Francisco José de Miranda Duarte
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Francisco José de Miranda Duarte
Meu "Avô", natural da Vila Dianteira - São João de Areias. Foi Juiz de Fora e Desembargador da Relação do Porto. Presidiu ao Senado da Câmara de Sintra, onde existe, na Fonte da Pipa, uma inscrição com o seu nome.
Cerca de 1800 foi colocado como Desembargador da Relação do Rio de Janeiro. Desse seu período brasileiro nada sei, nda consegui até agora saber. Se alguém poder fornecer-me elementos ou pistas sobre este assunto, ficaria muito grato.
Cumprimentos,
JM
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro João de Miranda,
E a naturalidade dos pais conhece?
Interessam-me os Duartes da região de Sintra.
Pode também ver, e evntualmente intervir, o tópico sobre o meu antepassado "Luís Carlos Garcia de Miranda" que foi juíz e nasceu no Rio de Janeiro
Um abraço
Jliberato
Bruxelas
Bruxelas
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Num site sobre Vila Dianteira:
http://www.geocities.com/vdianteira/Figuras.htm
http://www.geocities.com/vdianteira/Civil-CasadeDonaMargaridadeSousa.htm
É aqui referido um livro que poderá ter interesse, mas provavelmente deverá conhecer: «Igreja Matriz e capelas da Freguesia de S. João de Areias», de António Nunes da Costa Neves.
Existe ainda um artigo de José Filipe Menéndez na revista "Raízes & Memórias", nº 9, "Francisco José de Miranda Duarte - Percursos de um magistrado setecentista".
Cumprimentos
Jorge Afonso
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Este meu "Avô" não é Duarte, nem é de Sintra. É Miranda Duarte e é da Beira Alta, Vila Dianteira, tal como os seus pais.
Não me consta, porém, que ele tenha tido descendência (pelo menos "legítima") enquanto esteve no Brasil.
Cumprimentos,
JM
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Muito obrigado pela sua contribuição. Conheço, na verdade, o livro que refere.
O José Filipe é meu primo e, no seu trabalho, não há igualmente referências ao período brasileiro, que é o que agora me interessa.
Muito obrigado.
JM
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Prezado João de Miranda
Talvez consiga algo na página do Arquivo Nacional.
E possivel consultar o catálogo do arquivo pela internet e solicitar cópia de documentos.
Já usei este serviço. E um pouco demorado mas funciona.
Cumprimentos
Alberto Tavares
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Mais uma tentativa. Pode ser que encontre algumas referências nas obras que indico, dado terem bibliografia para a época em questão. O difícl será adquirir estas obras em Portugal, mas a Biblioteca Nacional deve ter, apesar de recentes.
Direito e justiça no Brasil colonial : o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro (1751-1808) / Arno Wehling, Maria José Wehling. Rio de Janeiro: Renovar, 2004
Tribunais do Rio de Janeiro - 250 anos : da Relação 1752 ao Tribunal de Justiça 2002 / coordenador José Joaquim da Fonseca Passos. Rio de Janeiro : Ventura Cultural, 2002
A relação do Rio de Janeiro (1751-1808) / Rogério de Oliveira Souza. In Revista da EMERJ, v. 4, nº 14, p. 140-151, 2001 (Nota: EMERJ=Escola da Magistratura do Rio de Janeiro)
Outra fonte a tentar é o Arquivo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (degea@tj.rj.gov.br), onde está a documentação da Relação do Rio de Janeiro.
Cumprimentos
Jorge Afonso
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Esse seu avô pertence a algum ramo dos Mirandas de Canas de Senhorim (Vale de Madeiros) que no início do século XIX se casaram na Vila Dianteira?
Tem parentesco com José da Silva Carvalho?
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro Confrade
Permita que lhe responda à sua questão, embora substituindo-me a meu primo João M. A. T. de Miranda, autor deste tópico.
S. João de Areias é a terra natal da família paterna de Francisco José de Miranda Duarte (FJMD), que nasceu – não em S. João de Areias – mas do outro lado do Mondego, em Ázere, terra de sua mãe e dos seus antepassados maternos, aonde de resto foi baptizado a 04-12-1757, se não estou em erro.
A família paterna, de varonia Correia de Almeida Duarte é que era natural de Vila Dianteira, S. João de Areias.
