CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
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CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
Caros confrades:
Tenho a narrativa de uma CBA concedida em 1681 pelo príncipe regente D. Pedro a Estêvão Ribeiro de Alvarenga, capitão e morador em S. Paulo, Brasil.
Haverá alguém que me diga se esta CBA está publicada e onde?
Desde já o meu muito obrigado.
Sempre,
Pedro França
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RE: CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
Caro Pedro França
Encontro o que consta na Genealogia Paulistana, Vol. 5, 214
Com as devidas reservas para estes casos.
Um processo que procurava uma carta de confirmação do brasão de armas dos Alvarenga foi registrado na Câmara de São Paulo em 17/4/1683(SL5,214). Os bisnetos de Antonio Rodrigues de Alvarenga(tabelião do judicial de notas de SP) o tinham solicitado. O Capitão Estevão Ribeiro de Alvarenga, Antonio Pedroso de Alvarenga, o Padre Fr. Luiz dos Anjos e o Padre Fr. João da Luz . A petição foi apresentada ao corregedor do cível da corte de Lisboa e encaminhada a sete testemunhas, inclusive Cavaleiros do Hábito de Cristo, naturais de Lamego, terra do Antonio Rodrigues de Alvarenga. O resultado mostrou que os solicitantes eram "cristãos-velhos, sem raça de mouro, judeu ou outra infecta nação". As sentenças e as custas estavam datadas de 2/6/1681.
(1) Sobre a nobreza da família Alvarenga, reproduzimos o que escreveu Pedro Taques - Nob. Paulistana-: "Antonio Rodrigues de Alvarenga passou em serviço do Rei a ser um dos primeiros povoadores da vila de S. Vicente, que em 1531 fundou o donatário senhor dela Martim Afonso de Sousa por concessão de El-Rei dom João III. Nesta vila casou-se Antonio Rodrigues de Alvarenga com Anna Ribeiro, natural da cidade do Porto, donde passou com duas irmãs e vários irmãos na companhia de seus pais Estevão Ribeiro Bayão Parente, natural de Beja (o qual era parente em grau próximo de Estevão de Liz, Morgado bem conhecido em Vila Real) e de sua mulher Magdalena Fernandes Feijó de Madureira, natural da cidade do Porto. De S. Vicente passou para S. Paulo Antonio Rodrigues de Alvarenga com sua mulher, e, como pessoa tão distinta soube conseguir respeito e veneração, e foi senhor proprietário, por mercê do donatário, do ofício de tabelião do judicial e notas de S. Paulo, onde faleceu com testamento a 14 de Setembro de 1614 (C. O. de S. Paulo); e d. Anna Ribeiro faleceu em S. Paulo com testamento a 23 de Outubro de 1647 e foi sepultada na capela-mor da igreja dos religiosos carmelitas, em jazigo próprio, no qual descansavam as cinzas de seu filho Antonio Pedroso de Alvarenga, sargento-mor da comarca de S. Paulo com 80$ de soldo".
Brasão de armas dos Alvarengas
D. Pedro por graça de Deus príncipe de Portugal, etc. Faço saber aos que esta minha carta de brasão de armas virem que o capitão Estevão Ribeiro de Alvarenga e seus irmãos Antonio Pedroso de Alvarenga, fizessem certo o que diziam; e sendo apresentadas sete testemunhas de todo o crédito fora de suspeita e de toda a exceção, maiores, e as mais delas cavaleiros do hábito de Cristo, naturais da cidade de Lamego, depuseram de fato próprio; sendo lhe os autos conclusos neles proferiu a sentença seguinte: 'Vistos estes autos dos justificantes a fl. 2, o capitão Estevão Ribeiro de Alvarenga e seus irmãos Antonio Pedroso de Alvarenga e os padres-mestres Frei João da Luz e Frei Luiz dos Anjos, carmelitas calçados; ditas testemunhas a fls. 7 que eu inquiri, e certidões que se juntaram de fls. 8 em diante, se mostra serem os justificantes filhos legítimos de Diogo Martins da Costa, e de sua mulher Izabel Ribeiro, netos pela parte masculina de Belchior Martins da Costa e de sua mulher Ignez Martins etc. ... julgo aos sobreditos justificantes por filhos legítimos do dito Diogo Martins da Costa e por descendentes da muito ilustre geração e família dos Alvarengas e Costas, e os julgo também por cristãos velhos sem raça de mouro ou judeu, nem de outra alguma infesta nação e poderão tirar as suas sentenças de processo, e paguem as custas dos autos. Lisboa, 2 junho de 1681. E sendo a dita sentença assinada e publicada pelo dito meu corregedor, da minha corte e casa da suplicação, tirada do processo, e passada pela minha chancelaria, a qual sendo apresentada ao meu rei de armas Portugal, porque a minha tenção é honrar aos meus vassalos, ainda aqueles que mais remotos vivem, para que se não extingam as nobrezas e fidalguias, que seus avós adquiriram e alcançaram.
Um abraço
Ricardo
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RE: CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
Caro Ricardo:
Muito obrigado por essa achega. Creio que, se citar essa fonte que por sinal já conhecia mas só como referência bibliográfica (aqui em Coimbra não encontro a obra ""Nobiliarquia Paulistana", de Pedro Taques de Almeida Pais Leme, pelo menos, com o nome todo por que é conhecido), poderá ser aceite como fazendo prova de autenticidade, ou haverá alguma maneira de se fazer reproduzir o documento que faz constar a concessão de CBA, e que, penso eu, estará ainda no Arquivo da Câmara de S. Paulo?
Do que puder saber, desde já agradeço e fico à sua disposição para o que precisar aqui por Coimbra. Gostava de ter o seu e-mail. Você tem o meu ainda?
Um abraço e Boas Festas.
Sempre,
Pedro França
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RE: CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
Caro Professor Pedro
Eu posso lhe enviar o volume II da Nobiliarquia Paulistana, de Pedro Taques de Almeida Paes Leme.
Um abraço,
Hugo
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RE: CBA de Estêvão Ribeiro de Alvarenga
Caro Pedro
Não saberia dizer se a documentação da Câmara de São Paulo ainda teria a documentação referente à CBA em questão. Provavelmente não. Muitos arquivos deterioraram-se desde o tempo do Silva Leme, para não dizer desde a época de Pedro Taques. Também deve ser difícil encontrar os processos de genere dos religiosos daquela família citada.
Abraços e Boas Festas igualmente
Ricardo
rco2000(arrouba)uol.com.br
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