ComUrb vs. Arquivos Distritais

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ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60379 | Ortigão | 13 mar 2004 17:33

Caros amigos

Como todos sabem as fontes genealogicas simples encontram-se dispersas pelos 18 arquivos distritais, mais meia dúzia de arquivos eclesiásticos e bibliotecas municipais.

Com o começo das ComUrb (Comunidades Urbanas) e o anunciado fim dos distritos, que destino será dado aos arquivos distritais? Continuaram a exercer a sua função em relação à área que originalmente cobriam? Serão criados novos arquivos e dispersada ainda mais a informação genealógica, notarial e judicial? Que destino será dado aos fundos dos governos civis?

Ganha cada vez mais conveniência a criação de um centro nacional para copias dos registos paroquiais, ou o seu tratamento competente em índices, fichas e publicações, pois uma crescente dispersão geográfica das fontes compromete a eficácia das investigações genealogicas, já tão debilitados pelos horários impostos pelos arquivos distritais, e respectivas deficiências no tratamento das fontes que têm a seu cargo.

abraços
Rodrigo Ortigão de Oliveira

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RE: ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60407 | aeiou2 | 14 mar 2004 10:39 | In reply to: #60379

CAro ROdO,
Fiquei curiosa,com esse acabar dos Distritos.O que lá vem agora?ComUrb?Onde se tem acesso a mais informação?
Beijinhos
Maria

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RE: ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60424 | joseantonioreis | 14 mar 2004 16:48 | In reply to: #60379

Caro Rodrigo,

Quando foi a cena da Regionalização, também pensei o mesmo.Creio que naquela altura e agora ninguém está muito preocupado com este assunto.Como de costume em politica tomam-se as decisões e depois as "coisas" são encaixadas.
Para um país como o nosso acho que esta distribuição não estava mal, mas se encontrarem uma melhor, optimo.
No entanto o prolema reside na falta de dialogo com os utentes dos arquivos, na falta de dinheiro par os manter em condições, na falta de profissionais com formação, etc
O que eu queria era que ampliassem os horários de atendimento, elaborassem indices das fontes, colocassem algum material on-line, por exemplo.
Mas, o assunto é muito complicado e não se reduz aos arquivos, há um sem número de assuntos que estão "regionalizados" por distritos.
Vamos ver o que vai ser decidido.
Um abraço
José António Reis

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RE: ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60426 | Ortigão | 14 mar 2004 17:11 | In reply to: #60407

Cara Maria

Já se fala há muito tempo de acabar p.ex. com os governos civis, e de regionalizar o pais. Depois do falhanço do mapa de 1998 está-se a tentar de forma mais gradual e "miúda" fazer a regionalização. Assim vão surgir dois tipos de "região": as grandes áreas metropolitanas (GAM) as comunidades urbanas (ComUrb). As GAM tem no minomo 9 concelhos e mais de 350000 habitantes, e as ComUrb têm no mínimo 150 mil habitantes e 3 concelhos.

Tem havido alguns problemas mas no geral o processo está a correr a uma certa velocidade e a 1ª ComUrb já está criada, a Valimar, comunidade urbana do Vale do Lima. As áras metropolitanas de Porto e Lisboa estão a adaptar-se ao novo modelo, e dentro de alguns meses o processo deve estar concluido para as restantes.

Este problema da regionalização que foi chumbado em referendo por mais de 60 % dos votantes tem sido tratado de forma subreptícia por uma secretaria de estado, e surge apenas nos suplementos regionais da imprensa. Não deixa de ser absolutamente espantoso que os 60% de portugueses que rejeitaram as regiões nem sequer opinem sobre este assunto. Pessoalmente sou um ferveroso adepto da regionalização, preferindo, no entanto e por razões egoístas (o meu trabalho), a fusão de distritos e não o espartilho que se anuncia.
Calculo que seja mais uma problemática a passar completamente ao lado dos lisboetas.

Mas como deve calcular, se em termos de descentralização este tipo de organização do território, partindo de baixo para cima, em que cada concelho decide onde se quer enquadrar, é muito interessante e promissor, por outro lado suscita algumas dúvidas no que toca ás instituições de que mais tarde ou mais cedo serão dotados, p.ex. os arquivos distritais, suas futuras competências, incorporações e fundos. Já é complicado investigar familias por exemplo do porto, por terem sempre origens minhotas, beirãs, aveirenses ou transmontanas, o que pode obrigar a visitas a 3 ou 4 arquivos distritais para fazer uma simples árvore de costados. Mas se os fundos paroquiais forem ainda mais dispersos e as deslocações se desdobrarem ainda mais, os custos de deslocação começaram a ser pouco suportáveis e a disponibilidade para investigar cada vez menor. Já bastam os horários cada vez mais apertados e o fecho para almoço, a falta de pessoal, a inexistência de tratamento arquivistico das fontes, etc, etc, etc...

abç's
ROdO

p.s. o site do governo tem ficheiros descarregáveis com o "modelo de descentralização do continente", bem como os articulados que regulamentam a criação de grandes areas metropolitanas e comunidades urbanas

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RE: ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60430 | Ortigão | 14 mar 2004 17:20 | In reply to: #60424

Caro José António

Inteiramente de acordo. Mas creio que a falta de poder reivindicativo desse sector da função publica tem feito dos arquivos o parente mais miserável da administração publica portuguesa. Há arquivos a funcionar com 20% do quadro... um ou dois funcionários para receber pedidos, preencher fichas, tomar conta da sala de leitura, buscar livros, e, quem sabe, nos tempos livres colar uma ou outra encadernação. Onde é que há espaço para expandir os horários de leitura ou tratar as fontes?
Interessante seria fazer parcerias com as faculdades de história para fazer indices por exemplo. É esperar que as vacas engordem e que mude o ministro.

abç's
ROdO

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RE: ComUrb vs. Arquivos Distritais

#60452 | Marco | 14 mar 2004 21:34 | In reply to: #60430

Se calhar faz falta termos outra vez um secretário de estado ou ministro que goste de genealogia
Marco

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