O Desembargador FJMD, não casou aí, mas sim em S. Martinho de Sintra quando, no início da sua longa e brilhante carreira de magistratura, aí era juiz de fora e presidente do senado da câmara local. Quem aí terá casado foi o seu filho primogénito o Dr. Francisco José de Sousa Miranda (FJSM) com D. Margarida Eugénia de Magalhães, que foram herdeiros da Quinta da Formiga.
O Dr. FJSM tão pouco nasceu em Vila Dianteira, terra de seus maiores em varonia, mas sim em Faro, quando seu pai aí estava colocado como juiz de fora, tendo falecido em Lisboa, em data que não tenho de memória, mas que se tiver interesse lhe posso depois adiantar.
A rematar só lhe posso acrescentar nunca ter encontrado nas minhas pesquisas sobre estes Miranda de minha mulher, qualquer ligação com Canas de Senhorim. Quanto a algum possível parentesco com José da Silva Carvalho não lhe posso adiantar nada mais para lá de os Miranda, de Ázere, serem também Carvalho, mas nunca explorei a ascendência e descendências colatrais.
Atentamente
José Filipe Menéndez
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro Sr:
Agradeço-lhe imenso o esclarecimento.
Julguei erradamente que o ramo dos Mirandas era o mesmo.
Este que lhe falei, donde descendo, deriva da família de D. Catharina de Miranda Viegas, natural de Travancinha, cujos netos casaram em Canas de Senhorim.
Posteriormente alguns elementos desta família casaram com senhoras de S. João de Areias, nomeadamente da família dos Capitães-Mor e com o ramo paterno da família do Dr. Silva Carvalho.
Atenciosamente
A. Miranda
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
João Pais de Miranda (de Vale de Madeiros) casou em 23 de Novembro de 1809 com Francisca Carvalha (ver Arquivo Distrital de Viseu, casamentos de S. João de Areias). Esta senhora era sobrinha do Dr. Caetano de Carvalho, avô do célebre político, Dr. José da Silva Carvalho. Acrescenta-se, por esta altura, uma nova família Miranda à aldeia de Vila Deanteira, distinta da outra família Miranda com origem em Francisca Josefa Rodrigues Miranda (de Ázere, Tábua), mãe do Dr. Francisco José de Miranda Duarte.
Cumprimentos,
António Neves
Vila Deanteira
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro Confrade António Neves
Muito obrigado pelo esclarecimento. Afinal não é a mesma família.
Atenciosamente
A. Miranda
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro A. Miranda,
Sobre Travancinha encontrará o tópico "Famílias de Travancinha, Seia"
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=80443
Cumprimentos
JLiberato
Lisboa
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RE: Vila Deanteira
- Vila Deanteira -
Permitam-me apenas uma correcção de uma minha imprecisão toponímica.
O nome correcto, o topónimo, é efectivamente Deanteira e não Dianteira, como atrás deixei escrito, levado pela evolução da língua.
Os topónimos, tal como os apelidos não se alteram, nem devem sofrer quaisquer tentativas nesse sentido que só he irá adulterar a identidade. Já o mesmo não se aplica aos nomes próprios, que podem (ou não) ser alterados de acordo com a evolução da grafia.
Aqui ficam as minhas desculpas e tentativa de correcção.
Cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Vila Deanteira
Meus Caros Amigos, Confrades e Parentes
Tal como ainda ontem escrevi, no congénere tópico sobre os Bernardes de Miranda, descendentes do Dr Francisco José de Miranda Duarte, deixo aqui texto idêntico.
Faço-o também na esperança que o António Costa Neves, mais abaixo referido, leia e possa (re)entrar na "rede" do Geneall, como investigador privilegiado que é para a região de S. João de Areias e áreas afins.
Dizia eu:
Parece que me esqueci deste tópico e das famílias de que nele se tratam, mas não é bem assim.
No desgraçado ano passado, pelo menos para mim e a minha família - pelas tristes razões que alguns de vós sabem e conhecem, depois de ultrapassados? os momentos mais críticos e dolorosos voltei a "mexer" nos antepassados Miranda, Correia de Almeida, Sousa Prego e Fonseca e Castro da minha Fernanda. Pesquisas online feitas por entre os paroquiais de Coimbra e Viseu (para Ázere e Travanca, por um lado e S. João de Areias, por outro) levaram-me a subir umas tantas gerações nos antepassados do Dr. Francisco José de Miranda Duarte.
