Família Figueira
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Família Figueira
Já enviei uma mensagem semelhante mas pareceu-me pouco explícita por isso repito. Sobrenomes - Alves de Carvalho Figueira. Sobrenome conjuge - Silva
Sobrenome filhos - Silva Carvalho Figueira
Gostava de ter um escudo familiar. É possível ? Onde posso elaborar um ? Posso elabora-lo eu mesmo ? É preciso algum registo ? Onde ?
Muito obrigado desde já
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RE: Família Figueira
Caro confrade DrJerkyll
Pode ter um escudo familiar, como armas assumidas , não existe na actual legislação portuguesa nenhuma lei ou postura que o proiba. Pode desenhar ou mandar desenhar um escudo, ou um ex-libris heráldico, baseado em apelidos de sua família, etc. e usá-lo como armas assumidas. O que não pode é usar como"escudo" /brasão, emblema ou outro símbolo heráldico, cujas armas possam confundir-se com outras já existentes, registadas ou não e, muito menos, com escudos oficiais ou de soberania ( passíveis de responsabilidade).
Embora seja um assunto com interpretações consoante a opinião de cada um, sobretudo por aqueles que receiam que a heráldica pessoal possa vir a ficar vulgarizada e desprestigiada, não é bem aceite por muitos, por motivos óbvios, que não vêm ao caso. Mas também sabemos que muitas cartas de brasão o são de apelidos e não por consanguinidade. Sáo de direito (é o que conta ) e não de facto, embora com a toda a legitimidade do seu uso, evidentemente.
Mas, se uma pessoa quiser usar um "escudo" (emprego o termo que usou ), como identidade pessoal, direito de personalidade, denota bom gosto e respeito pelos antepassados. Contudo, se não tiver alguma linha de ascendência nobre, pelo menos com nobreza civil, de cargo ou outra, documentada nos competentes livros existentes nos Arquivos públicos oficiais, poderá não ser bem aceite por alguns; porém, está no seu legítimo direito e ninguém o pode proibir, se tiver esse gosto e à-vontade de fazer dele uso, desde que respeite o que atrás disse. Eu, como aprecio muito a heráldica, não me admiro de gostar de usar um símbolo heráldico que o represente; e melhor a família que fundou,se for casado e tiver filhos ou netos, que a identifique.
Os meus cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Família Figueira
Muito obrigado caro Rafael
Cheguei há pouco a esta coisa das heráldicas e estou fascinado, confesso. Vou ter de aprofundar mais um bocado a pesquisa sobre os nomes que citei na mensagem anterior até verificar se não estou a inventar uma idiotice qualquer.....
Será que a sua boa vontade me pode aconselhar onde pesquisar melhor ? Tenho andado por aí às voltas e ainda não encontrei nada claro sobre o nome Figueira e o nome Silva, embora haja várias coisas dispersas mas não muito claras.
Mais uma vez muito obrigado
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RE: Família Figueira
Caro confrade
Bem! uma coisa é termos um apelido, outra coisa é pertencermos a essas famílias, por consanguinidade , isto é : por direito ( porque de facto só Deus, muitas vezes, é que sabe e há pouco foi aberto um tópico relacionado com tais dúvias). Mas em Genealogia o que conta é o direito e esse reconhecimento oficial.
Há vários Figueiras ( e crê-se que vieram de Espanha, por várias vezes), como os Figueiras denominados - de Chaves, e os do Alentejo, cujas armas dos de Chaves,já aparecem iluminadas no Livro do Armeiro Mór e no da Perfeição das Armas, de António Godinho, que poderá consultar na Bib. Nacional e também no Armorial Lusitano, da Edit. Enciclopédia, na Enc. Luso Brasileira de Cultura da Verbo ( actualização),na Armaria Portuguesa de Braaancamp Freire, etc.Algumas armas de Figueiras com variantes umas das outras.
E tb. para os -Silva- família, das mais antigas, portuguesa e muito ilustre, também pintada na célebre Sala dos Brasões, do palácio real de Sintra, mas cujo apelido demasiadamente se vulgarizou . E um dia El-Rei D.Carlos ao proporem-lhe um indivíduo para ser "enobrecido" Sua Majestade com muito espírito, mas complacente, retorquiu:" ainda se, pelo menos, fosse Silva" ,não teriam sido estas palavras na íntegra, mas o sentido permanece.
Eu tenho antepassados de apelidos -Figueira (alentejanos) e Silvas alentejanos e outros do Algarve. Mas, claro, têm estes apelidos, que embora estejam ligados a famílias da nobreza local ( e só alguns), nada terão a ver com as antigas famílias fidalgas destes apelidos ,que se encontram registadas nos antigos Armoriais Régios portugueses.
Assim, poderá consultar tais obras para ver o desenho destas armas e se estiverem iluminadas as cores e esmaltes respectivos ,e os outros elementos heráldicos a elas pertencentes.
Portanto, teremos sempre de investigar, pesquisar e documentar sobretudo, para para sabermos se os antepassados com tais apelidos que temos a elas (armas) tiveram direito por consanguinidade ou, então, reconhecidas como a tal direito, por mercê Régia, apenas com esse direito e não de facto, mas como tal reconhecidas e legitimadas.
Espero ter-lhe dado informação útil; contudo, parece-me que percebe mais do assunto do que deixa perceber, e congratulo-me com isso.
Cumprimentos amigos.
Rafael Carvalho
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RE: Família Figueira
Caríssimo confrade
Mais uma vez muito obrigado, sinceramente.
