Mensagem para JBdeS

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Mensagem para JBdeS

#67710 | Cau Barata | 16 giu 2004 22:47

MENSAGEM RECEBIDA:

Caro Cau Barata,

Os Quintanilhas de que fala não são de Lisboa, mas de Tomar.
Viveram em seguida no Brasil onde foram Barões de Paquetá, nobreza do Império.
Ligaram-se aos Jansen, Moller, Brederode, Berquó (Cantagalo), Corrêa de Sá e Saldanha da Gama.
Quanto a residirem na Rua do Lavradio é verdade, mas grande parte da família viveu em Paquetá, Niterói, Copacabana e Maranhão.

Penso que deve ter recebido por email algumas rectificações à sua brilhante obra,
que enviei quando esta saiu.
Li também os elementos que referiu acerca dos Neyemer, que se encontravam já no Genea.

Cumprimentos
José Berquó de Seabra


MENSAGEM RESPONDIDA:


Caro Seabra

Vivendo e aprendendo.

Tinha a anotação de que José Tomáz da Silva Quintanilha, era nascido a 15.04.1799, em Lisboa, e falecido a 22.12.1878. Errei, é Tomar.

Tinha, também, a anotação de que é Barão com honras de grandeza de Paquetá, em 22.11.1871. Que teve Carta de Brasão passada a Carta de Brasão de Armas datada de 29.01.1872. Registrado no Cartório da Nobreza. Livro VI, fls. 12v: um escudo esquartelado: no primeiro e no quarto quartel, em campo de ouro, um leão de púrpura rompente armado de azul, tendo na garra destra um compasso de goles, e na espádua uma folha de independência de sinople, hervada e orlada de ouro, e por cima da cabeça, uma estrela de goles; no segundo e no terceiro quartel, em campo de sinople, como está acima?, cinco seixas de prata e postas em aspa.

Tinhá lá anotado, o que já acredito que possa estar errado, que seu pai Dr. José Tomaz da Silva Quintanilha, era de Braga (será que é Tomar ?), e que havia se tornado brasileiro por ter aderido à Constituição do Império. Foi dedicado a escrever poesias, participando da Nova Arcádia, entrando, depois, para a Academia de Belas Letras de Lisboa; que era Bacharel em leis pela Universidade de Coimbra, tendo exercido a Magistratura no Maranhão, onde faleceu e onde casou, em São Luiz, cerca de 1796 Maria da Glória Soeiro-de Souza, natural de São Luiz do Maranhão.

Nesta mistura de lugares, tinha anotado que uma das irmãs do Zé Quintanilha, PAI, havia sido batizada em Coimbra, a 10.08.1754 (o que deve estar errado); que o pai de Zé Quintanilha, PAI (portanto, avô do barão), tinha sido Corregedor com Alçada na Comarca de Angra, nos Açores, onde se encontrava em 1774, etc., etc.

Tinha alguns apontamentos sobre uma sobrinha-bisneta da esposa do barão de Paquetá,descendente de uma irmã sua, se não me falha a memória, foi casada na família Sabóia, do Ceará, que acabou migrando para o Rio Grande do Sul. Uma outra sobrinha-bisneta entrelaçou-se com a família Lacaille, sobre a qual já andei falando aqui no GENEA.

Lembro-me de que a esposa do barão, Joaquina Jansen Soeiro, é quarta neta de João de Souza Castro, origem do apelido Castro de sua Mãe. Por outro lado, era sobrinha-bisneta de Pedro Jansen Müller, que me parece ser de Lisboa ? espero não estar errando novamente, pelo menos, o seu assento de casamento no antigo Livro C-5º, fl. 18v, de 1728, dizia ser ele de Lisboa, etc. etc.

Quanto as retificações ao Dicionário, o que sempre será muito valioso, confesso que não me lembrava ter recebido, o que lhe agradeço desde já. Vou procurar nos arquivos pastas e nos arquivos do computador, pois guardo tudo que recebo, desde 1998, com um acervo que já vai para mais de 20 mil e-mails guardados. Tento me organizar, e acabo perdendo, dentro de casa, contribuições e errando geografia, trocando Lisboa por Tomar, por exemplo.

Com relação aos Niemeyer, lamento muito, pois vejo que perdi tempo enviando àquelas anotações, já que as mesmas já se encontram na GENEA. Nem sempre faço a confrontação dos dados. Vou até conferir para ver se aprendo algio mais e acrescento nas minhas, com as devidas referências.

Acho que está na hora de me limitar um pouco nestes envios de anotações genealógicas, o que acontecem pelo impulso da paixão pelo assunto, e evitar repetir tudo o que já foi dito, o que acabo me tornando um Papagaio e, eu prefiro ser Barata.

Enfim, "Vivendo e Aprendendo".

Meus cumprimentos
Carlos Eduardo de Almeida Barata

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RE: Mensagem para JBdeS

#68170 | JBdeS | 23 giu 2004 11:01 | In reply to: #67710

Caro Carlos Eduardo de Almeida Barata,

Não foi intenção minha criticar a sua obra extremamente louvável.
E folgo que conheça como é inegável a história de certas famílias brasileiras.
O que escrevi limita-se a ser uma contribuição e esclarecimento, nunca uma crítica destrutiva.
Não vou entrar nos pormenores que Carlos Eduardo de Almeida Barata referiu, ponto por ponto, limitando-me a afirmar que os Quintanilhas nasceram em diversas zonas de Portugal, mas são de Tomar, onde viveram na Quinta de Santana cerca de 200 anos. Essa quinta existiu até há relativamente pouco tempo, tendo sido demolida para a construção de um bairro residencial. Foi a casa da família, da qual tenho dois desenhos e uma aguarela, aguarela essa que o Barão de Paquetá levou consigo para o Brasil e que mais tarde a minha Trisavó Amália Brederode do Amaral herdou.
Quando falei dos Niemeyer, foi apenas do ramo de Bellegarde, limitando-me a chamar a atenção para o facto de estar no Genea, logo sujeito a actualização.
Foi mais uma vez um pormenor que poderia interessar a um genealogista do que uma crítica.
Quanto à correcção que enviei foi aquando da saída da sua brilhante obra "Dicionário das Famílias Brasileiras" em que afirma que duas famílias Berquó passaram ao Rio de Janeiro: João Maria da Gama e Freitas Berquó "e outra família com o mesmo sobrenome, originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio de Janeiro, para onde passou o Ouvidor, desembargador Francisco António Berquó da Silveira". Ora acontece que este último é pai de Ana Velasco da Silveira Berquó, mãe de João Maria da Gama e Freitas. Foi esta a correcção que lhe enviei.

Gostei muito de ler a mensagem que me dirigiu, não só pela ironia que usou, chegando aos Muller, como também com alguns dados que refere e que desconhecia.
Acredite que não fui educado para ser pouco cortês e nunca seria menos correcto com uma pessoa que não o merece e sobretudo em público.
Se as afirmações que fiz não lhe agradaram, lamento. Tive a intenção de ser breve, pois sei que Carlos Eduardo de Almeida Barata recebe centenas de mensagens, que devem fazê-lo perder imenso tempo.

Só desejo que continue a sua obra louvável e desinteressada que vai ensinando uns e outros e peço-lhe que não leve a mal um ou outro pormenor, diria uma achega, que talvez só as pessoas da família possam conhecer. Não será História de certeza, mas contribui bastante para o estudo de uma família.

Com os meus melhores cumprimentos

José Berquó de Seabra

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