Naquelas freguesias, referidas em 1.º lugar, consegui entrar pelos séculos XVII e mesmo XVI, arrastando as origens (aquelas possíveis de identificar) dos Miranda para, lá de Ázere, para a antiga Travanca da Farinha Podre, hoje designada Travanca do Mondego, embora eu suponha não ser precisamente a mesma antiga povoação, que terá ficado parcialmente sepultada sob as águas da albufeira da Aguieira. É verdade que não tenho a certeza completa desta minha afirmação, mas apenas uma forte suposição.
No que respeita aos antepassados Correia de Almeida, da Vila Deanteira, não consegui ainda progredir tanto, embora tenha alcançado alguns dados mais, de casamentos anteriores e das suas respectivas datas. Oportunamente irei "descarregá-los por aqui, mais o que entretanto conseguir encontrar.
Entretanto espero conseguir entrar em contacto (desculpem-me mas continuo pegado à grafia antiga) com o António Costa Neves, com quem repetidamente tenho procurado falar, mas cujos telefone e email não me dão qualquer feedback.
Melhores cumprimentos,
Filipe Menéndez
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Meu Caro António Costa Neves
Espero que esteja tudo bem consigo.
Você já não frequenta o fórum do Geneall?
É que gostava de entrar em contacto consigo, o que no fim de semana passado, aí bem perto no Caramulo, se revelou impossível de concretizar, quer para o seu telefone fixo, quer para o seu email, que me deu erro no feedback ao meu mail.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro José Filipe Menéndez
Infelizmente só hoje li esta mensagem. De facto, um trabalho sobre os vestígios arqueológicos e o povoamento da freguesia de S. João de Areias (conc. de Santa Comba Dão) tem-me afastado do Geneall.
Deixo os meus contactos: email - a.n.c.neves18@gmail.com; telef. fixo - 232892301; telem - 936661465 (pf deixar mensagem).
Com a maior consideração
António Costa Neves
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Meu Caro António Costa Neves
Só para lhe dizer que recebi e li esta sua resposta.
Efectivamente o seu tel. fixo já não é o 232968062, para onde eu liguei n vezes da última vez que estive aí no Caramulo. Depois falaremos com mais tempo.
De momento estou a ultimar o livro de homenagem a minha Querida Mulher, para ser lançado durante o colóquio de homenagem que a FCSH da UNL lhe presta com o concurso de vários colegas e amigos das Universidades Nova de Lisboa, Lisboa, Coimbra, Algarve, Paris VIII, Lyon II, Toulouse le Miraille, Pompeu Fabra de Barcelona e uma ou outra que agora não me ocorre o nome.
Tem sido uma luta constante com a saudade e as recordações de toda uma vida, que a escrita me ajuda a sublimar e a ... arranjar algum ensejo para viver.
Abraços,
Zé Filipe Menéndez
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RE: Francisco José de Miranda Duarte
Caro amigo José Filipe Menéndez
Desculpe... só agora me apercebo do que aconteceu... Lamento muito... O "ensejo para viver" é inesgotável enquanto sentirmos que na nossa História existem pessoas a quem pagamos os seus feitos com o esquecimento total. É uma obrigação! Há muito trabalho a fazer... nunca nos faltará o ânimo... pode faltar é tempo para viver!
Um forte abraço beirão.
António Costa Neves
(Vila Deanteira)
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Francisco José de Miranda Duarte 1757 - 1820
Caros Confrades e Amigos
Há já muito tempo que não vinha a este tópico, em boa hora aberto pelo meu primo (primo co-irmão de minha saudosa mulher, a Professora Doutora Fernanda Vitória Guerra Bernardes de Miranda Menéndez) João M. A.T. de Miranda, há já cerca de 12 anos.
Tanta coisa se passou, entretanto, na minha vida pessoal e académica, bem como no domínio da investigação genealógica que prossigo em diferentes frentes.
A investigação dos Coreias de Almeida, varonia do Dr. Francisco José de Miranda Duarte (JFMD), não foi das mais contempladas nos meus estudos, até porque os paroquiais de São João de Areias têm grandes lacunas.
Em contrapartida desenvolvi, há já mais de um ano, uma investigação (ainda não terminada, mas temporariamente interrompida) sobre o ramo dos Loureiro, do Rojão Grande, região geograficamente muito próxima de São João de Areias.
