que houve quinze brasileiros que se embrenharam pela floresta ante a fúria dos atacantes, quando começou o massacre. Os franceses incendiaram as casas comerciais de Manuel Gomes Franco, Raimundo Macedo de Siqueira, Antonio Carlos Vasconcelos e Daniel Ferreira dos Santos. Da família de Antonio Carlos Vasconcelos ficaram quatro crianças e cinco adultos em miséria total, apenas com a roupa do corpo.Esse foi o movimento macabro da invasão francesa ao Amapá em 15 de maio de 1895, e o presidente Walter Hauser, da Confederação Suíça, escolhido para arbitrar a questão, finalmente em 1º de dezembro de 1900, cinco anos mais tarde, acaba com o litígio, dando ganho de causa ao Brasil, da região do Amapá, hoje com autonomia e status de Estado da federação brasileira. Francisco Xavier da Veiga Cabral hoje figura no cenário nacional como um dos heróis, reconhecido pelo Exército Brasileiro que lhe outorgou a patente de "general honorário", e pela Maçonaria, a quem pertencia como membro”. Texto de Edgar Rodrigues. Fonte : Estado do Amapá.
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
De novo volto a incomoda-lo, do que antecipadamente peço desculpa.
Um meu avô, António Rebello de Sepúlveda combateu os holandeses defronte da praia de Ytamaraqua, neste combate foi morte o irmão, Gaspar de Sepúlveda
Seviu de Alferes de 1638 a 1643 na Armada da Empresa de Pernanbuco
Sob o comando do Conde da Torre serviu na Armada da Costa de 1642 a 1643.
Na companhia do outros soldados regressou ao Reyno em 164(?).
Será que conseguirá obter qualquer informação sobre estes dois familiares?
Com os melhores cumprimentos.
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Sepúlveda
Sempre é uma satisfação trocar informações com os colegas do fórum. Eu tenho um antepassado que participou do grupo de Luiz Barbalho, em 1640, na célebre marcha da Ponta dos Touros até Salvador. O meu antepassado deve ter sido companheiro d'armas com o seu naquela decisiva guerra.
Encontrei por hora o seguinte sobre os Sepúlvedas :
Uma mercê em nome de Antonio de Sepúlveda Rebelo.Índice dos Códices de Mercês Nº 79-91, folha 219. Arquivo Histórico Ultramarino.
Um Pedro de Sepúlveda Rebello concorrendo na Capitania da Fortaleza de São João da Barra. Conselho Ultramarino, 12/2/1671. Arquivo Histórico Ultramarino. Rio de Janeiro. Doc 1138.
Um Coronel Alexandre Rebello Sepúlveda em uma carta do Governo Geral no ano de 1722. São as entradas para documentos do AHU. É posível a análise aí em lisboa ou aqui no Brasil pelo Projeto resgate em que muitos documentos foram digitalizados.
Assim que eu encontrar outros livros na minha biblioteca(está meio desorganizada), volto a informar sobre mais algum eventual dado dos Sepúlvedas nas Guerras Holandesas.
O meu antepassado nas Guerras Holandesas foi Coronel Manoel de Barros de Araújo, filho de Amaro de Barros Aranha e de Domingas da Motta. Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo. Senhor do Engenho de Saracuna. Acompanhou a sua família quando estes passaram para a Bahia por volta de 1635 e depois foi para o Rio de Janeiro em 1643 com o posto de Capitão da Guarda do Governador Luiz Barbalho Bezerra. Carlos Rheingantz. Primeiras Famílias do Rio de Janeiro : 1965, Tomo I, 237. Encntrei duas patentes dele (Manoel de Araújo) referentes ao combate no Engenho Goiana. Se o colega em uma das suas visitas à Torre do Tombo puder anotar os dados principais contidos no Processo da Ordem de Cristo dele seria muito interessante e eu também agradeceria muito.
Com os melhores cumprimentos !
Ricardo osta de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Quero manifestar-lhe a minha gratidão pelas suas notícias. Muito e muito obrigado.
Penso ir à Torre do Tombo na próxima semana e não deixarei fazer a busca relativamente ao seu antepassado Coronel Manoel de Barros de Araújo.
Como pode calcular foi com enorme satisfação que recebi a sua informação. Qualquer dos nomes que menciona são meus parentes directos, particularmente o António e o Pedro, o Alexandre sobrinho-neto de António.