Não me parece que saiba assim tanto... comecei a interessar-me por estas coisas há três, quatro semanas fui lendo o que apanhei e já passei os olhos por algumas das obras que refere, outras vou procurar. As informações que me deu foram importantes e muito úteis. Se lhe ocorrer mais alguma coisa será óptimo. Vou-lhe dar conta do que conseguir desenterrar........
Muito obrigado
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RE: Família Figueira
Caro confrade
Ocorre-me mais um apontamento de heráldica relacionado com a similitude de armas oficiais com algumas armas familiares, em que estas foram usadas em tempos muito mais recuados.
Assim, se ler o ARMORIAL DO EXÉRCITO PORTUGUÊS que me parece existir para consulta na sala dos índices da TT, e concomitantemente ler outra obra de heráldica portuguesa com os escudos iluminados, observe as armas da família- GUERREIRO-e as armas do EXÉRCITO. Notará facilmente que ambas apresentam o leão rampante de ouro , segurando na garra dianteira dextra uma espada , na atitude de dar um golpe, e o campo do escudo é de vermelho e a espada com o punho e guardas de ouro, portanto como as da família -GUERREIRO-já usava alguns séculos antes da criação do Gabinete de Heráldica do Exército. EVIDENTEMENTE que, embora semelhantes, não são iguais, como é óbvio,em virtude do EXÉRCITO usar um grito de guerra PORTUGAL E SÃO JORGE e um listel como uma espécie de empresa num listel "EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS" e os -GUERREIRO, não . E tb. o brasão da Escola do Exército, com a diferença do leão empunhar um livro. O timbre também é diferente : os Guerreiro usam, como timbre ,um braço de prata empunhando a espada do escudo, e as armas do EXÉRCITO têm como timbre o leão do escudo empunhando a espada como a dar um golpe.
Outros exemplos: as armas do Regimento de Infantaria de Abrantes com o brasão da família-PEREIRA e as armas da Ordem de São Domingos de Gusmão (Dominicanos) no brasão do COMANDO TERRITORIAL INDEPENDENTE DE TIMOR.
Apenas refiro estas armas, pois há mais,onde as diferenças as constituem com identidade própria, mas inspiradas em heráldica de família. Por ex: há dias um semanário publicou um bom artigo sobre a heráldica do futebol e referia que o brasão do Sporting é baseado nas armas do visconde de Alvalade, o que acho natural se atendermos à história deste Clube.
Mas voltando às armas da família-Guerreiro- que foram usadas em Portugal, poderá verificar nos brasonários portugueses ou em Enciclopédias ( começaram a ser assim usadas até hoje, a partir de 1665, as que se conhecem mais antigas desta família, pois poderão ter existência anterior , uma vez que a concessão dessas armas apresenta como diferença: um cardo florido de verde) e foram concedidas ao capitão-mor de Ourique, Afonso Guerreiro de Aboim e depois a outros da família.
Todavia, há um caso único de armas FALANTES desta família,em Portugal, em Almodôvar, e gravadas num mausoléu do convento de São Francisco ( que vai ser restaurado, felizmente).
Tudo isto veio a propósito de eu ter referido que se houver semelhanças de armas, quer oficiais , quer particulares, ou entre estas, devem usar diferenças, porque se as familiares foram inspiradoras daquelas, não só pela notabilidade de alguém duma família,o caso de D.Nuno Álvares Pereira, como do simbolismo bem saliente da família-Guerreiro (cujo apelido carrega belicidade bem exemplificada no leão armado da espada e no vermelho do campo do resp.º brasão), elas terão de ser diferentes, embora semelhantes, para respeitarem os direitos de cada qual.
Aqui fica mais este apontamento de Heráldica Portuguesa que desde sempre, e ainda hoje, continua a ter bons heraldistas e notáveis artistas, de craveira internacional.
Os meus melhores cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Família Figueira
Caro confrade
Legalmente nada impede que, uma vez que gosta de heráldica, assuma umas armas, mas será imoral copiar as armas dos antigos apelidos sem que, pelo menos, faça uma investigação no sentido de provar que descende de pessoas das verdadeiras famílias que os usaram (eu por exemplo chamo-me Castro e nunca me passaria pela cabeça usar as armas desta família antiga...).
É mais correcto criar umas armas totalmente novas para si. Ou então, se quiser, criar algo inspirado em elementos das armas das famílias antigas de que usa os mesmos apelidos, MAS DIFERENTE (cores diferentes, menos ou mais peças e figuras, etc...) por forma a que o idenfique a si e não se confunda com mais ninguém.
Cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Família Figueira
Caro confrade
Muito obrigado pela sua mensagem. Na verdade não pensava copiar armas dos antigos apelidos sem ter a certeza de que haveria alguma descendencia, ainda que remota. O que pensava fazer era o que diz, criar umas armas novas mas inspiradas nas armas das famílias antigas com os mesmos apelidos. Fico mais certo com a sua mensagem, se entretanto lhe ocorrer mais alguma coisa fico-lhe grato se me disser.
Mais uma vez muito obrigado
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RE: Família Figueira
Caro Rafae,
Tropeçei neste tópico e interessei-me na sua referência aos Figueiras do Alentejo.
Eu próprio julgo descender de uns figueiras de Ferreira do Alentejo ou coisa parecida.
Podem ser os mesmos dos seus?
Ou conhecerá alguma obra onde estejam referenciados alguns destes Figueiras do Alentejo que talvez me possam interessar... Bem, qualquer coisa serve!
Cumprimentos,
Duarte Cruz Bucho
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