Investigação essa remontada até aos princípios do séc..XVII, mas com a surpresa que os Loureiro de Sousa Miranda do séc. XIX, lá mais para trás, duzentos e tal anos, já tinham sido Loureiro de Miranda.
Hoje estou firmemente convencido que as origens, comprovadas, dos Miranda, do ramo materno do Dr. FJMD, surgidas em Travanca da Farinha Podre, hoje chamada Travanca do Mondego, tiveram a sua origem – a mais próxima - no Rojão Grande.
Esta povoação da freguesia do Vimieiro, concelho de Santa Comba do Dão, está hoje separada das freguesias de Travanca e de Ázere, dos vizinhos e fronteiros concelhos de Penacova e Tábua (respectivamente) pela albufeira da Aguieira. Mas ainda não há poucas dezenas de anos, antes da construção da barragem da Aguieira, atravessava-se o Mondego praticamente a vau, no Verão. Daí que há 300 ou 400 anos as populações se deslocassem com relativa facilidade entre as duas margens do Mondego (de barco sempre que não era possível fazê-lo a vau), não sendo de excluir que alguns Miranda tenham passado do Rojão para Travanca e daí, poucas gerações mais tarde, para a vizinha povoação de Ázere.
Ázere, que era a terra da mãe e dos antepassados maternos do FJMD. Onde, de resto, este foi baptizado a 04-12-1757.
Contrariamente ao que antes disse, neste mesmo tópico, Francisco José nasceu em São João de Areias (e não em Ázere) a 24 de novembro de 1757, tendo sido baptizado (isso sim em Ázere) a 4 de dezembro seguinte.
Dos registos fundamentais da vida do Dr. FJMD, faltava-me - até ontem - o do seu óbito, que supunha ter ocorrido em 21 de agosto de 1827, deduzido, erradamente, de um alvará de mercê de “predicamento de primeiro banco”, feita a seu filho primogénito Francisco José de Sousa Miranda, também magistrado, quando provedor da comarca de Miranda.
Ontem mesmo, recebi telefonema do estimado Amigo Dr. António Nunes da Costa Neves, erudito estudioso de São João de Areias e mormente da sua Vila Deanteira, comunicando-me ter encontrado, depois de aturada pesquisa pelos paroquiais da cidade do Porto o assento de óbito daquele ilustre magistrado sanjoanense.
Devo, pois, à generosidade deste estimado Amigo António da Costa Neves, a informação da data e local do falecimento do Juiz Desembargador Francisco José de Miranda Duarte, que agora aqui deixo, prestando-lhe o meu justo e público agradecimento.
Faleceu FJMD na freguesia de Santo Ildefonso, quando era desembargador da Relação e Casa do Porto, a 13 de março de 1820.
Desembargador de Agravos, diz o assento que nos indica ainda o estado civil de casado. Era, então, ainda viva D. Josefina Eusébia de Freitas Sousa Prego que, muito provavelmente terá regressado ao Rojão Grande, para casa de sua filha D. Maria Amália de Sousa Miranda e de seu genro o Dr. José António de Loureiro Soares.
Fica ainda esta ponta por descobrir.
O meu maior obrigado ao António Costa Neves.
Bem-haja pela sua generosidade e Amizade,
José Filipe Menéndez
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Francisco José de Miranda Duarte
Caros Confrades e Amigos
(agora, sim, correctamente com os espaços pretendidos entre as linhas deste texto)
Há já muito tempo que não vinha a este tópico, em boa hora aberto pelo meu primo (primo co-irmão de minha saudosa mulher, a Professora Doutora Fernanda Vitória Guerra Bernardes de Miranda Menéndez) João M. A.T. de Miranda, há já cerca de 12 anos.
Tanta coisa se passou, entretanto, na minha vida pessoal e académica, bem como no domínio da investigação genealógica que prossigo em diferentes frentes.
A investigação dos Coreias de Almeida, varonia do Dr. Francisco José de Miranda Duarte (JFMD), não foi das mais contempladas nos meus estudos, até porque os paroquiais de São João de Areias têm grandes lacunas.
Em contrapartida desenvolvi, há já mais de um ano, uma investigação (ainda não terminada, mas temporariamente interrompida) sobre o ramo dos Loureiro, do Rojão Grande, região geograficamente muito próxima de São João de Areias.
Investigação essa remontada até aos princípios do séc..XVII, mas com a surpresa que os Loureiro de Sousa Miranda do séc. XIX, lá mais para trás, duzentos e tal anos, já tinham sido Loureiro de Miranda.