Os genealogistas não têm vergonha de pedir e o meu Exmo. Confrade está sempre pronto a satisfazer os pedidos que lhe fazem. O resultado é o abuso que vou fazer pedindo-lhe mais um favor: se não lhe der muito trabalho seria possível obter a transcrição dos documentos que refere na sua informação. É mais um favor que lhe fico devendo e as informações são de um enorme interesse para o trabalho que estou a levar a cabo.
Com os melhores cumprimentos creia-me com a maior consideração.
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Colega Sepúlveda
Vou tentar obter a documentação possível também nessa semana.
Retribuo todas as considerações e sei como é importante a reunião de todos os documentos possíveis sobre os nossos familiares.
Ricardo de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Agradeço mensagem.
Caso queira usar a comunicação directa, junto o mei mail: sepulveda@netcabo.pt
Cumprimentos
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Fui hoje à Torre do Tombo e aproveitei para consultar o Processo de Habilitação da Ordem de Cristo, que passo a transcrever, usando a grafia encontrada.
Processo de Habilitação ao Hábito da Ordem de Cristo ( Letra M, Maço 39 Nº. 50)
"Diz Manuel de Barros Araujo que V.A. tem feito Mercê do Hábito da Ordem de Cristo para o que se lhe fizerão suas provanças das quais parese que não constou ao serto a ydade que o sup.te tem e se lhe manda presentar sertidão della ao que o sup.te não pode satisfazer em rezão de ser Natural da Villa dos Arcos de Valdeves aonde pelas varias vezes que nella entrarão os galegos no tempo da guerra que avia e por que o sup.te condessa passar de sincoenta annos e que podera ter sincoenta e dous de ydade pouco mais ou menos.
Para V.A. lhe fasa M.ê suprilhe este impedim.to de passar de sincoenta annos para poder lograr a ditta M.ê q.e V.A. lhe tem feito.
Disse Manoel Teixeira de Carvalho, Meza de 9 de Março de 1680
_________________
Aqui tem quanto apurei, espero tenha o proveito
que esperava.
Cumprimentos.
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Sepúlveda
Muito obrigado pelas suas informações. Serão bastante úteis.
Encontrei dados sobre o Pedro Sepúlveda Rebello. Documentos do Rio de Janeiro. AHU. 12/2/1671. Pedro Sepúlveda Rebello havia servido doze anos e quatro meses, soldado, cabo de esquadra, sargento e alferes. Embarcando-se nas armadas mandadas ao Brasil em 1655,1656 e 1658 no socorro das praças de Campo Maior, Portalegre, Monforte e no Minho na tomada dos fortes de (Gaijão ?) e Lindoso.
Os índices do Códice das Mercês 79-91, fl 219 estavam muito borrados, talvez lendo no original do AHU-Lisboa seja possível encontrar mais dados sobre o Antonio de Sepúlveda Rebello. A outra carta estaria disponível na Biblioteca do Rio de Janeiro. Não tenho como ir lá agora porque moro em Curitiba.
Por hora é isso !
Melhores cumprimentos e até uma próxima vez.
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Mais uma vez lhe agradeço a sua boa vontade. Se há algo mais em que lhe possa ser útil, estou ao seu dispor.
Com os melhores cumprimentos
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo de Oliveira
Que boas "pastas" italiano-brasileiras se comem nos arredores da sua Curitiba que espero continue ordenada, apesar da atracção das migrações que o progresso acarreta.
Quanto à sua presença no Genea não sei que mais admirar, se a disponibilidade, se o entusiasmo, se a documentação que domina. Parabéns!
Quanto ao Amapá gostaria de referir o seguinte. Em 1920 a prestigiada revista do IHGB, com base em códices existentes no Arquivo Público do Pará, publicou relações e números referentes aos mazaganistas que seguiram para o Pará os quais têm sido sucessivamente repetidos. Em 1995 os Anais do referido Arquivo voltaram a publicar elementos com a mesma origem. Ora sucede que os referidos códices estão muito incompletos.