Hoje estou firmemente convencido que as origens, comprovadas, dos Miranda, do ramo materno do Dr. FJMD, surgidas em Travanca da Farinha Podre, hoje chamada Travanca do Mondego, tiveram a sua origem – a mais próxima - no Rojão Grande.
Esta povoação da freguesia do Vimieiro, concelho de Santa Comba do Dão, está hoje separada das freguesias de Travanca e de Ázere, dos vizinhos e fronteiros concelhos de Penacova e Tábua (respectivamente) pela albufeira da Aguieira. Mas ainda não há poucas dezenas de anos, antes da construção da barragem da Aguieira, atravessava-se o Mondego praticamente a vau, no Verão. Daí que há 300 ou 400 anos as populações se deslocassem com relativa facilidade entre as duas margens do Mondego (de barco sempre que não era possível fazê-lo a vau), não sendo de excluir que alguns Miranda tenham passado do Rojão para Travanca e daí, poucas gerações mais tarde, para a vizinha povoação de Ázere.
Ázere, que era a terra da mãe e dos antepassados maternos do FJMD. Onde, de resto, este foi baptizado a 04-12-1757.
Contrariamente ao que antes disse, neste mesmo tópico, Francisco José nasceu em São João de Areias (e não em Ázere) a 24 de novembro de 1757, tendo sido baptizado (isso sim em Ázere) a 4 de dezembro seguinte.
Dos registos fundamentais da vida do Dr. FJMD, faltava-me - até ontem - o do seu óbito, que supunha ter ocorrido em 21 de agosto de 1827, deduzido, erradamente, de um alvará de mercê de “predicamento de primeiro banco”, feita a seu filho primogénito Francisco José de Sousa Miranda, também magistrado, quando provedor da comarca de Miranda.
Ontem mesmo, recebi telefonema do estimado Amigo Dr. António Nunes da Costa Neves, erudito estudioso de São João de Areias e mormente da sua Vila Deanteira, comunicando-me ter encontrado, depois de aturada pesquisa pelos paroquiais da cidade do Porto o assento de óbito daquele ilustre magistrado sanjoanense.
Devo, pois, à generosidade deste estimado Amigo António da Costa Neves, a informação da data e local do falecimento do Juiz Desembargador Francisco José de Miranda Duarte, que agora aqui deixo, prestando-lhe o meu justo e público agradecimento.
Faleceu FJMD na freguesia de Santo Ildefonso, quando era desembargador da Relação e Casa do Porto, a 13 de março de 1820.
Desembargador de Agravos, diz o assento que nos indica ainda o estado civil de casado. Era, então, ainda viva D. Josefina Eusébia de Freitas Sousa Prego que, muito provavelmente terá regressado ao Rojão Grande, para casa de sua filha D. Maria Amália de Sousa Miranda e de seu genro o Dr. José António de Loureiro Soares.
Fica ainda esta ponta por descobrir.
O meu maior obrigado ao António Costa Neves.
Bem-haja pela sua generosidade e Amizade,
José Filipe Menéndez
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Dom Luís de Sousa Miranda
Caros Confrades
Na esteira do último conteúdo, ainda uma outra informação adicional sobre o Dr. Francisco José de Miranda Duarte.
Melhor dizendo, sobre a sua descendência.
Aliás, uma informação genealógica, mais que adicional.
Mesmo relevante!
Pois inclui entre a sua descendência um quarto filho do casal Francisco José de Miranda Duarte e Dona Josefina Eusébia Umbelina de Freitas Sousa Prego, criança que eu sabia ter nascido e acreditava ter vingado, pois que o conhecia de tradição oral, a dado momento, bem posterior, passada ao papel.
Trata-se do propalado Senhor Dom (?) Luís de que, episodicamente, falavam as memórias genealógicas dos Bernardes de Miranda, coligidas pela tia Estefânia Bernardes de Miranda, a mais irlandesa, a mais O’Neill, dos Bernardes de Miranda.
É verdade que também nunca investiguei o trajecto da sua vida civil e religiosa.
São tantas as solicitações que não chega o tempo para tudo investigar.
Mas, na realidade, nunca tinha encontrado qualquer vestígio sobre o nascimento deste frade crúzio (daí aquele DOM), até ao dia em que mo puseram de bandeja à frente dos olhos.