Na comunicação "Mazaganistas, de heróicos guerreiros em Marrocos a forçados agricultores na Amazónia", já publicada em Portugal e que também será publicada no Brasil, indico os números que se seguem: Em Lisboa desembarcaram 426 famílias e 227 isolados (dos quais 51
escravos), totalizando, 2092 pessoas. Em Lisboa faleceram mais de 300 pessoas. Para Belém seguiram 1642 pessoas organizadas para efeitos de transporte em 388 famílias e 26 isolados. Durante a viagem faleceram 23 pessoas e em Lisboa ficaram doentes cerca de 30 que seguiram mais tarde. Em 1778 ainda estavam em Belém 415 pessoas e haviam 1370 em Nova Mazagão (entretanto houve casamentos, mortes e nascimentos). Tenho relações com os nomes, idades, parentesco, situação económica, etc. de toda esta gente que em grande parte se dispersou depois pela Amazónia. Suponho que a sua publicação seria proveitosa para os genealogistas mas só poderia ser efectuada se fosse suportada por algum organismo. É um assunto a pensar pois a sua preparação dá muito trabalho que não se justifica para ficar na gaveta.
Pelo que respeita à construção do Forte do Macapá é de referir que os engenheiros que refere nunca estiveram no Brasil. Fizeram, de facto uma planta, mas não foi essa a executada. Manuel de Azevedo de Fortes é que era o Engenheiro-mor do Reino. A planta seguida é do engenheiro militar Henrique Galuzzi (1764) que faleceu em 1769 quando dirigia a construção, seguindo-se-lhe os engenheiros Henrique Wilkens e Gaspar Gronsfeld (este pouco tempo por desavença com Lobo de Almada). Com as saudações do Silvino Curado.
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Salvo erro, a Grande Enciclopédia Luso-Brasileira refere que o capitão-mór Pedro Teixeira seria de família fidalga. Pela extraordinária contribuição deste "conquistador de Amazónia", como você muito bem refere, para o engrandecimento do Império Português da época e para a extensissíma soberania territorial brasileira actual, seria bastante interessante estabelecer a sua genealogia ascendente e descendente (se a houver), assim como a sua representação pessoal nos dias de hoje.
Cumprimentos deste lado do oceano Atlântico,
Francisco Pinto de Novais
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Obrigado pelas informações e pelas gentilezas. Sempre é bom aprender com os seus conhecimentos de engenharia militar.
Melhores cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Francisco Pinto de Novais
Seria muito importante reunirmos os dados genealógicos do Pedro Teixeira e dos outros "heróis". Quem sabe se algum colega pesquisador não encontre dados em breve ? Temos que procurá-los !
Cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
É capaz de me dar mais elementos sobre a comunicação que referiu; “
Mazaganistas, de heróicos guerreiros em Marrocos a forçados agricultores na Amazónia” e como a conseguir adquirir.
Desde já obrigado.
José de Azevedo Coutinho
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Na sua mensagem refere que dispõe de relações com os nomes das pessoas que se estabeleceram em Nova Mazagão. Ser-lhe-ia possível ver se há alguma referência a Nuno António da Gama Lobo Coelho ou seu filho Fernando da Gama Lobo Coelho.
Ficar-lhe-ia muito grato se me desse notícias sobre o assunto.
Com os melhores cumprimentos.
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro José de Azevedo Coutinho
Obrigado pelo seu interesse. A comunicação está publicada nas "Actas do XII Colóquio da Comissão Portuguesa de História Militar" que teve por tema "Laços histórico-militares Luso-Magrebinos. Perspectivas de valorização", 2002.
Existem fotocópias da comunicação na Sociedade de Geografia, no A.H.U., no A.H.M.,na Universidade Lusíada (Junqueira), no I.A.E.M., na Biblioteca do Exército, na Academia Militar, na Academia Portuguesa da História, na Biblioteca de Lagos, na Biblioteca de Vieira de Leiria, etc. Suponho que as Bibliotecas destinatárias do Depósito Legal terão as referidas Actas. Caso não seja possível obter cópia informe-me do seu endereço seguindo as normas do Genea. Caso pretenda colocar algum aspecto específico pode usar este canal e procurarei responder dentro do que souber.
Saudações do Silvino Curado
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro A. de Sepúlveda
Vi a sua mensagem. Não tenho aqui as várias pastas onde arquivo os elementos pretendidos. Logo que possível darei conta do que encontrar.
Saudações do Silvino Curado
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Agradeço a sua boa vontade. Cá fico aguardando as suas notícias.