Pois, em boa verdade, devo TAMBÉM esta informação ao estimado Amigo Dr. António da Costa Neves.
E (mea culpa!) nunca aqui lhe tinha deixado público testemunho da minha gratidão, como agora pública e merecidamente o faço, no seio do Geneall.
A informação, salvo erro do ano passado, consta já aqui no Geneall (aliás com uma omissão de um dado que, por erro, foi parar ao registo do seu pai – a de ter sido frade crúzio).
Mas, a verdade, é que ainda não tinha dado o merecido destaque e exarado o meu público reconhecimento ao Dr. António da Costa Neves, por mais esta importante achega para a história genealógica dos Sousa Miranda e seus descendentes Bernardes de Miranda.
Nasceu o menino Luís em Vila Deanteira, São João de Areias, Santa Comba do Dão, a 26 de outubro de 1799. Foi baptizado a 3 de novembro daquele mesmo ano, tendo sido seus padrinhos os Condes da Caparica, D. Francisco Xavier de Menezes da Silveira e Castro e sua mulher D. Ana Teresa de Almeida (Lavradio).
Curioso é de sublinhar as diversas ligações do Dr. Francisco José de Miranda Duarte a vários membros da família dos Menezes Breyner e Mello Breyner.
Em 1790, a 25 de agosto, Francisco José e Dona Josefina Eusébia casaram em Sintra, no “Oratório das Cazas da Quinta do Excellentissimo Dom Francisco Xavier de Menezes Breyner”, na chamada Quinta do Relógio.
Este D. Francisco de Menezes Breyner (que muito antes de casar – e de ser dispensado! - tinha seguido a vida religiosa, chegando a cónego da Patriarcal) era irmão de D. José de Menezes da Silveira de Castro e Távora, ambos filhos de D. Diogo de Menezes de Távora (Senhor dos Morgados de Patameira e Torre de Caparica) e de sua mulher Dona Maria Bárbara Josefa Breyner.
Deste modo, D. Francisco era tio paterno do 1.º Conde da Caparica (mais tarde 1.º Marquês de Valada) D. Francisco Xavier de Menezes da Silveira e Castro e também do primo deste último. De Pedro de Mello Breyner e Menezes.
Estes dois primos foram condiscípulos e amigos de Francisco José num dos reais colégios de Coimbra e depois, mais tarde, na própria universidade.
D. Francisco Xavier era cerca de três anos mais velho que Francisco José e Pedro era da mesma idade que ele.
Além disso, os Fonseca e Castro da mãe do “governador” Manuel Caetano de Sousa Prego, sogro de Francisco José de Miranda Duarte, eram por linha feminina dos Castro e Lemos.
Creio serem estas ligações familiares e amizades estudantis que levaram o então juiz de fora de Faro (em vésperas de ser nomeado desembargador da Relação do Rio de Janeiro) a convidar para padrinho do seu filho mais novo o antigo colega e amigo D. José de Menezes da Silveira de Castro e Távora.
Mas, a reforçar o que atrás disse nestas ligações aos Breyner, lembro que três anos antes, a 8 de março de 1796, fora Pedro de Mello Breyner e Menezes o escolhido para padrinho do terceiro filho do Dr. Francisco José – de João José de Sousa Miranda “Henriques”, nascido em Faro a 1 de março do mesmo ano.
Há sempre um motivo particular, muitas vezes omisso e escondido, nestas escolhas para padrinhos, para lá das aparências mais evidentes e por vezes enganadoras. Mas isto dava azo para outro longo e interessante conteúdo, que iria extravasar o teor central da presente informação e testemunho.
José Filipe Menéndez
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Francisco José de Miranda Duarte
Muito obrigado, Dr. José Filipe Menéndez, por tudo o que tem dado a conhecer sobre o Juiz Desembargador Francisco José de Miranda Duarte, um ilustre filho da minha terra. Ficar-lhe-ei sempre grato. Envio os melhores cumprimentos.
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Francisco José de Miranda Duarte
Meu Caro António
Não tem nada que me agradecer.
O seu a seu dono.
Eu é que devo à sua generosidade e Amizade o conhecimento desses dois assentos que o meu Amigo em boa hora conseguiu descobrir e passar-me os respectivos conteúdos e referências a acompanhar as respectivas digitalizações,
O meu MUITO OBRIGADO.
Votos de umas boas férias para o António, Esposa e Filhos.
Apertado abraço,
Zé Filipe
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