Cumprimentos
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro A. Sepúlveda
Não tenho boas notícias. As relações estão organizadas por famílias, ordenadas ou com índices dos respectivos chefes, segundo a ordem alfabética dos nomes próprios. Seria muito demorado analizar todas as pessoas e muitas vezes os filhos são indicados apenas pelo primeiro nome. Os nomes próprios indicados seriam pouco comuns no universo fechado de Mazagão. Nos chefes de família não havia nenhum Fernando, existindo apenas um Nuno. Saudações. Disponha do
Silvino Curado
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Grato pela sua boa vontade.
Cumprimentos
A. de Sepúlveda
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Fiz contacto com a Biblioteca do Exército e lá darei um salto amanhã.
Obrigado mais uma vez.
José de Azevedo Coutinho
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro José de Azevedo Coutinho
Como poderá ver, na página 189 das Actas, faço referência ao Alcaide-Mor Francisco de AZEVEDO COUTINHO Teles de Lourenço que admito ser seu ancestral. Como saberá há outras referências no A.H.U. Saudações do
Silvino Curado
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Silvino Curado
Infelizmente não consegui cópia da publicação.
Peço –lhe que me contacte para jacoutinhoarrobasapo.pt.
Obrigado.
José de Azevedo Coutinho
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro Azevedo Coutinho
Já lhe enviei um e-mail.
Saudações do
Silvino Curado
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Olá a todos,
Sou estudante de História e gostaria muito de informações sobre o capitão Francisco da Mota Falcão, que fundou o forte de São José do Rio Negro em 1669, que daria origem à cidade de Manaus, no Amazonas.
Infelizmente, essa é quase toda a informação que temos sobre ele, assim como sobre o forte e a data de fundação. Assim, qualquer notícia sobre ele ou talvez sua família seria muito bem vinda.
Agradeço desde já a atenção.
E envio saudações do outro lado do oceano.
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caro colega
Satisfação em ver um estudante interessado nessas coisas. Temos boas pistas para aprofundarmos a pesquisa.
Encontro uma carta de Francisco da Mota Falcão, Superintendente das Fortalezas no Rio das Amazonas, de 15 de dezembro de 1684, na Chancelaria de D. Pedro II (L17, fl. 43v.). Também no Códice das Mercês Nº85, fl. 401 do Arquivo Histórico Ultramarino, anos de 1672-1687.
Francisco da Mota Falcão foi auxiliado pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira. Desconheço se deixaram descendência na região. A genealogia amazonense precisa ser conhecida e divulgada. Eu sou de famílias fundadoras do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e até da Colônia do Sacramento !
Abraços continentais daqui debaixo do Trópico mesmo !
Ricardo Costa de Oliveira
Curitiba
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Caríssimo colega,
Muito obrigado pela resposta, que para mim já é muita coisa. Infelizmente, é profundo o silêncio sobre o início da colonização aqui na nossa cidade, até mesmo sobre alguém que deveria ser lembrado como um fundador. Saberia me dizer, se não for demais, de onde essas cartas foram enviadas, ou se nelas ele fala especificamente sobre o forte de São José do Rio Negro?
Concordo que a genealogia amazonense precisa ser conhecida, e, sendo ainda mais humilde, precisa ser estudada. Na verdade, quase toda a minha família é do nordeste, especialmente do Ceará. Conhece a família Negreiros que hoje povoa o Rio Grande do Norte e polemiza com seus casamentos endogâmicos? Sou um membro espalhado dela!
Novamente, muito obrigado.
Abraços do lado de cima do Rio das Amazonas.
Tiago Soares.
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RE: Genealogia dos Heróis da Amazônia.
Amigo Tiago
Um documento está no chancelaria do rei D. Pedro II, na Torre do Tombo, Lisboa. O outro está no Arquivo Histórico Ultramarino, também em Lisboa, digitalizado e distribuído no Brasil pelo Projeto Resgate(muitas vezes os documentos são difíceis de ler no computador e faltam coisas). Se houver interesse é só o colega pedir a algum confrade do Fórum para verificar na Torre do Tombo. Precisamos de mais pesquisadores da história e genealogia do Norte do Brasil.
Um abração - Mantenha o contato e nos informe das suas pesquisas !
Ricardo
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